Fanfics Brasil - Capítulo 31 - A Fuga O Trono Sem Rei

Fanfic: O Trono Sem Rei | Tema: Vondy - Adaptada


Capítulo: Capítulo 31 - A Fuga

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Não tinham muito tempo. Chris estava na sala de torturas sofrendo

horrores há dois dias e uma noite. Pela falta de tempo e pela inexperiência,

o plano era simples e frágil. Mas era o que elas tinham.

 

No corredor escuro onde era impossível saber se era noite ou dia e o

estômago era o melhor relógio que tinha, o elfo solitário guardava a porta

trancada. Deixado sozinho há cerca de meia hora, não ouvira mais nada do

prisioneiro, nem mesmo gemidos. Provavelmente, desmaiara.

 

 “Pobre diabo...”, pensou o guarda, que não gostava daquele trabalho e, em especial,

da forma com que o príncipe Manuel conduzia as coisas.

 

 Torcia para que

logo rei e rainha voltassem, embora isso fosse só uma esperança distante. O

príncipe estava cada vez mais atuante nas decisões do reino, com ou sem

seus pais presentes. Se o garoto tivesse sorte, morreria logo, talvez naquela

noite. As coisas não iam melhorar para o lado dele.

 

Um movimento no corredor o colocou em guarda. Uma moça se

esgueirava pela parede.

 

– Essa área é proibida! – avisou o guarda.

 

Mas a figura feminina continuava, inclinando-se sobre si mesma,

usando a parede como apoio. Quando ela levantou o rosto, ele reconheceu

Anahí, a noiva de Manuel.

 

 Mais do que isso, ela estava ferida. Estava escuro

demais para que ele pudesse ver sangue ou coisa assim, mas a maneira com

que se movia indicavam que estava ferida e a parede era a única coisa que a

impedia de cair. O guarda saiu de seu posto e correu para socorrer a moça.

Chegou no exato instante em que ela caiu em seus braços.

 

– Milady! O que houve?!

 

– Trolls...

 

Murmurou a moça. E uma pancada forte acertou a cabeça do guarda.

Ele caiu por cima dela.

 

– Você é boa atriz... – comentou Dulce.

 

– Obrigada! – disse Anahí, pegando o molho de chaves da cintura

do guarda.

 

– Não foi um elogio.

 

– Dá pra parar de paranoia! – pediu Anahí, se levantando e

mostrando as grandes chaves de ferro escuro presas numa argola. – Eu

estou do seu lado!

 

Abriram a porta e o ar úmido e frio bateu em seu rosto. O lugar

estava à meia luz, lamparinas ardiam pelas paredes. Instrumentos de

tortura que Dulce só vira em filmes ou em trabalhos da escola estavam ali.

 

O garrote, a dama de ferro e a cadeira do interrogatório, uma cadeira de

metal totalmente coberta por pontas afiadas, se misturavam com coisas

que ela nem sabia o que eram. Ela passou pelo banco da tortura, uma mesa

de madeira onde a vítima era esticada até que seus ligamentos se

rompessem.

 

 Em uma mesa, instrumentos que ela nem sabia para que

serviam, como a aranha espanhola, repousavam em silêncio, quase todos

manchados de sangue fresco. Elas entraram devagar e a visão daqueles

instrumentos do inferno tirou um pouco de seu chão.

 

– Chris!...

 

Dulce correu para um canto mais escuro do lugar, onde um corpo

inerte pendia de um tronco. Ela chegou até ele e tocou seu rosto. Anahí

pegou um lampião e se aproximou da amiga. As mãos de Dulce voltaram

manchadas de sangue. Sob a luz tremulante da lamparina, ela pôde ver seu

real estado. 

 

As roupas não existiam mais. O corpo estava coberto de marcas

de chicote, perfurações e cortes. No peito, uma queimadura feia. No rosto,

hematomas e um ferimento no supercílio feito recentemente, pois o corte

ainda estava fresco, escorrendo sangue por todo um lado do rosto.

 

Ela o chamou de novo, sentindo a urgência de tirá-lo dali. O rapaz

abriu os olhos e gemeu ao ser tocado. Piscou várias vezes por causa da luz

do lampião e só então conseguiu ver o rosto de Dulce.

 

– Dulce... – murmurou ele. – Saia... Saia daqui... Eles não podem

pegar você, saia...

 

– Não sem você!

 

Ela se pôs a cortar com uma faca a corda que o prendia ao grande

pedaço de madeira. Ficou feliz dele não estar em nenhum dos outros

instrumentos preso a grilhões, o que teria dificultado sua soltura. Quando

terminou de cortar as cordas, ela e Anahí o apoiaram, para que não caísse.

 

Deixaram que ele se pusesse de joelhos e Dulce o cobriu com o manto

negro que usava. Anahí pegou uma concha num balde de água e

experimentou um gole. Levou até o rapaz no chão.

 

– Tome, é água fresca!

 

Ele bebeu avidamente. Dulce tentou não deixar transparecer o

quanto estava chocada com o estado dele. Anahí não conseguiu. A visão de

tanta crueldade a chocou profundamente.

 

– Se eu não conseguir... – murmurou ele – vocês têm que escapar...

Não deixe... não deixe que eles as peguem!...

 

Dulce puxou seu rosto e o fez olhar em seus olhos.

 

– Escute aqui e preste muita atenção – disse ela, tentando manter a

firmeza na voz. – Nós vamos sair daqui. Se você não sair, eu não saio. Ou

saímos todos, ou não sai ninguém. Entendeu?

 

Os olhos dele brilharam e ele contorceu o rosto como se fosse

chorar, as lágrimas fazendo seus olhos brilharem, mas não o fez. Apenas

tocou o rosto dela com a mão machucada, esperando que esse pequeno

gesto lhe dissesse tudo o que ele sentia por ela naquele momento e que ele

não podia dizer.

 

Elas o ajudaram a se levantar e, aos poucos, ele foi conseguindo dar

passos mais rápidos. Tudo em seu corpo doía e ele temia não conseguir dar

o próximo passo e colocar as duas meninas em perigo. Usava de toda a sua

força para sair dali, esforçando-se por ignorar a dor e segurar qualquer

gemido.

 

Quando chegaram ao corredor, Anahí foi na frente, vendo se não

havia ninguém no caminho. A arrogância de Manuel lhe deram uma falsa

certeza de que ninguém chegaria até o prisioneiro e, por isso, não havia

guardas extras no caminho. Mesmo assim, havia guardas.

 

No caminho que planejaram seguir, pelos fundos do castelo, Anahí

tinha que se preocupar apenas com dois guardas numa passagem. Ela os

distraiu facilmente, jogando conversa fora e um pouco de charme, fazendo

com que eles se voltassem para ela, permitindo assim que Dulce e Chris

passassem pelas costas deles.

 

Já estavam quase fora do castelo, usando passagens obscuras pouco

frequentadas, quando um guarda apareceu inesperadamente. Deu de cara

com Dulce e Chris e ele levou apenas frações de segundos para perceber que

eles não deveriam estar ali. Dulce paralisou, sem saber o que fazer,

imaginando que se fossem pegos, seria o fim para eles. O guarda puxou a

espada que fez seu sibilo ao sair da bainha e abriu a boca para dar o alerta.

 

Alguém acertou o guarda por trás antes que ele algum som saísse de

sua boca. Surpresa, Dulce viu Poncho surgir atrás do guarda que caiu. Ele lhe

fez um sinal de que estava tudo bem e a ajudou a carregar Chris, aliviando o

peso para ela e acelerando a fuga.

 

Anahí apareceu logo depois. Já era fim de tarde, o céu estava

violeta e logo estaria escuro demais para cavalgarem. Quatro cavalos os

esperavam numa das saídas laterais do castelo.

 

– Há comida e roupas, o bastante para passarmos alguns dias fora –

explicou Anahí.

 

– E depois? – perguntou Dulce.

 

– Depois? Depois a gente vê...

 

Eles ajudaram Chris a montar, imaginando a dor terrível que ele

sentiu ao fazer isso, e partiram, seguindo Poncho, que conhecia um lugar para

passarem a noite. 

 

O tempo começou a esfriar. Não podiam correr, Chris não

aguentaria. Ele se mantinha em silêncio, enrolado no manto, de cabeça

baixa, curvado com a dor. Embrenharam-se na floresta por caminhos

estreitos, camuflados por espinheiros densos com os quais tiveram que ter

muito cuidado. 

 

Em cerca de meia hora, chegaram numa caverna. Poncho

desceu e verificou o lugar. Então voltou e ajudou Dulce com Chris. Ele estava

quase desfalecendo e já não respondia quando falavam com ele. Anahí

iluminou a caverna com um lampião e improvisaram rapidamente uma

cama com as cobertas.

 

Poncho ajudou Anahí com as coisas e, depois que amarraram os

cavalos, eles voltaram para o lado de Dulce, pegando um cantil e

entregando-lhe um pano limpo.

 

– Precisamos limpar os ferimentos.

 

Dulce concordou, não entendendo porque ele tinha feito um ar tão

grave para dizer isso. Tudo o que precisavam era passar a água do cantil

nos ferimentos. Quando ele abriu o cantil, um forte cheiro de álcool subiu.

 

Assim que ele derramou um pouco nas feridas, Chris gritou.

 

– O que está fazendo?! – perguntou ela. – O que é isso?

 

– Se não fizermos isso, vai infeccionar. Eu sinto muito.

 

Não foi uma tarefa fácil em nenhum momento. Foi doloroso, foi

triste, foi horrível. Mas, como tudo na vida, acabou. Chris perdera os sentidos

em algum momento, tornando tudo mais fácil. Quando terminaram, Dulce

se lembrou de algo muito importante. Enfiou a mão no bolso oculto da saia

e encontrou a garrafinha com o unguento que Frabato lhe dera. Então, pôsse

a passar a substância oleosa com cheiro de ervas no corpo nu do rapaz.

 

– O que é isso? – perguntou Anahí.

 

– Um unguento de um mago poderoso! – respondeu Dulce. – Isso já

o curou uma vez. Pode curar de novo.

 

Infelizmente, a quantidade não era o bastante para todos os

ferimentos, então ela priorizou os mais profundos. Quando terminou, Poncho

a ajudou a vesti-lo e finalmente eles puderam parar um pouco. Havia

comida, mas ninguém estava com fome. Beberam água e Poncho pediu

permissão para Anahí para beber um pouco de vinho. Naquele momento,

ele precisava disso. Ela não só deu a permissão, como pediu um gole.

 

– O que fazemos agora? – perguntou Anahí, iluminada pela luz de

uma lamparina.

 

– Já devem ter dado por nossa falta no castelo... – comentou Poncho.

 

– Acha que virão até aqui? – perguntou Dulce, ligeiramente

assustada.

 

– Não. Está tarde, esse lugar é muito escondido. Fiquem tranquilas.

Durmam um pouco, descansem. Amanhã, precisaremos de forças.

Poncho observou Chris por um momento. Torturas não eram comuns no

reino, mas os raros casos que ouvira falar não terminavam muito bem. É

muito difícil alguém tão ferido sobreviver sem sequelas. A preocupação em

seu rosto foi vista por Dulce.

 

– O que o preocupa?

 

– Nada! – ele tentou sorrir. Poncho tinha um rosto suave, bem

desenhado e parecia sob aquela luz ainda um menino. – Vá descansar. Eu

ficarei atento a qualquer coisa.

 

Ele foi até um ponto mais próximo da entrada da caverna e se

sentou. Dulce e Anahí estavam exaustas, física e emocionalmente

esgotadas. Anahí se deitou sobre um cobertor e cobriu-se com o manto.

 

Não deixou que Dulce visse que estava chorando. Lamentava por Chris, mas

não conseguia deixar de pensar em Manuel. Não podia acreditar que ele

tinha feito aquilo com o garoto. Não o mesmo Manuel por quem se

apaixonara, que arriscara-se no mundo dos homens apenas para buscar seu

caderno de pensamentos em seu mundo. Não, ele não podia ter feito

aquilo... Devia haver uma outra explicação...

 

Dulce colocou um pano úmido na testa de Chris. Sem todo aquele

sangue, ele parecia bem melhor, mas a exaustão era evidente. Deitou-se ao

lado dele e o observou com pesar. Acariciou o belo rosto, agora tão

machucado. 

 

Sua alma se encheu de mágoa pelo que fizeram com ele. Como

alguém pode machucar outra pessoa desse jeito? Será que essa pessoa não

ama ninguém? Porque se amasse, saberia que estaria destruindo não só

uma pessoa, mas todas aquelas que a amam, porque, naquele momento,

Dulce podia não ter nenhuma ferida exposta no corpo, mas traria por

muito tempo feridas profundas na sua alma. Quando machucam alguém

que amamos, é como se arrancassem nosso coração e o jogassem de um

penhasco.

 

Dulce não conseguiu evitar as lágrimas e deitou-se quietinha ao

lado de Chris, deixando que o sono a roubasse por algumas horas.

 

O dia seguinte chegou. Dulce acordou com a fraca claridade da

manhã que invadia a caverna. Ela abriu os olhos assustada e sentiu Chris ao

seu lado. Colocou a mão em sua testa e viu que a febre tinha cedido um

pouco, mas ainda estava lá. A respiração dele também parecia mais

tranquila. 

 

Olhou por baixo da camisa e viu que os ferimentos ainda estavam

feios, mas já começavam a se fechar, graças ao unguento de Frabato.

Anahí entrou na caverna trazendo água fresca e perguntando em

tom baixo como ele estava. Dulce respondeu com um movimento de

ombros um tanto ressentido.

 

– Eu sinto muito... – disse Anahí.

 

Dulce a olhou e viu que ela estava sendo sincera.

 

– Eu nunca imaginei que Manuel fosse capaz de uma coisa dessas...

 

– Você ainda o ama? – perguntou Dulce.

 

Anahí não respondeu de imediato. Então ela ergueu os grandes

olhos sentidos para a amida.

 

– Não dá para parar de amar uma pessoa de repente, Dulce...

 

Dulce anuiu com a cabeça. De certa forma, sentia-se traída. Como

Anahí podia amar um monstro como Manuel depois de tudo o que ele

fizera? Por outro lado, sentia pena.

 

– Deve ser muito difícil amar um monstro...

 

As palavras de Dulce feriram Anahí. A lágrima que havia nascido

caiu pesadamente pelo rosto de porcelana. Ela se levantou e deixou Dulce

sozinha. Dulce não a chamou de volta.

 

Poncho chegou de cavalo e da entrada da caverna deu as notícias.

 

– Apaguei nosso rastro! Estão procurando na direção totalmente

oposta, podemos ficar seguros aqui!

 

Anahí não disse nada, apenas deixou a caverna de cabeça baixa.

Dulce também não disse nada. Poncho não compreendeu o clima gelado na

caverna. Foi até Chris e Dulce e perguntou como estava o rapaz. Dulce disse

que ele parecia melhor, mas não tinha acordado ainda.

 

– Ele vai ficar bem – disse Poncho, tocando gentilmente no ombro de

Dulce.

 

Ele se levantou, mas Dulce o puxou pelo braço, olhando em seus

olhos castanhos esverdeados.

 

– Obrigada – disse ela.

Poncho pareceu surpreso e subitamente constrangido. Desviou o olhar

e com um movimento de cabeça, aceitou o agradecimento e deixou a

caverna.

 

Algumas horas depois, Chris abriu os olhos. A primeira reação foi de

medo e ele se retraiu quando Dulce, que não saiu do lado dele, tocou sua

testa.

 

– Chris!... Você está bem?

 

Ele tentou se levantar para se sentar.

 

– Não! – respondeu ele.

 

Anahí e Poncho se aproximaram. Chris conseguiu se recostar na

parede, mas isso machucou suas costas e ele não conseguiu evitar escapar

um gemido.

 

– Vá devagar, os ferimentos ainda não estão fechados – disse Dulce.

 

– O unguento de Frabato precisa de tempo para agir.

 

Anahí lhe deu água e ele bebeu, deixando um pouco escorrer pelo

canto da boca. Ele demorou alguns instantes para falar novamente.

 

– Onde estamos? – perguntou ele.

 

– Numa caverna na floresta perto do castelo – respondeu Dulce. –

Mas Poncho encobriu nossos rastros e eles estão nos procurando na outra

direção.–

Não vão demorar até perceberem o erro... – disse Chris, agitando-se

de repente. – Temos que sair daqui. Ir para o mais longe que pudermos,

achar seus pais, achar o Marcos e sumirmos daqui!

 

Dulce o segurou para que ele parasse de se mexer.

 

– Chris! Estamos seguros aqui. Descanse e se recupere, vai ficar tudo

bem.

 

Ele a olhou e subitamente se sentiu envergonhado. Lembrou que

Dulce o vira naquele estado deplorável. Ele desviou o olhar, sentindo-se

humilhado em ter se mostrado para ela tão vulnerável.

 

– Chris, o que Manuel queria saber? – perguntou Poncho.

 

– Onde ficava o covil dos trolls.

 

– E você sabe onde fica?

 

Chris olhou para o jovem guarda que não chegara a conhecer.

 

– E você é...

 

– Desculpe, esse é Poncho! – apresentou Anahí. – Ele nos ajudou na

fuga.

 

Chris o olhou, o rosto ainda ferido e os olhos desconfiados. Até que

baixou a guarda.

 

– Não, eu não sei onde fica – disse por fim, recostando a cabeça

cansada na parede que o apoiava. – Quando eles me levaram, eu desmaiei.

 

Quando acordei, já estava lá dentro.

 

– E você, Dulce? Você não sabe onde é?

 

– Sei, Poncho! – respondeu Dulce impaciente. – Resolvi guardar essa

informação só pra mim porque tenho um especial apreço por trolls! Eles

são tão fofinhos! Claro que não sei! Fomos arrastados, jogados num buraco

e quando fugimos, caímos no toboágua do Indiana Jones! Eu não saberia

voltar lá nem se a minha vida dependesse disso.

 

– E afinal, por que ele quer tanto saber isso? – perguntou Chris, que

tentava encontrar em sua cabeça uma explicação para terem feito o que

fizeram a ele.

 

– Manuel quer mostrar serviço para o pai – deduziu Anahí. – Ele

quer provar que merece o trono e que o rei pode passar a coroa para ele.

Ele não vê a hora de assumir o trono.

 

Chris recostou a cabeça na parede de novo, pensativo. Virou os olhos

magoados para eles.

 

– Ele me torturou... – disse, num tom incrédulo. – para receber uma

coroa a que ele já tem direito?...

 

Ninguém lhe respondeu. O espanto deu lugar a um ressentimento

profundo. Chris olhou para o nada, o cenho franzido, o rosto zangado. Manuel

o levara até o calabouço andando, sem guardas, enquanto conversava com

ele. Sentiu-se um estúpido. Como não viu que aquele elfo não tinha boas

intenções? Uma fúria cresceu dentro dele, fazendo sua respiração mudar,

até que Dulce pousou a mão quente sobre a mão dele.

 

– Chris... Não pense nisso. Não agora. Estamos juntos e vamos sair

daqui. E tudo isso será passado...

 

Ele não se virou para olhá-la, ainda mergulhado no próprio rancor.

Ela apertou sua mão e então ele a olhou. Assim que se deparou com o rosto

dela, algo dentro dele se aplacou. De repente, uma onda de serenidade se

apossou dele. 

 

Ainda se sentia covardemente traído, mas a fúria parecia ter

dado lugar a um sentimento muito mais morno e iluminado.

Ele concordou com um menear de cabeça e permitiu que ela o

puxasse do mar escuro onde estava mergulhando.

 

 


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Autor(a): vondynatica

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 05:22:26

    Livro 3 - https://fanfics.com.br/fanfic/55691/a-cancao-dos-quatro-ventos-finalizada-vondy- adaptada

  • vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 05:20:31

    Livro 1 - https://fanfics.com.br/fanfic/48242/lua-das-fadas-vondy-adaptada

  • kaillany Postado em 21/12/2016 - 16:58:13

    Continua!!!!

  • kes_vondy Postado em 06/12/2016 - 02:26:44

    CONTINUA

  • candy1896 Postado em 04/12/2016 - 22:58:47

    CONTINUA

  • candy1896 Postado em 04/12/2016 - 19:50:14

    CONTINUA


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