Fanfic: Forever Young | Tema: Teen

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CENA 01. PARQUE DA CIDADE. EXTERIOR. ANOITECER

Josh está sentado em um banco, no parque da cidade. Dois rapazes se aproximam e ele só nota quando estão há poucos metros de distância.

JOSH ANDRÉ DANTE (18 anos) — Desejam algo?!

RAPAZ — Ai bichinha! Está esperando quem aqui? Outra bichinha?!

JOSH (assustado) — Estou esperando algumas amigas, precisam de algo?!

RAPAZ — Ah, não sei! Aliás, sei sim! Estou afim de relaxar um pouco, tirar a tensão sabe.

JOSH — Desculpa, mas, o que eu tenho haver com isso? No que posso ajudar?

RAPAZ — Claro que pode e vai! Levanta, vem até aqui!

Um dos rapazes seguram Josh enquanto o outro o enche de socos e chutes. Chorando, Josh pede insistentemente que parem, depois de algum tempo, um deles empurra e Josh que cai.

CENA 02. RESIDÊNCIA DOS DANTES – SALA. INTERIOR. NOITE.

Residência de alto padrão, uma decoração contemporânea, dois andares, uma bela escada. A sala muito ampla.

Saulo e Eliza conversam sentados no sofá, a porta de casa se abre e Josh entra todo machucado, principalmente o rosto. Saulo fica assustado com a situação do rapaz.

SAULO MARTINS (37 anos) — Mas o que aconteceu?!

JOSH — Não quero explicar nada agora, ainda mais a quem não conheço!

Josh continua o percurso, sobe as escadas e vai para seu quarto.

SAULO — Você parece tão, tão...

ELIZA DANTE (44 anos, interrompe) — O que?! Conformada?! Não posso fazer nada! Não foi pouca as vezes que mandei esse rapaz se comportar como homem. Aí acontece o que?! Vive apanhando na cara no meio da rua.

SAULO — Não é bem assim que funciona as coisas, Eliza, seu filho está lá em cima todo machucado...!

ELIZA (interrompe) — Não Saulo, não quero falar disso!

SAULO — Eliza, você tem que ver melhor essa situação, ele é seu filho!

ELIZA — Saulo, mas uma vez eu digo, não quero falar sobre isso!

CENA 03. RESIDÊNCIA PEREIRA – QUARTO DE FRANCYNE. INTERIOR. NOITE

Casa de Francyne é de médio padrão, dois andares. O quarto da dela é decorado de forma jovem, com alguns porta-retratos na parede, televisão, guarda-roupas embutido.

Francyne recebe sua melhor amiga Priscila para passar a noite na sua casa. Deitadas na cama, as duas terminam de ver um filme e conversam sobre Josh.

PRISCILA COSTA (20 anos) — Josh sempre foi muito pontual, estranho ele não aparecer na praça hoje.

FRANCYNE PEREIRA (18 anos) — Estou um pouco preocupada com ele também, ainda mais que ele não atende o celular.

PRISCILA — Será que aconteceu alguma coisa?!

FRANCYNE — Mas o que poderia acontecer com ele?! Se bem, que as vezes ele sempre aparece com aquelas marcas no corpo e nunca quer falar o que aconteceu.

PRISCILA — Os hematomas?! Está na cara que aquilo são hematomas! Será que ele apanha em casa?

FRANCYNE — Mas porque ele apanharia em casa?!

Francyne se levanta e pega o controle da televisão. Enquanto conversa com a amiga fica procurando um canal.

PRISCILA — Não sei amiga, é estranho! Será que a família dele não o aceita?!

FRANCYNE — Amiga...! Não foram poucas as vezes que perguntamos o que ele sente neste sentido e ele nos deixou bem claro que não é gay!

PRISCILA — Falar é fácil, no fundo...! É perceptível o jeito dele amiga, falar que ele não é, é se fazer de cego. Minha opinião!

FRANCYNE — Acho que devemos confiar um pouco no que ele fala. Agora, mudando de assunto, achei aquele programa ótimo aqui na televisão a cabo.

CENA 04. FRENTE A RESIDÊNCIA DOS DANTE. EXTERIOR.NOITE

Rafaela chega da faculdade e encontra Saulo dentro do carro em frente à sua casa. A moça vai até o carro e bate no vidro.

RAFAELA DANTE (25 anos) — Ainda por aqui Saulo?!

SAULO — Rafa!

RAFAELA — Aconteceu alguma coisa, precisas de ajuda?!

SAULO — É que uma coisa não me deixa ir embora!

RAFAELA — Mas, é algo que posso ajudar?!

SAULO — Seu irmão, o Josh. Chegou em casa todo machucado, sua mãe fez pouco caso da situação e ele não quis falar nada. Estou aqui preocupado, não consigo sair de daqui!

RAFAELA — Ah, não! Merda!

SAULO — Por favor, Rafa, me explique o que está acontecendo!

RAFAELA — Agora, agora, preciso ver meu irmão, mas pegue aqui o meu número.

Rafaela entrega um cartão de visita.

RAFAELA (continua) — Me ligue! Conversamos sobre. Talvez você possa ajudar. Agora tenho que ir, e se fosse você iria também, está tudo sob controle!

CENA 05. RESIDÊNCIA DOS DANTE – SALA. INTERIOR. NOITE

Rafaela abre a porta rapidamente e é abordada por sua mãe que está no sofá da casa.

ELIZA – Rafaela!

RAFAELA — Agora não posso!

ELIZA — Pois pode e vai parar aqui na minha frente! Filho meu não me fala não!

RAFAELA — Mãe! O Josh está lá em cima, deve está todo machucado e você ai na frente da televisão?!

ELIZA — Se se comportasse como homem que ele é não teria acontecido isso, estou cansada de falar!

RAFAELA — Inacreditável seu comportamento mãe! Ele é seu filho, isso trata-se do seu filho!

ELIZA — Se eu fosse esperto seguia o que a mãe dele fala e não ficaria fazendo o que ele faz!

Rafaela deixa Eliza sozinha na sala e corre para as escadas.

CENA 06. RESIDÊNCIA DOS DANTE – COZINHA. INERIOR. MANHÃ

Josh aparece na cozinha para tomar café.

ELIZA — Se levantou. Achei que ia ficar na cama.

JOSH — Tenho prova.

ELIZA — Isso mesmo, não pago aquela universidade para você ficar faltando aula.

Rafaela chega a cozinha.

RAFAELA — Mano! Larga essa bolsa, anda, volta para cama descansar.

ELIZA — Rafaela, ele tem que honrar cada centavo que deixo naquela universidade, portando, ele vai a aula sim!

RAFAELA — Centavos do Enzo que você quer dizer né!

ELIZA — Somos casados e ele pai do Josh, logo, o dinheiro dele também é meu.

Rafaela puxa Josh para sala.

CENA 07. RESIDÊNCIA – SALA. INETROR. MANHÃ

Rafaela e Josh se sentam no sofá para conversa.

RAFAELA — Ei, se quiser não precisa ir a aula hoje não. Fique em casa.

JOSH — Prefiro ir sim, tenho prova.

RAFAELA — Qualquer coisa, falamos com seu professor.

JOSH — Não! Eu vou.

Josh se levanta pega sua bolsa e sai de casa. Eliza aparece na sala.

ELIZA — Esse rapaz gosta de apanhar na cara. Essa é a realidade!

RAFAELA (chorando) — Não! Não é essa a realidade mãe, eu te garanto!

Rafaela deixa Eliza sozinha na sala, que fica pensativa.

CENA 08. UNIVERSIDADE – PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO. INTERIOR. DIA

Sentadas em uma das mesas da praça, Priscila e Francyne conversam.

PRISCILA — Ah! Quem merece essa prova hoje, me responde!

Ao notar que Francyne não está prestando atenção ali, Priscila tenta a chamar.

PRISCILA — Amiga! Ei! Estou aqui!

FRANCYNE — Pri!

PRISCILA – Acordou Francyne?! No que você está prestando atenção?

FRANCYNE — Naquela mesa ali amiga. Lembra daquele rapaz loiro, então, uma vez fizemos um curso e sentei ao lado dele, isso na época de escola. Lembro que em uma das aulas ele estava todo enrolado, eu o ajudei, ele foi muito gentil.

PRISCILA — Que isso!? Nem lembro direito quem são as pessoas de nossa turma e você lembra disso tudo?

FRANCYNE — Querendo ou não, ele é um gatinho! Agora mais ainda.

PRISCILA — Se quiser, eu consigo o número dele para você.

FANCYNE — Não amiga! Muito vexame!

Josh chega à mesa da praça onde estão Priscila e Francyne. Ambas notam a situação de Josh, principalmente do seu rosto cheio de marcas.

FRANCYNE (assustada, preocupada) — O que aconteceu com você amigo!? Foi por isso que não apareceu ontem na praça?!

JOSH — Não quero falar disso, vamos para aula?!

PRISCILA — Não vamos enquanto você não nos contar tudo que aconteceu.

JOSH — Pois se vocês não vão, eu vou! A prova começa em dez minutos!

Josh vai saindo da praça de alimentação, quando Priscila pede para ele esperar.

PRISCILA — Vamos com você!

FRANCYNE — Olha, o bonitinho não está mais na mesa!

PRISCILA — Amiga! Vamos logo, temos duas coisas para cuidar, da nossa prova e do nosso amigo.

CENA 09. UNIVERSIDADE - PÁTIO. EXTERIOR. MANHÃ

Josh, Francyne e Priscila vão em direção a seu setor, no caminho encontram Martin e seu grupo de amigos.

FRANCYNE — Amiga! Olha ele, o rapaz da mesa ali!

PRISCILA — Passa reto amiga!

Martin nota o burburinho e fica olhando as duas passarem, quando vê Josh logo atrás delas. Josh olha firme para o rosto de Martin que também olha fixamente para Josh. Josh começa a caminha mais devagar.

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