Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

POV AUTORA

“Em, sei que você me pediu para que não a procurasse mais, mas... Estou indo embora da Espanha. Para sempre e só você é capaz de me fazer mudar de ideia. Estarei lhe esperando até o último momento, eternamente sua, Alison”.

Alison anexou à foto da passagem no e-mail. Iria embora da Espanha. Esse País não tinha mais nada para lhe oferecer. Os seus tios não a suportavam mais, não tinha nenhum amigo verdadeiro, Anahí tinha feito o que fez com ela e Emily... Não queria mais saber de sua existência.

O que ganharia se permanecesse nesse País? Nada.

Colocou as suas malas na mala do táxi. Iria para o Egito, ficaria com os seus pais. As únicas pessoas do mundo que a amava do jeito que ela era. Precisava de amor. De carinho e acolhimento e só encontraria isso com os seus pais... Ou a Emily, se ela fosse ao seu encontro.

Sua aparência estava horrível. Depois da surra que levou de Anahí, passou dois dias internada. O seu corpo ainda doía e tinha marcas de cintos em vários lugares, principalmente no rosto que a maquiagem negava-se a esconder. A dor física era quase insuportável, se a dor mental não fosse pior.

Estava destruída e arrasada. Nunca achou que ficaria assim em algum momento de sua vida. A vida definitivamente a tinha ensinado como se comportar, de maneira cruel.

No aeroporto, suas esperanças foram desvaecendo quando o seu voo foi anunciado pela terceira vez e Emily não tinha parecido. Com lágrimas nos olhos e uma tristeza destruidora no coração, Alison foi para o portão de embarque com uma certeza de não voltar mais...

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Emily estava muito feliz com a Maya tanto que quando recebeu a mensagem de Alison não se abalou. Que ela fosse embora e fosse muito feliz onde estivesse. Se é que a Alison soubesse o significado da palavra “feliz”.

Soube da surra que Alison levou através da própria Anahí. Lamentou. Sabia que em algum momento isso iria acontecer se não fosse com Anahí, seria com outra pessoa. A vida nunca deixava pessoas ruins sem uma boa lição.

Apagou a mensagem sem pensar duas vezes, verificou se tinha mais alguma mensagem de Alison e felizmente, nada tinha. Seu coração estava feliz e saltou quando os seus olhos repousaram na mulher sentada ao seu lado vestida lindamente de branco num vestido hippie, jaqueta jeans e seus colares coloridos. Segurava o Pietro nos braços que estava quietinho, chupando sua chupeta... Enquanto, a Emily segurava a Nina que batia com a mão na tela do seu celular. Lily estava com a Claudia num banco da frente.

Os trigêmeos estavam quietinhos. Também pudera, cansara-os bastante para que no momento da cerimônia não chorassem ou gritassem.

Emily beijou o ombro da Maya que a olhou rapidamente com os olhos brilhando de amor e depositou um beijo na testa da Emily. As duas se entreolharam e murmuram: “eu te amo”. Era verdade. Amavam-se demais. Tanto que tinha planos... Grandes planos.

Oficializaram o namoro á uma semana e estavam numa espécie de lua-de-mel, sempre que Emily tinha folga passava com a namorada porque não suportava mais ficar nem um minuto longe dela... Maya sentia a mesma necessidade. Ficar longe uma da outra parecia até um castigo por isso que sempre aproveitavam como se não houvesse amanhã quando estavam juntas...

Paola olhava de canto de olho para a Claudia que segurava protetoramente o Pietro em seus braços. O menino estava dormindo, e Claudia o embalava com muito amor e carinho. Sabia que Claudia seria uma boa mãe... Diferente dela que não tinha nenhum tato.

Pensar dessa forma aguçava á vontade de Paola de ter filhos com a Claudia, de forma uma família e usarem o termo “feliz para sempre”. Não seria uma mãe dos sonhos, mas poderia fazer o possível para ser uma mãe razoável. Tudo era possível, hum? Com um jeitinho as coisas iriam se ajeitando... Suspirou alto ao imaginar um filho da Claudia e seu... Puxaria a Claudia, queria que puxasse a sua amada para ter os pequenos clones dela correndo pelo apartamento.

Olhou sorrateiramente o anelar de Claudia. Aquele dedo precisava de um anel para simbolizar que estavam juntas. Muitas pessoas sabiam que elas estavam morando juntas, mas isso não era o suficiente. Queria gritar que Claudia era sua e lhe pertencia. Queria marcar a Claudia... Queria tatuar o nome dela em seu corpo... Como queria o seu nome tatuado no corpo dela... Queria que além delas, o mundo soubesse que uma pertencesse á outra.

Quando se deu conta dos seus pensamentos, franziu o cenho. Ora. Ela era Paola Bracho, a mulher que nunca tinha ficado presa á nada e ninguém. Por que agora estava querendo ficar mais presa do que se encontrava e queria ter filhos?

Era o casamento. Deduziu. Casamento tinha um poder de fazer as pessoas quererem coisas que não querem de fato. Bufou. Quem queria enganar? Queria sim uma família com a Claudia. Paola tinha se sossegada desde que foi morar com a Claudia porque não conseguia mais ser ver com outra pessoa. Estava enfeitiçada e completamente apaixonada.

Como dizem por aí... “Aquietou-se”. E aquietou-se mesmo.

— O que você tem que não para de resmungar? — Claudia perguntou baixinho, olhando de relance para a Paola.

— Nada. Estava apenas pensando... Cerimônia linda, não é?

Claudia não pode deixar de sorrir... Sim, era uma cerimônia linda numa pequena capela na fazenda onde os pais de Karine se casaram. O lugar exalava paz e amor. O cheiro do vento era primaveril. Mágico para um casamento. Procurou a Paola com o olhar... Queria se casar com a Paola, por muitas vezes, pensou em fazer o pedido, mas estava esperando a outra tomar uma iniciativa.

Tinha esperança em seu peito que em algum momento, isso iria acontecer. Só bastava ter paciência. Paola a olhou com amor e as duas trocaram um selinho rápido e singelo e voltaram a prestar atenção nas noivas...

Karine e Blake estavam lindas... Ambas com vestidos de noivas.

Blake tinha optado por um vestido de seda longo com renda nos ombros. Seus cabelos estavam presos em um coque sofisticado e sua maquiagem era suave. Estava lindíssima. Não precisava de muito para se tornar excepcional.

Karine optou por um clássico com calda de sereia. Era tomara que caia e todo rendado, para demarcar a cintura, usava um pequeno laço de cetim com diamantes desenhados em formato de rosa. Deixou os cabelos soltos levemente puxados de um lado com uma presilha em formato de rosa. A maquiagem também seguiu o estilo leve, romântico. Simplesmente linda.

Estavam felizes. Radiando felicidade. Escutavam as palavras do Padre com sorrisos nos rostos, os olhos se declarando... Na hora do “aceito”, uma palavra tão curtinha, mas foi dita com tanta emoção que os olhos lacrimejaram... Beijaram-se com amor, cumplicidade, carinho...

Os convidados suspiraram.

Anahí entrelaçou a mão na de Dulce e se olharam apaixonadamente. Era uma pena que Anahí ainda não se lembrasse de nada e não se recordasse como tinha sido o seu casamento. Mas a Dulce lembrava muito bem e vendo a Karine e Blake era como se recordasse de cada minuto mágico que passara...

A cerimônia se encerrou e foram para festa... Os convidados eram poucos. Tinha sido um casamento simples, apenas para a família e os amigos mais íntimos. A festa fora num ambiente arejado, e bem decorado, usou a natureza para dá o toque especial na decoração.

Karine colocou as amigas em uma mesa grande... E elas se divertiram, beberam e comeram bastante. Anahí dançou com a Lily e Dulce com a Nina, já que o Pietro continuava dormindo. As meninas pareciam bem animadas e gritavam, arrancando risos das mães.

A festa rolou num clima descontraído e leve. A família de Karine era bem recepcionista, e fazia com que você fosse da família.

— Amor... Eu estou achando que o casal vai fugir e não vai demorar muito não. — Anahí cochichou para Dulce.

— Então, eu acho que é melhor darmos o presente antes que elas se vão.

— Vamos lá...

Anahí correu até a mesa e pegou uma caixinha de veludo que estava em cima dela e voltou. Com as meninas nos braços. Elas foram até as recém-casadas.

— Que casamento lindo! — Dulce disse com sinceridade.

— Realmente, muito lindo. Emocionei-me bastante. — Anahí reforçou o elogio.

Karine e Blake se viraram para elas com enormes sorrisos.

— Oh, foi um sonho se tornando realidade. — Karine respondeu feliz.

— Estou tão feliz que vocês estejam aqui. — Blake disse. — Obrigada.

— Até parece que não iriamos vir para o casamento de vocês, bobas. — Anahí revirou os olhos.

Blake riu. Era incrível como a sua amizade com Anahí floresceu de uma maneira tão linda.

— Bem. Não vamos ficar amolando vocês porque estou vendo no olhar de cada uma que estão loucas para fugir. — Dulce disse. — Viemos entregar o presente de casamento.

— Presente de casamento? Que isso? Não precisa! — Karine exclamou.

— Claro que precisa. Você nem viu o presente e já está rejeitando? Vou ficar bem chateada. — Anahí fez uma cara feia, de brincadeira.

— Desculpa. Desculpa. — Karine riu e abraçou Anahí de lado.

— Acho bom... Aqui... — Anahí entregou a caixinha de veludo para Karine.

Karine olhou de Anahí para a Dulce, as duas mantinham as expressões neutras. Depois olhou para a esposa, Blake estava tão curiosa quanto a Karine. Achando que era uma joia, abriu a caixinha e estranhou quando viu um molho de chaves.

— O que isso? — Karine perguntou.

— As chaves da sua nova clínica de fisioterapia localizada no centro de Barcelona. — Dulce respondeu com animação.

Karine ficou pálida e Blake muito surpresa porque nunca que imaginou que seria isso. Em choque, Karine olhou do presente para Anahí e Dulce, então, começou a gritar e agradecer como uma louca, arrancando risos de todos, quem não gostou muito das gritarias foram Nina e Lily que resmungaram.

Anahí e Dulce riam da animação da Karine, sentiam-se muito bem por presenteá-la com algo grande e significativo. Além do mais, Karine merecia. Era uma excelente profissional e precisava do seu espaço. Blake estava muito grata com suas amigas e muito feliz por sua esposa...

Surpresas... Surpresas boas.

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