Fanfic: Vampires - AyA | Tema: Ponny

Há muito tempo atrás, não... foram há quatro meses. Tá bom, já faz um tempinho. Bom, não importa. Enfim, as coisas para mim sempre foram bem fáceis, tipo: sou a líder das torcedoras, tinham um namorado pereito e que me amava bastante, pais atenciosos e irmãos baderneiros, mas que eu amava... amo. 

As coisas saíram dos eixos quatro meses atrás, após aquele trágico acidente. Meu estômago sempre revira ao relembrar aquele dia, que deveria ter sido o melhor/pior da minha vida. 

Após uma conversa franca com a May, e outra bem constrangedora com a minha mãe, tomei a decisão que devia ter tomado a séculos: terminar com o Ucker, o tal do "namorado perfeito". Eu o amava muito, mas como amigo, e ele já estava fantasiando um futuro comigo... enfim, iria terminar com ele quando voltasse da casa de campo, onde eu ia passar o feriado de Ação de Graças. Passei no hospital, desmaiada.

Animada, entrei no carro com duas mochilas fartas de roupas. Minha mãe não tirava o sorriso do rosto, assim como o meu pai. A felicidade só durou até o carro derrapar na pista e rodopiar pela ponte, caímos antes mesmo que eu fosse me dar conta do que estava acontecendo. 

Aladdin e Nina não estavam comigo e com os nossos pais no carro, pois os mesmos tinham ido mais cedo para preparar algumas coisas. Mas o pobre Arthur estava, o coitadinho ingeriu tanta água que por pouco não se juntou aos nossos pais. Eu nem consegui protegê-lo, estava tão agoniada que não consegui mantêr o ar nem por trinta segundos. Apaguei na hora. 

-- Anahí?

Minha professora de química estreita os olhos ao notar minha desatenção. 

-- Srta. Princon? 

-- Entendo que está passando por um momento difícil, mas não vai passar para o terceiro ano se continuar sem prestar atenção as aulas. Você pode ao menos fingir que se importa com o que eu digo? -- Tagarela ela, com os olhos negros de raiva. -- Ainda não está passada na minha matéria, Anahí. Aliás, você é uma, dos poucos, que ainda está abaixo da média.

Antes que eu pudesse pronunciar alguma coisa coerente, o sinal toca, indicando o término das aulas. Me levanto de imediato, jogando os livros para dentro da minha bolsa de marca. Candice, minha tia, me deu de presente três meses atrás, quando retornou de Milão para cuidar de mim e dos meus irmãos. É, as coisas estão indo de mal a pior. 

-- Anny, você devia ter dito alguma coisa. -- May resmungou, quando chegamos ao corredor. Calada, vou até o meu armário; tenho que guarda algumas coisas antes de ir embora. -- Amanhã é a festa da fraternidade KKT. -- Ela comenta, mudando totalmente de assusnto.

-- É, eu sei. -- Abro o armário de cor escura e pego o meu diário, colocando o livro de fisíca em seu lugar. -- Todos os anos tem a mesma festa de Halloween, " Casa de Assassinato". 

-- Uma festa anual de uma fraternidade, onde os convidados se vestem de suas vítimas ou assassinos preferidos. -- May sorri, jogando um panfleto sobre mim. -- Eu sei que as coisas estão recentes, mas você não pode se reprimir. Li em algumas revistas, que o melhor que se pode fazer é tentar se destrair com alguma coisa. 

--Meus pais morreram em acidente de carro há pouco menos de um ano, e você quer que eu vá para uma festa? -- Estou muito incrédula, mas preciso mantêr a calma.

-- Anahí, eu não essa víbora que está fantasiando agora, sou sua amiga -- ela põe a mão sobre mim, fazendo com que eu bata a portinha do armário com mais força do que eu gostaria. -- E estou muito preocupada. Aladdin está lidando com isso mais rápido do que você, que ainda está em choque.

-- Em choque? -- isso só pode ser um pesadelo, do qual eu só acordo quando Arthur passa pasta de amendoim com geleia no meu rosto. Não acordei, pelo menos não dessa vez. 

-- Vocês viram? -- Dul chega de repente, com seus saltos estalando pelo chão. O vestido vermelho está tão colado que toda vez que ela se move, vários garotos suspiram. 

-- Não é proibido se vestir que nem uma va/dia para vir a escola? -- May pergunta, pegando a ruiva de surpresa.

-- Não -- Dul sorri, em seguida da uma voltinha. 

-- O que é que nós vimos mesmo? -- pergunto, evitando que o ego de Dulce infle mais.

-- O novato gostosão, ouvi dizer que seu nome é Derrick. -- Ela diz, abanando-se com uma das mãos. 

-- Aposto que é ele -- aponto para o garoto de preto atravessando o corredor a passos firmes. Ele é lindo, sem dúvidas o ser mais lindo que já vi. O tipo de criatura que arranca suspiros só com um olhar, o mesmo olhar com que está me fitando agora. Oh Deus, me ajude.