Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

Por Anahí...

Blanca ficou até a Dulce praticamente desmaiar com os efeitos do remédio. A minha sogra ficou o tempo todo paparicando a minha mulher que estava birrenta pelas piadinhas sobre a sua depilação e até mesmo o abscesso. Confesso que é um tanto insensibilidade fazer isso, e uma grande parte de mim com muita dó da minha ursinha, mas, ás vezes, o riso é traiçoeiro.

Antes de embarcar no sono profundo, a Dulce pediu para informar a Claudia e Blake que o churrasco que teria aqui em casa – e que eu não fui informada – estava suspenso por motivos óbvios. Blake entendeu perfeitamente e estimou melhoras para a Dulce. Já a Claudia não gostou nem um pouco, mas isso não era de estranhar, era Claudia sendo Claudia.

Aproveitando a calmaria, já que praticamente todos estavam dormindo, sentei-me com uma taça de vinho branco na varanda com o notebook em cima da mesa. O vento estava um pouco frio, mas o álcool me aquecia por dentro. Acessei os meus e-mails, e mordi o lábio inferior quando vir que tive uma resposta em particular.

Ainda estou pensativa sobre fazer isso... Bem, eu quero fazer e muito. Mas eu sei que Dulce vai me matar porque querendo ou não, teremos que passar por um tempo de abstinência. A questão é que eu tenho essa vontade, sabe? Tenho todo um fetiche envolta disto, e acho de verdade que será muito excitante ter essa experiência com a minha mulher. O problema era o repouso... 3 há 6 meses.

Um bom tempo quando estar ao lado de sua amada que você quer o tempo todo. Suspiro fundo ainda pensando se devo ou não fazê-lo. O problema é que ás vezes, fico tão obcecada por uma coisa que só tenho paz de espírito e sossego na mente quando realizo. Eu tenho que fazer isso, depois eu lidaria com a Dulce... Ela vai entender, não inicialmente, mas vai aceitar. Como sempre acontece.

Respondi o e-mail, mas avisei que só realizaria daqui há um mês. Quero aproveitar um pouco da minha mulher antes de mergulhar na abstinência.

– Sabe o que eu acho incrível? – A voz me assustou, e me fez fechar o notebook com rapidez, olhei para a minha filha que tinha os olhos enigmáticos. Ela segurava uma garrafinha de água mineral e me encarava.

Alguma coisa estava errada com a Nina. Não descobrir muito bem o que é, desde que chegara da casa da Blanca que ela me olhava de um jeito estranho. Meio conspiratório meio acusatório. Eu não entendo o que a leva me olhar desse jeito, apesar de toda a sua rebeldia de adolescente e seu gênio difícil, ela nunca tinha me direcionado esse olhar e dessa forma.

Não gosto desse olhar julgador, me incômoda, desperta algo ruim dentro de mim, como se eu estivesse perdendo a minha filha. Essa sensação é péssima.

– Oi, filha, você me assustou. – Comentei a olhando fixamente. – O que faz acordada?

– Senti sede. – Balançou a garrafinha de água. – Mas a senhora não me respondeu.

– Oh, claro. – Soltei um pouquinho perdida. – O que é incrível para você?

Ela sentou-se, olhando-me daquele jeito, me avaliando, buscando alguma coisa em meu rosto. Movi-me na cadeira, desconfortável.

– Os casais hollywoodianos. – Nina pendeu a cabeça para o lado, seus cabelos ondulados meio que ocultaram a lateral do seu rosto. – O jeito que eles se desprendem de um relacionamento e embarcam em outro com pessoas mais famosas, mais ricas. No final das contas, é até um aprendizado... – Deu de ombros. – Não é o amor que move o mundo, e sim, o dinheiro, o privilégio, o luxo e a fama.

Jogo o meu corpo para trás, ainda olhando fixamente para a minha filha. O meu rosto se contrai um pouco com a sua linha de pensamento. No fundo, ela está certa, mas existem exceções que devem ser levadas em consideração.

– Concordo em partes com você, filha. Mas o mundo dos famosos é uma loucura com inúmeros fatores que não nos cabe julgar. Mas nem tudo é superficial por lá, muitas casais estão juntos por se amarem verdadeiramente, sempre existem exceções. Sendo lá em Hollywood ou em qualquer parte do mundo. O amor verdadeiro existe e é real, não podemos descartá-lo, as pessoas hoje em dia se apegam demais ao materialismo, estão absolvidas demais em suas individualidades para perceberem que o amor é um sentimento tão poderoso que é capaz de transformar uma vida. – Sorrir levemente para ela. – Por tanto, não se apague a essa linha do raciocínio, dinheiro, fama, luxo pode se acabar assim... – Estralei os dedos. –... Num piscar dos olhos e o amor não, ele estará sempre conosco, sermos ricos, pobres, não importa o quê, ele estará lá.

Nina desviou os olhos dos meus e se focou na garrafinha de água, os seus dedos brincando nervosamente com a tampa. Definitivamente, alguma coisa estava errada com a minha filha.

– Ei... O que está passando nessa cabecinha? Conte-me, por favor, não me deixei por fora dos seus pensamentos. – Pedi com a voz suave, tentando acalmar a angustia dentro do meu peito.

– Você se casou por amor? – Ela levantou a cabeça e me encarou.

A pergunta me pegou desprevenida, não esperava por esse tipo de questionamento. Perdi-me em pensamentos ao lembrar as circunstâncias que levou a Dulce me pedi em casamento, a exigência do testamento, a minha gravidez... Mas uma coisa era inegável: Existia amor, sempre existiu, mesmo que o pedido tivesse acontecido por outros motivos, e nos enganávamos achando que éramos apenas amigas, o amor estava ali... Ele sempre esteve presente, andando lado a lado conosco, esperando pacientemente para se despertar. Lembro-me o pedido no restaurante em que aconteceu o nosso primeiro beijo e depois andamos descontraídas em La Rambla. Até hoje a Dulce guarda o chaveiro de sereia... Naquele dia, ela me enfeitiçou, o amor despertou e se fez presente. Já era amor muito antes de ser.

– Sim, com todas as minhas forças. – Respondi com sinceridade.

Nina levou um tempo para considerar a minha resposta.

– Quando a senhora percebeu que a amava?

– Em nosso primeiro beijo... Quando a sua mãe me beijou, não foi apenas o encontro de lábios, foi além do carnal... Nossos corações e nossas almas se uniram juntamente com os toques dos lábios. – Suspirei ao me recordar. – Foi magia, foi o reconhecimento das almas gêmeas.

– Mas antes a senhora teve namoradas ou noivos? Sei lá? – Perguntou um pouco confusa.

Lembrei-me de Adam e aperto os meus lábios com força. Poderia dizer que não, mas para que omitir algo que não mexia comigo e não influenciava na minha história de vida? Ele me fez muito mal ao sequestrar o Pietro, mas o perdoei, ele estava morto. E mortos merecem a nossa misericórdia.

– Sim, claro. – Dei de ombros sem muita emoção. – Namorados e um noivo, naquela época eu não tinha me envolvido com nenhuma mulher.

– O que aconteceu com o seu noivo? – Perguntou curiosa.

Suspirei. Claro que não iria contar a história para minha filha, algumas coisas deveriam ser poupadas. Algumas coisas não devem ser reveladas.

– Não deu certo, não era para ter acontecido, o meu destino estava entrelaçado com a Dulce.

– Ah... – Ela ficou um pouco pensativa. – Mas se a senhora não era lésbica quando se envolveu com a mãe, como isso aconteceu?

– Meu bem. Eu não me apaixonei pela sexualidade de Dulce... Eu me apaixonei pelo o que ela é, pelo o que ela representa em minha vida. Ela se transformou em meu tudo. Ela é o meu tudo.  Sua mãe é um ser iluminado e bondoso. Não escolhemos quem vamos amar, simplesmente acontece. O amor não escolhe gêneros, classes, etnias, só acontece e é maravilhoso quando rompemos as barreiras existente dentro de nós, e nos permitimos amar.

E pela primeira vez naquele dia, a Nina me olhou com o brilho de satisfação nos olhos, parecia que realmente tinha compreendido o que eu queria dizer, a acusação não estava mais presente em seu olhar. Ela relaxou, e sorriu, fazendo-me sorrir também. Ah, os meus filhos, como eu amo cada pecadinho deles.

Ela se levantou e me abraçou, pegando-me desprevenida. Abracei de volta, beijando a sua bochecha. Ela riu, feliz. Nina era uma garota que não demonstrava afeição, apesar de saber que ela nos amava, ela tinha o próprio jeito dela de se expressar. Não era dada à demonstrações físicas.

– Eu te amo, mamãe. – Pronunciou me apertando mais.

– Eu também te amo, minha pequena. Você sempre vai ser o meu bebê e sabe o que precisar, pode vir até a mim ou até a sua mãe, tudo bem? Nós te amamos e queremos apenas o melhor pra você. – Falei, afastando os seus cabelos do seu rosto. – Mantenha sempre o seu coração e sua mente aberta para nós, somos suas mães e também amigas.

Nina concordou com a cabeça, e depois de um beijo em minha bochecha, ela foi se recolher. Fiquei a pensar... Será que ela estava apaixonada por alguém do colégio? Um garoto ou uma garota? Isso explicava um pouco o seu questionamento sobre o amor. De toda via, apesar de sentir ciúmes – o que é bem típico de mãe –, iria apoiá-la mesmo que para mim, nessa idade relacionamento seja precoce. Infelizmente, as crianças de hoje em dia estavam precoces demais.

Bem, mas quem é que nunca se apaixonou quando era criança? Eu tive várias paixonites inocentes. Não seria diferente com os meus filhos.

Terminei a minha taça de vinho, e a recolhi, deixando-a sobre a pia. Rumei para o quarto, e encontrei com a Dulce ainda dormindo. Retirei meu robe, e o deixei esparramado sobre o divã. Deitei-me ao lado de Dulce, depositando um beijo carinhoso em sua bochecha, depois me estiquei para apagar a luz do abajur. Virei-me para a minha mulher e me encolhi na lateral do seu corpo, fechando os olhos. Não demorou um minuto para sentir o braço de Dulce me envolver, ela ainda estava dormindo, mas os nossos corpos se reconheciam mesmo que os nossos conscientes estivessem adormecidos. Ela me puxou para ela, e eu a abracei, repousando a cabeça sobre o seu peito, bem em cima do seu coração.

Sorrir ao ouvir as batidas lentas que embalaram o meu sono.

Adormeci com uma frase na mente: “Una eternidad es para siempre, y siempre contigo sería un sueño hecho realidad”.

 Hey meninas. Como estamos? Eu sei que estou um pouco displicente ou muito com vocês, mas a questão é o seguinte: Eu não sigo muito animada para escrever portiñón, então, só faço quando realmente tenho vontade, porque isso aqui é uma forma de distração, um porto-seguro, uma válvula de escape. Peço desculpas se eu estou deixando a desejar... Perdão, de verdade. Quero que saibam que eu amo muito True Love, é uma fanfic que para mim é o meu xodó, e que mesmo demorando com as atualizações, eu não vou abandoná-la. Vou até o fim, sempre fui ao fim com as minhas fanfics, e TL não será diferente. Creio que isso é apenas uma fase, ando tão desanimada com Anahí também que acaba refletindo em minha empolgação e até mesmo na minha criatividade em escrever. Bem, é isso. Obrigada por ainda estarem aqui, mesmo com os meus dilemas.

Lern: Ah, Deus... Lauren é maravilhosa. Eu não tenho palavras para expressar o ser iluminado que ela é, infelizmente, muitas pessoas não a compreende, ou preferem se manter ignorantes para as lutas dela e se preocupam mais em mandar shade, tentando diminuir a sua grandeza. Enfim, acredito que se você escrever e postar no Spirit vai ter uma boa receptividade, lá é o foco camren, aqui não, aqui é mais RBD. Por enquanto, está 1x1 para Adele e Anahí. Mas né, vai ter confusões pela frente. Outro beijo, linda.

Kiki: Coitada da pobre Maite que sempre carregou a culpa do fim nas contas, porque quase todo mundo dizia que ela era responsável, e hoje sabemos que foi o Poncho. Haha. Não mudou nada pra mim, mas muita gente deixou de segui-lo depois da revelação, e ele ainda mandou shade pra Anahí, eu fiquei bem morta com ele. E sobre ter tido os dois capítulos, gosto de surpreender, ás vezes. Nina é influenciável. Blanca é um amor, Pierre precoce, mas a Agatha não é tão imune assim. Os dias de bullying com a Dulce acabou! Haha.

Fernandaayd: Nina é boba, quer ser esperta, mas é boba, e vai cair em muitas coisas ainda. Por hora, a sementinha do mão foi quebrantada, mas... Vamos ver futuramente. Vou tentar não sumir, vou tentar se manter presente, só preciso lidar com meu desanimo. Oh, linda! S2