Fanfic: Herois do Olimpo - Portiñon | Tema: Ayd, Portiñon, Mitologia

Pov Anahi

 Depois daquele beijo eu realmente me senti melhor, era como afirmar a Dulce que de um jeito ou de outro nós sairíamos vivas dessa, com ou sem profecia eu estaria ao lado daquela garota e nós íamos em busca da rede dourada e do Tritão do bastardo do meu tio, também saberíamos quem era a mulher que sempre aparecia em seus sonhos.

Horas mais tarde nos reunimos na floresta, na divisa do acampamento, Maite, Dakota e Lauren vinham cantando Lady Gaga – Perfect ilusion, elas não tinham jeito, mesmo sabendo que poderíamos não voltar vivas dessa aventura, elas estavam felizes. Os outros chegaram juntos, Poncho, Christopher, Dinah, Lucy e Ashley de mãos dadas, Emma e Angelique.

Eu agradecia intimamente por todos terem aceitado essa missão que não os pertencia, eu precisava voltar a aprender que eles realmente eram meus amigos e que o passado já não fazia mais sentido.

Quíron nos ajudou com uma Van Fantasma, ela era invisível aos monstros que pudessem aparecer no caminho até Nova York, onde eu buscaria uma criatura bem desagradável e também um brinquedo que eu e Dulce recebemos de nossos pais.

No fim da tarde chegamos ao nosso destino, eu já havia deixado claro meu estado de humor para todos, paramos em frente a uma mansão toda protegida com enormes portões de vidros, a mansão era sombria, com arbustos podados em forma de enormes animais.

-Anahi?! – Dinah exclamou alto.

-O que?! – Dei de ombros já descendo da Van e indo em direção a ao portão daquela casa, quando uma nuvem negra surgiu e dela saiu ela...

-Acho que a Anahi não falou de mim – Normani disse exibindo aquele sorriso diabólico para os outros que haviam saído logo atrás de mim– Sou Normani, filha de Hades, a única semi-deusa que mora com o papai – Isso doía em todos, Hades não cumpria ordens e se negou a criar Normani longe dele, inclusive não a levou para o acampamento, mas nossos caminhos já haviam se cruzado tempos atrás.

Olhei para trás e vi todos com uma expressão inquisidora. Soltei um suspiro cansado.

-Não olhem assim – bufei – O submundo grego é parecido com o submundo romano e ela vai nos ajudar a chegar lá depois que tivermos a rede.

-Bons motivos, pelo visto – Christopher sorriu.

 - Venham, nos fundos da minha casa tem espaço suficiente para ele descer e não temos tempo, papai não vai gostar de saber que vocês estiveram aqui – Normani foi entrando e nós fomos atrás, o espaço para onde ela nos levou cabiam 5 campos de futebol.

 -É hora de vocês darem as mãos e invoca-lo – Hale falou olhando para mim e Dulce.

Eu mal tinha falado com ela depois do beijo, fugi como um cão assustado, mas a vi vindo até mim a passos lentos, quando nossas mãos se tocaram eu senti a brisa marítima alcançar meus poros, a água aumentava a corrente elétrica que transpassava nosso corpo.

-Pronta? – Ela me olhou e afirmou com a cabeça.

Com as mãos que tínhamos livres Dulce e eu lançamos eletricidade e água até o céu, de modo que os poderes transpassaram as nuvens e ele veio até nós.

O navio era imponente, pousou sobre o gramado sem nem ao menos danificar o solo, possuía dois mastros enormes, as velas eram da cor branca com um enorme raio desenhado em dourado e azul com um Tritão desenhado em um azul luminoso. A madeira era envernizada, e ele só funcionava comigo e Dulce a bordo, ele era o Argos II, o navio que foi usado por nossos pais na batalha contra os titãs, deslizava lindamente sobre os mares e também voava. Eu não podia negar o quanto eu estava impressionada. Dulce e Poncho foram os primeiros a subir animados.

-Bem vindos ao Argos II – Dulce disse encantada.

 – Um legítimo navio de guerra grego! Mais do que isso, abençoado pelos grandes – Poncho bradou, por ser filho de Ares, ele amava esse tipo de coisa.

-Como isso saiu das nuvens? – Dakota perguntou impressionada.

-Hefesto criou para nossos pais, foi um presente – expliquei– Mas ele só funciona se Dulce e eu estivermos a bordo, somos as capitãs, água e ar, é magia.

-OLÁ CRIANÇAS! – Alguém gritou

Todos nos assustamos, eu cheguei me preparar para atacar quando reconheci o caduceu, um bastão de três metros de cumprimento feito de madeira, com asa no topo.

-Pai? – Maite Perroni exclamou em choque.

-Minha querida! – ele  foi até Maite e a abraçou tão forte que a levantou do chão com seus tênis alados – Maite Perroni Beorlegui! Estou orgulhoso de saber que você está participando de uma missão tão suicida e perigosa como essa, nós não fugimos a luta.

-Tão animador – Dakota resmungou.

-O que faz aqui? – Maite indagou conseguindo sair do abraço sufocante.

-Vim trazer uma encomenda – Hermes falou retirando algo do bolso e jogando para Maite, era uma pequena caixa de madeira– é um formador de tempestades- explicou- se você abrir essa caixa vai liberar ventos capazes de destruir cidades, usem apenas se necessário.

-Se é uma encomenda, quem mandou? – perguntei.

-Zeus! Seu pai realmente não quer uma guerra entre nós e os romanos – Hermes explicou e olhou para Maite e com um sorriso travesso – Não morra, está bem? –E simplesmente sumiu no ar.

POV Dulce

Passamos algum tempo explorando o navio e brigando pelas cabines que eram poucas e todas com camas de casal, acabou que fizemos um sorteio, e para minha sorte eu cai com a pessoa mais adoravelmente irritante do Navio, Anahi Portilla.

O Argos II era praticamente todo equipado com armas de guerra de todo tipo, haviam canhões dos dois lados e alçapões também, um espaço para a cozinha e o convés amplo, Poncho e Maite haviam assumido o comando da embarcação, Poncho por que me pediu e Anahi deixou, eu nem saberia pilotar mesmo, Maite por nunca se perder.

O Navio estava a todo o vapor, os garotos estava, na cozinha preparando o jantar e eu resolvi ir até a proa, no meio de toda aquela confusão eu só pensava em poder voltar viva para minha mãe. Estava olhando para o céu extremamente estrelado quando ouvi aquela voz estranha aos meus ouvidos.

-Sente medo?

Tomei um susto e acabei me desequilibrando o que quase me fez cair.

-Perdão, eu não queria te assustar – Normani sorriu.

-Eu sei... – Fui sincera.

-Voce não me conhece ainda – Normani se escorou no parapeito – Eu e Anahi não temos uma boa relação, éramos amigas até descobrirmos que éramos semi-deusas e que nossos pais não são os melhores amigos do mundo apesar de serem irmãos – Ela olhava para as nuvens.

-Porque está nos ajudando– Fui direto ao ponto.

-Ele é meu pai – Normani mordiscou rapidamente o lábio – Diferente dos outros deuses, ele realmente fica perto de mim e essa guerra pode acabar com um dos lados, eu não quero perde-lo e eu também posso entrar com facilidade no submundo, o que talvez ajude quando tivermos que encontrar Plutão.

- Então nós somos primas? – Agora é que eu tinha me atinado que o mesmo seria com Anahi. 

-Não tente fazer isso – Normani riu e eu a olhei confusa – Pensar quem é tio, quem é primo, coisas assim. Não há regras para casos amorosos na mitologia, ali todo mundo já se relacionou com todo mundo – Prontamente Normani me fitou curiosa.

-O que rola entre você e a Portilla?

-Acho que nada – admiti sem vontade – Ela é difícil.

- Anahi Portilla tem todos os motivos para ser difícil – Deu de ombros- Mas desde que eu me juntei a vocês pude perceber que não tiram os olhos uma da outra, Anahi chega faiscar, acho que ela deve ter um coração – Sorriu de lado.

-Anahi me acha uma desastrada, ela só me ajuda por que mesmo que não pareça ela é boa – Não queria pensar nos beijos, melhor era ser realista.

- Eiii- Ariana segurou meu rosto com as palmas das mãos- Você é linda Dulce, tem cheiro de mar e flores, é como o mar em dias de primavera, e tem um sorriso que trás a luz- Eu confesso que mesmo incomodada com a proximidade de Normani, suas palavras me deixavam enternecida- E bom, seus olhos e seu rosto são de uma beleza imensurável, sua mãe deve ser linda.

Foi impossível não corar com o elogio, acabei me desvencilhando de u

-Bom, vamos jantar, acho que já está pronta.

Acenei com a cabeça e a observei se afastar. Normani era uma negra linda de olhar imponente e obscuro, deve ter saído ao pai, mas mesmo assim sabia ser suave e cativante. Dei mais um tempo ali e logo segui o mesmo caminho dela.