Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

POV. ANAHÍ

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Eu te amo. Não sacrifique o nosso amor por um deslize.

Responda-me Anahí. Tá doendo muito te perder.

O meu mundo é você. Droga! Por que não entende?

Não desista de mim.

Bufei e as deletei. Inclui o número do Adam na lista negra do meu celular. Agora não teria mensagem e muito menos ligação. Não queria ser mais incomodada por ele e que ele entendesse isso. Mentirei em dizer que o meu coração não balançou, porque sim, balançou e por um momento de fraqueza quase chorei. Mas eu não iria fazer isso comigo. Não tenho aptidão para ser enganada.

Fazendo uma retrospectiva em meus relacionamentos. Ou para as pessoas que entrou em meu coração, sempre foi quebrado por uma decepção ou até mesmo mentiras. Eles sempre buscavam maneiras de me ferir. A única que tinha o meu coração e não o machucava era a Dulce.

Ela não. Dulce é... Não consigo encontrar palavras para defini-la, por que não existia. Ela é celestial. Uma pessoa tão pura, tão doce e bondosa. Sempre cuidou tanto de mim sem esperar nada em troca. Doou tanto o seu amor, acolheu-me em seu coração sem cobrar nada.

Era um anjo. Ou melhor, dizendo, uma fada. Linda e encantadora. O meu coração se aquece ao pensar nela. Eu a amo tanto. Mais tanto que sou capaz de tudo para fazê-la feliz.

No fundo, estou tranquila que em meio à loucura disso tudo. Ela não ter pedido a Lydia ou qualquer mulher em casamento me deixou em paz. Nenhuma entenderia ou entenderá a essência de Dulce. Eu sei que um dia, ela encontrará alguém que vai amar loucamente, e quando esse dia acontecer, espero que seja uma mulher muito mais muito digna e que essa mulher compreenda que vai receber uma joia rara e inigualável em suas mãos.

Dulce merece o melhor dos melhores.

O interfone do apartamento tocou. Coloquei o porta-retratos novamente em cima da prateleira de vidro da minha sala. A foto era justamente eu e Dulce num parque de diversão, esse dia tinha sido muito divertido e também especial. Bom. Todos os meus dias ao lado de Dulce eram especiais.

Tirei o telefone do gancho e atendi.

— Srta. Portilla, a Srta. Espinosa lhe aguarda no saguão. — O porteiro avisou.

— Obrigada, Messias. Estou a descer. — Desliguei.

Antes de descer, dei uma corridinha até o meu quarto e olhei-me no espelho. Estou bonita. Gosto do que vejo. Os meus cabelos estavam me ajudando no dia de hoje... Estavam lisos, mas com ondulações nas pontas. Recentemente tinha cortado o franjão e estava incrível o caimento que escondia um pouco a minha testa. Não que ela fosse grande, mas enfim. Fiz questão de esfumaçar os meus olhos para ficarem mais chamativos. Não usei blush, minhas bochechas estavam particularmente coradas hoje e não quero ser um cosplay de um palhaço. Por fim, minha boca, um batom clarinho quase puxando para o tom da minha pele.

O vestido era um branco com renda preta. A renda era apenas no colo e na minha cintura. A renda da cintura tinha elástico, então, segurava firme em minha curva, deixando-a mais fina e a saia do vestido rodada. Optei por sapatos negros de salto abertos na frente.

Como acessório, o conjunto banhado a ouro com pérolas verdadeiras e pequenos diamantes. Era um colar e brincos. Presentes de Dulce

Renovei os meu batom e também o meu perfume. Borrifei atrás das orelhas, em meus pulsos e atrás dos joelhos. Minha mãe sempre dizia que perfume atrás dos joelhos torna a pessoa mais atraente. Será? Só sei que adquiri o vício.

Pego minha bolsa de mão e estou pronta. E também muito nervosa. Saio do apartamento e pego o elevador. Respiro pela boca, cada andar que descia, mas meu coração batia aceleradamente. Meu Deus! Pra que tanto nervosismo? É um noivado de brincadeirinha.

Saio no saguão e não vejo a Dulce. Olho em volta e o porteiro aponta para rua. Ela estava na calçada, distraída com algo que o motorista falava. Os batimentos cardíacos aumentaram consideravelmente, aproximei-me. Ela estava... Incrivelmente bela!

Dulce usava um vestido creme longo de frente único. A abertura do decote ia até o início da cintura, tornando atraentemente cavado. Dava para ver os contornos dos seios arredondados. Á parte debaixo do vestido ia até os pés, mas tinha uma abertura ousada na perna esquerda que subia até a coxa, o que impedia que revelasse a virilha era a presilha de diamante em formato de borboleta que prendia os lados. Estava com sandálias brancas de tirar de salto alto.

Sua maquiagem era suave, com exceção da boca que estava pintada com um vermelho vivo. Seus cabelos estavam de lado e com vários cachos grossos e soltos. Seus únicos acessórios eram brincos e anel de diamantes, ambos banhados a ouro. Apesar de ser a rainha do império das joias, Dulce não usava muito.

Assim que me viu, abriu o sorriso mais lindo do mundo. Aproximei-me dela e percebi pela primeira vez o buquê de rosas colombianas.

— Uau. Você está linda! — Elogiou, me olhando de cima a baixo, provocando um rubor em minhas bochechas. — E fica mais linda ainda vermelha. Pra você. Suas rosas favoritas.

— Oh, Dulce! Como você conseguiu encontrá-las? — Perguntei sorrindo abobalhada. Peguei o buquê e cheirei.

— Dei o meu jeitinho. — Ela sorriu enigmática.

Aproximei-me dela e dei um beijinho em sua bochecha.

— Obrigada, são maravilhosas. Em falar nisso, você está perfeita. — Disse olhando em seus olhos.

Dulce me encarou profundamente e segurou a minha mão. Senti uma corrente elétrica ativando todas as partes do meu corpo. Isso é muito, muito bom.

— Vamos? Temos uma reserva nos aguardando. — Dulce disse.

Balancei a cabeça que sim. O motorista se adiantou a abriu a porta para nós. Não iríamos de BMW. Mas de limusine, eu sempre soube que Dulce sabia bem tratar uma garota. Agora eu tinha a absolutamente certeza que sim.

Entramos e nos acomodamos. Coloquei o buquê no banco da frente com todo o cuidado. Quase que tinha pedido para voltar no meu apartamento e colocá-las no vaso.

— Você quer champanhe? — Dulce perguntou, mas depois caiu em si. — Oh, não. Você está grávida.

— Relaxa. — Toquei suavemente em seu braço, sentindo aquela corrente novamente. Uau ficarei viciada nisso. —Uma vez perdida não fará mal.

Dulce concordou, estourou a garrafa de champanhe e serviu as duas taças que estavam bem apoiadas. Sua destreza me deixou curiosa.

— Serve muito champanhe em limusines como esta? — Perguntei ao receber a taça de champanhe.

Dulce deu de ombros.

— Ás vezes. Tem umas mulheres que são bem exigentes. — Deu um gole de champanhe. Revirei os olhos e bebi o meu champanhe. Eu não iria dá um ataque como fiz na empresa. Fazendo uma breve reflexão sobre o meu show, foi pateticamente constrangedor e ridículo. Não iria bancar a louca novamente. Dulce riu ao ver minha cara. — Estou brincando sua boba. Ando de limusine apenas quando vou pra algum evento e consequentemente a Claudia vai comigo, você sabe como a minha irmã adora encher a cara.

— Ah. — Disse surpresa. — Tudo bem. — Dei uma risadinha forçada. — E mesmo se tivesse trazido qualquer uma para cá, não era problema meu. Só comentei para zoar mesmo.

Dulce me olhou e riu. Cruzou as pernas, deixando o tecido cair, revelando as suas coxas. Voltei a beber um gole generoso de champanhe com essa imagem. Hormônios...

Confesso que em um momento da minha vida, imaginei como seria se embarcasse em um relacionamento amoroso com a Dulce. Foi um pensamento antes de dormir, bem ousado, diga-se de passagem. Mas depois o abafei. Não tinha o porquê pensar essas coisas. Eu não abriria mão da nossa amizade por um momento carnal. Jamais.

— Eu sei que não é problema sei, mas é bom explicar as coisas para que não fiquem subentendidos. — Ela disse. — Quer mais champanhe?

— Sim, por favor.

Ela encheu a minha taça. Uma música suave tocava na limusine. Eu entendia um pouco de português porque era fã de Lulu Santos e também de Paulo Coelho. Então, com muitos anos lendo os livros e escutando músicas, compreendo algumas palavras e frases.

— E essa música? — Perguntei a Dulce.

— Ah, o Marcos é brasileiro. Essa música é... — Pegou um controle remoto e uma tela surgiu no canto da limusine com a playlist. — Tom Jobim. Falando de amor.

— Muito bonita, mas muito triste. Mas eu gostei.

Dulce aumentou o volume e a música ecoou...

Se eu pudesse por um dia, esse amor, essa alegria, eu te juro, te daria, se pudesse esse amor todo dia...

Trocamos olhares, em silêncio, apreciando a doce música.

Chega perto, vem sem medo, chega mais meu coração... Vem ouvir esse segredo escondido num choro canção. Se soubesses como eu gosto do teu cheiro, teu jeito de flor. Não negavas um beijinho a quem anda perdido de amor...

Suspirei. Era inevitável. Dulce mantinha os olhos fixos nos meus. Intensos e vívidos. Correspondi o olhar, sentindo um redemoinho em meu estômago. Ela estava muito cheirosa, e a minha vontade era de sentir o cheiro diretamente do seu pescoço. Mas me controlei.

Chora flauta, chora pinho, choro eu o teu cantor, chora manso, bem baixinho nesse choro falando de amor...

Os olhos de Dulce adquiriram um avermelhado nunca antes visto, mas hipnótico. Vi-me presa neles. O meu coração voltou acelerar consideravelmente, e uma voz dentro do meu ser, ainda que baixa, implorava para que ela me enlaçasse pela cintura e me beijasse. Mordisquei o meu lábio inferior. Isso chamou atenção de Dulce para eles.

Quando passas, tão bonita nessa rua banhada de sol, minha alma segue aflita e eu me esqueço até do futebol...

Aproximamo-nos automaticamente e inconscientemente.

Vem depressa, vem sem medo, foi pra ti meu coração que eu guardei esse segredo escondido num choro canção lá no fundo do meu coração...

Dulce colocou a mão em meu rosto, o acolhendo em formato de concha. Inclinei suavemente o meu rosto na palma quente de sua mão. Ela olhou dos meus olhos para os meus lábios. Iria me beijar. A voz que antes pedia, gritava para que isso acontecesse, aproximou o rosto do meu, nossas respirações se cruzaram, nossos lábios tão próximos que poderiam ser tocados...

Mas o carro parou, a música encerrou e Dulce pulou para fora do carro tão de repente que fiquei no meu canto, com a respiração afobada, os lábios entreabertos e com a minha alma agitada.

Deus. Estou ficando louca!

**

Antes que surtem: Paciência passarinhos.

O momento que vocês tanto anseiam, está mais próximo do que imaginam.

**

Júlia. Fico sempre boba quando leio esses elogios. *-* Gosto desse dom, que ele continue lado á lado comigo porque eu prender. Hahaha. Seria um suicídio se a Dulce se casasse com Lydia, não é mulher para ela. Anahí e Dulce ignorando o óbvio. Uma hora vai ter que bater de frente com a realidade e perceberem que se amam mais do que amigas

Kah. Não, o casamento vai ser rapidinho. As emoções vão começar á partir desse jantar. Uai, mulher! Hahaha. Essa estória é de romance, então, tenho que ficar bem doce, bem amorzinho, nessa vibe gostosa. Nem precisa ficar desconfiada porque eu não serei traiçoeira como fui em CTA. Meu Deus, agora vejo que Como Tudo Aconteceu deixou as leitoras traumatizadas. Adoro! Hahaha. Mas não espere o pior, ainda não vem nada de ruim e mesmo tendo alguma coisa ruim, não será do nível do CTA. Não terá mortes. Hahaha. Se eu postar lá, você é a primeira que eu irei avisar, pode deixar!

Mariposa. Para você ver que não sou como algumas autoras que só postam um capítulo e bem curtos. Lydia que nem tente bater de frente com a Anahí porque vai perder. Meu Deus, que realidade, é o fim do mundo mesmo. Eu escrevendo romance, e você sendo team Anahí. As estações estão erradas! Hahaha. O beijo está mais próximo do que você imagina. Então, acalma essa periquita! Hahaha. Ninguém merece beijar boca com sobejo de xoxota alheia.

Johnny. Primeiramente, confie em mim. Acho que muitos pensaram que o pedido de casamento resultaria em beijo, poderia ser ideal, porém, o pedido foi contratual. Negócios e amor não combinam muito. Agora esse jantar, já terá outro aspecto, outro clima. E nessa fanfic são bem calmas, as coisas vão acontecendo naturalmente, algumas coisas vão demorar sim, mas não deixaram de acontecer. Por isso, se um dia faltar à paciência, confie em mim, porque será recompensador. Oh e por que não? O que acha necessário para alguém se tornar o meu crush? Adoro sua modéstia! Hahaha. Enfim, minha mãe também pegava no meu pé, por isso que corri para o shampoo, mas nunca mais. Eu não sou muito organizada não, só você vendo o garrancho que tenho em um caderno. Acho bem chatinho também esse limite, o site deveria deixar livre. Sobre a sua estória, achei interessante á abordagem. Mostra ser bastante inteligente também Paciência é uma dádiva, já li livros que as estórias eram extensas, ás vezes, cansativas. Porém, algumas valem a pena e por sua narrativa, creio que a tua também. Pense com carinho em postá-la. Eu sempre fiquei curiosa sobre você e quis perguntar... O que lhe atrai no romance lésbico?