Fanfic:  Do not be afraid to love | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria

DULCE.

Ainda estava petrificada.

É como se ele ainda estivesse aqui.

Segurando-me pela cintura com seus braços musculosos e fortes.

Sua voz murmurada ainda estava em meus pensamentos. Seu olhar penetrante. Seus lindos olhos castanhos claros. Seus lábios a centímetros dos meus.

— Meu deuses eu estou muito desastrada hoje — lamentei tentando ajudar a mais uma moça que esbarrei a se levantar.

— é, deu para perceber — Ela me olhou empinando o nariz.

Fiquei roxa de vergonha.

Meu deuses, por que tinha que me esbarrar em uma garota tão metida?

— peço minhas sinceras desculpas — soltei um suspiro ao estender a minha mão para ajuda-la a se levantar e a mesma me ignorar.

— que enfiei essas desculpas no seu... — ela disse rude, mas foi interrompida ao sentir um garoto moreno passar seu braço por sua cintura.

— Não seja má, Amanda — ele a repreendeu sorrindo torto para mim — foi sem querer, e além do mais ela tentou te ajudar a lhe levantar, mas você a recusastes rudemente.

A tal Amanda revirou seus lindos olhos azuis.

— Tudo bem... Desculpe-me, garota — Amanda se desculpou me olhando esnobe.

— Não, está tudo bem — falei ainda sem jeito — eu já vou indo... Foi sem querer — sussurrei a olhando, enquanto dava alguns passos para trás.

— está tudo bem... — o garoto ergueu as sobrancelhas. Será que ele queria saber meu nome?

— Dulce Maria — disse sentindo minhas bochechas corarem.

— Está tudo bem, Dulce — o garoto sussurrou admirado — tem um nome lindo, Dulce — assoviou de leve.

— Obrigada — agradeci totalmente sem jeito — como é seu nome?

— Kevin Broklin — Kevin respondeu sorrindo torto.

Confesso que o sorriso dele era lindo... Mas agora estou pensando: Será que o sorriso de Christopher também é?

Oh My God, por que ele está em meus pensamentos?

— prazer em conhece-los — sorri para Kevin e depois voltei meu olhar para a Amanda que revirava os olhos entediada.

— o prazer foi nosso, Dulce — Kevin piscou charmosamente para mim.

Dei um suspiro.

 Ele era tão lindo.

 — tchau, gatinha — se despediu me dando as costas, levando consigo a tal Amanda.

— tchau — murmurei para o vento.

— falando sozinha? — Indagou em divertimento uma voz doce que reconheceria de longe.

— Héllen — exclamei a abraçando apertado. Oh céus como senti falta dessa baixinha — como você está? Como foi lá na Rússia? Está namorando? — a bombardeei de perguntas.

— calma, calma, ruiva — ela riu do meu desespero — eu estou bem, obrigada... Só estava com saudades de você — marejou os olhos e eu abracei.

— até acredito que você estava com saudades de mim, mas sei que está morrendo de saudades de Dylan — passei carinhosamente meus dedos em sua franja.

— é, eu estou morrendo de saudades dele — Héllen confessou com a voz embargada —, mas sei que nós não temos mais volta — soluçou e eu abracei.

— Duvido muito, cunhadinha — sussurrei a ouvindo reprimir seus próprios soluços — Dylan ainda te ama. E é na certa que logo estarão juntos novamente.

Dylan e Héllen estavam noivos, mas o destino os pregou uma peça. Héllen foi obrigada a ir morar na Rússia com a sua mãe e seu pai, na época ela apenas tinha dezesseis anos, e por isso seu pai se recusou de ela morar aqui comigo e com Dylan. A separação dos dois foi terrível. Dylan passou meses em depressão. Minha mãe (antes do seu falecimento) até o encaminhou para uma psicóloga, mas parecia que foi a pior coisa que ela fez. Até que passou dois anos e parece que Dylan começou a aceitar, porém se fechou em seu mundo, o meu e da minha mãe. Ele virou extremamente protetor comigo e com a minha mãe. Um ano depois minha mãe faleceu em um acidente de carro. Foi terrível!

Oh, e eu sentia tanto a falta dela!!!

— Mas me conte, está gostando daqui? Da faculdade? E os gatinhos? — Héllen indagou passando seu braço por cima dos meus ombros.