Fanfic: Herois do Olimpo - Portiñon | Tema: Ayd, Portiñon, Mitologia

-Você iria colocar a todos em perigo, Dulce. Pense na sua mãe e que a quer viva. – As palavras de Anahi foram como uma faca no meu peito, eu nunca suportaria ver minha mãe morta por minha causa.

-Pe-perigo? – Gaguejei. Eu queria vomitar.

-Aquele mini gigante falou algo a respeito de alguém mandar pegar você, se esse tal alguém mandou alguém pegar você, tenha certeza que outros surgiram e agora que você sabe do nosso mundo, qualquer passo que você  dê, vai ser notada e muito possivelmente, perseguida por outros.

        Eu não conseguia acreditar que tudo aquilo estava acontecendo comigo, eu só queria o colo da minha mãe e que ela me dissesse que tudo ficaria bem, talvez um lapso de memória, qualquer coisa. Decidi que não podia mais ficar ali.

-Eu vou para casa – Falei da maneira mais séria possivel – Vocês são metidas com coisas erradas e eu não tenho culpa disso! Eu sou inocente!

- Cada um sabe a dor e a delicia de ser quem se é, Dulce – Anahi falou baixo, sua voz parecia triste – Tudo sempre tem um preço.

        Neguei tudo aquilo que estava acontecendo, eu não podia estar passando por isso, eu não merecia, olhei para as duas, leventei daquele sofá sofisticado e fui em direção a porta.

-Dul, fica. – Maite pediu pacientemente – Eu entendo o que você está pensando nesse momento, não é fácil, nunca é. Anahi, eu e todos os outros tivemos de abdicar de nossas famílias ou eles não estariam vivos agora.

-Eu nunca, nunca vou deixar a minha mãe sozinha! – comecei a chorar com desespero – Isso não é certo Mai, eu ainda nem pude entender como o professor se transformou naquela coisa!

- Você sabe que algo dentro de ti grita que tudo é real, são teus gens, todas as coisas estranhas que te aconteceram até hoje, a tua dislexia, acidentes inexplicáveis, ou você assume essa nova vida, ou morre –Anahi bradou de maneira calma mas segura e algo em seus olhos agora de um tom quase verde me dizia que ela estava certa.

          De repente uma espécie de rosnado poderoso invadiu a casa, Maite arregalou os enormes olhos, quando eu me deparei com aquilo o meu sangue congelou, agora sim era o fim, senti Maite me arrastar para longe e aquele animal com corpo de ave, garras enormes e cabeça de mulher avançou sobre nós, nesse momento Maite pegou aquela maldita chave mestra e a fez se transformar em uma espécie de Punhal enorme, Anahi também já estava ao meu lado com a espada brillante em punho. Então como num piscar de olhos aquela Ave humanoide voou sobre Anahi que tentou desviar, mas caiu no chão perdendo a espada, eu só sabia gritar desesperada, mais uma vez nossas vidas estavam por um fio.

           Anahi  estava no chão e aquela ave estava com as garras enormes cravadas em seus braços causando grandes rasgos, aquele monstro tinha o corpo todo coberto de penas, os olhos eram vermelhos e tinha um sorriso maquiavélico por ter a certeza que teria o que queria, uma aura macabra o rondava. Quando o monstro apontou uma das garras para o pescoço da Portilla, ela utilizou a mão livre para liberar uma espécie de raio que jogou o animal para longe, em um incrível rosnado de dor, Anahi sangrava pelos braços bastante feridos.

           Com muito custo Anahi conseguiu se levantar e voltar a atacar aquela ave que conseguia esquivar alguns golpes, para mim aquilo tudo era surreal, quando senti Maite me puxar pelo braço e me arrastar até a Porta eu vi Anahi receber uma mordida no ombro que a atirou longe, eu pude ouvir um de seus ossos quebrar e mesmo assim a garota encreiqueira conseguiu se levantar e voltar a atacar aquele enorme animal. Eu sabia que Anahi não conseguiria se defender por muito tempo, ela sangrava muito, e eu podia ver o osso do seu ombro quebrado. Quando percebi que aquela ave mais uma vez iria conseguir atingir aquela garota, me esquivei de Maite e corri para frente de Anahi.

-PARE! – Levei minhas mãos a frente e gritei com todas as minhas forças – Não a machuque, pare!

             E aquela mulher com corpo de ave me obedeceu, era como se ela não tivesse outra escolha.

- Você, não pode ser, por Plutão... –rosnou com uma voz estridente e desapareceu da mesma forma que surgiu--

-Dul como você—Maite tentou pronunciar e eu ainda estava em choque.

-Vamos! – Anahi prontamente adotou uma postura firme, mesmo com todos aqueles ferimentos a garota parecia imbativel – Não vamos brincar com a sorte e eu preciso de Nectar o quanto antes! –Já com um tom de dor na voz.

           Maite correu para a cozinha e voltou com um pequeno frasco que eu não pude identificar, o entregou a Anahi e mandou que ela tomasse devagar,  prontamente os ferimentos foram estancando e os machucados se curando, eu mal podia acreditar no que meus olhos viam, mesmo assim, Anahi Portilla era  uma catástrofe, tinha as roupas rasgadas e um aspecto nada amigavel.

Depois de Anahi terminar o frasco, saímos correndo em direção ao carro que minha amiga tinha roubado, eu ainda olhava para trás com receio de que aquela mulher com corpo de ave voltasse a nos atacar. Assim que entramos no carro e começamos a andar para longe daquela casa, então eu pude entender que o perigo era real e que realmente algo  muito, muito ruim poderia acontecer a qualquer momento, tudo o que Maite havia me dito era real, eu era um ser não tão humano, minha mãe estava em perigo e eu realmente não tinha escolha.

Oiiii, aqui vai mais um capitulo gurias por que provavelmente amanhã eu não vá postar, afinal, no domingo até Deus descansou hahahah. Boa noite, beijos de luz. <3