Fanfic: Doce Descoberta - Adaptação Vondy | Tema: Vondy

Juntas, examinavam o solo, uma diferença de quase cinqüenta anos separava as gerações. Enquanto isso, o avô caminhava tranqüilo com o neto.

Dulce percebeu a tradição, o vínculo de união que os mantinha juntos, e apreciou a necessidade de manter isso.

Uma criança merece dois pais amorosos.

Quem se atreveria a sugerir que uma criança proveniente de tal casamento não seria amada e adorada?

Como mãe, seu amor seria incondicional... e Christopher? Ela o imaginava sorrindo e carregando a criança nos ombros, sem falar no prazer da paternidade.

Seria pedir muito que isso virasse realidade?

Saber que ela era o amor da vida dele, o único!

Com certeza, Dulce deduziu. Era o mesmo que nevar no verão.

E quanto a Belinda? A atriz glamourosa bem que poderia desaparecer em

breve.

Então, tire a cabeça das nuvens e enfrente a realidade, um pequeno diabinho azucrinava.

— Diga a Christian que um pouco mais de estrume será maravilhoso.

Dulce voltou para a realidade.

— Tenho certeza de que ele vai adorar o seu conselho.

— Está esfriando — Christopher disse passando o braço pela cintura dela. — Podemos entrar?

Eles estavam na presença dos avós... os incentivadores desse casamento que certamente sabiam que não se tratava de uma união amorosa. Portanto, não havia necessidade de manter nenhuma simulação.

Ela lhe lançou um olhar de avaliação, mas não conseguiu captar nenhuma expressão.

O momento foi interrompido quando ela sentiu umas gotas de chuva em sua bochecha. Eles entraram rapidamente assim que começou a trovejar e relampejar.

O jantar foi um sucesso, todos os pratos receberam elogios.

— Maite se superou.

O elogio de Ruth era verdadeiro e Augusto ergueu a taça em um brinde silencioso e estalou os lábios para demonstrar aprovação.

— Tudo estava excelente.

Dulce observou Christopher se ajeitar na cadeira e retribuiu seu olhar pensativo com tranqüilidade.

— Vou trazer a sobremesa.

A deliciosa sobremesa deu o toque final ao jantar e ganhou elogios enaltecedores de Augusto, que adora qualquer doce.

— Podem ir para a ante-sala enquanto preparo o café. — A sugestão pegou Augusto no segundo pedaço de pudim.

— Maite saiu esta noite? Dulce não perdia o ritmo.

— Não havia necessidade de ficar.

— Neste caso, ajudarei a desfazer a mesa. — Ruth começou a retirar a louça, enquanto Dulce pegava as travessas.

— Você é convidada — ela retrucou com um sorriso.

— Sou da família. — O argumento de Ruth não foi suficiente para demovê-la da idéia de fazer tudo sozinha.

— Deixe a menina sozinha, ela não a quer na cozinha dela.

Augusto recebeu um olhar penetrante como resposta.

— Você não entende nada de cozinha.

— Eu moro sozinho. Como acha que as refeições aparecem na minha mesa?

Ruth limpou a garganta.

— Você tem empregada.

— E daí? — Augusto disse. — Você também. Christopher olhou para os dois e se posicionou entre eles.

— Vamos passar para a ante-sala?

Dulce ligou a cafeteira enquanto colocava a louça e os talheres na máquina de lavar. Pegou uma bandeja, encheu o bule com o café perfumado e encami-nhou-se para a ante-sala a tempo de ouvir Ruth questionando Christopher.