Fanfic: Herois do Olimpo - Portiñon | Tema: Ayd, Portiñon, Mitologia

                                                        Pov Dulce

Depois do meu pavor de ver Anahi dormindo sentada ao meu lado e depois que ela saiu dali, Maite começo seu discurso.

-Ela passou o tempo todo do teu lado, feito um cão de guarda.

-Sério? – Falei quase inaldivel, tudo o que ela havia me dito ainda feria meu coração.

- Sim, ela até expulsou a Dinah daqui - Ela não tirava aqule sorriso travesso da cara- Anahi se importa.

-Anahi não tem coração  - Mordi meu labio e desviei o olhar.

- Ela tem, Dulce - Maite de repente ficou séria - Ela enfrentou Ciclopes pra salvar todo mundo, ela só se feriu demais e não só fisicamente, não desiste dela Dulce, Anahi só precisa de carinho, de alguém que insista.

Eu não querida dar carinho para Anahi, eu nem ao menos pensar nela, ela era uma encrenca ambulante e mesmo tendo o dom de sempre me salvar, ela ainda assim era irritando e eu não queria ela por perto, não agora pelo menos, por isso a ignorei.

Logo depois Dinah Janeh apareceu na enfermaria, me deu mais um pouco de Nectar e aquilo realmente me reestruturou, todas as dores passaram e eu estava nova, Maite me acompanhou até o seu Chalé para que eu pegasse algumas coisas e levasse para o meu novo e solitário Chalé, o Chalé de Poseidon, depois fui até o Chalé de Afrodite e peguei um livro sobre os Deuses que Christopher havia me emprestado, afinal eu precisava aprender. 

Avisei a Maite que iria até a clareira perto do rio para ler, eu não achava seguro sair por ai sem avisar, mesmo que ninguém me falasse claramente, e eu não lembrasse exatamente do que havia ocorrido na floresta, eu sabia que aquele monstro não me encontrou por acaso.

Eu não me importava que esse lugar fosse de Anahi, alías, eu não vi seu nome escrito em lugar algum, me recostei sobre a árvore que Anahi costuma esconder seu violão, aspirei o cheio da agua do riacho e uma onde maravilhosa de energia percorreu meu corpo, me concentrei na minha leitura.

-O perigo sempre espreita os desavisados.

O susto foi tão grande que eu mesmo sem ter intenção fiz com que um jato de agua do riacho acertasse Anahi em cheio, fazendo ela cair sentada na minha frente,  ela resmungou, mas não fez nada.

- Bela recepção, Saviñon. - Vi Anahi rir divertida.

-Me desculpe, eu nem pensei, eu não queria ter feito isso.

- Tudo bem, demora um tempo até conseguirmos dominar nossos poderes, mas mesmo assim nossos instintos nos defendem. - Deu de ombros. 

O que faz aqui?!

-Bem, eu estava passando e Maite por acaso me disse que voce estaria aqui, no meu lugar - Deu enfase as ultimas palavras.

Anahi parecia envergonhada, ela ficava linda com as bochechas avermelhadas, mexeu nos cabelos e pigarreou como que querendo falar algo.

-Fala logo, Portilla – acabei falando  – Eu já estou cansada de entender as tuas mil personalidades, voce é irritante, estúpida, arrogante, empedernida, orgulhosa, dona da rasão e má, me arrasa nos treinos, me deixa machucada, me agride com palavras, e depois vai atrás de mim e sempre consegue me salvar. Agora está aqui envergonhada feito uma menininha acuada, esse é a grande filha de Zeus - Despejei tudo de uma vez.

-Eu não vim aqui para que voce me entenda – Seus olhos em um tom azul claro fitaram-me – Você não deveria ter me seguido Dulce, eu não nasci para viver cercada de pessoas, eu ja passei por tantas coisas, não quero passar por isso de novo, é mais forte do que eu, quando me sinto acuada eu ataco, eu só queria te ver longe – Anahi parecia uma metralhadora falando- Então a idiota da Lucy Hale chegou e me falou coisas que eu nem ao menos queria ouvir e ai eu fiquei pensando e me dei conta que se eu não tivesse feito aquilo...

-Anahi! – quando me dei conta uni suas mãos as minhas sentindo seu calor– voce só precisa se desculpar.

Ela ficou totalmente sem jeito, mas não afastou suas mãos das minhas.

-Saviñon eu... – Anahi ficou tensa, ela respirava descompassadamente – Eu...eu... eu sinto muito - Soltou minhas mãos e desviou o olhar de mim.

Não aguentei e tive um ataque de riso, Anahi Portilla nunca pediu desculpas na vida, eu tenho certeza.

- Oh, a filha de Zeus sabe se desculpar – eu ria ainda mais.

Ela deu de ombros, não perdia seu olhar altivo, mas mesmo assim eu podia ver ali uma Anahi mais relaxa, diferente, talvez e só talvez as coisas pudesse mudar.

-Viu, eu estava certa – disse com um ar convencido – Voce sabe ser gente boa, só precisa querer.

Anahi prontamente adotou uma postura ereta, seus olhos me desafiavam, estavam tão diferentes, olhar para eles era olhar o céu.

-Eu a melhor, Saviñon – ela sabia demonstrar sua superioridade.

-Oh, perdão senhorita choque do trovão.

-Cale a boca, Saviñon.

-Choque do trovão, Choque do trovão. - Comecei a cantar em deboche.

-DULCE SAVIÑON!

-O que?! Pode ser Super choque então? - Eu não podia evitar o riso.

-Corra Saviñon, corra.

Eu posso ser tudo menos boba, antes que Anahi se desse conta eu me levante e sai correndo em disparada para tentar entrar no riacho, Anahi obviamente começou a me perseguir, nós duas riamos feito idiotas, antes que eu pudesse alcançar o rio, uma corrente elétrica acertou meu traseiro me fazendo pular e gritar.

- Aiiiiiiii, voce me paga, Portilla! - Me virei na direção dela, ela ria divertida, minha bun/da estava amortecida.

Eu pude ver algumas raizes e me lembrei do que aconteceu com o Oni, então resolvi tentar e com um movimento de mãos, fiz aquelas raizes alcançarem seus dois pés, eu queria ser derruba-la, mas Anahi foi mais rapida e pulou sobre as raizes vindo parar a centimetros de mim, o que ela não esperava é que eu ainda tinha a agua a meu favor, fiz com que uma enorme rajada viesse de encontro a ela, a derrubando de costas contra o solo, logo me sentei sobre ela e fiz com que as raizes segurassem seus punhos. Anahi aproveitou que a agua era um excelente condutor e me eletrocutou mais uma vez, o choque foi tão forte que cai para o lado e não consegui manter as raizes firmando seus pulsos, ela subiu sobre mim e se sentou sobre meu quadril.

-Nada mal para uma novata! – Anahi me encarava- Mas eu sempre serei a melhor.

-Nunca! – gritei – Você é só uma convencida que... – minha fala foi interrompida, porque Anahi me deu outro choque, ele não eram fortes, ela só estava me irritando – PORTILLA! – bati com tudo na costela dela, ganhando outro choque no braço – Aiiiiiii po/rra!

-Admita que eu sou a melhor, Saviñon!

-Eu admito, que você é irritante, ignorante, idiota, desprezível! Ah, e mimada! – disse fazedo birra

Anahi se divertia. Ela segurou minha mãos acima da minha cabeça e pra isso praticamente precisou se deitar sobre mim.

-Voce me desculpa? - Ela me fitava, de repente comecei a reparar em seus lábios.

Seus olhos tinham um brilho que eu nunca tinha visto, eles estavam presos nos meus, seus cabelos loiro

- É claro que sim, Anny – sussurrei.

Os olhos dela se abriram assim como seu sorriso, Anahi Portilla pareceu gostar daquilo. Deuses, que sorriso é esse?! Ela não deveria sorrir assim, era desconcertante, era o sol, era tudo.

-Anny é tão brega que só você  e Hale para me chamarem assim – Anahi sorriu, meu estomago a essas alturas pareciam ter borboletas– Mas como eu sou uma ogra as vezes, eu deixo você usar esse apelido as vezes também.

-Só as vezes? - Eu ri

-Desnecessário – Anahi revirou os olhos.

Anahi de repente se deu conta da posição em que estavamos e pulou de cima e mim, eu podia ver o tom vermelho em seu rosto.

-Obrigada por isso- Foi a minha vez de encara-lá – Tu tem um coração bom Anny, só não sabe demonstrar isso direito.

-Não se intrometa nisso, Saviñon – ela acusou, ali estava a velha Anahi novamente– Por que é tão difícil aceitar que eu não preciso de amigos e nem de pessoas a minha volta, eu não quero ser diferente.

-Eu já tive medo de não ter amigos, de ficar sozinha para sempre, de ser magoada, mas ai encontrei a Maite– admiti,

-E se você tivesse de se mudar novamente? Teria de dizer adeus a Maite e ficar sozinha mais uma vez. Não seria ainda pior?Então é melhor ser sozinha e não sofrer de novo.

-Não – neguei e sorri um pouco – Porque eu não tenho medo de arriscar, de fazer tudo diferente sempre, de me entregar.

-E se magoar novamente, Dulce!

-Provavelmente. Mas antes me magoar do que não viver.

-Isso é insano.

-As melhores coisas são – a fitei e vi toda a confusão que eram aqueles olhos azuis celestes – Viva o hoje Anahi, nós nem ao menos sabemos como serão nossas próximas horas.

Ela me fitou por alguns segundos e desviou o olhar lentamente para o riacho, seus cabelos esvoaçavam e o crepusculo deixava sua pele iluminada. Eu senti meus olhos marejarem, eu definitivamente me sentia feliz, Anahi estava ali, era o jeito dela demonstrar que talvez nós poderiamos ser amigas.

-Bom, vamos voltar, devem estar preocupados – Anahi começou a caminhar em direção a floresta.

-Dul? – Arqueei as sobrancelhas.

-Sim, se voce pode, eu também - Deu de ombros.

-Tudo bem – sorri – Agora será que voce pode me esperar.

-Não.

E foi desaparecendo na trilha. Portilla ainda era Portilla. O problema é que agora eu tinha certeza que gostava dela exatamente assim.

Oiiiii gurias. Dois capitulos porque eu sou um amor! E muito possivelmente no proximo capitulo vai ter beijo sim. 

Kah: Menina, deixe de ser safada, hahahha. Poseidon também me deixa intrigada, onde será que ele andou ciscando, cade essa mãe da Dulce gente? Ela podia ser uma jardineira né, vai saber, façam suas apostas hahahaha, se bem que Poseidon também é o Deus dos terremotos. Hoje voce vai ter uma boa noção do que houve com a Anahi. Não deixe de acompanhar esse fic, nesse mesmo horario, nesse mesmo canal. iashaishaihsaihsaishaihs

luh_perronita: Tu quer ver a treta né nom, mana, hahaha. Acho que agora Anahi se redimiu.

vondypft: Esta postado e dois para compensar! Todo mundo tentando entender a Anahi, acho que hoje ficou meio claro.

*♥talitinha♥*: Que bom amor! Passado da Anahi meio que veio a tona né e a treta por trás da Dulce é grande, mas logo vem a Tona também.

Beijos de luz, gatas.