Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.
Por Dulce...
Paciência e silêncio são virtudes dos grandes. Pensei. Enquanto, olhava para a porta do banheiro completamente frustrada. Ando de um lado para o outro no quarto, até que a Anahí sai do banheiro com um roupão e os cabelos envolvidos por uma toalha. Ela me olha de uma forma prepotente e depois me descarta, rumando para o closet.
Paciência. Roma não foi construída apenas em um dia, e a raiva de minha esposa não iria se dissipar em apenas uma noite. Suspiro longamente, e vou para o banheiro. Olho para o meu péssimo reflexo no espelho, as olheiras denunciam a noite mal dormida. Praticamente passei a noite acordada observando a Anahí ressonar. Não sei como ela conseguiu dormir tão bem, enquanto, eu estava me remoendo por dentro por não poder abraçá-la nem tocá-la. Quase que ruir as minhas unhas de nervosismo por tê-la tão perto, e ao mesmo tempo tão longe. Não é justo. Sabe quando você se sente completamente injustiçada porque tem a consciência de que não fez nada de errado, porém, os fatores estão contra você?
Minha mente ainda está bastante confusa sobre o desaparecimento da minha aliança. Automaticamente, os meus olhos se fixam no meu anelar esquerdo que agora tinha apenas uma linha bronzeada de onde a aliança ficara por tantos anos. Onde eu coloquei essa aliança? Eu lembraria de algo tão importante como tirar a aliança do meu casamento do dedo. Alguma coisa não se encaixava nessa história. O pior que até eu descobrir, terei que lidar com o desprezo e a fúria de minha esposa.
O problema é eu aguentar essa situação.
Dói, e irrita ficar assim com a Anahí. Nunca gostei de me manter brigada com ela. Tanto que depois que reatamos, sempre evitava o máximo por brigas. As discussões eram inevitáveis, mas, resolvíamos antes de ganhar uma conotação maior. Não valia a pena perder tantas horas ou até mesmo dias das nossas vidas brigadas. Infelizmente, a Anahí tinha decidido ontem que sim, valia a pena. No lugar dela, eu iria me chatear, é claro, mas tentaria resolver a questão com coerência e não despejaria o meu ódio em cima dela.
Paciência, Dulce. Paciência! Penso novamente, enquanto, retiro a minha roupa e vou para debaixo do chuveiro com a água fria mesmo para esfriar as ideias. Eu tenho que me lembrar onde coloquei essa aliança ou Anahí vai me matar.
Depois do banho e escovar os dentes, volto para o quarto. Encontro a Anahí com o pé na cama e meio inclinada, passando hidrante pela perna, parecia bem concentrada. O seu roupão tinha aberto consideradamente, revelando muito de sua pele, a protuberância do seu seio direito um pouco a mostra. A sua bunda pecaminosamente empinada naquele roupão que deixava as polpas a mostra, e revelava as suas partes intimas, causando-me um tremor e um fogo intenso capaz de incendiar um quarteirão. Os seus cabelos estavam soltos, e livres da toalha, e caiam em suas costas, tornando a imagem sensual.
Inúmeros pensamentos pornográficos invadiram a minha mente ao imaginar como seria delicioso se fizéssemos amor naquela posição.
Como se lesse os meus pensamentos, ou sentisse a minha presença, Anahí virou a cabeça, e os nossos olhos se encontraram. Eles praticamente duelaram. Fiz menção de me aproximar, e Anahí me fuzilou com o olhar, o que me petrificou no lugar.
– Sério, Anahí? – Choramingo sem nenhuma dignidade. Estou queimando de desejo, e quero a minha esposa, droga!
– Sério, Dulce?! – Anahí respondeu com uma pergunta, e se ergue, olhando-me séria. – Você acha que vamos fazer amor mesmo depois de ter perdido a nossa aliança? Você perdeu algo valioso sentimentalmente. O que me faz perguntar, o porquê de ter a tirado do seu dedo. O que levou fazer isso? O que tinha pra fazer que não podia manter a aliança em seu dedo? – Questionou aborrecida.
Passo as mãos em meus cabelos, a minha frustração e esgotamento aumentando cada vez mais. Como vou explicar algo que nem eu mesma sei? Paciência, Dulce.
– Amor, eu juro a você... Juro pelas vidas dos nossos filhos que não tirei a aliança do meu dedo. – Falei, recebendo um olhar incrédulo de Anahí. – Sério, não sei como aconteceu, não sei como ela saiu do meu dedo. Ela deve ter caído, eu não sei explicar até porque eu nem sei como aconteceu. Mas você precisa acreditar que eu não estava agindo de mau fé, não fiz nada de errado que precisasse tirar a aliança do meu dedo, seja lá que estiver pensando, por favor, não siga essa linha de raciocínio, eu nunca faria nada para lhe machucar deliberadamente.
A possibilidade de Anahí imaginar que tirei a aliança para fazer alguma coisa errada ou trai-la me deixa enjoada. Jamais faria isso. Nunca em todos os anos em casamento pensei em trai-la ou me atrair por outra mulher.
– Você é tudo para mim. Do início ao fim, a única mulher que eu sempre quis com toda a minha força do meu ser, e continua sendo assim, inconscientemente e conscientemente, vivo por você e os nossos filhos, Anahí. – Falei depois de um tempo em silêncio.
Ela me olhou profundamente. Ela sabia que eu estava dizendo a verdade, porque acredito piamente que acontecia a mesma coisa com ela. Tivemos os nossos problemas quando ela sofrera o acidente e perdera a memória, mas no fundo, nunca deixamos de nos querer e acredito que nunca deixaríamos de nos querer. Apesar de estarmos em um clima ruim, o sentimento era bem palpável entre nós... Os nossos olhos derramavam amor quando se encontravam... Mesmo se nos odiássemos por alguns minutos ou segundos, o ódio estaria acompanhado com o amor, porque no final das contas, o nosso amor que falava mais alto.
– Tudo bem, fui meio idiota em imaginar coisas que não deveriam, mas Dulce... O que você quer que eu pense quando você sai de casa com a aliança e chega sem? – Anahí perguntou me olhando fixamente. – Eu estou chateada e magoada com tudo isso, ok, que não sei, ela pode ter caído do seu dedo, ou sei lá a explicação para esse “sumiço” repentino, mas preciso de tempo para digerir isso. E sinceramente, espero do fundo do meu coração que você encontre essa aliança o mais rápido o possível, por enquanto não achar, preciso de um tempo para digerir tudo isso que está preso dentro de mim.
– Compreendo, amor... Eu realmente não queria ficar nesse clima chato com você, é ruim ficar longe de ti. – Respondi com um suspiro. – Mas, tudo bem... Eu entendo o seu lado, e realmente estou chateada comigo mesma por ter perdido algo tão significante para nós duas. Entendo também que você precisa do seu tempo... E vou respeitar isso.
– Ok.
– Você não vai me castigar com isso, né? – Perguntei meio receosa porque sei muito bem dos métodos de Anahí.
– Claro que não. – Ela me garantiu, mas não senti firmeza em suas palavras.
– Vou acreditar...
Anahí concordou com a cabeça, e voltou para o closet, deixando-me no meio do quarto chorando internamente por saber que tempo era uma coisa complicada, lenta, e dolorosa. Tudo ao seu tempo.
Tudo ao seu tempo.
– Todo llega a su tiempo... Maldito tiempo, viene de rodillas o qué?! – Praguejei baixinho para mim mesmo uma frase que tinha lido há muito tempo atrás.
Fui me arrumar para mais um dia. Terminei de me arrumar primeiro que Anahí que ainda estava enfurnada no closet. Vesti uma blusa vermelha de botões com um blazer branco por cima, uma saia grafite também branca, e louboutin vermelhos. Prendi os meus cabelos em um coque, maquiei-me levemente, e coloquei um par de brincos de diamantes. Quando cheguei na cozinha, os meninos já estavam sentados na bancada, esperando pelo café da manhã. Os trigêmeos estavam com a cara amarrada, e o Pierre parecia feliz.
– Bom dia, dormiram bem?
– O necessário. – Lily respondeu.
– Razoavelmente. – Pietro resmungou.
– Eu dormir muito bem, obrigado, bom dia, mãe! – Pierre, o mais educado sorriu docemente, me fazendo sorrir também.
– Poderia ter dormido mais, se mamãe não desse uma de louca e nos acordasse. – Nina revirou os olhos.
– Respeite a sua mãe, ela não é louca e não aceito que a chame assim. – Ralhei para uma Nina que deu de ombros, entediada.
Crianças, se você não impor limites, eles agem como se fosse superiores, e acham no direito de desrespeitar, mesmo com uma simples palavra como “louca”. Ocupei-me de fazer o café da manhã. Geralmente quem faz é a Anahí, mas tenho certeza que ela não reagiria muito bem se eu pedisse. Fiz panquecas, torradas, piniquei algumas frutas, esquentei o leite, fiz suco de laranja e preparei café preto. Irritei-me algumas vezes em preparar o nosso desjejum, Deus do céu, éramos ricas! Porque não tínhamos empregadas mesmo?
– Mãe... – Nina chamou depois de levar um pedaço de panqueca com blueberry, cerejas e calda de mel a boca.
Estávamos sentados na bancada, e comíamos em silêncio.
– Hum? – Respondi com os olhos fixos no jornal e segurando uma xícara de café. A Anahí ainda não tinha aparecido.
– Você me leva no show de Lauren Jauregui? – Nina pediu com ansiedade. – Ela vem fazer show aqui em Barcelona, e vai ser tipo demais!
Revirei os olhos ao escutar o nome de Lauren Jauregui, a conhecia muito bem de tanto a Nina falar, e principalmente a Anahí, já que minha esposa parecia que tinha desenvolvido um crush pela cantora.
– Se a Nina vai pra o show de Lauren, eu quero ir pra o show de Camila Cabello. – Lily soltou os talheres e quase gritou em euforia.
– Pra que ir perder tempo no show de Camila se tem a Lauren aí? – Nina retrucou.
– Cala a boca, idiota. Cada uma tem o seu talento e sua capacidade, sem contar que Camila e Lauren são namoradas! Não tem porque vir de shade pra cima de mim não. – Lily revirou os olhos. [N/A: Venho do futuro profetizar que no futuro teremos nosso laurmila, amém.].
Nina fuzilou os olhos para a irmã que deu de ombros.
– Eu gosto das duas, mãe. – Lily disse. – Então, aceito ir pra o show da Lolo e Camz.
– Já que as meninas vão pra os shows, eu quero ir para o show de Jota Quest. – Pietro comentou passando a mão no topete. Ele tinha puxado a Anahí em sua paixão de músicas brasileiras.
Nina, Lily e Pierre riram.
– Para de sonhar alto, Edward Cullen, a mãe não vai te levar pra o Brasil pra assistir Jota Quest. – Nina zombou e o Pietro fechou a cara.
– Nina! – Olhei sério para ela por conta do apelido.
Eles sempre chamava o Pietro de Edward Cullen por sua pele quase translucida e o cabelo. Particularmente eu achava meio que parecido, mas é obvio que eu não daria ênfase aos apelidos que meus filhos davam uns aos outros. Não era certo.
– Já que todo mundo vai fazer alguma coisa, eu quero muito ir para a palestra sobre energia solar fotovoltaica. – Pierre pediu com um sorrisão.
Sorrir para o meu filho mais novo, que orgulho da mãe!
– Cof... Nerd! – Nina pronunciou.
Pierre ficou vermelho, e Pietro riu, Lily apenas fez uma careta.
– Nina, deixe o seu irmão. Cada um faz o que gosta, você não o ver a criticando pelos seus gostos peculiares, não é? – Argumentei olhando fixamente para Nina. – A propósito, quem disse que vocês iriam para algum lugar? Vocês estão de castigo, além do mais, tem matérias para estudar! Aconselho levar as apostilas para o Corporativa porque não achem que vão ficar lá de cara pra cima.
– Mãe! – O protesto foram dos quatro.
– Não é justo, eu nunca peço pra ir pra nenhum show e quando peço sou barrada! – Lily exclamou a sua revolta.
– Sem falar que estamos sem os nossos eletrônicos! Estou me sentindo em uma prisão domiciliar. – Nina quase gritou fazendo um bico.
– Sem eletrônicos, sem ir para shows, o que vão fazer futuramente? Cortar a nossa comida? – Pietro questionou.
– Eu só queria entender um meio mais sustentável para nós. – Pierre suspirou, buscando o seu copo de suco.
O problema que os quatros falaram de uma vez, fazendo puxar o fôlego com o falatório. Eles não pararam, resmungando em bom alto tom as suas frustrações. Fiquei olhando para os quatros, desorientada, sem saber o que responder, enquanto, eles jogavam em cima de mim suas raivas até que escutamos um salto no assoalho, todos pararam de falar e viraram a cabeça para uma Anahí arrumada, e exibindo sensualidade.
– Oh, não parem por mim. – Anahí disse com um sorriso franco, mas que interpretei como malvado. – Dulce vai levar você para o colégio Pierre, os trigêmeos sabem que irão para Corporation. Bem, eu vou indo porque não posso me atrasar para ONG. Beijos, beijos, amo vocês. – Ela terminou dizer com um meio sorriso, então, olhou para mim e ficou séria, jogou o cabelos ondulados para atrás e se retirou, deixando o seu rastro de perfume.
Definitivamente, ela estava me testando!
Kiki: Soraya é toda bonitinha, sim! Hahaha. Eu a adoro. O portiñón vai demorar um pouquinho, mas vem! ClaOla são as justiceiras da fic, né non? Hahaha.
Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 615
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tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29
Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!
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flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50
Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)
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andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51
Olá!! Essa história tem uma primeira parte?
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vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24
Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!
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raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46
Amei a história de início ao fim.
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raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10
Sério o mulher fraca morreu rápido..
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raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38
Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso
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maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02
Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais
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maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16
A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho
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maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39
"Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk