Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

Por Autora.

Claudia e Blake estavam radiantes quando se encontraram no saguão da Corporation. Estavam tão felizes que poderiam ofuscar a qualquer um. Elas se sentiam maravilhosas, e satisfeitas depois da noite que tiveram. Ok, que sexo não era a base do casamento, mas fazia parte dos componentes principais.

Elas chegaram no mesmo horário. Atrasadas, mas no mesmo horário. Dulce que tinha saído de casa cedo, deixado o Pierre no colégio, pegara um trânsito infernal para a Corporation, aumentando o seu mau humor, completando com uma hora e meia de reclamação dos trigêmeos, sua cabeça estava a ponto de explodir. Ela amava os seus filhos, mas ás vezes, ela queria gritar loucamente para que eles se calassem.

Juntou tudo, a situação dos seus filhos, com a briga com Anahí, e a abstinência do sexo, a sua cara estava fechada, parecendo quase um bicho, tanto que os funcionários que a encontraram no meio do caminho com os trigêmeos no seu alcance fez questão de desviar o caminho, até mesmo os trigêmeos estavam temorosos em tecer algum comentário junto da mãe que parecia que a qualquer momento iria explodir.

Dulce conseguiu segurar o elevador antes que ele subisse, Claudia e Blake que estavam dentro com suas expressões felizes dentro das paredes de metais, olhou curiosamente para a Dulce que adentrava seriamente.

– Que cara é essa? – Blake perguntou curiosa.

– Que cara? – Dulce perguntou com o semblante fechado, enquanto, segurava a porta do elevador, esperando os seus filhos.

– Cara que não trepou e não deu uma boa go... – Claudia estava falando quando os seus sobrinhos entraram, fazendo-a desviar o foco da conversa. –... Gostosos da tia! – Ela gritou, agarrando o Pietro que tentava se soltar numa falsa indignação, enquanto, cutucava a Nina e Lily. – Dia de curtir o trabalho da mãe?

– Não. – Os três responderam.

– Mamãe mandou a gente vir, então. – Pietro deu de ombros.

Dulce mantinha a expressão séria, olhando para as apostilas que os meninos carregavam.

– Onde está a Anahí? – Blake perguntou, sabia que era o dia da outra na Corporation.

– Na ONG. – Lily comentou. – Hoje ela deixou que a mãe cuidasse de tudo, não foi? – Perguntou olhando pra mãe.

Claudia e Blake olharam para a Dulce que tinha os braços cruzados.

– Aham. – Foi a resposta de Dulce, e as outras souberam que tinha alguma coisa errada.

– Então, o que pretendem fazer aqui hoje? – Blake perguntou para os trigêmeos.

– Estudar. – Nina mostrou as apostilas contragosto. – Estão nos obrigando a fazer recuperação em todas as matérias.

– Se vocês não tivessem aprontado, isso não teria acontecido! – Dulce retrucou.

– Os meninos também terão que estudar. – Blake comentou, ignorando a Dulce e tentando ser prestativa. – O bom disso tudo é que vocês vão adquirir mais conhecimento e fixar os assuntos que estudaram antes.

– Como se isso fosse uma maravilha. – Claudia falou, entortando a boca. – As minhas filhas estão de recuperação por causa de vocês, foi muito feio o que fizeram, o único aprendizado aqui é: Nunca façam nada que pode prejudicar os outros.

Dulce que estava mau humorada em seu canto, despertou.

– Ah, por favor, Claudia. Como os demônios da Soraya e Agatha não tivessem feito nada!

– Não fizeram! – Claudia quase gritou.

– Claro que fizeram! Se elas não tivessem arrumando confusão na cantina, essa confusão não seria generalizada. – Dulce contradisse.

– Ela estava defendendo a Florence, e Agatha tomou as dores da irmã, enquanto, esses infratores – Apontou para os trigêmeos que estavam meio acuados. – Falharam em sua missão. Sinceramente, meninos.

– Não falem com os meus filhos. – Dulce retrucou, ficando na frente dos trigêmeos. – E nem tente santificar as duas capetas incorporadas que são as suas filhas, os únicos inocentes que eu acredito ser dessa história são Florence e Ryan, mas o resto...

– Poxa, mãe, muito obrigada. – Nina cruzou os braços.

Nina foi ignorada.

– Obrigada por reconhecerem que os meus filhos são inocentes. – Blake soltou com as mãos para o outro.

Claudia virou a cabeça, a fuzilando com o olhar.

– Sua querida filha indiretamente tem culpa por enfeitiçar a Soraya, ouso até dizer que Florence gosta da atenção que recebe da Soraya. – Claudia retrucou. – Minha filha se torna incoerente junto da sua.

– Não tenho culpa se Florence é amorosa e conquista os corações facilmente. – Blake cruzou os braços, séria. – Mas, vamos ser sensatas, os meus filhos sempre, sempre sofre represarias por conta dos filhos de vocês.

Dulce e Claudia abriram a boca em formato de “O”, inconformadas. Enquanto, os trigêmeos assistiam tudo em silêncio. O elevador não chegaria não? Eles estavam com medo que elas saíssem a tapa.

– Você é muito mal agradecida, Soraya quebra as regras pra defender a sua filha e o que ela recebe apenas críticas? Volta duas vezes na fila da gratidão, sua cínica. – Claudia soltou fuzilando a Blake com o olhar que não se abalou.

– Eu sei muito bem que ela defendeu a Flor, e sou muito agradecida por isso, mas ela não precisa ser tão invasiva para fazer isso, se vocês ensinassem que o diálogo é essencial para tudo, não existia esse castigo generalizado. – Blake contra argumentou.

Claudia olhou para Blake com uma carranca, sua vontade era de esbofetear a Blake até que aquele maldito rosto ficasse vermelho para ela deixar de ser ingrata e ser um pouco agradecida. E a cima de tudo: Não meter na sua vida!

– Confesso que os métodos de Soraya e Agatha são um pouco... Ofensivos, mas isso não anula a causa. Vamos parar um pouco de criticar e levarmos em consideração o acontecimento? Não apoiei as minhas filhas em suas atitudes, e elas estão devidamente castigadas, não precisa vir apontar o dedo para mim e tentar me fazer sentir mal como mãe.

– Eu não quis dizer que você era uma má mãe! – Blake retrucou de imediato. – Sou muito agradecida por Soraya ter defendido a Florence – reforçou – Já que minha filha é pacifica demais para resolver suas situações, mas acho injusto todos irem para recuperação.

– Então, vá no colégio reclamar com a diretora! – Claudia revirou os olhos.

Blake abriu a boca, mas foi interrompida por Dulce.

– Vocês reclamam demais! Imaginem que se vocês tivessem quatros filhos, e quase todos eles fossem encapetados, suspensos por tempo indeterminado no colégio e praticamente anulando a viagem de férias deles, já que sua esposa não vai concordar em nenhuma forma de divertimento, e você tava contando com esse um mês que eles passariam fora para fazer am... – Dulce parou de falar ao ver o olhar dos filhos sobre si. – Ah... Coisas! Ainda por cima ter a sua esposa com raiva de si, porque perdeu algo essencial... – Levantou a mão esquerda e moveu o polegar onde deveria estar a sua aliança, disfarçadamente.

Blake e Claudia olharam para a mão de Dulce, e arregalaram os olhos. Enquanto, os trigêmeos tentavam entender aquele dialogo.

– Você perdeu? – Claudia perguntou chocada.

– Por favor, me diga que você não perdeu. – Blake murmurou.

O elevador parou no andar de Claudia, mas ela rapidamente apertou no botão da presidência. Ela queria saber aquela história. Dulce percebendo a atitude da irmã, preferiu contar tudo em sua sala. Em menos de dois minutos, estavam saindo do elevador. Os trigêmeos estavam confusos como uma possível confusão mudou para um silêncio quase mórbido.

Claudia, Blake e Soraya cumprimentaram a Neide e Adele que estavam em suas escrivaninhas.

– Queridos, eu vou conversar rapidamente com as suas tias. Quando eu terminar, os levo para a creche, pode ser?

– Mãe, não temos idade para ficar em creche. – Nina respirou fundo.

– Podemos muito bem ficar aqui, enquanto, conversa com as tias. A gente tem que estudar mesmo. – Lily deu de ombros, mostrando as apostilas.

– Ok, não saiam daqui. – Dulce pediu.

– Como se tivéssemos muitos lugares para ir. – Pietro respondeu.

Dulce concordou, e foi para a sua sala com a irmã e comadre, sem saber que Adele estavam de olho nos trigêmeos...

Não era a primeira vez que Adele os via... Era incrível como aqueles três adolescentes não se pareciam em quase nada com o seu irmão, era como se os genes do Adam tivesse falhado miseravelmente, restando apenas os genes de Anahí. Nem a cor dos olhos, muito menos dos cabelos... Cristos! Os meninos pareciam mais uma mistura de Anahí e Dulce, do que de Anahí e o próprio Adam. A vida era muito injustiça.

Observo-os com cuidado, o Pietro tinha sentado no canto mais isolado, apesar de exibir uma expressão quase melancólica ao olhar as apostilas, não tardou para abrir uma e começar a ler. No centro, estava a Lily compenetrada na leitura, vez ou outra, colocava uma madeixa longa dos seus cabelos loirados e lisos atrás da orelha. Enquanto, a Nina estava em outra ponta, bufando constantemente com os olhos desviando das apostilas fechadas para a parede de vidro com a visão dos prédios. Os cabelos de Nina eram mais escuros do que de Lily, da mesma cor dos cabelos de Anahí, um castanho claro. Longos também, porém, com vários ondulações. Isso ajudava a distinguir as duas... E também, pelo o fato que Nina era mais estilosa e vaidosa que Lily.

Percebendo que não tinha mais como fugir dos estudos, Nina arriscou abrir uma das apostilas e tentou estudar, apesar das letras parecerem dançarem diante de seus olhos. Ela se esforçou. Estudar não era o seu forte, isso ficava para Lily e Pierre que eram nerd’s. Ela e Pietro apenas tentavam se sair bem, ás vezes, até o próprio Pietro se saia melhor que ela. Perdeu-se um pouco em pensamento, imaginando como estaria as suas redes sociais, os seus seguidores provavelmente estariam estranhando que não postara nada, nem no Instagram nem no Twitter. Ela estava quase um caco! Era viciada em internet e sentia-se muita raiva de suas mães por proibirem algo que lhe causava prazer. Levantou-se e jogou as apostilas na cadeira, recebendo um olhar de advertência da Lily e um desinteressado do Pierre.

Andou em círculos, sentindo-se enjaulada. Odiava ter que vir para a Corporation porque não tinha nada para ser feito. Recebeu um sorriso complacente de Neide que voltou a sua atenção ao seu trabalho. Ela gostava de Neide, mas ela parecia atarefada demais em digitar fervorosamente no notebook para permiti-la alguns minutos para olhar as suas redes. Então, o seu olhar foi para a outra secretária na outra extremidade da saguão, ela parecia tranquila demais olhando a agenda e não mexia no notebook, sorrateiramente, foi até ela...

– Oi... – Nina a chamou.

Adele ergueu a cabeça e fingiu surpresa, claro que tinha percebido que a garota estava vindo em sua direção.

– Olá. – Adele sorriu cordialmente.

– Você está usando o notebook? Eu estou sem celular e preciso entrar nas minhas redes sociais, é bem rapidinho.

– Ah, claro... – Adele sorriu, olhando da menina para a tela do notebook. – Só me deixe minimizar algumas coisas aqui...

Adele rapidamente abriu uma página que tinha várias fotos do Adam, e uma matéria fake que ela tinha criado uns dias atrás, usando umas das fotos raras que encontrara do Adam e Anahí no rápido namoro de ambos. Em seguida, abriu a página da Google, e levantou-se.

– Pode usar à vontade. Eu tenho que fazer umas coisinhas para a Sra. Lively. – Adele levantou-se. – A propósito, amei o seu cabelo. – Piscou antes de se retirar.

Nina animou-se, definitivamente aquela secretária seria a sua favorita! Sentou-se e quase chorou de felicidade ao estar conectada novamente na internet. Olhou por cima do notebook, os seus irmãos continuavam estudando, Neide mantinha os olhos fixos em seus afazeres e a porta do escritório de sua mãe continuava fechada.

Acessou rápido, inteirou-se rapidamente do mundo da fama, evitou responder alguns comentários ou citações em seu nome, sabia que – infelizmente – as suas mães tinham as suas redes sociais e que iriam ser notificadas se ela fizesse algo. Estava vendo um vídeo de Camila Cabello quando a tela travou, revirando os olhos, viu-se obrigada a fechar a página para abrir novamente quando umas páginas minimizadas lhe chamaram atenção.

Que homem bonito. Ela pensou. Clicando cada vez mais nas fotos, moída de curiosidade. Será que ele era namorada da secretária? Sabia que não devia invadir a privacidade assim de uma pessoa, mas não pode se conter. Sentiu-se estranha vendo aquelas fotos, a sensação se tornou sufocante quando uma matéria lhe chamou atenção.

Adam Levine e Anahí Portilla finalmente vão dizer sim...?

Nina empalideceu com aquela matéria que só teve tempo de ler o título, já que escutou o elevador apitando e poderia muito bem ser a secretária que estava retornando, imprimiu a matéria e fechou as abas quase em tempo recorde. Pegou a impressão, e deu um passo para trás, escondendo o papel atrás das costas quando de fato, era a secretária que estava ali.

– Então, fez o que queria? – Adele perguntou com um sorriso sonso.

– S-sim, obrigada. – Nina agradeceu trêmula e pálida.

A menina correu novamente para a cadeira que estava anteriormente e guardou a matéria dentro da sua postila com o coração a mil. Sua mente estava reproduzindo a matéria e também a foto. Era a versão de Anahí mais nova com aquele homem. Constatar que Dulce não tinha sido a única pessoa na vida de Anahí deixava a Nina muito incomodada. Quem era esse Adam Levine? Por que a secretária estava com aquelas fotos e as matéria aberta? Que grau de importância aquele homem tivera na vida de sua mamãe? Ela iria descobrir!

Enquanto isso, Adele não poderia estar mais satisfeita por saber que a presa tinha caído na rede. Era a primeira parte do seu plano: Plantar a semente da discórdia, que dando-se pela feição de Dulce, e agora da Nina que estava mais pálida que o habitual, soube que tinha plantado com sucesso.

Ela só queria ver a reação dos trigêmeos quando eles descobrirem que era o seu pai... Principalmente da Nina que faria questão de envenenar com várias matérias fake...