Fanfic: Doce Descoberta - Adaptação Vondy | Tema: Vondy

— Não subestime a química da atração sexual. Dulce ainda tentou mais uma vez.

— Sua... ou minha?

Grrr. Ela queria socar alguma coisa, mas essa não era atitude para se tomar em público.

Em vez disso, dirigiu-se à butique de sapatos, fez as compras, foi à manicure, à pedicure e cuidou da pele.

Depois de ter feito tudo isso, já passava das cinco horas da tarde quando finalmente estacionou o carro em casa e retirou todos os seus pacotes de compras.

Estava na sala, quase subindo as escadas, quando Christopher apareceu.

— Quer ajuda com os pacotes?

A fala mansa dele colocou-a na defensiva. Assim como sua aproximação. Christopher estava de barba feita, banho tomado e vestia calça preta e uma camisa de cambraia com as mangas dobradas até a altura dos cotovelos.

— Não precisa.

Dulce sentiu falta daquela expressão de prazer nos olhos dele enquanto ele examinava as feições dela.

— Venha comer a salada quando estiver pronta.

— Certo.

Ele observou-a subir as escadas, não podia deixar de notar o leve balanço das nádegas por baixo do jeans e a contração dos ombros que carregavam as sacolas das compras.

Ela era uma pessoa esforçada. Tinha força de caráter, integridade, orgulho... e era vulnerável. Uma combinação que ele achava intrigante.

Quando Dulce entrou na cozinha, encontrou uma taça de vinho gelado sobre a bancada. Ela demorou um pouco para desempacotar e guardar as compras, tomar um banho, vestir uma calça bordada e uma elegante camiseta, tirar as sandálias de salto alto e passar um brilho cor-de-rosa nos lábios.

Christopher pegou a taça e estendeu para ela.

— Para você.

— Acha que estou precisando?

Ele pegou a taça dele e fez um brinde.

— Salute.

Ela queria aproveitar aquela tranqüila cumplicidade que dividiam e usufruir o que seria apenas o início da noite. Saber que poderia perder-se nele e depois emergir inteira.

Só que teria que lidar com o fantasma de Belinda se metendo entre eles. Será que o que ele dividiu com a atriz chegava perto do que dividia com ela!

Só de pensar naquele corpo musculoso entrelaçado e preso ao corpo de Belinda nas convulsões do sexo, sentia-se destruída.

A imaginação criativa estava rapidamente se tornando sua principal inimiga. Ela tinha que lutar para controlar-se, ou estaria perdida.

Finja. Uma voz interna ordenou. Você é boa nisso.

Um agradável aroma subia da pequena panela no fogão e ela aproximou o nariz para sentir.

— Molho marinara?

— Sim. Quer escolher a massa?

Dulce não pensou duas vezes.

— Fettuccine.

Com movimentos coordenados, ele retirou um pacote de massa da despensa e despejou em uma panela com água fervendo, diminuiu o fogo e virou-se para ela.

— Como foi o seu dia?

Você nem queira saber. Mas ele a conhecia muito bem, e viu que não estava bem.

— Ótimo, até Belinda entrar em cena. Ele fez uma careta.

— Você se importaria em explicar?

Ela tomou um gole do vinho, degustou o líquido dourado e deixou-o escorrer pela garganta.

— Os fatos ou a minha conclusão?

— Ambos.

Ela olhou séria para ele e não conseguiu identificar nenhuma expressão.