Fanfic: Doce Descoberta - Adaptação Vondy | Tema: Vondy

CAPITULO CINCO

O trânsito estava lento e pesado quando Dulce entrou na cidade, com tantos carros que às vezes tinha que esperar o sinal abrir e fechar duas ou três vezes em cada cruzamento.

Por que existem segundas-feiras, pelo amor de Deus?

Christopher saiu de casa uma hora antes. Preferiu começar o dia de trabalho mais cedo e, com isso, deve ter evitado o congestionamento.

Ela tamborilava no volante e tentava se livrar dos pensamentos negativos.

Belinda. Quanto tempo demoraria para a modelo holandesa começar a gravar outro filme?

Em breve. Tinha que ser. Afinal de contas, por que a loura de pernas longas

perderia tempo na suposta caça antes de voltar para casa?

Dulce viu o carro da frente se mover e rezou para conseguir passar pelo cruzamento antes que o sinal fechasse outra vez. Ainda bem que ninguém estava ouvindo. A manhã não estava nada boa, pois seu assistente ligou dizendo que adoecera de novo e, quando ela pensou que fosse ter uma ajuda no volume de trabalho, Christopher entrou em seu escritório... alguma coisa lhe dizia que o dia estava prestes a piorar.

Com terno Armani, sapato italiano feito à mão, uma camisa de algodão exclusiva e gravata de seda, ele era o próprio diretor executivo. Mas era o homem em si que chamava a atenção, ele transmitia uma aura de poder que era invejada e cobiçada por muitos.

Dulce o observou, mas sua expressão dizia muito pouco.

— Suponho que esta não seja uma visita social. Ele pegou o jornal dobrado e entregou a ela.

— Saiu na edição de hoje.

Não era um trecho de um jornal local, ela percebeu, mas um de grande circulação.

Ela foi até a página de fofocas sociais, localizou a foto de Christopher e Belinda, leu a legenda e esforçou-se para controlar o nó que sentiu no estômago.

Belinda não perdia tempo.

Dulce ajeitou-se na cadeira e forçou-se a encarar seu olhar preocupado.

— E você pensou em minimizar minha ração? Em me poupar de embaraços futuros? — Ela continuou. — Oferecer-me uma explicação?

— Sim — o tom da voz dele era suave e ela resolveu ignorá-lo.

— Como... — a pausa foi proposital — você é atencioso.

— Dulce.

O nome dela saiu como um murmúrio rouco e ela tinha a nítida sensação que ele queria apertar o pescoço dela.

— Não preciso da sua proteção — disse ela com frieza, sentindo que o olhar dele movia-se com dificuldade diante da raiva contida que ela percebeu por baixo de todo aquele controle dele.