Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

POV DULCE

Acredito que, o que nos aconteceu será algo que nunca será esquecido. Mas que em algum momento, Deus irá confortar os nossos corações e que a dor será transformada em uma saudade entristecida. Éramos mulheres de fé. Acredito também que, Deus nunca nos dava uma cruz se não fossemos capazes de suportar ou carregá-las.

O tempo curaria tudo. Arrastaria tudo que fosse de ruim e deixaria a dor no passado. Talvez, o vazio da perda nunca fosse de fato preenchido, mas tínhamos um motivo para seguir em frente: O nosso amor. Os nossos filhos.

As flores continuaram chegando. As visitas continuavam proibidas, com exceção da família. Karine e Blake estavam incluídas na “família”. Por que era isso que considerávamos.

O dia se passou melancólico. Algumas vezes, as lágrimas vinham e a tristeza permanecia em nossos corações, mas não estava sendo insuportável como inicialmente. A noite foi tranquila, e no dia seguinte, era hora de irmos embora. Dra. Linda tinha retornado para avaliar a incisão da cirurgia. Os pontos estavam limpos e com bom aspecto. E o fato de Anahí não ter nenhuma febre, era um bom sinal. A questão era os antibióticos que precisaria fazer o uso por mais seis dias, mas a Karine se prontificou em administrar em Anahí.

Assim, formos embora para o apartamento. Tivemos um pequeno contratempo na saída do hospital com os repórteres e paparazzo querendo informações, mas com ajuda dos seguranças, conseguimos entrar no carro e irmos em paz para casa.

Anahí andava lentamente. Estava ponteada, e eu tinha lido como uma cesariana era incomoda. Por isso, que Anahí tinha preferido ter os trigêmeos de parto natural, para evitar a contramão de uma cesárea. Assim que entramos no apartamento, formos recebidas pelo minha sogra, Tisha.

Era uma surpresa para Anahí. Sabia que nesse momento tão difícil, ela gostaria de ter o apoio de sua mãe. Aliás, quem não gosta do colo e do aconchego da mãe? Tisha chorou muito juntamente com Anahí, mas o olhar que Anahí me lançou depois, eu sabia como ela estava grata por isso. Apenas sorrir para a minha esposa. Depois, Emily e mamãe trouxeram os trigêmeos. Dessa vez, eu e Anahí choramos abraçadas com os nossos filhos que fizeram beicinhos e gritaram numa forma de “falar”. Já que eles não entendiam o porquê de estarmos chorando.

Um grande acalento para os nossos corações em ter os nossos filhos. De alguma maneira, Deus nos mostrava o quão somos abençoadas por tê-los.

Eles são as nossas vidas. E sei que eles serão as nossas forças.

Depois da grande comoção, Anahí não queria soltá-los. Mas eles estavam impacientes para brincar. Então, ela sentou-se no sofá com ajuda e ficou ali... Observando com um sorriso suave nos lábios os nossos filhos pegarem os seus brinquedos e jogarem longe, sendo resgatados por Emily que os entregavam para eles jogarem novamente. As risadinhas felizes de bebês preenchiam as nossas paredes, e aquecia os nossos corações.

Tisha e mamãe estavam na cozinha preparando o almoço. Não estavam se dando muito bem, por que minha sogra queria fazer burritos, e mamãe queria fazer cocido madrileño.

— Por que cada uma não faz o que querem? — Dei a sugestão e tomei um gole do meu vinho rose. — Acho que não vai sobrar nada.

O olhar que recebi de Tisha e de mamãe foi bem claro: Não se meta. Ergui a minha mão em paz e me retirei da cozinha antes que sobrasse para mim. Fui para sala e sentei-me ao lado de Anahí que rapidamente se aninhou em meu corpo, passei um passo por cima do ombro dela e beijei o alto de sua cabeça.

— Nossas mães estão quase se matando na cozinha. — Comentei, dando uma rápida olhada para a televisão que estava ligada. Era o noticiário. — Quando dei a sugestão das duas cozinharem o que tinham em mente quase fui fuzilada.

Anahí riu. Meu coração esquentou. Como era bom escutar um som que não fosse o choro.

— Mamãe é egoísta na cozinha, sempre gosta de receber o mérito pela comida. Ela não vai desistir até que seja apenas ela cozinhando.

— Acho que vou ligar para o restaurante e pedi um disk entrega... — Fiz uma careta, estava com fome e sabia que não iria demorar muito para que meu estômago se rebelasse.

Anahí me olhou.

— Faça isso que encontrará um motivo para a sua morte. Mamãe jamais iria lhe perdoar. — Disse séria, mas depois sorriu e beijou suavemente os meus lábios. — Hum... Vinho rose.

— Eu estava bebendo na cozinha.

— Queria uma taça.

— Não quer é nada. Você está tomando antibiótico e álcool cortar o efeito. — Disse séria.

Anahí revirou os olhos e olhou quando a Nina deu um gritinho escandaloso porque o Pietro tinha tomado o ursinho dela. Situação que foi rapidamente resolvida quando Nina tomou o ursinho de volta. Menina geniosa...

“Foi encontrado hoje morto em sua limusine na sua residência, o socialite Lafaiete Boscon. Segundo a polícia foi um latrocínio – roubo seguido de morte – já que o cofre estava aberto e vazio. O segurança e motorista de Lafaiete também foi morto. A suspeita do crime é uma garota de programa cujo nome de guerra é Margarida, ainda não obtemos o seu nome real. Ela foi contratada e o tinha acompanhado á um evento beneficente, último lugar em que a vítima foi vista com vida. A polícia está a sua procura, e mais tarde, liberarão um retrato falado da mulher”.

Eu e Anahí nos entreolhamos. A sua testa estava franzida e a minha também.

— Esse Lafaiete estava no meu evento, não? — Anahí perguntou.

— Sim. Lembro bem que comentei com você sobre o nome dele na lista de convidados.

— Que horror. — Anahí se encolheu. — Parece que aquela noite foi de tragédia.

Concordei com a cabeça e abracei a Anahí firmemente em meus braços para evitar que as sensações ruins nos acometessem. Mas eu sentir as suas lágrimas quentes em meu peito. Suspirei e fechei os meus olhos... Um dia após o outro...

**