Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

Por Autora...

“Sala” era um pouco modesto para descrever a área de trabalho de Karine na Corporation. Ela tinha um andar completamente para ela, que era dividido em dois compartimentos. Um, era parecido com um estúdio de pilates, com todos as maquinas e objetos necessários para prestar assistência aos funcionários. A Corporation oferecia aulas de pilates para os seus funcionários numa medida preventiva e também de lazer. Como se tratava de uma empresa grande, e com muitos funcionários, as aulas ocorriam três vezes por semana, divididas em grupos de dez pessoas por aula. Ao total, nos dias do pilates, Karine iniciava o seu horário de nove da manhã, e encerrava ás dezesseis horas, somando o total de 180 funcionários por semana.

Claro que ela não trabalhava sozinha, tinha mais duas fisioterapeutas com especialização em pilates que davam as aulas no dia em que Karine não ia – por ter a sua própria clínica. Mas, os funcionários sempre preferiam a Karine. Ela era mais carismática, atenciosa, e sem contar que era a chefe do setor.

O outro compartimento era direcionado para a enfermagem. Primeiros socorros. Curativos, aferição de pressão, glicemia, e outros cuidados fundamentais. Ela não usava muito aquela área, já que o seu foco era mais a fisioterapia, mas... Era a enfermeira chefe daquele setor também. Felizmente, os acidentes na Corporation eram raros, e quando aconteciam, era uma queda ou elevação de pressão. Nada que pudesse preocupar, e que as técnicas de enfermagens e uma enfermeira plantonista poderia resolver muito bem.

Apesar de quase não existir demanda para aquele setor, ele era completo. Desde os aparelhos essenciais para um PCR, como medicamentos, e materiais.

Elas entraram em silêncio, mas mesmo assim interromperam a conversa da técnica de enfermagem com a enfermeira plantonista. Educadamente, Karine pediu para que elas se retirassem, e fechou a porta com o trinco. Não queriam que Claudia e Paola invadisse a sala, e elas eram capazes de fazer isso.

Karine pediu para que Dulce tirasse a roupa de baixo, e subisse na maca, enquanto, ela fazia a assepsia das mãos, e calçava as luvas.

Dulce muito constrangida, fez o que Karine pediu sob olhar atento de Anahí. Teve um pouco de dificuldade para erguer-se na maca, já que aquilo doía demais, Anahí a ajudou, e deu um pouco de privacidade para a mulher.

– Vamos lá... – Karine virou-se para a Dulce, usava uma máscara, e as luvas. Aproximou-se com o semblante ilegível e profissional. – Abra as pernas, Dulce, por favor.

Engolindo á seco, Dulce abriu as pernas e fechou os olhos, querendo morrer. Querendo que o apocalipse zumbi explodisse na cara delas, ou que Jesus voltasse e jogasse todos no inferno de uma vez, era melhor do que suportar aquela vergonha.

– Vou tocar. Relaxe um pouco. – Karine disse tranquilamente, enquanto, abrir os grandes lábios de Dulce e encontrava o furúnculo. – Isso não é um furúnculo, Dulce. É um abscesso. – Informou séria, tocou levemente no ponto crescido e Dulce gemeu.

– E agora? – Anahí perguntou com o cenho franzido.

– Terá que ser feito uma drenagem, e fazer uso de antibiótico.

– Drenagem? Não! – Dulce quase gritou.

– Drenagem sim. – Karine suspirou. – Está inflamado, se não tirar esse pus, você só vai sentir mais dor, e piorar a situação.

– Teremos que ir para o hospital? – Anahí perguntou olhando fixamente para a Karine.

– Não... Temos material para esse tipo de procedimento aqui, é simples.

– Eu não quero, vai doer! – Dulce choramingou, fechando as pernas, mas sendo impedida por Anahí que segurou o joelho dela.

– Dor mais do que você está sentindo, eu acho impossível, Candy. – Anahí comentou olhando para a mulher. – De duas, uma: Ou você faz aqui, ou vai para o hospital. A decisão é sua!

Dulce praguejou todos os santos. Por que isso tinha que acontecer com ela? Estava tão feliz. Aliás, como um abscesso cresce assim do nada? Ou ela que negligenciou demais com os seus cuidados? Nas últimas semanas estava tão atolada de trabalho que não deu atenção ao seu corpo, provavelmente, aquilo já estava ali, alimentando-se dela.

– Vai drenar a cru? – Perguntou Dulce com medo.

– Não. Vou aplicar lidocaína... – Karine disse. – Não vai doer nada...

Karine mentiu. Claro que doeria, doeria como um diabo! Já que o processo estava tão inflamado que a anestesia seria nula, mas a Dulce não precisava saber desse pequeno detalhe.

– Tudo bem. – Dulce concordou suando de nervoso, estendeu a mão para Anahí. – Você poderia segurar a minha mão, meu bem? – Pediu com um biquinho.

Anahí sentiu muita vontade de beijar aquele biquinho, Dulce estava parecendo uma criança com medo. Sem conseguir controlar um sorriso de lado, segurou firmemente a mão da outra. Dulce sentiu-se mais tranquila tendo a mão de Anahí para aquecê-la.

– Eu vou precisar de ajuda, Dulce... Você se importa se eu chamar a técnica?

Dulce se importava, mas, como não tinha o que fazer... Lembrou-se que todas ali eram profissionais. Balançou a cabeça em negativo. Karine chamou a técnica para orientá-la. Dez minutos depois, com um campo estéril envolta do grande lábio que estava com o abscesso, e a aplicação da anestesia que sinceramente quase fez a Dulce correr da maca de tanta dor que sentiu com aquela agulha infeliz introduzida na sua carne sensível, e aquele liquido que parecia preenchê-la num mal sentido, ela só queria que aquilo acabasse, já que o abscesso estava latejando e doendo em dobro.

– Ok, Dulce... Respire fundo que eu vou fazer a pequena incisão... – Karine pediu com um bisturi na mão enluvada.

Anahí apertou mais a mão de Dulce para transmitir segurança, enquanto, Dulce tinha repetia diversas vezes em sua mente: Não vai doer, não vai doer, não vai doer, não vai doer... Karine levou o bisturi contra o abscesso... Tá doendo... Tá doendo... Tá doendo...

Os pensamentos de Dulce se romperam em um grito de pura dor, e horroroso que se brincasse, todos da Corporation escutou, em seguida, Dulce desmaiou...

Quando Dulce acordou, todo o procedimento tinha sido feito, e ela estava banhada de suor em cima da maca, como se tivesse tomado um banho. De primeiro, ela olhou para a esposa, Anahí mantinha uma expressão cômica, olhando-a como se fosse o ser mais engraçado do mundo. Enquanto, a técnica de enfermagem não estava mais no recinto, e Karine estava de braços cruzados e com um sorriso de lado.

Dulce percebeu também que a sua saia estava abaixada, mas, ela sentia que estava sem calcinha. Ela também sentia ainda o latejar e o canto dolorido, mas não era comparado do que sentira antes, e também tinha outra coisa que era um pouco incômoda, tentou levar a mão até lá, mas foi impedida por Karine.

– Não toque, mocinha. O lugar está todo estéril. Você está com uma dreno de penrose, vai ficar com ela por uns dias para a eliminação das secreções. Eu expliquei a Anahí como fazer a limpeza, mas você também tem que ficar de olho... Coloquei um coletor de colostomia preso no dreno para evitar que escorra pela sua perna. Ah, também expliquei a Anahí a importância dos curativos. Ensinei a Anahí como fazer, mas se você quiser, eu irei na sua casa fazer... – Pelo olhar que Karine recebeu de Dulce, estava mais que explicito que apesar de agradecida, Dulce preferia que Anahí o fizesse –... Você vai ter que ficar em casa nesses dias, até mesmo pra evitar infecção, e a locomoção que vai ser desconfortável por esses dias. Ah, e também prescrevi penicilina. – Karine sorriu. – Enfim, dependendo do nível da secreção, em quatro dias, eu tiro o dreno. Tudo bem? Dúvidas?

Dulce estava tão mortificada por ter desmaiado, que apenas meneio a cabeça. Com ajuda de Anahí, se levantou com cuidado para o coletor não cair. Aquilo era horrível. Se antes estava andando ruim, agora estava péssima.

– Obrigada Karine. – Dulce disse baixinho.

– Disponha cumadre. – Karine respondeu com cumplicidade.

– Querida, vou na presidência buscar a sua bolsa. – Anahí se pronunciou pela primeira vez, e deu um beijo na bochecha da Dulce. – Fique aqui, não me demoro.

Anahí deixou a Dulce com a Karine, e foi para o elevador que não demorou. Ele parou apenas no andar de setor de criação que pelo incrível que pareça, a Claudia adentrou no mesmo com um sorriso de lado.

– Eu escutei o grito de Dulce daqui. – Exagerou com um meio riso. – O mundo escutou, toda passiva escandalosa essa minha irmã.

– Cala a boca, Claudia. – Anahí franziu o nariz. – Você está fedendo a sexo.

– Isso é cheiro da felicidade, queridinha. – Claudia respondeu orgulhosa.

Anahí não disse nada, apenas revirou os olhos. Claudia estava com os mesmos hábitos de Paola, principalmente com o “queridinha”. Saíram no saguão da presidência. Claudia ia buscar um papel importante na sala de Blake, e Anahí ia pegar a bolsa de Dulce, até que ambas flagraram a Adele distraidamente olhando para a mão esquerda, assim que a secretária viu as duas, se assustou e tentou esconder a mão, mas era tarde demais.

O sangue de Anahí borbulhou como se tivesse em um forno de 180º graus. Ela conhecia aquela peça no anelar da secretária... Conheceria até no inferno. Antes que Claudia piscasse, a Anahí já estava avançando em cima da Adele...

Hello, olha quem voltou! Rs.

Eu demoro, mas não sumo.

Próximo capítulo vem um pouquinho de confusão, porque é disso que o povo brasileiro gosta!

Eu não revisei, então, erros, me avisem!

Ah meninas, eu fiz um one-short CAMREN.

Quem gosta, só dá uma olhadinha lá: https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-encontro--camren-12503198

Aniedul: Sério que é uma das melhores? Eita que fico toda lisonjeada! Obrigada por estar lendo, e estar aqui acompanhando mais uma temporada, flor!

Livia_thais: Contiuando...

Raylane06: Vai fazer mesmo, viu...