Fanfic: HOME - Um novo começo | Tema: AyA, DyC, MyI, CyC

 

Anahi estava uma pilha de nervos, desde que chegará de Nova York, onde morou os últimos anos, ninguém a vira, exceto sua melhor amiga Mayte.

Faria sua primeira aparição em público, no casamento de Angel, prima mais nova de Mayte. Anahi estava preocupada com as fofocas que circulavam sobre ela, afinal foi embora de Monterrey* quando ainda tinha dezoito anos, e raras vezes voltou para ver seus pais, uma vez que eles tinham negócios na capital e sempre iam a ver. Ainda mais depois que seu irmão, três anos mais novo, Cristopher se mudou para fazer faculdade.

Anahi sempre fora a garota sonhadora que ajudara os pais no negócio da família, uma fábrica de peixes enlatados, mas seu sonho sempre foi comandar grandes corporações, por isso formou se com mérito na escola e conseguiu sua tão sonhada vaga na Universidade da Columbia, em Nova York, onde também conseguiu o emprego dos sonhos e o noivo de dar inveja a qualquer garota de sua pequena cidade.

Mayte: Any, você está linda, não vejo a hora da sua mudança chegar, quero emprestar várias coisas que vi no seu Instagram.

Essa era Mayte, amiga confidente de Anahi. Amizade tão singela como nenhuma daquelas que ela conquistou em Nova York, uma amizade que não tinha espaço para inveja ou competições. Ao contrário de Anahi, Mayte não tinha grandes sonhos empresariais, ela formou se na universidade do seu estado, namorou os bons partidos da sua cidade, e agora estava noiva do seu namorado do seu último ano de faculdade, que se mudara a alguns meses para Monterrey.

Anahi: Não tenho certeza, se quero encarar todas essas pessoas. Você sabe que vão falar de mim. Me sinto ferida demais para aparecer.

Mayte olhou com gentileza para amiga, sempre a admirou por seu esforço e pelo seu caráter, e sabia que os boatos que rondavam a cidade era apenas inveja daqueles que ficaram parados no tempo, enquanto sua melhor amiga conquistava o mundo. Mas agora mais do que nunca, precisava apoiar Anahi.

Mayte: Você já ficou tempo demais, já fazem o que? Três semanas que chegou e não recebe ninguém além de mim, além de me fazer mentir para todos que não tenho notícias suas.

Anahi apenas sorriu de volta, e ficou grata por Mayte estar presente, pois os últimos meses foram terríveis para ela, voltar para Monterrey com sua moral abalada por um crime que não cometeu, e simplesmente não conseguir provar, que fora vítima de fraude pelo próprio ex-noivo, pois este era a principal testemunha de sua humilhação.

Anahi respirou fundo e ajeitou o longo vestido azul com singelas flores que desenhava seu corpo, o vento fazia a barra de seu vestido esvoaçar junto com as poucas mechas que caiam em volta do seu rosto, que davam charme ao simples coque que sustentava seus cabelos castanhos.

Nervosa deixou que Mayte entrasse na frente com seu noivo Ian, no único clube de golf da cidade, onde apenas algumas famílias tinham acesso. Isso era Monterrey, onde para ser alguém você precisa antes ser filho de alguém importante.

Na área verde que banhava a varanda do espaço gourmet do clube foi instalada uma tenda onde aconteceria a cerimonia e recepção, a decoração era pomposa e exagerada para um casamento a tarde, mas Anahi sabia que seria assim. Aguardou Mayte adentrar com Ian e resolveu dar uma volta no jardim, até a cerimonia iniciar, seria deselegante aparecer atrasada, mas não chamaria tanta atenção e poderia cumprimentar os noivos na recepção.

Nada ali mudará, Anahi praticamente passou sua adolescência nesse clube nos fins de semana, onde fugia com seus amigos ou seu namorado do colegial, Derick. E só agora percebeu que talvez percebeu que sentira falta daquele lugar, e também daquelas pessoas. Foi quando ouviu a marcha nupcial e começou a se aproximar da cerimonia pelos fundos se fazendo invisível para a maioria daquelas pessoas, quando viu Angel, que parecia um bombom embalado para presente, adentrando no tapete vermelho. E devolveu o sorriso que recebeu, pelo menos alguém ali estava feliz com sua presença.

*Monterrey como todos sabem, é uma cidade no México, mas fictícia aqui na história, como se fosse banhada pelo mar dos Estados Unidos.