Fanfic: Doce Descoberta - Adaptação Vondy | Tema: Vondy

CAPITULO ONZE

O jantar aconteceria no salão de bailes de um hotel na cidade. O animado discurso de um proeminente autor internacional e o lançamento do seu mais recente livro prometiam animar a noite.

Uma porcentagem do valor dos ingressos seria doada para uma instituição de caridade indicada pelo autor.

Dulce caprichou no traje, escolheu um vestido de noite de seda com estampas florais. A maquiagem era discreta, com destaque para os olhos, e o cabelo estava preso com um pente cravejado de pedras. Um pingente de diamante combinando com os brincos e com os braceletes completava o visual, e ela calçou sapatos de salto alto, pegou a bolsa e desceu as escadas ao lado de Christopher.

— Ruth e Augusto vão conosco. Primeiro, pegaremos a Ruth, e depois o Augusto.

Surpreendente, considerando-se que os avós recusavam quase todos os convites para compromissos sociais à noite há quase um ano.

— O convidado de hoje é um dos autores preferidos de Ruth.

Ruth e Augusto... juntos? Oh, céus, a noite passaria de divertida para interessante.

— Não seria melhor separarmos os dois? — Dulce sugeriu, enquanto Christopher dirigia o seu Mercedes. Ele lançou um olhar interrogativo.

— Você acha que faz alguma diferença?

Não fazia, é claro. Ruth estava majestosa, enquanto Augusto parecia disposto a provocar.

O número de pessoas agrupadas no saguão adjacente ao salão de bailes era considerável, devido à grande quantidade de convidados. Todavia, sentados em seus devidos lugares, a coisa mudava de figura.

— Vinho, minha querida?

Ruth demonstrou a insatisfação com um olhar arrogante.

— Pode deixar que o garçom cuidará disso.

— Não vejo nenhum garçom por perto.

— Não seja impaciente.

— Você insiste em me dizer como devo me comportar, vecchia!

— Não sei por que você teve que vir — Ruth fechou o semblante e deu aquele sorriso maldoso.

— Para mantê-la no seu lugar.

Dulce conteve-se para não revirar os olhos, seria uma noite longa.

Ela cutucou a perna de Christopher e implorou baixinho:

— Faça alguma coisa.

— O que você sugere?

— Um tapa na mão de cada um?

— De forma figurativa? — Ele perguntou de forma bem-humorada.

— Claro.

— Eles vão sossegar em um instante. Agora, ela realmente revirou os olhos:

— Não acredite nisso.

Houve uma trégua quando Ruth sutilmente começou a conversar com o convidado vizinho, e Augusto, para não ficar por baixo, virou-se para o convidado ao lado dele e fez o mesmo.

O garçom serviu o vinho enquanto o mestre-de-cerimônias dava algumas informações extras sobre o autor, anunciava o nome da instituição de caridade e informava que o primeiro prato seria servido.

— Já estava na hora — Augusto reclamou, quando o garçom colocou as entradas na mesa deles.

— Homem incorrigível — Ruth acusou, e completou com um olhar mortal.

Augusto simplesmente sorriu. O prato principal veio logo em seguida e eles comeram sem nenhuma discussão.

— Ele é uma personalidade e tanto, não é? — um companheiro murmurou, enquanto o garçom recolhia os pratos e os talheres.

— Totalmente — Dulce concordou, sabendo que na intimidade era um homem de bom coração. Era só na companhia de Ruth Saviñón que ele se transformava em um diabinho provocador que se divertia em irritar a velha senhora.