Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

POV ANAHÍ

— Liberada!

Um gritinho de pura animação escapou de minha garganta quando ouvi essa frase que tanto ansiava. Minha carta de alforria tinha sido assinada. Eu estou livre! Livre da dependência dos outros e livre desse maldito andador. Agarrei a Karine num abraço feliz, ela se assustou com o ato, mas soltou uma gargalhada com a minha empolgação.

— Estou sonhando! — Falei ao soltá-la, rindo. — Me belisca porque estou sonhando... Aí! — Fiz uma careta ao receber um beliscão em meu braço e acariciei a área tingida. — Eu estava brincando!

— Desculpe-me. — Karine riu. — Eu fiquei empolgada.

Revirei os olhos, mas voltei á abraçar a Karine, desta vez de ladinho. Nesses três meses, ela tinha se tornado uma grande amiga, e eu a amava. Seria eternamente grata por me ajudar num momento complicado de minha vida, foi uma excelente profissional, e hoje, eu estava liberada para ser eu mesma, e não um fantoche de mulher que estava sendo nas últimas semanas.

 — Distribuição de abraços? Eu quero também... — Uma voz informou assim que adentrou á sala, chamando atenção de mim e Karine, senti a minha amiga ficar tensa com a presença da outra. — Qual é o motivo de tanta felicidade?

— Recebi alta. Não é ótimo, Alison? — Perguntei com os olhos brilhando. — Olha como ando perfeitamente bem... — Fingir que o centro da sala era uma passarela e caminhei orgulhosa por não precisar mais do andador.

Alison riu, e bateu palminhas, se manteve em pé, me encarando.

— Uau. Agora está pronta para o perigo... Por que não vamos comemorar essa grande vitória? Vamos ao Soho Club, soube que pegará fogo lá. — Alison convidou ao se sentar no sofá.

Escutei uma risadinha sarcástica de Karine que balançava a cabeça em negativo sendo fuzilada por Alison. Elas não se suportavam, e tudo mudou quando a Karine e Emily engataram um relacionamento, antes disso até que as duas eram colegas. Porém, apesar de toda animosidade, as duas se mantinha civilizadas.

— Olhe para mim, Alison... Estou com um barrigão, o meu lugar não é um bar dançante.

Minha gravidez estava indo de vento em polpa, estava grandinha. Comparando a minha foto grávida de 14 semanas dos trigêmeos, minha barriga estava maior, era nítida e marcava bem as roupas.

— Um vestidinho soltinho dá para enganar muito bem. — Alison deu de ombros.

— Bem. Eu vou embora. — Karine disse depois de recolher as suas coisas. — Á noite, eu e a Emily iremos para um rodizio japonês, se quiser ir e ter uma comemoração bem tranquila se sinta convidada.

Alison encarou a Karine com a cara de pouco amigos. Mas, Karine não deu muita atenção.

— Obrigada pelos convites, meninas. Eu vou pensar direitinho sobre tudo! Mas agora, vou tomar um banho e vou sair... Quero aproveitar a minha liberdade reconquistada. — Mandei um beijo para Karine que já estava na porta e olhei para Alison. — Quando sair feche á porta. — Era uma deixa.

Minha amizade com Alison estava fluindo bem... Ela vivia mais em meu apartamento do que em seu próprio apartamento. Eu a entendia, era sozinha e sentia-se solitária. Infelizmente, sempre que estava aqui, acontecia algum desconforto. Como a Emily que ficava desorientada com a presença da Alison ou a Dulce que ficava muito irritada ao vê-la aqui, até mesmo a Karine não se sentia muito bem com a loira por perto. Parecia que uma boa parte da população tinha aversão por Alison...

Entrei em meu quarto, e fui para a suíte tomar um banho rápido. Os trigêmeos estavam na casa de Blanca que reclamava como estava com saudade dos netos. Passariam o dia com ela, e a noite, Dulce iria buscar eles... Ah, Dulce... Como eu a amo... Ainda não me lembrava dela, os flashes de memória que eu tinha sempre eram por coisas banais ou por pessoas que não me tinham grandes significava. Como eu sentia a falta da minha mulher...

Dulce sempre se mantinha presente, mas mesmo assim, eu sentia muita falta dela... Como mulher. Como minha mulher. Sentia falta de suas declarações, dos seus beijos deliciosos, dos seus toques. Tê-la afastada emocionalmente de mim, era uma tortura porque eu precisava saber se ainda me amava da forma que eu a amo. Os meus medos, minhas duvidas ficaram para trás, eu tinha perdido um grande tempo da minha vida tentando seguir a minha racionalidade, e o que ganhei? Apenas noites de choro e uma solidão que só podia ser suprida com a presença de Dulce.

Li um texto que foi decisivo para mim: “Esta vida vai passar rápido, não brigue com as pessoas, não critique tanto seu corpo. Não reclame tanto. Não perca o sono pelas contas. Não deixe de beijar seus amores. Não se preocupe tanto em deixar a casa impecável. Bens e patrimônios devem ser conquistados por cada um, não se dedique a acumular herança. Deixe os cachorros mais por perto. Não fique guardando as taças. Use os talheres novos, Não economize seu perfume predileto, use-o para passear com você mesmo, Gaste seu tênis predileto, repita suas roupas prediletas, e daí? Se não é errado, por que não ser agora? Por que não dar uma fugida? Por que não orar agora ao invés de esperar para orar antes de dormir? Por que não ligar agora? Por que não perdoar agora? Espera-se muito o natal, a sexta-feira, o outro ano, quando tiver dinheiro, quando o amor chegar, quando tudo for perfeito… Olha, não existe o tudo perfeito. O ser humano não consegue atingir isso porque simplesmente não foi feito para se completar aqui. Aqui é uma oportunidade de aprendizado.
Então, aproveite este ensaio de vida e faça o agora... Ame mais, perdoe mais, abrace mais, viva mais intensamente e deixe o resto nas mãos de Deus”.

Perante á tantas emoções e sentimentos que Dulce me causava, os motivos que me fizeram a deixá-la pareciam tão tontos. E eram. Nesses últimos meses, apesar de não demonstrar, retornei a admirar á Dulce... Meu coração se agarrava á qualquer qualidade que ela demonstrava, e me fazia enxergar que eu queria á Dulce ao meu lado, queria voltar ao nosso apartamento, queria retomar a nossa família.

Eu poderia muito bem seguir sem a Dulce porque eu era completa, mas quem disse que eu gostava de ser apenas completa? Com a ela, eu transbordava de amor, felicidade e paz. Ela me fazia derramar, e infelizmente, eu não estava valorizando isso.

Posso não ser a velha Anahí que a Dulce estava acostumada, mas essa nova Anahí ama tanto á Dulce que meu coração parecia que iria escapar a qualquer momento do peito e ir buscar morada no peito de Dulce. Eu a amo com toda força do meu ser, e cansei de manter isso dentro de mim, apenas para mim.

Foi com esse pensamento que sair do banho e procurei uma roupa... Optei por um vestidinho curto marrom de estampa de bolinhas brancas plissado na cintura que deixava o tecido bem soltinho na barriga. Dei um jeito nos meus cabelos, deixando-os lisos e fiz uma maquiagem básica: Sombra rosa claro, delineador e rímel nos olhos e um batom nude. Meu nariz e minhas bochechas estavam avermelhados ao natural, passei apenas um corretivo para camuflar um pouco a vermelhidão.

Procurei por meus scarpins nude até que encontrei a bolsa que minha sogra tinha mandado para mim á três meses atrás e eu ainda não tinha tido a oportunidade de olhar por esquecimento mesmo. Depois a averiguava. Encontrei os meus scarpins e quase chorei de felicidade ao ter um salto novamente nos meus pés. Com acessório, coloquei apenas brincos de pérolas e o meu anel de noivado, estava na hora de reusá-lo. Todo o meu corpo se arrepiou quando o escorrei no meu anelar.

Seria um sinal?

Perfumei-me e peguei a minha bolsa. Eu estava pronta...

Quase uma hora depois, adentrava na Corporation, muitos funcionários me cumprimentavam no caminho, uns perguntavam pela minha saúde, outros me parabenizavam pela gravidez. Infelizmente, não me lembrei de nenhum. Informei-me na recepção e soube que a presidência ficava no último andar. A recepcionista insistiu que eu fosse ao elevador privativo porque os outros iriam demorar, e eu fui... Em cinco minutos, eu estava rumando para a recepção.

— Anahí! — Neide se levantou de sua cadeira e correu até mim, me dando um abraço. Eu rir com a empolgação dela. — Que surpresa agradável, achei que nunca mais iria lhe ver, desculpa, eu sou a Neide, talvez, não se lembre de mim.

— Claro que me lembro Neide. — Falei sorrindo. — Lembro-me de quase todo mundo.

— Que maravilha! Fiquei tão preocupada contigo, desculpe-me não ter ido visitá-la. Foi uma falha muito grande minha. — Neide pediu acanhada.

— Tudo bem, Neide, não fiquei chateada. — Garanti. — Onde está a Dulce?

— Na sala com a vice-presidente. Eu vou anunciá-la...

— Não precisa Neide. — Disse rumando para á porta. — Quero fazer uma surpresa á ela. — Pisquei, ignorando a cara pálida da secretária, então, abrir á porta e dei um passo á dentro.

Ora... Não é que quem teve a surpresa tinha sido eu? Dulce estava de mãos dadas com a vice-presidente da Corporation, assistir quando a outra puxou a minha mulher para um abraço que me deixou furiosa! O meu sangue ferveu em questão de segundos, a pressão sanguínea fora tão forte que eu escutava as batidas do meu coração ressonando em meus ouvidos. Os meus olhos queimaram, eu tinha certeza que estavam avermelhados de fúria! Quem essa mulher achava que era para está abraçada com a MINHA DULCE?

Alguma coisa dentro de mim se despertou... Um ciúme doentio, um instinto, uma força quase selvagem para lutar pelo o que era meu. Sim, porque a Dulce era minha até toda eternidade e não seria uma peituda de dois metros que iria me deter de tomar o que era meu por lei e direito!

Fechei á porta com força, assustando-as e atraindo a atenção delas para mim. Dulce ficou pálida ao meu ver, os seus olhos ficaram arregalados de surpresa, enquanto, a mulherzinha me olhava com curiosidade.

— Está acontecendo alguma coisa aqui, meu amor? — Perguntei com um sorrisinho esmagador ao me aproximar, olhando de uma para outra.

A mulherzinha então franziu o cenho e os seus olhos ficaram em alerta. Ela era mais alta que eu, muito, mas mesmo assim, não me intimidei, parei o meu olhar para ela... Olhei-a de cima á baixo com desprezo... Tinha que admitir que era muito bonita, mas não era páreo para mim e mesmo se fosse, não iria tirar a Dulce de mim, antes eu a mataria primeiro. Quando voltei a olhar nos olhos dela, lancei um olhar tão frio que ela ficou desconcertada.

Era como se a velha Anahí tivesse baixado em mim... Eu me sentia perigosamente poderosa e imbatível. A primeira coisa que eu faria era enxotar a pa/u brasil da sala e depois me resolveria com a Dulce. Ela teria que me explicar porque estava abraçando uma mulher que não era eu, e pouco me importava se estávamos separadas ou não, ninguém, absolutamente ninguém poderia tocá-la...

Bitch, i’m back.

**

Parece que finalmente alguém despertou para a vida, não?

Até que enfim! Haha.

**

Furacão Maite: Mulher... Tu sabe que eu sempre paro nas melhores partes! Hahaha. Ah, para. Eu espero que as duas se acertem.

Luh_perronita: Eu não irei matar não, ô. Já disse, garantir. Se tiver mortes nessa fanfic não será de Anahí e Dulce. Hahaha. Rolo sem sexo? Quase não consigo pensar... Oh,nem fale! GA é a prova disso, não ship ninguém, Shonda tem um sério problema com relacionamentos porque sempre acaba em desilusão amorosa. Ah, os pacientes morrem, mas acontece muita coisa com os médicos.

Josy: Blake praticamente será apenas pra causar ciúmes em Anahí. Ainda não pensei em coloca-la para ter algo com a Dulce. Só falta a Paola se se decidir mesmo.