Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

POV DULCE

— Dulce? — Uma voz distante me chamou.

Minha cabeça doeu de pronto. Uma dor forte que me fez gemer. O meu corpo parecia que tinha sido atropelado. Não precisei abrir os olhos para que todas as memórias que eu queria esquecer encherem a minha mente, me fazendo resfolegar de dor... As lágrimas vieram quentes e perversas. Deus! Como eu queria abrir os olhos e perceber que tudo não tinha passado de um cruel pesadelo. Mas a dor pesada em meu coração reafirmava que não... Não tinha sido um pesadelo, era a mais cruel realidade.

Abrir os meus olhos e a claridade os machucaram. Eu estava em um leito confortável, embora que o meu corpo tivesse tenso o suficiente para relaxar. Era um quarto privativo. Na minha frente estava á Claudia. O seu semblante estava pesado, e era nítido que também estava sofrendo. Ela me olhava com compaixão, isso aumentou as minhas lágrimas.

— O que aconteceu? — Perguntei com a voz grossa de choro.

— Você surtou. Foi preciso de algumas pessoas para lhe conter, aplicaram um ansiolítico para que pudesse se acalmar. — Claudia explicou.

Algumas coisas vinham em minha mente confusa. Lembrava-me que tinha perdido o controle e que achava que iria morrer sufocada. Funguei com força, engolindo o bolo de lágrimas, Claudia me ofereceu uns lencinhos.

— Quando tempo estou apagada? — Perguntei ao enxugar as minhas lágrimas.

— Umas seis horas... — Claudia informou. — Pedi para a Paola ir ao seu apartamento e trazer uma muda de roupa limpa, tanto pra você, como pra Anahí. Ela também trouxe... Duas roupinhas de bebê para os meninos. — Apontou pra uma bolsa no sofá. — Também liguei para a mamãe informando o acontecido. Ela deve está á caminho.

— E Anahí? — Perguntei baixinho, arrasada.

— Linda estava esperando que você acordasse para transferir a Anahí para um quarto.

— Ela acordou?

— Ainda não. Eu acho que quando acordar á primeira coisa que vai querer é vê-la ao seu lado. — Claudia comentou baixinho.

Concordei com a cabeça. Precisava ser forte. Muito forte para consolar á Anahí... Mas como eu iria fazer isso se eu não tinha força para a mim mesma?

— Então, é melhor eu estar ao lado de Anahí. — Falei, e tentei me levantar, mas fiquei tonta e fui amparada pela minha irmã.

— Devagar... — Claudia pediu.

Assim que me viu, Dra. Linda liberou a transferência de Anahí para o quarto. Enquanto, a Anahí não chegava, tomei um banho no banheiro do quarto. Um banho rápido. A água fria parecia que tinha lavado a minha alma, mas não removeu á dor que estava aqui... Firme e latente. Fiz minha higiene pessoal com o que Paola trouxe. Claudia tinha providenciado algo para eu comer. Café preto e um sanduíche natural, mas o meu estômago estava debulhado demais para suportar qualquer alimento. Por insistência da minha irmã que dei algumas mordidas no sanduíche, mas não o quis mais.

Tinha certeza que estava respirando por ser um mecanismo automático.

— Dul... — Claudia me chamou, parecendo um pouco desconfortável.

— Hum? — A olhei.

— O momento é difícil para todas nós, mas, infelizmente, eu tenho que perguntar... — Claudia suspirou, os seus olhos lacrimejaram. — O que faremos com os corpinhos?

O meu choro compulsivo voltou... A ideia de enterrar os meus filhos era horrível, mas não podia deixá-los para que o hospital resolvesse.

— Não vai ter velório. — Disse por fim, quando conseguir falar. — Apenas o enterro. Eles ficaram no jazido da família. Mas não faça isso agora, Claudia. Por favor... Eu quero que Anahí acorde para que a decisão seja feita de fato. Poderia esperar um pouco?

— Claro. — Claudia concordou com a cabeça. — O tempo do mundo, minha irmã.

Olhei para a minha irmã, e debulhei-me em lágrimas. Claudia me abraçou de pronto, me aconchegando em seus braços. O meu choro aumentou, ainda não conseguia assimilar tudo que estava sentindo, mas doía demais e ter a Claudia do meu lado, me confortando me fazia bem... Sem ela, provavelmente, eu estaria mais perdida.

— Claudia, obrigada... — Disse entre o choro.

Claudia se separou um pouco e segurou o meu rosto, também estava chorando, mas me olhava com amor.

— Por que agradeces?

— Por estar ao meu lado... — Solucei. — Por não me abandonar, sei que a nossa situação não estava muito boa, mas você está aqui por mim e por minha esposa... — Confessei a olhando nos olhos.

— Oh minha irmã... Eu te amo tanto. Sei que fiz coisas que não me agrado, mas o meu amor por você continua intacto... Você vai ser para sempre a minha pequena que eu sempre estarei disposta á cuidar. — Claudia acariciou o meu rosto. — E tudo que eu mais quero nesse momento é que você e Anahí fiquem bem para que eu possa estar em paz.

— Eu te amo muito! — Foi o que disse com voz estrangulada.

Voltei abraçar á Claudia. Não precisava de palavras. Essa era a forma de eu lhe dizer que a perdoava e que tudo ficaria bem entre nós novamente. Ficamos um tempo abraçadas até que Paola surgiu, informando que Anahí iria para o outro quarto. Separamo-nos... Formos até o outro quarto.

Trouxeram a Anahí numa maca. A locomoveram da maca para o leito. Ela ainda estava desacordada, o seu rosto estava muito pálido, e sua barriga não existia mais aquela saliência bonita da gravidez, embora que ainda estivesse inchada... Conectaram o soro com medicamento e também uma bolsinha de sangue. Retiraram-se, deixando apenas uma enfermeira que cobriu á Anahí.

— Qualquer coisa, pode me chamar... Estarei no posto de enfermagem.

— Obrigada.

A enfermeira se retirou. Para dá mais privacidade á nós, Claudia e Paola também se retiraram com a promessa que estaria por perto. Ficou apenas eu e Anahí. Segurei a mão fria da minha esposa que não esboçou nenhuma reação. Suspirei alto, e lhe dei um beijo em sua testa.

— Tudo ficará bem... Somos mais fortes do que imaginamos. Eu prometo que ficaremos bem. — Murmurei em seu ouvido.

Dra. Linda surgiu para verificar á Anahí que continuava da mesma forma. Expressei a minha preocupação por Anahí demorar a acordar, mas ela disse que era o efeito da anestesia e que o quadro clínico de Anahí estava bem. Restava apenas esperar... Um tempo depois, a enfermeira retornou com um antibiótico, Anahí faria o uso de sete dias de antibiótico para evitar uma possível infecção.

Aos poucos, as flores começaram a chegar... De amigos e conhecidos que souberam da tragédia. Alguém vazou a informação de que Anahí tinha abortado, estava em todos os sites e jornais, era inevitável, infelizmente. O quarto se encheu de buquês com cartões de pêsames que eu não tive coragem de ler. Apesar das cores alegres das flores, não conseguiam transmitir nenhuma alegria, ou eu que não conseguir mais sentir nada.

Sentei-me no sofá e fiquei com os olhos fixos em Anahí. Não sei quanto tempo fiquei assim, mas até que vir as suas mãos moveram-se lentamente até a sua barriga. Ela mantinha os olhos fechados, mas as suas mãos apalparam a barriga... Vi quanto às lágrimas escorreram pelos cantos dos seus olhos ao constatar que os nossos filhos não estavam mais lá. Levantei-me e me apressei em segurar á sua mão.

— Anahí? — Chamei baixinho com os meus olhos queimando.

Anahí não abriu os olhos, mas o pranto a invadiu...

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Vou fazer o possível para postar dois capítulos por dia. Voltar ao esquema antigo, até porque quero terminar a fanfic antes do final do mês.

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Josy: Ah, eu tento trazer a realidade do cotidiano para as fanfics. A vida real não é um conto de fadas. Mas, elas serão felizes.

Kakimoto: Acho que ninguém imaginou que os gêmeos morreriam. Hahaha. É, eu tenho muita dó delas, até porque não merecem isso, mas a vida é assim... Altos e baixos. Coisas boas e coisas ruins. Uma montanha russa. É... Amanhã tem a reação de Anahí. Vamos ver como ela vai reagir, pra falar a verdade, pulei essa cena da reação de Anahí e sai escrevendo as outras porque não tive inspiração pra escrever.

Maninha_sah: Gosto de pensar que estão no céu. Hahaha. Pensei em fazer várias cenas com humilhações de Alison, mas como a fanfic está em fase final e eu não quero prolongar, vou me concentrar mais em portiñón. Ah, fique tranquila. Hahaha. O meu dentinho vai continuar então, oh, felicidade! A dupla maldade vai estar juntas... Claudinha e Paola, Lydia que espere. Verdade... Não está sendo fácil para a Dulce, Anahí também não. As duas precisam de um bom banho de sal grosso pra ver se as mazelas correm pra longe. Yeah, a vida tende dessas coisas e a gente nunca entende o porque, parece que quanto mais você é bom, as coisas ruins acontecem. Eu não compreendo. Olha lá, ein? Hahaha. Eu não tenho culpa não, me abstenho dessa sua acusação. Aaaaah, para. Hahaha. O que aconteceu pra ela ter brigado contigo? Tu ficasse dando gritos? Hahaha.