Fanfic: Doce Descoberta - Adaptação Vondy | Tema: Vondy

— Bart quer passar o resto de seus dias a bordo de um navio — sua mulher confidenciou. — Vocês podem imaginar?

— É um tanto restritivo, não? — Dulce sugeriu, percebendo que Christopher estava envolvido em uma conversação com o marido dela.

— Acho agradável. Viveríamos permanentemente a bordo e viajaríamos o mundo, com a opção de ficarmos onde quiséssemos. Quando necessário, pegaríamos um avião e nos juntaríamos ao pessoal do navio.

Ah, aquele navio. Construído para ser um dos maiores hotéis flutuantes com luxuosas suítes que se assemelhavam a pequenos apartamentos.

A sociedade intelectual teria um baile... literalmente.

— Tenho certeza de que você vai adorar — ela endossou carinhosamente.

— Pense na diversão, nas compras. A vida social deve ser incrível.

— Hum, talvez você tenha razão. Nós realmente temos família espalhada por todo o mundo.

— Jantar com o comandante, as pessoas que conhecerá... — ela já estava viajando em pensamentos. — Os privilégios, a comida. — Talvez ela estivesse no negócio errado. — Entretenimento.

— Continue falando.

— Compras permanentes no duty-free?

— Hum, hum.

— Não cozinhar, não limpar? Não ter que enfrentar engarrafamentos e achar lugar para estacionar?

— Eu vou pedir ao Bart que me mostre todos aqueles prospectos outra vez. Pode ser uma boa idéia — ela apertou a mão de Dulce. — Obrigada, querida.

—Você deveria estar na área de marketing — uma voz masculina sugeriu de forma humorada e Dulce virou-se para o jovem homem sentado do outro lado.

Ela deu um sorriso espontâneo:

— Mas eu estou.

— Talvez eu devesse contratá-la.

— Com uma oferta impossível de se recusar?

A situação estava divertida, ele sabia exatamente quem ela era e com quem era casada.

Ele se mostrou tão exagerado, até o momento, que chegava a ser ridículo, mas as respostas eram apropriadas.

— Você é divertido — não foi possível conter as risadas. — Seu diretor teria um ataque.

— Ah, mas eu sou o diretor.

— Sério? — Ela já estava quase achando que poderia acreditar nele.

— Sim.

— Bem, mas tem uma coisa. Christopher não teria outra opção a não ser bancar uma proposta salarial mais alta.

— Se não der certo, você se juntará a nós? Ele não poderia estar falando sério, estaria?

— Não — Christopher se intrometeu. — Ela não irá.

— Lamentável. Ela é simplesmente o máximo.

— Sim, ela é.

Minha. A palavra não foi dita, mas estava claramente implícita.

Uau! Ela ficou totalmente... constrangida. Christopher dava uma de marido possessivo o que não era comum.

Os garçons circulavam pelas mesas oferecendo mais café e chá, que Dulce recusou.