Fanfic: Doce Descoberta - Adaptação Vondy | Tema: Vondy

— Há muito tempo, Belinda tomou alguns meses da minha vida — ele enfatizou cuidadosamente. — Ela desejava um compromisso que eu não estava preparado para assumir — ele parou por uns segundos. — Nem naquela época, nem agora.

Ele a encarou e ela não conseguiu desviar o olhar.

— Você estava decidido a ver o que ela queria que você visse.

— Ela era muito convincente.

A musculatura das mandíbulas se enrijeceu.

— Realmente. — Ele levantou uma das mãos, acariciou gentilmente a bochecha dela e depois a beijou.

— Ela não é você — ele disse com serenidade.

A esperança cresceu um pouco. Não poderia dizer nada, não se atreveria. O sorriso que ele deu foi tão carinhoso que ela quase se derreteu.

— Você realmente pensa que eu coloquei uma aliança no seu dedo sem nenhuma responsabilidade?

— Eu tive esta impressão.

— Não de mim.

Ele arregalou os olhos.

— Ruth...

Ele colocou um dos dedos sobre os lábios dela para evitar que ela pronunciasse qualquer palavra.

— Com a conivência de Augusto. E foram bem-sucedidos. Só porque o amor fazia parte da equação. — Ele percebeu os olhos marejados dela e beijou cada pálpebra.

— Tola — ele reiterou. — Como é que você nunca percebeu?

— Você nunca mencionou a palavra amor. — Se ele o tivesse feito, ela teria se entregado a ele de corpo, alma e coração.

— Eu achava que sim... com o meu corpo, quando eu possuía o seu, com cada beijo, cada toque.

Ela estava quase caindo em prantos, mas esforçou-se para manter as emoções sob controle.

— Você lida com o sexo muito bem. Ele abriu um sorriso.

— Então é isso?

Ele encostou os lábios nos dela, deu umas mordidas e depois um beliscão como castigo.

Dulce respondeu na mesma moeda, sentiu o suspiro dele, não resistiu e provocou-o:

— Talvez devêssemos trabalhar um pouco nisso.

— Eu pretendo, em breve. — Ele segurou-a pelos braços e só de encarar aqueles olhos negros ela perdeu o fôlego.

— Mas primeiro... as palavras, hum?

O ar parecia preso em seus pulmões dificultando a respiração.

— Você é a luz da minha vida. Meu amor... tudo — ele jurou serenamente. — Enquanto eu viver.

Em alguma parte escondida dentro dela, a esperança plantada estourou e abraçou uma nova vida.

— Eu sinto o mesmo — as palavras estavam presas na garganta. — Ninguém nunca chegou tão perto de mim.

Precisava mostrar a ele o quanto significava para ela. Dulce levantou as mãos, segurou o rosto dele, sentiu a pressão dos lábios de Christopher na palma de sua mão e entregou-se.

Começou a desabotoar a camisa dele, tudo com muita calma. Tinham bastante tempo... todo o tempo do mundo... e ela desejava usufruir daquilo tudo de forma bem lenta. Uma súplica mútua de desejos. Fazer amor.

Parecia até que ele sabia, e Christopher começou a tirar cada peça de roupa até não restar mais nenhuma.