Fanfic: Herois do Olimpo - Portiñon | Tema: Ayd, Portiñon, Mitologia

                                                                       POV Dulce

     Eu não acreditava no que iria fazer, mas eu iria seguir Anahi, sentia que ela precisava, a solidão não é boa compainha para ninguém, ainda mais para Portilla que mesmo com aquela marra e imponencia, sempre estava pronta para proteger quem fosse preciso. A segui pela escuridão do acampamento.

Anahi entrou na arena de combate, sorrateiramente andei pelas arquibancadas e me escondi atrás de um dos pilares, fiquei a observando, o que me deixou paralizada, eu não tinha percebido antes, mas ela usava uma calça bége bem justa, e uma t-shirt branca que mal cobria seus seios, os cabelos loiros estavam e soltos e lisos até abaixo do seios que de longe eu podia notar que eram arredondados, nos pés um tênis branco com as pontas douradas, ela examinava algumas espadas passando a ponta dos dedos pelas laminas.

Pelos Deuses, Anahi era uma pintura celestial que ainda sabia se vestir. Portilla podia ser impertinente, arrogante, mal educada, briguenta, teimosa, mas era corajosa, não fugia dos desafios e era linda, os olhos camaleonicos sempre oscilavam entre o azul e o verde, e eu sabia que  cada tom demonstrava o seu estado de humor, sem falar no sorriso, que eram poucos, mas quando ela os dava, eu esquecia do mundo a minha volta, como estava fazendo agora até ela me tirar das divagações  

- Ninguém nunca te disse que espionar os outros  é feio Saviñon? - Anahi nem ao menos havia me encarado, parecia que ela sempre podia sentir a minha prensença.

Anahi veio caminhando até mim, seus olhos fisgaram os meus, ela parecia relaxada ao contrário de mim que estava estática, não queria ser expulsa dali como ela tentou fazer na floresta.

-Você precisa aprender a respeitar a privacidade alheia – Me encarando com seus olhos agora verdes, ela sabia se impor, intimidar. Sua postura se tornou austéra, e eu ali sem saber o que fazer, corria? encarava?! Pelos Deuses! 

-Não acho que você deveria ficar tão sozinha – Dei de ombros tentando parecer natural, eu queria uma bebida.

-E eu não acho que tenha pedido a sua opinião – Anahi semicerrou os olhos – Volte para a festa, afinal vocês ganharam a caçada e além de tudo você se tornou heroina, a grande filha dos mares - Ela revirou os olhos- Agora entendo porque você mal sabe caminhar, nasceu para a água, prima- Sorriu ironica.

Fingi que não percebi seu tom de ironia, me aproximei ainda mais dela e sentei-me na arquibancada.

- Nunca fui fã de festas, pelo menos não era quando eu era apenas a garota esquisita e cheia de problemas. Você gosta das espadas não é? - Estava tentando manter uma conversa com a garota.

- Você é tão curiosa, Saviñon.

-Eu sei, mas é impossivel, a minha boca pergunta antes mesmo de eu raciocinar.

-Quando se é, ou era, a única filha de um dos três grandes, não se tem muita escolha – Anahi suspirou – Elas são além de uma boa arma, uma boa distração.

Anahi pareceu ceder, sua voz estava suave e sua postura havia relaxado novamente, mas seus olhos estavam tristes.

-Não deve ter sido fácil pra você– pensei alto.

Vi seus olhos ficarem de um tom azul escuro e faiscarem, com um rápido movimento ela agarrou na minha regata e me levantou de supetão, deixando seu rosto próximo do meu, eu podia sentir a eletrecidade estática emando dela, e um forte vento nos cercar.

- Preste bem atenção Saviñon, nunca mais ouse invadir minha privacidade assim - Seu tom de voz era baixo e frio- Eu estou treinando você apenas por que não quero carregar um peso nas costas, eu não sou legal, eu não gosto de pessoas, eu não gosto de estar cercada delas e você não é uma exceção, entendeu? 

De todos os golpes, quedas e machucados que ela havia feito em mim durante os treinamentos, nenhum havia doido tanto quanto a força de suas palavras, eu podia sentir meu peito se rasgando, eu realmente acreditava que Anahi podia ser minha amiga, que eu podia ajuda-lá a sair desse mar de solidão em que ela estava, ninguém nasceu pra ficar sozinho. 

- Por um momento eu pense que você era gente, Portilla - Bradei - Mas você é bicho, ou qualquer outra coisa, por que até os animais não gostam de viver sozinhos - Eu sentia algo crescer dentro de mim e a terra começar a tremer embaixo dos nossos pés - Você não merece a minha compainha! 

-ÓTIMO! - Ela gritou- Então sai daqui, eu não quero ninguém perto de mim, garotas não valem a pena, e você só é uma menininha que irá ser comida por um monstro qualquer sem a minha ajuda e eu não me importo! Você é uma perda de tempo!

- Perda de tempo?

Cerrei meus punhos indignada, nesse momento a terra se levantou embaixo do pés dela a jogando para longe, fazendo com que ela acertasse as costas na pilastra me deixando assusta, mesmo assim não parei, algo dentro de mim me impelia a não ser humilhada, Anahi parecia não entender o que havia acontecido.

Então ela rápidamente se levantou e com uma corrente de ar ela literamente voou sobre mim, esquivei dela seguindo meus instintos, mesmo assim foi inevitável não sentir uma corrente elétrica me atingir me fazendo gritar de dor, eu senti meu coração acelerar, ótimo, eu iria enfrentar Anahi Portilla e o pior de tudo era que eu já estava machucada e não era do golpe.

"No ar tem água, use-a Dulce" eu podia ouvir esse sussurro em meu ouvido, como se eu já soubesse o que fazer lavantei as duas mãos para cima afastas uma da outra e prontamente no meio delas várias goticulas de água se formaram, eu me sentia forte a energia fluia em mim, meu sangue fervia, em um movimento rápido goolpeei Anahi que urrou de dor quando toda aquela agua atingiu seu corpo estatico, eu não podia parar, algo dentro de mim gritava que eramos rivais, corri em direção a ela, a golpeando com um chute no rosto que a fez cair, me joguei em cima dela a prendendo no meu corpo, eu sentia lágrimas correrem por minha face, me sentia magoada, traída, eu pensei que Anahi tivesse sentimentos e que eu importasse, deixei minha guarda baixa e Anahi acertou minha costela com uma rajada de ar, fiquei sem ar, ela aproveitou para mudar nossas posições, sentou sobre mim, seu rosto estava transtornado e sangrava, sua mão começou a se iluminar com faiscas de eletrecidade...quando seus olhos encontraram os meus eu me senti a pior pessoa do mundo, eram de uma azul escuro e sem vida, eu havia provocado isso quando a ataquei e mesmo com toda a magoa eu não me importava mais se eu iria ser atingida ou não...como mágica ela fez aquela luz se apagar de sua mão, saltou de cima de mim.

- Saia daqui Saviñon -rosnou- Nunca mais chegue perto ou eu não vou te poupar!

Eu nem ao menos respondi, estava esgotada, me levantei e sai cambaleando, eu só queria sair daquele lugar, daquele acampamento, minhas costelas estavam quebradas e as sentia machucar meus pulmões, mesmo assim consegui correr, atravessei o acampamento inteiro, adentrei a floresta, eu já não enchergava nada, minha visão era turva por causa das lágrimas, eu precisava da minha mãe, ela sempre fazia tudo ficar bem.

Depois de muito tempo correndo e com o coração em pedaços, percebi que havia me perdido naquela floresta, cai de joelhos, o ar não me bastava, o pavor tomava conta de mim quando para piorar eu ouvi um estrondo e algo se aproximar, aquilo era o meu pior pesadelo. Aquele monstro  com aparencia humanoide tinha chifres enormes assim como seus musculos e suas garras, os cabelos cumpridos e grossos e presas que saltavam a sua boca e ele vinha em minha direção.

Suas garras vieram em minha direção me atirando vários metros longe, fazendo-me chocar contra uma das árvores, fiquei ali caída olhando a criatura voltar a se aproximar com um sorriso maldoso na face.

- O menstre quer a garota - rosnava o monstro - O mestre quer a bastarda, eu buscar.

 O monstro se abaixou ficando na minha altura e colocou suas garras contra meu ombro esquerdo e foi deslizando formando quatro grande cortes ate chegar na altura do coração, eu não podia morrer porém já me sentia desmaiar quando mais uma vez ouvi um susurro, era diferente do acontecido na arena, "use a natureza, Dulce, honre-me", com o resto de força que eu tinha como se fosse natural do meu ser fiz com que as raizes daquela árvore e de outras que haviam ali se enrolassem naquele monstro cravando suas pontas em seu corpo horroroso até que ele foi virando um pó dourado, o cansaço e a dor tomaram conta de mim, tudo se apagou.

-Dulce! – Eu senti um corpo me abraçar, ela me dava pequeno tapas no rosto– Foi um Oni, eu vi, Oh Zeus, você está machucada, voce derrotou um Oni, como ele conseguiu entrar aqui - Ela falava atrapalhada.

Eu tentei abrir meus meus olhos, quando vi Anahi eu não pensei em mais nada, eu a agarrei com a pouca força que me restava, ali era o aconchego e eu só queria ficar ali pra sempre.

-Dulce, eu vou te levantar – Anahi sussurrou e se levantou, meu corpo todo doeu e eu pensei que ia desmaiar novamente – Tenha calma, eu vou te tirar daqui!

-Você estava certa – disse com dificuldade– Eu vou morrer.

- Não! Voce não vai morrer, eu não quis dizer aquilo, eu sou boa em afastar pessoas Dulce, só isso, eu não sei sentir - Eu mal podia prestar atenção nas suas palavras, meus olhos queriam se fechar - Não feche os olhos Dulce, porra Saviñon, não fecha a porra dos olhos - Eu podia ouvir o desespero na sua voz.

Senti nossos corpos se movimentar e mais uma vez uma corrente de ar girar a nossa volta, com muito esforço eu mantinha nossos olhos abertos e pude notar que estavamos voando! Anahi havia manipulado o ar de tal forma que no moviamos sem esforço, eu pousei minha cabeça em seu hombro e me deixei levar.

- Eu vou te levar pra Dinah, ela vai cuidar de ti - ela falava nervosa- voce só precisa ficar acordada Dulce, por favor.

-Anny – A chamei como sempre tive vontade, eu ia morrer mesmo – voce me importa.

-Eu não importo pra ninguém Dulce!

-Não, eu me importo, ninguém nasceu pra ser sozinho.

-Isso não é hora para conversas, até machucada voce é irritante!

-Porque eu sei que voce é boa, voce é boa Anny, voce vale a pena.

-Dulce! Eu preciso me concentrar ou vamos cair e ai sim voce morre!

Parei de falar eu já nem tinha ar mesmo, estava sendo muito fácil me entregar a escuridão que tomava a minha visão, talvez morrer paresse a dor!

-Anahi?! – Ouvi a voz de Maite bem perto.

-Chame a Dinah! – Anahi gritou com desespero – corre, a Dulce está ferida!

Não demorou para Maite aparecer na minha frente, ela estava assustada.

-Eii, eu não estou tão mal assim, - tentei rir, mas só consegui gemer.

-Dinah! – Maite saiu gritando.

A dor era tanta que eu não pude suportar, me senti desfalecer e não vi mais nada.

Realmente eu espero que voces gostem e comentem a respeito desse capitulo, beijos de luz.

ThamyPortinon: Não reclame da quantia de capitulos pois estou me esforçando, aprendi a parar nas melhores partes com voce, mas espero que o capitulo de hoje te agrade u.u, a coisa foi feia. amo-te.

Furacao Maite: Que bom amor, fico bem feliz.

*♥talitinha♥*: Seja bem-vinda, tá saindo mais um capitulo pra voces.