Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

POV. DULCE

Ela estava atrasada. Segundo o meu relógio de pulso á quase meia-hora. O que era relativamente estranho, dando-se conta a mania de pontualidade de Anahí. Poderia estar acontecendo o fim do mundo, mas ela estaria no lugar no horário, com exceção de hoje.

Era preocupante. Será que tinha acontecido alguma coisa?

Provavelmente não. Notícia ruim era como o vento, sempre chegava em primeiro. Sem contar que se tivesse acontecido alguma coisa, seria avisada imediatamente. O número do meu celular era o contato emergencial de Anahí.

Então. Era apenas um atraso bobo. Os planetas deveriam está desalinhados ou era o fim do mundo. Quem sabe o apocalipse? De preferência zumbi. Quero saber qual seria a desculpa de Anahí.

Hoje era terça-feira. 

O único dia durante a semana em que tínhamos tempo para nos encontrarmos sem nenhuma interrupção do trabalho. Era o único dia em que eu podia me sentir realmente bem, relaxada e feliz.

Apenas na presença de Anahí que eu poderia ser eu mesma, sem bancar a dama de gelo em que eu era reconhecida no mundo dos negócios. Por ser presidente da Espinosa Diamond Corporation, tinha que ter mão firme para manter a empresa da família no auge. E tinha dado certo, apesar da minha pouca idade. Não era qualquer pessoa que tinha a dádiva ou a sorte de ser sucedida profissionalmente antes dos trinta anos.

Sou graduada em desenho industrial e formada em gemologia, minha vida profissional era simplesmente maravilhosa. Gosto do meu trabalho, apesar de ser um pouco estressante, ás vezes. Amo pedras preciosas, lapidá-las até se tornar em joias belíssimas. Era um dom.

Em resumo em geral, a minha vida era boa. Ás vezes, um pouco solitária, mas eu fazia questão de suprir a minha carência com mulheres aleatórias. A minha fama de pegadora presenteada pela imprensa era por não repetir mulheres. Já fazia isso para evitar a criação de vínculos. Única que eu tinha algumas transas á mais era com a minha secretária, Lydia. Mas deixava bem claro que não evoluiríamos para outro nível. E ela aceitava isso.

Mas como toda regra existia uma exceção, a única mulher que eu tinha um vínculo era Anahí.

Mas, Anahí é a minha melhor amiga. Nunca tive sentimentos obscenos ou segundas intenções para com ela. E era incrível, dando-se conta que fazia dez anos de amizade. Conhecemo-nos em um quiosque de um bar, no México.

Eu estava viajando a passeio quando decidi que iria aproveitar á noite e pegar algumas mexicanas quando me deparei com Anahí no quiosque, batendo boca fervorosamente com o barman por não liberar um drinque para ela, já que não tinha idade o suficiente para comprá-lo. Fiz o favor de comprar a bebida para ela que na época tinha dezesseis anos. Não foi uma atitude muito certa, dando-se conta que era menor de idade, mas aqueles olhos azuis intensos foram bem persuasivos. Em agradecimento, Anahí decidira que faria companhia á mim até que eu encontrasse alguém que me interessasse.

Ironicamente, não me interessei por nenhuma mulher naquela noite e passei horas conversando com aquela garota espevitada que falava demais. Assim que nasceu uma das amizades mais verdadeiras do mundo.

Passamos dois anos se comunicando por internet. Anahí era do México e eu, da Espanha. Até que Anahí decidira que iria tentar a vida na Espanha, então, nos tornamos inseparáveis. Ela tinha sido a única mulher em que apresentei a minha família. E por debaixo dos panos, minha mãe e minha irmã torciam para que ficássemos juntas. Ocultamente, a família de Anahí também. Esquecendo-se completamente que éramos amigas, e que ela era hetero.

A família de Anahí era incrível. Sem preconceitos, animadores e acolhedores. Eu os adorava. Sentia-me parte da família sempre que todos se encontravam.

Comecei a me estressar com a demora da Anahí, pedi um chá de camomila para me acalmar um pouco. Irei ficar muito irritada se Anahí tivesse se esquecido do nosso dia!

Tomei alguns goles de chá, ignorando o quão estava quente quando vi os fios castanhos acobreados esvoaçados no sol. Reconhecia aquele cabelo. Pousei a xícara no pires e peguei o cardápio, fingindo desinteresse. 

— Está atrasada. — Informei sem tirar os olhos do cardápio ao escutar a cadeira se arrastar. — Quase que fiz o meu pedido sem você. — Escutei Anahí respirar fundo, parecia afobada. Mas continuei tagarelando. — Juro á você que estou em dúvida entre o pavê de bis e palha italiana. Mas acho que vou de pavê...

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