Fanfic: O Trono Sem Rei | Tema: Vondy - Adaptada
O caminho com o Sol ainda alto tinha um quê de inspirador. Estavam
numa estrada de terra cercada por uma relva muito verde. Montanhas
próximas num tom verde mais escuro davam a sensação de estarem sendo
observados por gigantes, mas Fergus lhe explicou que tudo naquele mundo
era vivo. As montanhas, então, estavam sim observando, assim como as
árvores e as pedras.
Tudo possuía uma alma. Às vezes era possível ver a
alma da montanha, da planície, da floresta. Mas era muito raro. A beleza do
caminho era quase irreal. Não era possível se cansar de ver. Marcos
lamentava a cada três minutos não ter podido trazer sua câmera.
De certa forma, todos se sentiam mais tranquilizados com a notícia
do fauno de que Dulce estava bem e que no dia seguinte já poderiam estar
todos juntos de novo. Claro que aí começariam os outros dilemas. Como
voltar para casa? Como Marcel poderia se livrar do noivado e do beijo que o
prenderia ali para sempre? Como e quando Fernando pagaria o favor ao
fauno? Como evitar que os trolls voltassem a atacá-los, quando – e se –
voltassem ao seu mundo?
Eram muitas perguntas sem resposta e nenhum
deles estava disposto a pensar sobre isso agora. Preferiram se concentrar
nas vitórias imediatas, como entregar a princesa ao seu prometido.
Marcos e Marcel emendaram uma conversa com Fergus, que lhes
contava sobre a crescente onda de violência que estava assolando o mundo
deles.
Ataques de trolls, ligados à Corte Unseelil ou não, eram comuns, mas
nunca foram tão numerosos e tão caóticos. Grupos de ladrões e bandidos
em constantes assaltos também existiam antes, mas estavam piorando. O
tráfico de escravos também estava bem pior. Escravos eram proibidos nas
terras sob o domínio de Belinda, embora A Corte Unseelil não respeitasse
essas normas. Era comum que raptassem humanos para torturá-los, se
divertirem, ou pagarem o dízimo, seu tributo ao Inferno, pago a cada sete
anos.
– Nossa! – comentou Marcos. – Eu esperava que um lugar cheio de
fadas fosse menos... hostil!
– Talvez seja essa tensão constante entre os reinos do Norte e do
Sul... – arriscou Fergus, que, como soldado, não tinha grandes noções do
porque de muitas coisas.
– Se for isso, resolveremos ainda hoje – declarou Marcel.
– Não entendo... – comentou Blanca, entrando na conversa. – Você
falou de traficantes de escravos, mas... Nós não vimos nenhum escravo até
agora.
– Não é comum ter escravos. A liberdade é uma coisa muito preciosa
para todas as raças neste mundo. Tirar a liberdade de alguém ou de
qualquer ser, para nós, é a pior coisa que se pode fazer.
Eles meditaram brevemente sobre uma vida cumprindo a vontade
dos outros. Muitas pessoas vivem essa vida em seu mundo, vivendo sob as
expectativas de pais, mães, avós, maridos, esposas, sociedade, amigos. Seu
mundo estava repleto de escravos, embora muitos não reconhecessem seus
próprios grilhões. De fato, era uma vida infeliz ser privado de seu próprio
caminho, de sua própria vontade.
– Então, pra onde eles vão? – perguntou Marcos, curioso.
– Alguns são levados para minas de kobolds ou de donos de terra –
respondeu Fergus – Como é contra a lei, eles ficam escondidos a maior
parte do tempo. Outros são vendidos a alquimistas, magos negros que
fazem experiências com eles. Outros ainda vão para reinos distantes, onde
a escravidão é aceita. Não temos negócios com essa gente por causa disso. A
verdade é que a maioria não vive muito... São muito maltratados e a viagem
até esses lugares é muito sacrificada.
O assunto entristeceu a conversa e Fergus calou-se.
– Eu sinto muito pelo seu amigo... – disse Marcos.
O jovem soldado o olhou surpreso. Achou que nem se lembravam
mais de Edward. Balançou a cabeça, agradecido.
A conversa prosseguiu, agora sobre a economia local – assunto
puxado por Marcel. Nenhuma surpresa em saber que ouro e joias eram os
bens mais cobiçados, mas a grande maioria vivia da natureza, trocando
serviços e mercadorias. Moedas também eram usadas, mas Fergus nunca
vira notas. Quando o valor era alto, ele era escrito num pergaminho e
assinado.
– Olha! Eles aceitam cheque! – comemorou Marcos.
Aproveitando que Blanca ficara um pouquinho para trás, talvez
menos interessada no tema ou com a cabeça em outros lugares, a princesa
Maeve se aproximou.
– Milady? – chamou ela timidamente.
Blanca a olhou e a menina se encolheu como se ela fosse atacá-la.
– Pode me chamar de Blanca – disse. – Diga.
– Posso perguntar uma coisa?
Blanca anuiu com a cabeça. Percebeu que tinha pouca paciência
para aquela menina tímida e insegura.
– Seu marido, Fernando? Como se casou com ele? Ele era seu
prometido?
– Por Deus, não! – riu Blanca.
Quando percebeu que Maeve continuava olhando-a atentamente,
percebeu que ela queria – ou precisava – saber mais. Ficaram um pouco
para trás, deixando a conversa dos meninos para dedicar-se à sua própria.
– Eu era jovem e vivia para agradar aos outros – começou Blanca. –
Um dia, nós atravessamos um portal e fomos parar no passado.
– Não sabia que isso era possível – comentou a moça, embora não
parecesse tão surpresa.
– Nem eu. Bem, quando conheci Fernando... – Blanca teve dificuldades
de achar as palavras. – Quando conheci Fernando, tudo mudou. Eu mudei. Fiz
outras escolhas, escolhi outros caminhos, fui em outras direções... Ele
despertou algo em mim que eu não sabia que estava lá. E me transformei
em outra pessoa. Uma pessoa melhor, porque eu tinha coragem de lutar
pelo que eu queria, pelo que eu amava, pelo que eu acreditava.
– Um homem fez isso tudo? – perguntou Maeve.
– Não, querida!... O amor fez isso tudo! Tudo isso só aconteceu
porque eu o amei. O amor é capaz de feitos fantásticos!...
A princesa baixou a cabeça, perdida em pensamentos perigosos.
Blanca ia lhe perguntar alguma coisa, mas algo chamou sua atenção.
Pensou ter visto algo se mover de relance num bosque mais a frente.
Continuou olhando com atenção. Apesar de não ter visto mais nada, podia
sentir que havia algo errado. Aproximou o cavalo do grupo da frente, sendo
acompanhada por Maeve.
– Fergus? – chamou ela. – Pode me responder uma coisa?
– Claro, milady!
– Havia no castelo de Maeve, do Reino do Sul, cavaleiros, guerreiros
ou soldados mais experientes que o grupo que escoltou a princesa?
Fergus anuiu com a cabeça.
– Certamente. Na verdade, o grupo original contava com o Capitão
da Guarda e quinze de seus melhores homens.
– O que aconteceu então para trocarem essa escolta por cinco
garotos? – perguntou Marcos. – Porque, não me leve a mal, Fergus, mas a
menos que vocês tivessem superpoderes, não pareceu uma escolha muito
sábia!
Fergus pensou por um minuto.
– Foi o Conselho que decidiu – respondeu finalmente. – O Conselho é
formado por três homens sábios que aconselham o Rei em todas as
questões. Eles decidiram que era melhor ter uma escolta formal. Mandar
muitos guardas experientes levantaria suspeitas e o Rei do Norte poderia
se sentir ofendido, pois pareceria que não estavam confiando nele. Além do
mais, uma escolta grande poderia chamar a atenção de ladrões. Pelo menos,
foi isso foi o que o Capitão me contou!
– Isso está me cheirando à treta! – comentou Marcos.
– Está, sim – concordou Marcel.
– Quero que prestem atenção! – chamou Blanca, com voz firme. – Vi
um movimento no bosque adiante. Pode ser um animal, um vulto qualquer,
mas pode ser uma emboscada.
– Considerando que viemos por caminhos alternativos desde que
nos encontramos, aqui seria o lugar mais certo para nos esperarem – disse
Fergus, sentindo o corpo começar a se preparar para uma luta.
– O que fazemos? O que fazemos? – perguntou Marcos, vendo que
continuavam se aproximando do bosque.
As pálpebras pesavam tanto que Dulce começou a se perguntar se
não tinha derramado sem querer cola nos olhos. Estava na escuridão, mas
era uma escuridão quentinha e confortável. Estava quase voltando a dormir
quando a imagem de Chris surgiu em sua mente. Ele estava sorrindo e uma
mancha vermelha cobria a imagem. E então ele estava tendo as asas
arrancadas, gritando, morrendo em seus braços, com lágrimas nos olhos.
Dulce abriu os olhos ofegante. Piscou várias vezes e tentou se
localizar. Estava numa cama. Numa cama macia. Numa cama macia e
quentinha. Levantou-se e deixou os olhos se acostumarem com o escuro,
enquanto sua respiração voltava ao normal. Tinha sido um pesadelo. Só
isso. Um pesadelo.
Retirou a pesada coberta e se levantou. Cambaleou até a janela e
abriu a cortina. Com o quarto escuro, não tinha a menor ideia de que horas
poderiam ser. Ao abrir a cortina, cobriu o rosto com a mão, os olhos sendo
feridos pela forte claridade. Pássaros, abelhas, borboletas, todos já estavam
em plena atividade e o Sol já estava forte.
Estava com uma rica camisola
longa e de mangas compridas, repleta de babadinhos, rendas e outras
frescuras. Como entrara naquilo? Como chegara ao quarto? E onde estava
Chris?
Sem trocar de roupa, saiu de seu quarto e foi ao quarto ao lado.
Abriu a porta, esperando encontrá-lo, mas tudo o que encontrou foi um
quarto vazio e uma cama perfeitamente arrumada. Dulce entrou e
procurou por algum sinal dele. Passou a mão na cama que não exibia
nenhuma dobra na rica colcha ornamentada que a cobria. Os travesseiros,
seis ao todo, estavam simetricamente arrumados.
– Você acordou!!! – disse uma voz animada.
Dulce se virou e viu Anahí, lindamente arrumada, como sempre, e
seu belo sorriso aberto ao vê-la.
– Onde está Chris? – perguntou Dulce.
– Já saiu! – respondeu Anahí, entrando no quarto.
– Saiu pra onde? – tornou Dulce, tentando colocar os pensamentos
em ordem.
– Você não se lembra do que Manuel disse ontem? Também, pudera!
Você já estava pra lá de Marraqueche com o hidromel! Bem, Manuel
encontrou seus pais! Ele enviou um grupo de soldados para buscá-los bem
cedo hoje e Chris foi com eles. Eles devem voltar hoje a noite ou, o mais
tardar, amanhã.
Dulce olhou para a cama, o rosto ainda fechado.
– Olhe para essa cama, Anahí – disse. – Ninguém dormiu nela essa
noite!
– Oh, Dulce! Aqui temos camareiras que arrumam tudo! Esse
quarto com certeza já foi arrumado!
Anahí se sentou na cama, ainda sorrindo.
– Você está ficando paranoica! Cuidado, tive uma tia que ficou assim.
No final, tivemos que interná-la depois que ela atacou a horta da vizinha
falando que as melancias eram alienígenas e estavam ocupando o lugar das
pessoas...
Dulce não respondeu. Continuou de rosto fechado, sabendo que
tudo fazia sentido, mas que algo dentro dela simplesmente não ligava para
isso.
– Bom dia, meninas! – Manuel surgia na porta com um sorriso e uma
bandeja. – Sente-se melhor, Dulce? Você apagou mesmo ontem!
Manuel entrou e colocou a bandeja sobre a cama. Tinha coisas
divinas, leite quente em leiteira de porcelana, açúcar colorido, frutas, cinco
tipos de bolos, pães, queijo, ovos e suco.
– A criada vinha lhe trazer o café, mas como eu já estava vindo pra
cá, resolvi eu mesmo trazer.
Anahí abriu um sorriso de contentamento. Aquecia seu coração ver
que finalmente Manuel e Dulce estavam se dando bem.
– E então, o que vocês duas vão fazer hoje?
– Pensei em irmos à Feira das Amoras! – sugeriu Anahí. – É uma
Feira onde temos todo tipo de coisa feita com amoras e frutas silvestres!
São licores, doces, pudins, tortas e tudo o que você puder imaginar!
– Parece ótimo! – disse Manuel. – Bem, eu tenho que resolver uns
assuntos hoje, não poderei acompanhá-las. Mas, divirtam-se!
Então ele sorriu e se retirou. Anahí pegou um biscoito da bandeja
de Dulce e o comeu.
– E então? Venha comer e depois se arrumar para podermos sair!
Podemos até comprar umas roupas novas pra você, pra receber seus pais e
Chris, o que acha?
Dulce a observou longamente.
– Desculpe, Anahí, mas estou moída! Aparentemente, porre de
hidromel é pior do que porre de licor de ovo! Vou comer e voltar a me
deitar um pouco, você se importa?
Anahí pareceu nitidamente desapontada, mas compreendeu.
– Tudo bem! – disse ela, levantando-se e roubando mais um biscoito
amanteigado. – Descanse e assim que se sentir melhor, nós faremos alguma
coisa! Só não durma o dia inteiro!
Dulce pegou a bandeja e deixou o quarto de Chris junto com Anahí.
Esta a acompanhou até o quarto de Dulce, logo ao lado, lhe desejou um
bom café e melhoras, e a deixou sozinha, vendo que a amiga não estava com disposição nem para dividir o café da manhã.
Assim que se despediu de Anahí, Dulce entrou e colocou a bandeja
sobre uma mesa. Arrancou a camisola e colocou a saia bufante com blusa e
colete vermelho.
Lavou o rosto na bacia de prata com água fresca sobre
outra mesa e secou-se com a toalha felpuda. Foi até a bandeja e pegou um
bolinho, seu ponto fraco. Assim que o levou até a boca, lembrou-se do
hidromel e que fora Manuel quem levara aquela bandeja. Olhou novamente
o bolinho e o recolocou na bandeja. Estava faminta, mas não o bastante
para arriscar.
Saiu do quarto e verificou o corredor. Uma criada passou do outro
lado, mas desapareceu em seguida. Dulce começou então a percorrer os
corredores do castelo, verificando portas, ouvindo qualquer conversa, até
que, menos de vinte minutos depois, viu Manuel saindo de uma sala com o
homem que estivera na sala com eles depois do ataque dos trolls. Era o
conselheiro Bauder, homem de confiança dele e de seus pais. Era um
homem grisalho e magro, que usava uma túnica discreta com adornos nas
barras.
Tinha olhos azuis e era um homem muito bonito, mas tinha aquela
ausência de inocência que trazem todos os que estiveram no poder por
muito tempo. Dulce se ocultou atrás de uma estátua de Vênus assim que
eles saíram de uma sala.
– Acredita então que ele ainda vai falar? – perguntava o conselheiro,
no que pareceu a continuação de uma conversa anterior.
– Todo mundo acaba falando sob a ponta da chibata, meu caro
Bauder.Eles riram, como se tivesse sido uma tirada bem humorada.
Tomaram o mesmo caminho, felizmente, na direção oposta de onde Dulce
se escondia. Os corredores do castelo eram largos e possuíam muitos
afrescos, estátuas e pilastras, o que facilitava em muito que alguém de
pequeno porte se escondesse. E foi assim que Dulce os seguiu.
Estava longe demais para ouvir o que falavam e não ousava segui-los
mais de perto com medo de ser descoberta. Em dado momento, eles se
despediram, trocaram algumas palavras e o conselheiro seguiu na direção
oposta. Manuel seguiu por um corredor estreito e com pouca iluminação.
Dulce foi até lá e o viu descer escadas escuras com passos rápidos.
Ela continuou seguindo o elfo. As escadas desciam em espiral,
poucas tochas iluminavam as paredes cruas. Diferente do restante do
palácio, aquela área era úmida, fria e sem nenhuma decoração. O coração
de Dulce se apertou, imaginando para onde estavam indo. Conforme
desciam, o cheiro de umidade e tristeza que sentira na prisão dos trolls
aumentava.
A vantagem da pouca iluminação é que ela se ocultava facilmente
nos cantos sombrios. A escada acabou e Manuel seguiu por um corredor
largo de pedras que virava à esquerda logo a frente. Assim que ele
desapareceu, ela correu e encostou-se na parede, ouvindo. Ouviu gritos
abafados e se apavorou.
Ouviu Manuel mandando alguém abrir a porta. Numa espiada rápida,
viu Manuel esperando um único guarda elfo abrir a pesada tranca de uma
porta de madeira. Assim que a porta se abriu, Dulce ouviu os gritos de
novo, dessa vez ecoando pelo corredor. Seus olhos se encheram d’água. Era
a voz de Chris.
A porta foi deixada aberta, mas a presença do guarda a impedia de
chegar mais perto. De onde estava, porém, podia ouvir tudo. Cheiro de
sangue e suor chegou até ela e mais gritos foram ouvidos, até que tudo
parou. Dulce sentiu o estômago embrulhar e a cabeça girar. Tinha vontade
de ir até lá e arrancar a cabeça de Manuel e de quem quer que fosse que
estivesse machucando Chris, mas sabia que não podia fazer isso. Ela era a
única esperança dele, precisava manter a calma e tomar as decisões certas.
Respirou fundo e prestou atenção na conversa.
– Ele não falou ainda?! – perguntava Manuel.
– Não, mas chorou um bocado – respondeu outra voz, a do
torturador.
– Muito bem, Chrisariel, seu tempo está se esgotando! – tornou Manuel.
Dulce também ouviu um gemido e um arfar de alguém muito cansado. –
Diga logo onde fica o covil dos trolls e você sai daqui em um minuto!
– Eu... Eu não sei... – Chris tinha a voz cansada e embargada. – Eu juro,
eu não sei!...
– Você sabe e você vai falar!
Dulce estremeceu ouvindo sons de chicote e os gritos de Chris. Manuel
ordenava que falasse, e então a chibata estalava e ele gritava. Dulce cravou
as próprias unhas na parede fria atrás de si, as lágrimas enchendo os olhos
e caindo pesadamente. Manuel disse algo que ela não compreendeu e então
um novo grito foi ouvido, longo, doído, transformando-se a seguir em um
pranto convulsivo.
Dulce sentiu cheiro de carne queimada e então voltou
correndo para as escadas, tirando as lágrimas do rosto com a mão. Subiu
correndo as escadarias escuras até chegar nas dependências comuns do
castelo novamente. Continuou correndo, até encontrar o que estava
procurando.
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Autor(a): vondynatica
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Prévia do próximo capítulo
Anahí estava na sala de leitura onde gostava de ir para recitar poemas, poesias e textos que ela achava belos. Sua plateia se resumia a uma ama e ao guarda Bran, com cuja presença já se acostumara. Antes de ser seu protetor oficial, Bran tomava conta das dependências reais, e era um rosto que ela via constantemente. &ndas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 8
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vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 05:22:26
Livro 3 - https://fanfics.com.br/fanfic/55691/a-cancao-dos-quatro-ventos-finalizada-vondy- adaptada
-
vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 05:20:31
Livro 1 - https://fanfics.com.br/fanfic/48242/lua-das-fadas-vondy-adaptada
-
kaillany Postado em 21/12/2016 - 16:58:13
Continua!!!!
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kes_vondy Postado em 06/12/2016 - 02:26:44
CONTINUA
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candy1896 Postado em 04/12/2016 - 22:58:47
CONTINUA
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candy1896 Postado em 04/12/2016 - 19:50:14
CONTINUA