Fanfic: Herois do Olimpo - Portiñon | Tema: Ayd, Portiñon, Mitologia

Parei de falar eu já nem tinha ar mesmo, estava sendo muito fácil me entregar a escuridão que tomava a minha visão, talvez morrer paresse a dor!

-Anahi?! – Ouvi a voz de Maite bem perto.

-Chame a Dinah! – Anahi gritou com desespero – corre, a Dulce está ferida!

Não demorou para Maite aparecer na minha frente, ela estava assustada.

-Eii, eu não estou tão mal assim, - tentei rir, mas só consegui gemer.

-Dinah! – Maite saiu gritando.

A dor era tanta que eu não pude suportar, me senti desfalecer e não vi mais nada.

Pov Anahi

Tudo o que eu quis naquela noite foi magoa-lá, eu não podia conceber a idéia de fraquejar e deixar que alguém conseguisse se aproximar de mim, eu mal havia colado meus cacos e intimamente eu sabia que estava começando a me agradar a idéia de ter Dulce sempre por perto, mesmo ela sendo tão intrometida, obstinada, teimosa, irritante e incrivelmente bela. Dulce era esperta, não ficava calada para minhas criticas, sempre me desafiando, ela não tinha medo, ela me divertia e não reclamava dos treinamentos pesados que eu dava a ela.

Eu também me importava, percebi isso quando senti um cheiro primaveril, era inebriante, eu sabia que era ela, Dulce era flor e eu podia reconhecer o seu cheiro a quilometros de distancia, tive a certeza quando me virei e me deparei com seus olhos castanhos intensos me encarando cheios de brilho e eu senti um calor invadir meu peito.

Assim que me aproximei dela ela começou a conversar como se fossemos amigas de anos, então de repente o desespero tomou conta de mim, me senti fraca novamente, ninguém sabia realmente como era minha vida, nem mesmo Maite, ninguém precisou abrir mão de viver. Eu simplesmente desliguei meus sentidos, meus sentimentos e deixei que aquelas malditas palavras saltassem da minha boca, o que culminou em toda aquela violencia, a agressão que sofri foi merecida, no fundo eu sabia disso, toda  a raiva que eu senti e a vontade de revidar se esvairam quando mais uma vez seus olhos cheios de dor e magoa encontraram os meus. Assim que eu a mandei sair, senti nojo de mim, do que eu tinha feito, quebrei vários objetos, fiz vários raios cairem sobre o acampamento e finalmente decidi que precisava ir atrás dela.

Pela primeira vez na vida agradeci por ser filha de Zeus, eu segui em direção a floresta guiada pelos ventos que me traziam o cheiro dela, eu não tinha um bom pressentimento que se confirmou quando ouvi um grito de dor vindo de algum lugar perto de mim, meu corpo foi mais rápido que meu cérebro e eu literalmene voei até lá meus olhos não acreditavam no que eu via, Dulce estava enfrentando um Oni, ele tinha raizes cravadas por todo seu corpo e acabou virando pó, pude ver o quão ferida Dulce estava, aquele monstro havia feito um estrago em seu peito e ela estava desfalecendo, a acocheguei entre meus braços e jurei que sempre a protegeria. Onis eram seres sem coração, criados para trazer o terror e caçar suas presas até que as encontrassem e cumprissem sua missão.

Usei a manipulação dos ventos para voar com Dulce até o acampamento, por sorte encontrei Maite e logo Dinah, levamos Dulce até a enfermaria onde a muito custo deixei a Saviñon aos cuidados dela e Maite e fui em busca de Quíron, algo muito ruim estava acontecendo ali.

Adentrei a casa grande sem nem ao menos bater a porta.

-Precisamos conversar – exigi a Quíron.

-O que houve, Portilla? – ele estava assistindo a uma luta na televisão.

-Um Oni invadiu o acampamento – expliquei e senti meus olhos faiscarem – E ele estava em busca da Saviñon.

-Que história é essa, Anahi? – Quíron foi cuidadoso.

-Um Oni apareceu na floresta e atacou Dulce, voce sabe que eles são caçadores – eu não precisava contar  que brigamos – Ela quase morreu - Meu coração dilacerou apenas com essa idéia- Mas conseguiu acabar com ele...sozinha!

Quíron desligo a televisão e seu olhar se voltou para mim, pedindo silenciosamente para que eu continuasse.

-Ele falou algo como seu mestre e senhor a queria, a chamou de bastarda. Voce já viu algum filho de poseidom manipular raizes, Quíron? Era como as arvores tivessem vida e a obedecessem!

Quíron abriu os olhos e sua expressão era de pavor, eu nunca o havia visto assim. Eu sabia que hades deveria estar por trás disso, eu só não podia entender o que o Deus do submundo queria com Dulce, eu sabia que a paternidade de Dulce traria problemas, mas achei que seria com Poseidon e não com uma semideusa, afinal, Hades não me caçou, algo não se encaixava aqui.

- Ele só pode ter vindo a mando de Hades  - Falei sem exitar.

-O que ele iria querer com Dulce? – Quíron estava nervoso, ele me escondia algo, eu tinha talento pra isso.

- No começo eu pensei que Saviñon poderia ser filha dele - ponderei – havia materialidade para isso, afinal de contas por duas vezes eu vi ela comandar monstros poderosos que apenas obedessem aos senhores das trevas, mas ai eu a vi se curar com a água, todos vimos, eu a vi usar poderes de agua e eu pude sentir a presença do meu tio ali, mas a vezes eu sinto algo diferente, algo que eu ainda não posso indentificar, eu estou perdendo algo, Quíron.

-Há algo maior do que isso acontecendo, Anahi – Quíron suspirou– Algo que nem mesmo sei – Bateu fortemente com o casco no chão – O Sr. D. não dá notícias, há indicios de que o clima entre gregos e romanos voltou a piorar, os Deuses estão reclusos.

-Isso não é bom.

-Nunca o são, menina, mas gora vá, quando eu tiver notiicias te convocarei, eu sei que voce quer ver a Savíñon.

Era verdade, minha razão estava ali, mas meu coração naquela enfermaria com uma certa semideusa que detinha a especialidade de se intrometer na minha vida. Sai da casa grande e fui em direção a enfermaria, eletrocutando qualquer um que ousasse me atrasar.

Assim que entrei pude ver aquela garota ruiva com a pele mais palida do que de costume, seus lábios que sempre eram avermelhados estavam sem vida, ela parecia dormir. Dinah Janeh passava suas ervas sobre o seu colo, seus seios mal estavam cobertos com um tecido.

-Como ela está? -sussurrei.

- Ela quebrou algumas costelas - Senti uma pontada em meu peito, eu sabia que tinha sido eu quando brigamos- e perdeu muito sangue, eu ja deí o nectar a ela e agora estou passando ervas cicatrizantes, ainda assim acho que ela terá finas cicatrizes, as garras quase alcaçaram seu coração.

- Que merda aconteceu? – Maite que até então estava quieta exigiu saber.

-Um Oni. Ele queria a Saviñon - Contrai a mandibula.

-Deuses. Um monstro desse tipo fora do submundo e no acampamento, nossa proteção está falhando!

Aquele comentário foi o suficiente para me deixar incomodada, eu sabia que o acampamento estava com suas divisas enfraquecidas desde que o velocino foi usado em mim e o pinheiro se enfraqueceu, uma vida por tantas, isso não deveria importar.

-Acabei – Dinah disse– agora precisamos esperar ela acordar, vai sentir dores, seu corpo não é acostumado ao nectar e nem a tantas agressões.

-Eu ficarei aqui– avisei.

-Eu ficarei, Anahi, a Dulce vai...

-Eu vou ficar, Dinah Janeh! – Falei friamente.

Dinah não ousou me questionar, Maite apenas sorriu maliciosa e sairam do local, finalmente me deixando sozinha com a Saviñon, me aproximei cuidadosamente, vendo-a alí tão quieta me deixava mal, Dulce simplesmente não tinha parada, vivia comendo ou fazendo bizarrices como quando ela saia pelo acampamento imitando o jeito das filhas de afrodite, sempre sorrindo e as vezes fazendo pirraça como uma criança, no fim ela sempre conseguia aquilo que queria...fui tirada de meus pensamentos por Lucy Hale.

-Hey Anny.

Ela me fitava com certo recei, a filha de Hecate caminhou lentamente em minha direção.

- Maite disse que tu vai ficar aqui até ela acordar e eu resolvi vir te trazer algumas cobertas.

-Não preciso disso, Hale.

Eu não precisava disso, a vida me mostrou que não devo confiar em ninguém, confiar é sofrer e amar é morrer. Hale era minha amiga antes do acontecido, eu, ela, Ashley e Belinda... eu culpo Hale por isso, foi ela quem me juntou a Belinda, ela insistiu em nós, foi por ela que eu me assumi, Hale sempre me incentivou a amar e o que o amor me trouxe?! a morte. Olhar para Lucy me fazia lembrar todos meu sofrimento e experimentar uma dor que eu havia guardado no baú do meu coração, e fazia lembrar que já fui fraca.

-Eu sei - depositou os cobertores sobre uma cadeira – mas eu ainda me preocupo com voce, Anny, eu sinto sua falta.

- PELOS DEUSES – me exaltei, meu coração era um turbilhão de emoções, eu não queria ter que encarar a Lucy – Voce sabe que não dá Hale, eu não consigo, sai daqui, eu não valho a pena!

-Anny, o que passou e se perdeu não volta, mas nós ainda estamos aqui e sentimos sua falta, eu sinto – Os olhos de Lucy lacrimejaram - Dulce merece uma chance.

-Chega, isso não tem a ver com ela!

-Se não tem porque está aqui?

Aquelas palavras foram como um tapa. O que eu estava fazendo nessa maldita enfermaria preocupada com uma semideusa desastrada, irritante e incrivelmente linda, mesmo que machucada, eu não deveria estar me importar, eu não queria.

Oi gurias, capitulo pequeno porque perdi tudo e precisei reescrever, to pu/ta com isso, mas ok.

Furacao Maite: Que bom amor, é sempre bom saber o que voces acham.

ThamyPortinon: Parece que o jogo virou não é mesmo? Voce sendo TEAM Dulce é um orgulho, mas realmente o capitulo foi dificil, o amor tem dessas não é, eu não tiro a razão da Dulce em ter atacado Anahi, ela mereceu, mas também sei tudo o que Anahi passou e entendo a atitude que ela tomou, espero que agora que a Dulce quase morreu, Anahi perceba que nem todos são iguais e que viver e ser feliz vale a pena e sim, tem um Deus bem poderoso perseguindo a Dulce e ele tem motivos pra isso. Que logo o amor fale mais alto, as duas vão precisar aprender. Amo-te.

vondypft: Bah, bem-vinda, espero que siga acompanhando a fic e me dando tua opinião, eu vou dar uma passada na tua fic sim, afinal, amo mitologia. Anahi é uma alma rebelde, hahaha.

Kah: Sua sumida! Realmente voce acertou o palpite, Duce é bem sereia hahaha. Alguém aqui tem que defender Anahi afinal de contas! Deixa só tu ver elas na cama pra o que é quimica. hahahhaa