Fanfic: Herois do Olimpo - Portiñon | Tema: Ayd, Portiñon, Mitologia

Pov Dulce

-E agora? – Maite olhou para Anahi.

     E agora era o que eu estava me questionando enquanto chorava em silencio no banco traseiro, estava tentando entender tudo o que havia acontecido nesse dia e como de uma hora para outra eu havia me tornado esse perigo ambulante, não só para mim, mas para todos a minha volta. Como eu poderia voltar para casa sabendo que isso poderia ser uma sentença de morte para a pessoa que eu mais amo nesse mundo, minha mãe Blanca.

       Eu não conseguia distinguir os meus sentimentos nesse momento, eu nem ao menos sabia o que iria acontecer dali em diante, de uma garota com alguns problemas, agora eu era uma garota perseguida por monstros mesmo sabendo que toda noite antes de dormir eu rezava pedindo proteção a Deus. Qual foi o meu erro? Por que Blanca foi me tirar daquelas águas? De repente o que Anahi falou me tirou da minha introspecção.

-Nós vamos para o acompamento meio-sangue, não podemos permanecer com ela aqui – Anahi respondeu com a voz gélida.

-Acampamento? – Questionei nervosa.

-Mas olha só, a senhorita não reclamada está viva! – ironizou Anahi.

-O Acampamento Meio-Sangue, é como se fosse um santuário que nos livra dos perigos, lá existem fronteiras magicas que não permite a entrada de quem não é desejado– Maite respondeu – Lá nós podemos treinar e aperfeiçoar os nossos poderes, mas costumamos ir pra lá apenas no verão.

- Se é que ela tem algum –Anahi bradou -

-Outros meio-sangues? – indaguei incerta ignorando a insuportável da Portilla.

-E outras coisas – Anahi acrescentou – Fica em Longng Island.

-Eu poderia ao menos avisar a minha mãe, uma ligação, qualquer coisa? – Vi Anahi revirar os olhos através do retrovisor e Maite suspirar cansada – Eu não sou como vocês, eu não posso simplesmente sumir, Maite, você conhece a minha mãe, ela colocaria a polícia atrás de nós e---

-Ok! Agora cale essa boca!

      Apertei os meus punhos com toda a força que eu tinha para não socar a cara de Anahi Portilha por que eu realmente não podia, primeiro por que não queria morrer caso ela ousasse revidar, e segundo por que eu pude perceber que ela era meio que a senhorita “eu que mando aqui”. Ignorei e resolvi ligar para  minha mãe, quando retirei meu celular do bolso e fui discar o numero, Portilla tomou de mim brucamente e simplesmente o destruiu atirando pela janela.

-O que você pensa que está fazendo sua idiota?! – Anahi gritou.

-O que você pensa que fez sua maluca! – gritei totalmente alterada, aquele celular era novo e minha mãe tinha demorado pra conseguir me dar ele.

       Anahi riu com o todo o sarcasmo que tinha dentro dela, aquilo foi o estopim para a raivar que eu tinha dentro de mim extravasar, comecei a soca-la com todas as forças que eu tinha!

- O que tu pensa que fez sua mer/da do car/alho, garota problema, você mata monstros, mas eu vou matar você Portilla –Minhas mãos já começavam a doer--

-Mer/da Saviñon – Anahi tentava desviar dos meus golpes – você vai fazer a gente se matar  – eu não dei ouvidos, quanto mais batia mais me sentia bem – PARA PO/RRA!

       Nesse instante eu simplesmente levei um choque que me fez bater com toda força contra o banco e me deixar tremula, merda, o que tinha sido isso!.

- EU AVISEI – Anahi rosnou brava-

-Já pararam?– Maite gritou nervosa.

-Essa louca queria usar tecnologia! – Portilla se defendeu.

-Que tu atirou pelos ares, inferno! – Ainda estava sentindo as dores do choque.

-Dul – Maite tentou falar com calma – Nós descobrimos da maneira mais difícil que quando semideuses usam tecnologia, atraem monstros como sangue atrai tubarões, Anahi é filha de um dos grandes o que piora nossa situação.

- Entendeu agora sua demente?! – Anahi disse com aquela cara de “eu sou fo/da”.

- Demente é a pu/ta que te pa/riu, te mal pariu não é Portilla? Você não é capaz de manter um dialogo descente com ninguém, podia apenas ter dito!

      Fiz minha melhor cara de emburrada, Anahi nem me olhou na cara enquanto Maite balançava a cabeça e pronunciava palavras inaudíveis. Conseguimos parar em uma rua que havia um telefone público, Maite desceu comigo me disse que eu poderia ligar para minha mãe, mas que não poderia demorar mais do que o estritamente necessário o que me deixou mais nervosa ainda por que eu nem ao menos sabia o que dizer para Blanca. Olá mamãe, eu não posso voltar para casa pois estou fugindo de monstros terríveis que querem me fazer de alimento?! Aff.

     Quando peguei o telefone e inseri algumas moedas, meu coração começou a acelerar e minha boca secou, respirei fundo e disquei, no primeiro toque minha mãe atendeu, eu sabia que por eu ainda não ter chegado em casa ela estaria ao lado do telefone.

-Dulce minha menina, é você? Aonde você está, eu vou até ai – Blanca falou alterada.

- Mãmãe, por favor, preste atenção –Sentia meu coração se romper—Eu estou bem, mas eu não posso ir pra casa e não vou poder por um tempo, por favor mamãe, não me procure, quando tudo estiver bem, eu volto, prometo.

-Dulce, aonde você está? – Agora mamãe gritava  – Eu quero você aqui ou eu vou chamar a polícia!

- Blanca! – Chamei sua atenção- Eu não posso voltar, não agora, você precisa ficar bem, eu te amo, eu vou te amar sempre mamãe, te amei desde que você me tirou daquelas aguas, obrigada por isso e por lidar com todos os meus problemas...

-Dulce! – Anahi me chamou.

-Filha, por favor, seja o que for, volte para casa, nós vamos resolver juntas como sempre fizemos- eu já podia ouvir seus soluços.

- Amo você, não esqueça. Quando der entro em contato, desculpa mãe.

      Provavelmente essa ligação foi a coisa mais difícil que eu já fiz em minha vida, nós só tínhamos uma a outra, eu cuidava dela e ela de mim, foi assim desde que papai  se foi, senti os braços de Maite me rodearem e ela beijar o topo de minha cabeça sussurrando que tudo ia ficar bem, eu sabia que talvez não fosse assim. Voltamos para o carro e Anahi deu a partida, acho que de tanto chorar eu acabei pegando no sono, acordei apenas quando o carro parou na  beira de uma velha estrada que tinha uma espécie de quitanda, quando olhei para o lado esperando ver Maite, me deparei com aquele par de olhos azuis, dessa vez com um olhar menos prepotente e não tão mal assim.

-Maite foi atrás de comida, ela é boa nisso – falou– Aqui é onde podemos comer e descançar um pouco antes de chegarmos ao acampamento, depois daqui as coisas podem se complicar, esteja preparada Saviñon.

      Não esbocei reação alguma, uma parte de mim só queria que tudo isso não passasse de um de pesadelo. Sai do carro sentindo o frio tocar meu corpo, Anahi passou por mim e eu a segui até a quitanda onde Maite já nos esperava cheia de alimentos em suas mãos.

Bom Domingo gurias, para as que comentam e para as fantasmas para que deixem de ser, hahaha