Fanfics Brasil - Amnésia — Capítulo cinquenta e oito. True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA.

Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.


Capítulo: Amnésia — Capítulo cinquenta e oito.

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POV ANAHÍ


 


 


O vazio dentro de mim era a minha resposta. O meu útero estava seco, oco, sem vida... Sem vida! Meu choro aumentou ainda mais. Escutava a voz de Dulce, sentia o seu toque, mas isso não impedia de me arrastar para o abismo de dor que explodia o meu peito e me deixava fora de mim.


 


Fracassei. Perdi os meus filhos por ser uma inútil. Sou culpada do que aconteceu. O meu papel era sempre protegê-los e eu não fui mulher o suficiente para isso. Não fui mãe o suficiente... Eu não era nada, eu não sou nada.


 


— Oh meu Deus... — Choraminguei alto, encolhendo-me no leito.


 


O meu baixo ventre se contraiu em uma dor latejante, parecia que estava sendo rasgada. Escutei a Dulce dizer alguma coisa e pedir para que eu não fizesse isso. Mas a dor física não era comparada a dor da minha alma.


 


Minha alma estava manchada com o enegrecido da dor.


 


As mãos de Dulce seguraram o meu rosto, suas palavras chegavam aos meus ouvidos, mas eu não compreendia, o meu choro se tornava cada vez mais alto até que se tornaram gritos. Eu queria arrancar o meu coração de dentro do meu peito para que não doesse tanto.


 


Por que, meu Deus? Por que está fazendo isso comigo? Por que está me deixando sentir essa dor? Por que não permitiu que eu tivesse os meus meninos vivos? Por quê?


 


O que eu fiz para merecer isso? O que a Dulce fez?


 


Abrir a minha boca em busca de ar, minhas lágrimas enchia a minha garganta e de alguma forma me sufocava. Uma grande parte de mim não se importou. Eu queria morrer... Só queria morrer... Só quero morrer.


 


— Anahí... — Dulce chamou, agoniada. Suas mãos acariciavam o meu rosto. — Olhe pra mim, por favor...


 


Balancei a cabeça em negativo, as lágrimas escorriam em abundância dos meus olhos. Não conseguia abrir os meus olhos e encarar á Dulce sabendo que eu sou a culpada pela a des*graça que tinha recaído entre nós.


 


— Meu amor, por favor... — Dulce pediu sua voz tão dolorosa quanto a dor que me corrompia.


 


Um frio me corrompeu, forte e destruidor. O meu queixo tremia descontroladamente, os meus dentes bateram um contra o outro produzindo um barulho. Não conseguia me controlar.


 


Eu só queria não sentir. A pressão das mãos de Dulce em meu rosto, mesmo que leve, me fez abrir os olhos... Encontrei os seus olhos castanhos apagados... Repleto de dor e tristeza, mas no fundo, tinha aquele amor incondicional por mim que me fez perceber que eu não era merecedora dele... Eu fracassei.


 


— Não! — Gritei, olhando para ela. — Eu sinto tanto... — Minha voz morreu rompendo outra vez num choro angustiante.


 


— Eu sei meu amor... — Dulce me abraçou apertadamente. — Eu sei...  Tudo vai ficar bem... — Dulce me disse, mesmo querendo ser forte, sentia suas lágrimas molhando o meu o ombro.


 


Agarrei-me em Dulce, minhas mãos seguraram firmemente na sua blusa. Ser acolhida em seus braços me causava conforto, mas não era o suficiente para aplacar o vazio dentro de mim. Esse buraco negro que me sugava cada vez mais.


 


— Eu sou um fracasso... — Murmurei entre o choro, meus pulmões pareciam que estava se dilatando pela força do pranto.


 


— Não! — Dulce contestou, suas mãos acariciaram os meus braços e depois se afastou um pouco para me olhar. Os seus olhos tinham tanto carinho... Ela limpou com as mãos as minhas bochechas molhadas. — Você não fracassou em nada, como pode me dizer isso?


 


— Eu... — Resfoleguei, meus olhos foram ficando pesados e meu corpo foi invadido por um calafrio que parecia que ia me rasgar, aumentando a batida do meu queixo. — Fracassei Dulce... Fracassei como mulher, como esposa, como mãe...


 


Dulce balançou a cabeça em negativo. Ao ouvir as minhas palavras, lágrimas pesadas caíram dos seus olhos, revelando apenas dor.


 


— Anahí... Você não fracassou em nada. O que aconteceu foi uma fatalidade, meu amor. — A voz dela era fraca, mas a certeza estava ali, mesmo meu cérebro negando-se a acreditar. — Você não pode ficar se culpando desse jeito.


 


— Mas eu sou culpada, Dulce... Eu deveria ter lhe escutado desde o início e não ter usado saltos. A queda foi minha culpa, eu matei os nossos filhos. — Ter pronunciado essa frase parecia que tinha me rasgado mais ainda. Um cansaço foi pesando em meu coração, puxei o ar mais forte pela boca, vez ou outra, produzindo um som estrangulado.


 


— Nunca mais diga isso! — Dulce ordenou firmemente, suas mãos se fechando em formato de concha em meu rosto. — Nunca mais ouse de nenhuma hipótese, de nenhuma maneira se culpar e se acusar dessa forma... — Seus lábios tremeram. — Nunca mais abra a boca e nem alimente esse pensamento que foi a culpada pelo o que aconteceu. Foi uma fatalidade, quando algo está predestinado a acontecer nada pode impedir. Ouviu bem? Por favor, meu amor. Você me entende?


 


— Dulce... — Bati as pálpebras, deixando mais que uma camada grossa de lágrimas caísse, funguei fortemente, segurei no colarinho da blusa dela. — Eu só queria morrer...


 


Dulce não aguentou, e chorou forte, revelando ainda mais a sua dor. Eu devia está a consolando também, mas me sentia tão incapaz de tudo.


 


— Como eu poderia viver num mudo sem você? Como pode querer isso, meu amor? Você seria capaz de me deixar? De deixar os nossos filhos? Lembra-se deles? Pietro, Nina e Lily que estão em nosso apartamento esperando por nós?


 


Balancei a cabeça em positivo. Claro que lembro dos meus filhos... Das minhas joias mais preciosas. Eu não seria capaz de deixá-los. Nem de deixá-la. Mas eu não tenho controle de nada mais... O pensamento autodestruitivos rondava o meu cérebro.


 


— Perdão... — Murmurei baixinho, o choro cedendo, causando-me um conforto estranho no peito, mas o vazio permanecia lá. — Eu... Não queria...


 


— Eu sei que não... — Dulce beijou a minha testa e depois os meus olhos com carinho. — Não está sendo fácil para nenhuma de nós, também tive pensamentos horríveis quando recebi a notícia. Acho que vai ser questão de tempo para superarmos isso. Um dia após o outro, uma luta de cada vez. — Ela tirou um lencinho do bolso e limpou o meu rosto e me fez soar o nariz. Ela riu. — Está parecendo uma criança com esse rostinho todo inchado e o nariz vermelhinho.


 


Sorrir suavemente para Dulce... Ela era a minha força. Apesar de ter parado de chorar, minha respiração estava cansada e minha cabeça muito pesada. Aconcheguei-me no travesseiro, olhando fixo para minha mulher.


 


— Candy, o que aconteceu? — Perguntei com a voz quase sumida.


 


Dulce suspirou, e me contou tudo... Como fui encontrada desmaiada no depósito, de como cheguei do hospital, a minha cirurgia. Lembrei-me da dor latejante quando me movi, o meu baixo ventre estava ponteado, então, deveria ter o máximo de cuidado. Hesitou ao falar sobre o enterro dos gêmeos. Não pude evitar e voltei a chorar, de maneira mais ponderada. Concordei com a Dulce em ser apenas o enterro. Eu não irei. Não tenho psicológico para isso. Ela também confessou que não tinha coragem de enterrá-los e que deixaria que Claudia o fizesse...


 


Um tempo depois, Dra. Linda veio me visitar. Expressou suas condolências e disse que iria me liberar no dia seguinte se eu não tivesse febre. Explicou como foi à cirurgia e como seria o pós-operatório. Resumindo, teria que ficar de repouso. Depois a Dra. Linda foi embora. Uma enfermeira entrou, nos cumprimentou e trocou o meu antibiótico por um soro, depois levou o saquinho de sangue embora.


 


Olhei para as flores que estava no quarto. O cheiro era forte, mas não o suficiente para confortar. O que estava me dando conforto era a mão de Dulce na minha, fazendo pequenos carinhos em movimentos circulatórios. Ela estava falando descontroladamente, buscando nos distrair.


 


Depois, o quarto foi invadido por visitas. A família. Claudia e Paola. Karine e Blake, e Dona Blanca que tinha chegado de viagem. Foi um momento de choro, mas também de apoio. Ouvimos palavras lindas. Era bom tê-las ao nosso lado nesse momento tão complicado. Até mesmo a Blake que nesse momento, vi que não tinha o menor sentido da implicância com ela.


 


A vida é muito curta para perder tempo com picuinhas.  


 


— Está ficando tarde, e temos que enterrar os gêmeos... — Claudia começou hesitante.


 


— Queremos vê-los. — Eu e Dulce disse de pronto.


 


 


 


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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 615



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  • tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29

    Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50

    Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)

  • andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51

    Olá!! Essa história tem uma primeira parte?

  • vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24

    Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!

  • raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46

    Amei a história de início ao fim.

  • raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10

    Sério o mulher fraca morreu rápido..

  • raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38

    Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02

    Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16

    A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho

  • maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39

    "Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk




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