Fanfic: O Trono Sem Rei | Tema: Vondy - Adaptada
Era uma manhã lindíssima em Tir Nan Og. Marcel lhes disse que,
pelo que soube, todos os dias começavam com uma manhã linda e
terminavam com um entardecer espetacular.
– Tudo aqui é perfeito! – disse Marcel, enquanto ajeitava os arreios
do imponente cavalo creme de crina longa da mesma cor, mas de um tom
mais claro. – O céu, a comida, as pessoas, mal vemos as horas passarem!
– Seu cavalo é meio gay... – comentou Marcos, que observava há um
bom tempo os enfeites no cavalo de Marcel.
– Não enche! É o cavalo de um príncipe!
– Pode ser, mas ele ia fazer o maior sucesso na Parada Gay de São
Paulo!
Antes que os dois começassem a brigar, como faziam há quase vinte
anos, Blanca interferiu.
– Muito bem, Moe e Curly, vamos nos concentrar. Marcel, está tudo
bem mesmo você deixar sua... noiva... e vir conosco?
– Blanca, só porque você é mulher e é minha prima não significa que
eu não possa te mandar para lugares pouco confortáveis...
Marcel puxou seu cavalo para a balsa que os aguardava. Oisin e uma
pequena comitiva se aproximava. As vestes dela eram de brocado vermelho
e dourado, provocando reflexos da cor do sol. Eles tinham que admitir.
Marcel tinha um excelente gosto.
– Você tem mesmo que ir? – perguntou ela, segurando as mãos do
amado.
Marcel se sentiu observado por Blanca e Marcos e se afastou um
pouco. Então a olhou nos olhos e respondeu com sinceridade.
– Sim, meu amor, eu tenho que ir. Eles são minha família. Quando
estiverem seguros, voltarei pra você.
Ela sorriu e ele a beijou. Seu beijo tinha gosto de uvas muito doces e,
por um momento, um breve momento, ele lamentou ter que se afastar dela.
Eles seguiram na balsa com o cavalo de Marcel, Dinni Mara, em
direção à margem. A água cristalina refletia o Sol tão perfeitamente que
pareciam navegar sobre um espelho.
O clima era levemente frio e Marcos e
Blanca se agasalhavam com seus mantos. Marcel manteve silêncio, olhando
para frente. Um elfo que não tinha dito uma única palavra até o momento
guiava a balsa para a direção certa.
Assim que chegaram na margem oposta, saltaram na água,
molhando os pés, protegidos por botas. Dinni Mara relinchou e trotou
graciosamente, ao comando de Marcel que o puxava pelas rédeas. Blanca e
Marcos correram para seus próprios cavalos, que aguardavam
pacientemente.
Acariciaram os animais, felizes por encontrá-los bem. Na
verdade, felizes por encontrá-los ainda com todos os seus pertences.
A balsa com o elfo se afastou e quando se viraram, ela já ia longe. Foi
quando Marcel soltou os ombros aliviado.
– Graças a Deus, eu estava louco pra sair de lá!
Blanca e Marcos se entreolharam confusos.
– Ué! – estranhou Marcos. – Não era o lugar perfeito?
– Era! – concordou Marcel. – Mas ainda não estou pronto para
casar!...– Acho que você tem problema com compromisso!
– Não enche, Marcos! – respondeu Marcel, subindo em seu cavalo,
enquanto os outros subiam nos seus.
Eles tomaram a direção em que estavam indo antes de Marcos cair
no canto da sereia. Colocaram Marcel a par de tudo e aproveitaram que os
cavalos estavam descansados para correr. Precisavam chegar ao fauno e
descobrir como encontrar os outros.
Naquela mesma manhã, Fernando acordou sentindo uma coisa quente
e macia junto dele. Olhou para a pequena que se enfiara em baixo de seu
braço enquanto ele dormia e ainda sonhava aninhada em seus braços. Ele
piscou várias vezes, tentando focar os olhos e tentando se lembrar de onde
estava.
Assim que a realidade alcançou sua consciência, moveu-se bem
devagar para que Eileen não acordasse. No banheiro, vestiu sua roupa
preta que já estava seca e deixou a menina dormindo no quarto, enquanto
descia para a taberna. Encontrou Dana e um aroma maravilhoso de pão
quente. A grande mulher sorriu para ele e deu um alegre bom dia.
– Desculpe, eu não queria dormir tanto! – disse ele.
Ela deu um tapinha no ar e o puxou para uma mesa.
– Acordou na hora certa, meu anjo! Bem a tempo de me acompanhar
no meu café da manhã!
Ele se sentou, quase constrangido em ser tratado tão bem sem ter
feito nada por merecer.
Na mesa, havia pães quentes, uma jarra de leite, chocolate, um bolo
de canela, uma torta de maçãs, queijo, manteiga, ovos, batatas e frutas. Era
um banquete.
– E então? Dormiram bem? – perguntou ela.
– Divinamente! – respondeu ele, servindo-se de um pouco de leite
quente. – Eileen ainda está dormindo. Ela está exausta.
– Você também – observou ela. – Por que não fica e descansa um
pouco mais?
Ele meneou a cabeça, pegando um pedaço de pão que fumegou
assim que ele o partiu.
– Eu adoraria... mas não posso.
Dana pousou o rosto rechonchudo sobre as mãos e os cotovelos
sobre a mesa, esperando que ele lhe contasse sua história.
– Preciso encontrar minha família – explicou ele, sem saber o quanto
poderia contar a ela. – Minha filha, eu e Eileen fomos sequestrados por
trolls na Vila das Fadas D’Água. E eu não acredito que disse essa frase!...
Minha esposa e meu amigo ficaram lá.
– Meu querido, você está mesmo longe de casa! A Vila das Fadas
D’Água fica bem longe daqui!
– Pois é... Nós fugimos dos trolls, mas nos separamos quando caímos
no rio. Dulce ficou com o namorado, Chris, numa margem. Eileen e eu
ficamos na outra margem. Preciso encontrá-los. Isso foi ontem à noite e não
sei se eles estão bem.
Dana meneou a cabeça lentamente, parecendo compreender sua
situação.
– Você teria um mapa? – perguntou ele, que precisava se localizar
antes de tomar uma direção.
Chris acordou com um gosto de ferro na boca. As pálpebras pesavam
terrivelmente e uma pontada no ombro o fez contorcer o rosto. Uma coisa
quente e macia estava ao seu lado e ele virou levemente a cabeça para ver o
que era.
Por algum motivo, se surpreendeu por ver Dulce, dormindo
pesadamente ao seu lado, uma surpresa repleta de alívio que encheu seu
peito. Por que se surpreendeu? E aí ele se lembrou. Estava surpreso porque
achou que ela tinha morrido. Ou ele. Ou ambos.
As memórias do monstro
terrível que os atacou, um cavalo deformado que parecia ter vindo no
expresso do inferno e que lhe desferiu uma mordida bem dada no ombro,
vieram à mente e ele não pôde evitar que o coração se acelerasse.
Tentou se mover, mas não queria acordar Dulce.
Por outro lado,
precisava acordar Dulce. Olhou em volta e percebeu que não sabia onde
estava, nem exatamente como saíram das garras do kelpie. Kelpie? Como
sabia o nome da criatura? Alguém lhe dissera? Fechou os olhos de novo e
apertou-os com os dedos, tentando focar-se um pouco mais.
A porta se abriu de repente lhe dando um tremendo susto. Dulce
acordou imediatamente, os olhos pequenininhos de sono, o cabelo
emaranhado. Mesmo assim, ela lhe pareceu adorável.
– Bom dia, meus queridos hóspedes! – dizia a voz animada do
homem que entrava.
Ele trazia uma bandeja com um café da manhã bem servido.
Colocou-a sobre a cama diante dos dois e foi até as cortinas, que abriu
completamente, deixando entrar a luz do sol. Então, ele se sentou num sofá
de lugar único que ficava bem próximo.
– Dormiram bem? E você, rapazinho, se sente melhor?
– Não lembro como cheguei aqui... – disse Dulce, genuinamente
confusa.
Frabato riu sonoramente.
– Você ficou meio tonta depois que usou o espelho mágico! Acontece
com quem não está acostumado. Começou a falar coisas malucas e eu a
trouxe para a cama.
O brilho do raciocínio voltou a habitar os olhos de Dulce e ela se
lembrou do que tinha visto.
– Meu pai está bem! E Eileen também! Não é ótimo?
Ela abraçou Chris, mas largou-o assim que ele gemeu.
– Desculpe! Desculpe! – pediu ela, vendo se ele estava bem.
– Eu estou bem! Tudo bem!
Frabato afastou a bandeja e verificou o curativo por alto.
– Humm... O kelpie fez um estrago mesmo em você, garoto... Mas
creio que ficará bom. Já está bem melhor!
Frabato voltou a se sentar na poltrona.
– Pelo menos até a próxima Lua Cheia, quando você se transformará
em um deles. Até lá, não tem com o que se preocupar!
– O quê?! – eles perguntaram em uníssono.
Frabato explodiu numa gargalhada.
– É brincadeira! Nossa, como vocês são bobinhos! Eu poderia ficar
aqui o dia inteiro pregando peças em vocês...
E com a companhia animada do mago, eles tomaram seu café da
manhã. Assim que terminaram, tiveram que encarar a pergunta que
flutuava sobre eles durante todo o tempo.
– E agora? – perguntou Frabato. – O que vão fazer?
– Temos que achar meu pai e Eileen... – respondeu Dulce.
– Mas precisamos saber onde eles estão – concordou Chris. – Você
disse que os viu...
– Vi, mas só dava pra ver que eles estavam numa floresta...
Dulce se levantou e andou pelo quarto. Pensava melhor quando
andava.– Bom, meu pai tem duas opções e vou considerar que Eileen não
tem direito a voto: ou ele volta para a Vila das Fadas D’Água, ou ele segue
em frente para o lugar que planejávamos ir antes de nos pegarem.
– Para onde? – perguntou Chris.
– Para a Floresta Perdida, onde tínhamos que encontrar o Fauno
Ancião.
– Pra quê? – perguntou Frabato.
– Pra acharmos Chris – respondeu Dulce.
– Mas vocês já me acharam! – retrucou Chris.
– Eu sei, mas ele não sabe onde você e eu estamos agora! Então acho
que ele seguiria para o destino original, já que o fauno pode nos indicar
onde está uma pessoa perdida.
– Vocês vão ter um longo caminho até lá... – disse Frabato,
levantando-se e indo até uma estante cheia de livros.
Ele voltou com um livro de capa de couro marrom já bem puído.
Procurou uma coisa e mostrou para os dois jovens assim que encontrou.
– Este é um mapa dos Quatro Reinos. Aqui é onde estamos agora.
Você disse que saíram num rio que, depois de uma cachoeira, aumentava e
foi aí que vocês se separaram, certo?
Ele apontou com o dedo a cachoeira e o filete de rio que engrossava
até bifurcar-se, levando a lugares completamente diferentes.
– Se seu pai andou bastante, ele pode estar bem longe de vocês, mas
bem mais perto da floresta do fauno.
Eles ficaram pensativos por um longo momento, até que Dulce
falou:
– Seria mais rápido se voássemos em grifos!...
O café da manhã na companhia de Dana tinha sido maravilhoso.
Aquela senhora tinha o poder de acalentar, ouvir, aninhar, confortar, um
poder que Fernando só tinha visto apenas em sua própria mãe, alguém que ele
não via há muito, muito tempo. Mas quando terminou, ele sabia que estava
na hora de ir. Pelo mapa que Dana lhe mostrou, ele calculou que, se
atravessasse uma floresta marcada com uma mancha negra no mapa – o
que ele viu que não podia ser bom sinal, mas preferiu ignorar – ele chegaria
em um dia e meio na floresta do fauno.
Lá, ele saberia onde estão todos.
Pensou em voltar para a Vila, mas não podia conceber chegar lá sem a filha.
Além do mais, conhecendo sua esposa do jeito que conhecia, não acreditava
que ela teria ficado lá sentada esperando. Muito menos Marcos. Não,
aqueles dois já deviam estar fazendo alguma coisa bem estúpida para
encontrá-los. Decidiu então que iria até o fauno.
Seu rosto fez linhas de preocupação facilmente lidas por Dana.
– O que o preocupa, querido?
– Eileen – respondeu ele. – Não é uma viagem para uma menininha.
Podemos encontrar muitos perigos, eu me preocupo com ela.
– Se quiser, pode deixá-la comigo. Eu cuidarei bem dela.
Fernando ergueu os olhos negros para a mulher que oferecia uma
ajuda salvadora. Mas então, seu coração se apertou um pouco. Percebeu
que não queria se afastar da menininha. Preocupou-se um pouco mais.
Teria coragem de deixá-la para trás?
Alguns minutos depois, deixou a taberna. O coração estava apertado.
Dana lhe deu um abraço apertado e uma bolsa com mantimentos que ele
agradeceu mais uma vez.
– Não sei se um dia poderei lhe agradecer por tudo que fez por nós –
disse ele.
– Basta uma bênção, querido!
Ele não entendeu direito, franzindo o cenho e inclinando a cabeça.
– Você é um Feiticeiro da Lua Negra, não é? – explicou ela. – Então,
abençoe a minha casa e considero a dívida paga!
Fernando foi pego de surpresa. Pensou consigo que não tinha a menor
ideia de como fazer uma bênção como Feiticeiro da Lua Negra. Mas sabia
fazer uma bênção como padre. Disso, nunca se esquecera. Virou-se, o
semblante sereno e concentrado, ergueu a mão direita e fez em todas as
paredes o sinal da cruz, enquanto deixava que as palavras fluíssem,
acreditando plenamente nelas:
– Precibus et meritis beatæ Mariae semper Virginis, beati Michaelis
Archangeli, beati Ioannis Baptistæ, et sanctorum Apostolorum Petri et Pauli
et omnium Sanctorum misereatur vestri omnipotens Deus; et dimissis
omnibus peccatis vestris, perducat vos Iesus Christus ad vitam æternam.
Indulgentiam, absolutionem et remissionem omnium peccatorum vestrorum,
spatium verae et fructuosae poenitentiæ, cor semper penitens, et
emendationem vitae, gratiam et consolationem Sancti Spiritus; et finalem
perseverantiam in bonis operibus tribuat vobis omnipotens et misericors
Dominus. Et benedictio Dei omnipotentis, Patris et Filii et Spiritus Sancti
descendat super vos et maneat semper. Amen.
Quando terminou, fechou os olhos por alguns segundos, sentindo-se
pleno. Quando os abriu novamente, percebeu que o lugar estava iluminado
e, por uma fração de segundos, viu, no lugar da senhora negra acima do
peso, uma belíssima mulher tão alta e tão iluminada que ele só conseguiria
comparar com uma aparição da Virgem Maria. Tudo isso durou apenas
alguns segundos, talvez menos. Logo, tudo voltou ao que era e Dana o
abraçou novamente, agradecendo com a voz embargada pela bênção em
seu lar.
E assim ele partiu. A cada passo que dava para longe daquele lugar
parecia que uma estaca se enfiava mais alguns centímetros em seu coração.
Ficava repetindo para si mesmo que Eileen estaria melhor ali, longe dos
perigos. E ele voltaria para buscá-la. Ela ficaria bem...
Tinha dado pouco mais que vinte passos quando um gritinho agudo
lhe chamou a atenção e ele se virou abruptamente. Viu, correndo em sua
direção, a fadinha chorando. Dana tentou ir atrás dela, mas logo desistiu. A
menina correu com suas perninhas curtas e as asinhas débeis batendo
rapidamente como se isso acelerasse sua corrida. Ele se ajoelhou e ela se
jogou em seu pescoço, abraçando-o como se nunca mais fosse largá-lo.
– Ban! Não me deixe, Ban!
Ela soluçava abraçada, chamando seu nome. Fernando se pronunciava
“Fernan”. Eileen resumiu em Ban. Ele a afastou e olhou para o rostinho
banhado de lágrimas.
– Minha querida, você vai ficar com Dana só um pouco! – tentou
explicar ele. – Ela vai cuidar de você e eu voltarei para pegá-la!
– Não vai, não! – protestou a menina entre soluços. – Papai e mamãe
foram embora. Chris e Dulce foram embora. Agora você vai embora! Todo
mundo abandona Eileen!
– Não, meu anjo, não é verdade!
– É, sim! – gritou ela, voltando a chorar.
Fernando percebeu que nenhuma argumentação lógica ia mudar a
cabecinha dela. Então ele a abraçou e olhou para Dana, que assistia a cena
de longe, sorrindo.
A mulher fez um gesto com as mãos que diziam
basicamente: “Que jeito que tem?” Então ele acenou para ela, avisando que
estava tudo bem. Ajudou Eileen a secar as lágrimas e pegou em sua
mãozinha. E assim, seguiram o caminho. Apesar de não acreditar que
aquilo era uma boa ideia, seu coração parou de doer e os passos seguintes
foram bem mais leves.
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Autor(a): vondynatica
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– Como assim vamos pegar carona em grifos?! Chris tinha se levantado da cama, alvoroçado com o plano que se desenvolvia na cabeça de Dulce e que ela verbalizava antes das ideias estarem devidamente organizadas. – A Rainha Belinda tem dois grifos e eles nos conhecem! Podemos ir até o castelo dela e pedir pa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 8
Para comentar, você deve estar logado no site.
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vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 05:22:26
Livro 3 - https://fanfics.com.br/fanfic/55691/a-cancao-dos-quatro-ventos-finalizada-vondy- adaptada
-
vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 05:20:31
Livro 1 - https://fanfics.com.br/fanfic/48242/lua-das-fadas-vondy-adaptada
-
kaillany Postado em 21/12/2016 - 16:58:13
Continua!!!!
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kes_vondy Postado em 06/12/2016 - 02:26:44
CONTINUA
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candy1896 Postado em 04/12/2016 - 22:58:47
CONTINUA
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candy1896 Postado em 04/12/2016 - 19:50:14
CONTINUA