Fanfic: Herois do Olimpo - Portiñon | Tema: Ayd, Portiñon, Mitologia

Dulce

Não faço a mínima idéia de por quanto tempo Anahi ficou aconchegada em meus braços, a sensação era única, a plenitude tomava conta de mim. Me ajeitei melhor para poder olhar em seus olhos.

-Promete que não vai mais agir como uma ogra quando eu estiver com a Normani? – Tentei deixar minha voz o mais branda possível.

Anahi me olhou e franziu a testa, talvez esse não fosse o momento para esse assunto.

- Dul... eu posso prometer tentar, eu sei que você não me deve nada, e eu vou dar o melhor da mim para entender essa amizade, mas eu juro por Zeus e todos os Deuses do Olimpo que a se  Normani se passar com você ela morre! –rosnou baixo.

-Ah Portilla, você nunca vai tomar jeito – Ri e a apertei em meus braços.

-Se eu prometer me comportar eu posso te beijar sempre que quiser incluindo agora?

Anahi sorriu e ficou sobre mim novamente, ela apoiou os braços nos lado do colchão e deixou seu corpo se encaixar sobre o meu, ronronei baixinho e busquei colar nossos lábios. É tão bom sentir a macies dos lábios dela contra os meus que eu poderia fazer isso o tempo inteiro, eu cheguei sorrir contra seus lábios, foi a deixa para ela pedir passagem com a língua. O beijo era calmo, sem pressa, estávamos aprendendo como cada uma gostava de ser sentida. Anahi era a tempestade no meio da minha calmaria, mas mesmo assim eu me sentia em paz junto dela. Eu  já podia sentir o calor do corpo de Anahi reacender o meu quando ouvimos um estrondo vindo da porta e como dois raios, seguidas por nossos instintos de semi-deusas saltamos da cama prontas para atacar!

Porém, para nossa surpresa um grande holograma apareceu em nossa porta e nele apareceu a frase: ME FO/DE, SAVIÑON, EU NASCI PRA SER PASSIVA, e uma imagem da Anahi de quatro para mim.

Eu não conseguia parar de rir, enquanto via com a visão periférica Anahi vermelha vestindo rapidamente sua roupa e me atirando as minhas.

-Vista-se! – rosnou.

Foi o tempo de por minha calcinha e uma blusa para ver Maite e Hale abrindo a porta de supetão rindo feito duas idiotas.

-MAITE! – gritei.

-HALE! – Anahi gritou ao mesmo tempo.

Anahi saiu correndo em direção das duas, que prontamente saíram correndo navio a fora com gritos de ordem ao estilo: Anahi é passiva! Anahi é passiva!

Maite e Hale gargalhavam enquanto eu sai desesperada tropeçando em tudo o que via, eu não sabia se segurava Anahi ou se ria junto delas. Ficamos nessa por um bom tempo, derrubando tudo o que víamos pela frente, Anahi lançava raios que as vezes que as vezes atingiam as garotas que gritavam de dor.

-Ei! Parem um pouco – Gritei cansada, como nenhuma me escutou eu fiz a madeira se desvencilhar do convés e envolve-las pelos pés. Elas me olharam de um modo sinistro, eu não sabia ainda como podia fazer aquilo.

Ouvimos o motor do Argos gemer quando uma forte onda nos atingiu.

- Acho que chegamos – Maite falou olhando para o céu, nós nos aproximávamos de uma forte tempestade. Lauren veio correndo em nossa direção.

- Pressão demais nos pistões. O motor não foi feito para águas profundas.

Não tinha a menor idéia de como ela sabia disso, mas aquilo me deixou nervosa. Soltei as gurias prontamente. Depois de mais alguns minutos, as manchas escuras à nossa frente entraram em foco. Ao norte, uma enorme massa de rocha se erguia do mar - uma ilha com falésias de pelo menos trinta metros de altura. Cerca de um quilômetro ao sul, a outra mancha de escuridão era uma tempestade que se formava. O céu e o mar ferviam juntos em uma massa trovejante.

- Furacão? – Maite perguntou.

- Não - disse Anahi. - Caríbdis.

Maite empalideceu.

- Você está louca?

- É a única entrada para o Mar de Monstros, bem entre Caríbdis e sua irmã Squila. O melhor agora é enfrentarmos Caríbdis – Anahi sentenciou e apontou para o topo das falésias, minha impressão foi a de que lá em cima vivia algo que eu não tinha vontade de conhecer.

- O que você quer dizer com única entrada? - perguntei. - O mar é tão largo! E só contorná-las – Eu já havia lido a respeito dos irmãos e não era nada bom.

Hale revirou os olhos.

- Você não sabe nada? Se tentarmos contornar elas vão simplesmente aparecer no meio do caminho de novo. Se quer entrar no Mar de Monstros precisa navegar por entre eles e rezar por não ser atacado pelos dois!

- E as Simplégadas, as Rochas Colidentes? – disse Lauren - São outro portal. Jasão o usou.

Aos poucos os demais se juntavam a Proa junto de nós.

- Não é possível explodir aquelas rochas com os nossos canhões – disse Maite - Mas monstros, por outro lado...

- Você é louca - conclui.

- Nós vamos conseguir! – Maite correu para o timão - Em curso para Caríbdis!

O motor gemeu, as chapas de ferro chacoalharam e o navio começou a ganhar velocidade.

- Anahi - falei - Caríbdis suga o mar. Não é essa a história?

- E o cospe de volta depois, sim.

- E Squila?

- Ela vive em uma caverna, no alto daquelas falésias. Se chegarmos perto demais, suas cabeças de serpente vão descer e começar a arrancar marinheiros do navio, ela e Caribdis os escravizam.

- Então todo mundo vai para o convés de baixo e passamos direto.

- Não! - insistiu Anahi - Caríbdis fica sentada lá, no centro do seu redemoinho. Vamos avançar diretamente para ela, mirar nossos canhões e mandá-la para o Tártaro! Vamos evitar Squila.

Ela disse isso com tanto gosto que quase tive vontade de acreditar.

O motor zumbia. As caldeiras estavam esquentando tanto que eu podia sentir o convés se aquecendo embaixo de meus pés, As chaminés vomitavam rolos de fumaça. As bandeira de Zeus e Poseidon tremulavam ao vento. À medida que nos aproximávamos dos monstros, o som de Caríbdis era cada vez mais alto, um horrível rugido molhado, como a descarga do maior vaso sanitário da galáxia. A cada vez que Caríbdis inspirava, o navio estremecia e era arremessado para a frente. A cada vez que ela expirava, subíamos na água e éramos castigados por ondas de três metros.

Tentei cronometrar o redemoinho. Até onde pude perceber, Caríbdis levava cerca de três minutos para sugar e destruir tudo num raio de um quilômetro. Para evitá-la, teríamos de passar bem perto das falésias de Squila. E, por pior que Squila pudesse ser, aquelas falésias não estavam me parecendo nada boas.

-Merda! Então é Squila que vamos encontrar quando sairmos

-Todo mundo preparado para a batalha! – Anahi gritou.

-Maite, Dakota, nos tirem daqui! – Lucy Hale ordenou.

-É o que estamos tentando fazer! – Maite estava mesmo lutando para girar o leme ao máximo com a ajuda de Dakota – Anahi, tente usar o vento para empurrar o Argos para longe! Caribdis está nos puxando!

Aquele monstro enorme podia ser visto a nossa freste, seus enormes dentes amostra no mar, sua boca criava um enorme redemoinho e cada vez que ele rosnava nos sugava para mais perto, se nada fosse feito seriamos engolidos.

-Cris, Emma, Lauren, Dinah – Poncho gritou – Vamos para os canhões, nós precisamos acertar a boca dela!

Anahi já estava para levantar voo para poder manipular os ventos em desfavor de Caribdis quando eu a alcançei e puxei contra mim.

-Tome cuidado – eu disse de maneira firme, mas preocupada e a beijei, um beijo rápido, porém intenso.

-Você também – ela rosnou baixo – Por favor.

Nos soltamos em uma última troca de olhar, então ela voou até as velas do navio e começou a controlar os ventos para que o navio pudesse tomar a direção oposta de Caribdis. Nós só precisávamos nos esforçar e fugiríamos daquela coisa.

- Saviñon? – ela gritou. - Você é filha de Poseidon, tente controlar a água.

Anahi estava certa. Fechei os olhos e tentei acalmar o oceano, mas não conseguia me concentrar. O ruído de Caríbdis era alto e forte demais. As ondas não me respondiam.

- Eu... eu não consigo - falei com tristeza.

- Precisamos de um plano B – disse Anahi já cansada. - Isso não vai dar certo-  O navio não se movia.

- Anahi está certa - disse Maite. - O motor não está bom.

- O que você quer dizer? - perguntei.

- Pressão. Os pistões precisam de conserto.

Antes que ela pudesse explicar, o vaso sanitário cósmico deu descarga com um possante chuááááâ! O navio se lançou para a frente, e eu fui arremessada no convés. Estávamos no redemoinho.

- Retaguarda total! - gritou Normani mais alto que o barulho.

O mar se agitava à nossa volta, as ondas arrebentavam no convés. As chapas de ferro agora estavam tão quentes que fumegavam.

- Levem-nos à linha de tiro! Preparem os canhões de estibordo!

Quando houve um fio de esperança, ele foi brutalmente cortado quando alguma coisa enorme veio pelos céus e começou a atacar Anahi, o monstro marinho tinha asas e era tão grande que sua sombra cobria seu corpo inteiro, o monstro abriu a boca e soltou um jato de agua em Anahi que fez seu corpo voar para trás e bater contra o mastro da frente com tudo.

O ar pareceu me faltar, eu fiquei tremula, o mar ali parecia não querer me obedecer, muito menos os monstros que ali habitavam, era uma terra sem leis. O monstro começou a avançar contra Anahi que mesmo controlando o ar tentava se defender como podia.

Dinah, Ash, Hale, Lauren e Emma lutavam contra os defuntos de piratas mortos e escravizados por caríbids que tentavam nos matar. Eu continuava desesperadamente movimentar algumas ondas contra aquele monstro, de nada adiantava. O monstro investiu mais uma vez contra Anahi e iria acerta-lá em cheio se não fosse por uma enorme explosão que ouvimos, eram poncho e Lauren mirando um enorme canhão com o fogo mágico da filha de hefesto contra a cabeça daquela coisa a fazendo estilhaçar. Eles tinham salvado a vida dela, Poncho e Lauren eram uma dupla incrível e amigos fieis.

Gurias, prometi e cumpri, a aventura começou com o casal bem unido, não vou responder especificamente vocês hoje porque tô na corrida. O capitulo não ficou tão bom mas o próximo vai ser melhor, se houver comentários posto ele, hahaha. Os garotos estão embaixo do mal tempo, tomara que ninguém morra. Beijos de luz.