Fanfic: Bound by Honor (ADAPTADA) | Tema: VONDY

Eu me virei de um lado para o outro, incapaz de adormecer. Não estava acostumada a
ficar sozinha na cama. Depois de tudo, Christopher e eu mal tínhamos conversado desde a nossa
briga, há três dias, e não tínhamos feito sexo, mas sempre acabávamos nos braços um do outro
durante a noite. É claro que a gente se separava no momento em que acordava. Eu perdi a
proximidade com Christopher. Eu perdi o contato com ele, perdi seus beijos, seu toque, sua língua
quente entre as minhas pernas. Suspirei quando fiquei molhada. Eu não iria ceder. Por quanto
tempo mais Christopher poderia ficar sem sexo, de qualquer maneira?
E se ele não ficou? E se ele transou com Grace de novo? Ela estava, supostamente, na
Inglaterra, mas quem sabia se isso era verdade? Ou talvez ele tenha encontrado uma nova
mulher para fo/der. Meus olhos encontraram o relógio. Eram quase duas da manhã. Um peso
queimava em meu peito. Será que Christopher teria desistido do nosso casamento tão facilmente?
Por que não? Ele já tinha conseguido o que queria. Ele teve o meu corpo. Eu não era a
única pessoa que poderia dar o que ele queria.
Um estrondo soou no andar de baixo, seguido por vozes profundas. Romero era um
deles, o outro era Christopher. Saí da cama e rapidamente corri para fora do quarto, apenas de
camisola. Congelei na escadaria. As luzes estavam apagadas, mas a lua e os arranha-céus ao
redor forneciam luz suficiente para eu ver o que estava acontecendo. Christopher estava
estrangulando Romero. Dei mais um passo para baixo e os olhos de Christopher dispararam na minha
direção, furiosos e selvagens. O monstro estava de volta. Seus braços estavam cobertos de
sangue. Romero parou de lutar quando percebeu que Christopher era forte demais.
— Eu nunca trairia a Família, — Romero engasgou, então tossiu. — Eu sou leal. Eu
morreria por você. Se eu fosse um traidor, Dulce não estaria aqui, segura e incólume. Ela
estaria nas mãos da Bratva.
Christopher afrouxou e Romero caiu de joelhos, tentando recuperar o fôlego. Desci os degraus
restantes, ignorando Romero balançando a cabeça para mim. O que estava acontecendo? Christopher
nunca tinha estado tão desequilibrado.
— Saia agora, — ele rosnou para Romero. Quando Romero não se mexeu, Christopher o
agarrou pelo colarinho e o arrastou para dentro do elevador. Antes que as portas se fechassem,
o olhar preocupado de Romero voou para mim. Christopher digitou um código no painel ao lado do
elevador impedindo que as pessoas entrassem em nosso apartamento, e depois se virou para
mim. Não só seus braços, mas sua camisa também estava coberta de sangue. Eu não via
nenhum buraco de bala em suas roupas.
— Você está bem? — eu disse, mas até mesmo o meu sussurro pareceu muito alto no
silêncio.