Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

POV AUTORA

Emily agradeceu-se mentalmente por estar usando um vestido leve. A noite estava quente, á sorte era que ela não suava muito ou toda a maquiagem seria borrada. Essa era uma noite especial. Estava feliz. As coisas estavam tranquilas...

Suas patroas não estavam mais naquela bolha de tristeza, pelo contrário, estavam felizes e apaixonadas. Deu uma rápida olhada para elas que estavam de braços dados e entravam no cinema. Elas a olharam de volta e sorriam. Não sabia o que tinha acontecido com elas, mas, estavam radiantes e aquele brilho de esperança no olhar que fazia qualquer um desejar por aquilo também.

— Vai entrar agora, Em? — Anahí perguntou.

— Agora não. Estou esperando uma pessoa...

— Nos vermos lá dentro, cuidado para não perder o filme.

Emily concordou com a cabeça. Não iria perder o filme de nenhuma maneira. Aquele filme era especial e extremamente importante. Algumas pessoas entravam no cinema, enquanto, ela olhava de um lado para o outro á procura da Maya.

Maya... Fazia quase um mês que a tinha conhecido, mas ela tinha roubado de uma maneira enlouquecedora o coração de Emily. Parecia coisa de novela em que se está sofrendo por uma pessoa e de repente, aparece um alguém do nada que a fez esquecer-se de tudo. Do seu sofrimento anterior, da pessoa, até mesmo do seu nome. Maya era incrível... Simplesmente sensacional. Nunca tinha encontrado um ser humano com um coração tão bonito que se doava as causas nobres, ajudava os necessitados e não esperava nada em troca. Fazia por amor. O sonho de Maya era ir para África dedica-se as crianças carentes. Elas precisavam de tanto amor...

— Oi morena linda. — Paola Bracho cumprimentou com um dos seus sorrisos devastadores que deixou a Emily corada.

Ao lado de Paola, estava a Claudia que riu do constrangimento de Emily. Não tinha mais ciúme da baby sister. Sabia que o coração de Paola era seu, assim como o seu era de Paola e aceitava a brincadeira inocente de Paola direcionada a Emily. Mas é claro que as brincadeiras se limitavam apenas a Emily, se fosse com outra pessoa, as coisas ficariam feias e Paola compreendia muito bem isso.

— Estamos adiantadas demais? — Claudia perguntou a Emily.

— Não. O filme vai começar em dez minutos.

— Ufa. — Claudia puxou a mão de Paola. — Até daqui á pouco...

Emily acenou com a mão. Todo mundo estava chegando para o filme, menos a Maya. Será que tinha acontecido alguma coisa? Mas pela mensagem de cinco minutos atrás, ela estava á caminho. Guardou o celular na pequena bolsa de mão.

— Esse filme é realmente bom? — A voz de Karine atraiu a atenção de Emily. Ela estava saindo do carro e não parecia muito animada. Usava um vestido longo de tecido leve e florado com um decote profundo nas costas. Os cabelos cacheados estavam volumosos e lindos.

— Claro que sim. — Blake saiu do mesmo lado do táxi. Usava um tubinho vermelho que grudava em seu corpo como uma luva, e saltos. — Você vai amar esse filme, então, não fica reclamando antes do tempo não.

Emily tinha que admitir... Karine e Blake fazia um casal muito bonito e charmoso. E admita mais ainda que a melhor coisa que tinha acontecido foi ter traído a Karine para que ela encontrasse a Blake. Foi um grande presente da vida. As duas sorriam para ela, Blake piscou para Emily e fez sinal para dentro do cinema.

Emily fez sinal em positivo com a cabeça e respondeu com a boca muda de que iria entrar logo menos. Estava decidido. Iria esperar mais cinco minutos, depois, entraria.

— Em? — Uma voz a chamou.

Emily sentiu-se desgastada antes mesmo de se virar. Respirou fundo e pediu paciência aos céus, então, virou-se, se deparando com a Alison... Ela estava horrível, abatida, e tinha emagrecido muito á ponto de aparentar ser uma pessoa doente. Os cabelos não tinham mais o brilho estava apagado, assim como os olhos.

— Alison, oi. — Emily respondeu. — O que faz aqui?

— Eu estava passando... — Alison respondeu, tentando aparentar uma coincidência que não existia. Então, suspirou, os seus olhos estavam com olheiras pretas e profundas. — Segui você.

— Novidade. — Emily revirou os olhos. — O que você quer?

— Que você volte para mim. — Alison pediu e não segurou o choro. — Esses dias tem sido um inferno sem você. Eu não como, não durmo, não trabalho direito... Só consigo pensar em você. Estou morrendo de amor e preciso de você pra curar.

Emily riu com a cena patética. Em outro momento, isso mexeria demais com ela, mas hoje em dia? Não estava mais se importando com nada.

— Tadinha, não é? Receio que você vai morrer de amor. — Olhou no relógio de pulso. — Eu não te amo mais, Alison. Hoje em dia, me pergunto com muita sinceridade se eu realmente lhe amava ou você fazia parte de uma obsessão. E a cada segundo mais percebo que a segunda opção é a resposta. Estou curada. Quer um conselho? Segue o seu caminho. Você é nova, procura outro rumo, outra pessoa... Eu não a quero mais. — Disse com sinceridade.

O choro de Alison aumentou e ela tentou se aproximar, mas a Emily deu um passo para trás.

— Em, por favor... Dá-me uma chance.

— Vou dá uma chance de você ir embora daqui antes de eu chamar o segurança. — Emily disse dura, sentia-se nauseada com a presença da Alison. — E se na próxima vez, você me abordar ou continuar me seguindo, vou à delegacia pedi uma ordem de restrição. — Balançou a mão. — Agora vá.

Alison engoliu o choro e abaixou a cabeça. Derrotada, afastou-se de Emily. Guardaria para sempre na memória o olhar que Emily destinou á ela... Um olhar de puro desprezo. Emily não a amava mais. Não tinha ninguém, era o fim...

— Oi. Desculpa á demora. — Maya surgiu de repente, ofegante, como se tivesse corrido.

Estava incrivelmente linda nos olhos de Emily... Com o seu jeitinho hippie de ser. Usava um vestido mesclado sem mangas e suas miçangas. Emily não resistiu e a beijou apaixonadamente, pegando a Maya de surpresa que não demorou em enlaçar a Emily no pescoço. Não era a primeira vez que se beijavam, mas era a primeira vez que sentimentos eram revelados num beijo.

Quando se afastaram, ambas estavam ofegantes e trêmulas.

— Quem é aquela que estava conversando com você? — Maya lembrou-se de perguntar.

Emily não se deu o trabalho de olhar para trás pra saber que se tratava da Alison, não iria perder o seu tempo olhando para outra direção.

— O passado. — Emily respondeu e ofereceu a mão para Maya. — E você é o meu presente e o meu futuro...

Maya sorriu apaixonadamente e segurou na mão de sua amada. E assim, entraram no cinema. A sala estava cheia. Os únicos lugares que sobraram foram ao lado de Tisha e Blanca. Sentaram-se e ainda mantendo as mãos dadas, cruzaram os dedos...

— Tenho que atender essa ligação. — Blake disse de repente, atraindo a atenção da namorada que olhou para o visor do celular da outra, a chamada intitulada como “trabalho”.

— Para, Blake. — Karine pediu emburrada. — Você me arrasta pra assistir esse filme e ainda por cima vai me abandonar quando está preste a começar?

— É só um segundo, amor. — Blake deu um selinho nos lábios da namorada. — Amo você. — E correu para fora do cinema.

— Dá pra acreditar nisso? — Karine reclamou, virando-se para Anahí.

Anahí riu. Não de Karine, mas da Dulce que estava beijando a sua orelha. Isso causava um arrepio gostoso, mas também um pouco de cócegas quando o sentindo não era sexual... Ainda estava no pós-operatório e o sexo era restringido.

— Relaxa. Você não vai morrer se ficar uns minutos sem ela. — Anahí disse. As luzes do cinema começaram a diminuir. — Curte o filme, dizem que é ótimo.

— Como um filme que se chama: “Te amo meu pãozinho de queijo” pode ser bom? — Karine cruzou os braços. — Procurei na internet e nem tinha enredo nem nada. Ou eu não soube procurar direito pra sala está cheia...

Karine não queria ter saído da cama. Estava tão feliz por estar lá... Com a Blake, fazendo amor. Mas não, sua namorada insistiu para que viesse assistir um filme que estava em lançamento com um nome estúpido. Revirou os olhos. O filme era uma droga tão grande que nem tinha trailer!

A primeira cena do filme era em um lugar lindo... Uma praia. Primeiro focalizaram o mar azul e sua imensidão, depois a areia. Existia um coração enorme na areia escrito: “Meu pãozinho de queijo, eu te amo”. Karine riu, divertida. Interessando-se no filme de péssimo enredo até que...

Thinking Out Loud de Ed Sheeran começou a soar no filme. E para a surpresa da Karine, imagens foram surgindo... Ela e Blake em momentos de lazer, felizes e exalando amor.

— Quê? — Karine perguntou para si, muito surpresa.

Quando tinha sido filmada e não tinha percebido? Na realidade, não era um filme. Era um clipe. As cenas acompanhavam os trechos da música. A mesma música que era a trilha sonora delas. Karine estava surpresa e chorava, suas mãos tremiam e estavam frias! Agora entendia o porquê do nome. Blake gostava de chamá-la de “pãozinho de queijo” quando estavam sozinhas. Karine não conseguia tirar os olhos do clipe. Não era apenas ela que estava emocionada, mas como todos que estavam ali... Karine não sabia, mas além das amigas, sua família e a família de Blake também estavam presentes. Era um momento especial...

— Eu te amo, pãozinho de queijo... — Foi à última fala do vídeo antes de terminar. Era a Blake olhando fixamente para a tela e declarando... Então, encerrou-se.

Uma luz foi acessa no palco, e Blake estava nele, com os olhos marejados, olhando na direção de Karine. Ambas estavam com os corações acelerados e muito emocionadas. A plateia gritou, e bateu palmas. Mas, Blake estava tensa demais para sorrir... Tinha planejado isso á umas semanas. Não tinha sido difícil, teve ajuda de Anahí e Dulce.

O clipe tinha sido uma declaração de amor.

A plateia se silenciou quando Blake ajoelhou. Manteve um joelho dobrado no chão, e outro, apoiado. Abriu uma caixinha de veludo, revelando o anel de noivado com a pedra que tanto queria lapidada especialmente por Dulce. Nesse momento, Karine estava em pé com o coração na boca.

— Karine... Pãozinho de queijo... Amor da minha vida... — A voz de Blake era trêmula. — Você aceita casar comigo?

Karine beliscou-se disfarçadamente para saber que estava sonhando. Não era possível! Mas quando sentiu a dorzinha, soube que sim, era muito possível. Abriu um largo sorriso entre os lábios e correu para o palco.  Enrolou-se um pouco para encontrar a escada, mas quando o fez, jogou-se de vez na Blake que a abraçou, mas se desequilibrou e as duas caírem deitadas no palco, arrancando risadas da plateia, mas não se importaram porque os seus lábios se colaram num beijo apaixonado... Em seguida, encerraram com selinhos e Karine gritou no microfone.

— Sim! Eu aceito! — E voltou a agarrar a Blake que ria e chorava de felicidade.

A plateia gritou e bateram palmas, todos ali, felizes. Karine se levantou e ajudou á noiva, então, Blake deslizou o anel de noivado no anelar direito de Karine. As duas de mãos dadas viraram para frente e ergueram os braços, aos pulos.

Que a felicidade se torne rotina...

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