Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

Por Anahí...

– Eu vou levar! – Anuncio alegremente ao vendedor depois de desligar o telefone na cara de Dulce, contrariando tudo que ela disse.

O vendedor me olha com os olhos tão brilhantes que eu vejo toda a felicidade refletida neles. Deveria estar muito feliz pela comissão que iria receber com a venda do jatinho.

– Cartão ou cheque?

– Cartão. – Respondo docemente, abro a bolsa e retiro o cartão ilimitado de Dulce. – Á vista.

Ele parece que vai explodir de tanta alegria.

Tomo mais um gole de champanhe, assombrada pelo interior do jatinho que em alguns minutos seria apenas meu. Felizmente, o banco não precisava ligar para a Dulce quando uma transição alta acontecia, ela tinha me dado plenos poderes para fazer o que bem entendesse com os cartões de crédito e débito.

Eu não tinha muita pretensão de comprar um jatinho antes de chegar aqui. O problema era que eu estava entediada em casa, não tinha nenhum trabalho para fazer. Tudo estava tranquilo na ONG, e estava de folga da Corporation. Fiquei entediada em casa, os meninos estavam trancados no quarto estudando, e eu não tinha muito o que fazer... E quando estou entediada, gosto de sair para comprar.

Estava pensando em ir para o shopping quando vir um jatinho sobrevoando o céu, a vontade de ver os lançamentos foi instantânea, agora, estou aqui, apaixonada por esse jatinho. Uma pena que ele ficará mais tempo guardado no nosso aeroporto particular do que sobrevoando.

Mas ao menos era meu!

Depois de uns minutos de burocracia, papéis assinados e pagamento realizado, o jatinho era meu. Não sabia quando iria inaugurá-la, mas seria brevemente. Eles se prontificaram em levar a aeronave até o aeroporto particular Espinosa. Fiquei tranquila diante disso. Vou embora, e paro em outro ponto que me deixa relaxada: O SPA. Como sempre, o meu amigo Christian estava lá.

– Adivinha, baby. Vir arrumar as sobrancelhas. – Avisei para ele com um sorriso de lado.

– Vai me deixar puxá-las? – Christian perguntou com os olhos brilhando.

Gesticulo para as minhas sobrancelhas.

– Elas são todas suas!

Christian só faltou chorar de alegria. Enquanto, ele fazia as minhas sobrancelhas, a gente colocava as fofocas em dia. Ele era a fonte de fofoca da Espanha, já que apenas a classe alta frequentava o recinto. Nenhuma de fato que me interessasse, mas uma fofoca a gente não deixava passar e acabava comentando, mesmo sem ser com intenção.

Fiquei lá o tempo suficiente para sair relaxada, me despedi dele com dois beijinhos. Ele tinha feito um excelente trabalho com as minhas sobrancelhas, tirou o excesso de pelos, não a deixou fina, estava meio grossinha, mas bem modelada. Ia pra casa com a ideia de pedi comida japonesa para a janta, já que eu tinha feito unhas de vidros e não iria correr o risco de quebrá-las na cozinha quando encontro a Mariana, uma amiga de longa data que nunca mais tinha visto.

– Anahí, como você está maravilha! – Mariana diz com um sorriso, me medindo dos pés à cabeça. – É impressionante como o tempo só lhe faz bem.

Mariana Ximenes era uma mulher do tipo, uau. Sempre a achei muito bonita e extremamente sexy, quanto mais o tempo vai passando, e sua expressão e corpo vão adquirindo maturidade, parece que ela ficava melhor... Como um bom vinho. Os seus cabelos estavam mais ondulados e mais claros do que eu me lembrava, o seu belo corpo bem definido em um macacão preto que emoldurava as suas curvas. A única maquiagem em seu rosto eram os lábios avermelhados, o batom vermelho destacou bastante em seus lábios, como era muito alvinha, parecia a perfeição em sua boca. O que me lembrava da Dulce de batom vermelho, era simplesmente maravilhoso.

– Eu o que diga, Mari! Você está... Uau, nossa. Estou sem palavras! – Respondo, dando-lhe dois beijinhos e um abraço rápido. – Quantos anos que não nos vermos?

– Quatorze anos! – Mariana faz uma caretinha. – Eu estava morando em Londres, cheguei essa semana. Estou impressionada como Barcelona mudou tanto nesse tempo. – Ela suspirou, depois me olhou. – Estou tão feliz por vê-la. O que acha de tomamos uns drinques para recordar os velhos tempos? Assim, você me deixa a par de sua vida!

O meu pensamento foi não, mas... Sentia que hoje era um dia para rebeldia. Eu estava cansada de sempre sair com as mesmas pessoas, não que eu não amasse a Claudia, Paola, Karine e Blake, porque eu as amava. Mas sempre fazíamos tudo juntas, eu acho que em algum momento temos que cortar um pouco o cordão umbilical e aventurar-se em coisas novas, amigos novos.

Olhei distraidamente para o meu relógio de pulso, era quase sete horas da noite. Que mal há, não é? Será apenas uns drinques e depois eu estarei em casa, sã e salva. Ou assim eu pensei.

– Adoraria! – Respondi com um sorriso.

Mariana abriu um sorrisão para mim, e segurou a minha mão, falando que iria me levar para o melhor point de Barcelona, e o que melhor, eles já estavam funcionando, pelo o que ela tinha dito, o ambiente funcionava por 24 horas, para as pessoas que amavam uma festividade sem se importar com o horário ou o dia.

Saia com a Mariana em meu tempo de solteira, bem antes de me relacionar sério com alguém. Eu e ela saíamos para “caçar” como dizíamos antigamente. Sempre tínhamos êxito, apesar de que alguns caras eram apenas por uma noite. Na época, a Dulce não gostava muito dela porque dizia que era mal exemplo, mas, eu sempre achei a Mariana uma excelente pessoa.

Ás vezes, Dulce explicava com as pessoas sem motivos.

Insistir para que fossemos em meu carro, e apontei ao longe para um Land Rover preto que estavam os meus seguranças. Ela ficou impressionada por eu sempre estar bem protegida. Marina aceitou, e formos... Dentro do carro, ela retirou um saquinho com uns cristais dentro.

– O que isso, Mari?

– MDMA. – Ela disse como se fosse o óbvio. – Vamos chegar lá já ativas!

– Eu acho que não... Não curto essas coisas pesadas, pra mim, só uma básica maconha.

– Não seja cafona. – Mari riu, ignorando o que eu disse, retirou dois copos de dentro da bolsa dela e uma garrafa de água. Ela andava preparada pra isso. Abriu o saquinho, e colocou alguns cristais dentro dos copos que estavam entre suas pernas, depois, encheu de água. Borbulharam como um efervescente. Ofereceu-me um copo. – Vamos lá, pra comemorar o nosso reencontro!

Olhei meio desconfiada pra aquele copo, mas ela me olhava com tanta expectativa que peguei o copo e virei o conteúdo, recebendo um gritinho de Mariana.

– Uhul, girl! Essa noite vai ser nossa! – Ela gritou, em seguida, bebeu o seu próprio liquido.

Oh se seria...