Fanfics Brasil - Para siempre - Capítulo trinta. True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA.

Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.


Capítulo: Para siempre - Capítulo trinta.

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Por Anahí...


Achei que depois de uma noite de swing, as coisas ficariam um tanto estranha. Entre mim e Dulce... Entre nós e Paola e Claudia. Principalmente, porque tenho uma breve lembrança – que não sei se foi projetada em minha cabeça ou sonho – de que vir a Claudia e Dulce se pegando... O quão estranho e incestuoso isto é?


Enfim, a questão x é que não houve estranheza. Não havia nada além de uma grande ressaca. Minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento. Não sei como eu e Dulce voltamos para o quarto, mas só sei que acordamos em nossa cama. Também não sei como sobrevivemos a uma manhã com as cabeças pesadas à ponto de se rachar ao meio. Levantamos da cama para tomar banho à muito custo.


Não falamos nada sobre ontem.


Nem quando horas mais tarde, encontramos as meninas para o almoço, já que o café da manhã era impossível naquele horário. Claudia e Paola estavam tão ressacadas quanto nós. Também não houve nenhuma palavra sobre a noite anterior, e eu apreciei isso. Éramos adultas, não precisamos tornar algo que fora prazeroso em um tabu, apesar que não irá acontecer novamente. Não que eu não tenha gostado, mas né... Algumas experiências só prestam apenas uma vez.


Estava ás quatro com cara de velório e torcendo para que os nossos estômagos não recusassem o almoço que nos era servido quando Karine e Blake surgiram animadas, elas pareciam que estavam em outro mundo, um mundo colorido e feliz, e o principal: sem ressaca. Elas não perceberam as nossas caras de enterro porque continuaram com suas animações infinitas que estava fazendo a minha cabeça latejar ainda mais.


Percebi as mandíbulas de minha mulher travar um pouco, provavelmente, também estava incomodada com aquela alegria toda. Paola já estava lançando olhares mortíferos para as duas, enquanto, a Claudia estava rabugenta. Eu, já estava a ponto de pedi-las para calarem a boca. Quando se estar com ressaca tudo que menos queremos são pessoas felizes ao nosso lado.


— Vocês estão com uma cara... — Karine comentou depois de um tempo, percebendo que não estávamos na mesma vibe. — Não tiveram uma noite boa?


Nessa hora, todas nós, nos mexemos nas cadeiras.


— E... Pelo jeito não. — Blake completou diante do nosso silêncio.


— Não tivemos uma noite ruim. — Dulce retrucou, dando um gole de suco em seguida. — Foi legalzinha.


Paola olhou para a Dulce com indignação.


— Legalzinha? Foi uma noite maravilhosa!


— Uma noite para ninguém colocar defeito. — Claudia comentou, dando uma leve piscada pra mim.


Soltei uma risadinha abafada, recebendo um olhar fuzilador de Dulce. Ok. Não entendi a reação, mas fiquei rapidamente séria.


— Você está com problema nos olhos, Claudia? — Dulce encarou a irmã. — Tá piscando demais para o meu gosto.


Bem, eu acho que a percepção de que não estaria nada estranho era um equívoco da minha parte...


— Era só o que me faltava! — Claudia quase gritou ao cruzar os braços. — Não faça essa merda ficar estranho, Dulce!


— Eu não estou fazendo porra nenhuma. — Dulce defendeu-se irritada.


— Dulce... — Chamei e tentei tocar o seu braço, mas ela desviou. Bufei, sabia que teria uma crise aí. — Você pode não fazer isso?


— É, branquela. Porque o drama? — Paola se pronunciou. — Você não pode levar essa experiência para um lado ruim, principalmente quando estava curtindo bastante fazê-la. Somos adultas, ok? É desnecessário um drama.


— Concordo com a minha esposa. — Claudia reforçou.


— É amor, não precisamos disso. Estava tudo bem, vamos manter a tranquilidade e maturidade. — Disse baixinho para ela.


— Ah, você quer falar de maturidade quando ultimamente você mostra ser tudo, menos madura? — Dulce debochou.


Sua alfinetada me irritou, sabia que ela não estava se referindo apenas a noite anterior, mas como as minhas atitudes nos últimos dias.


— Você vai mesmo começar com isso? Porque sinceramente, se eu soubesse que você prestaria a esse papel, eu não tinha feito nada ontem! — Exclamei. — Qual é a porra do seu problema? Eu curtir, Paola e Claudia também, inclusive você.


— O meu problema é você! — Dulce me encarou furiosa. — A porra do meu problema é você, e a Claudia que não entendem que uma noite é apenas uma noite!


— De que merda você está falando? — Claudia questionou.


— É, o que você está falando, Dulce? — Reforcei a pergunta.


— Não se faça de sonsa, Anahí. Eu vi você olhando pra Claudia dos pés à cabeça quando entramos no restaurante. — Dulce acusou enciumada. — E você, Claudia, também percebi os olhares e além do mais, teve essa merda de piscadinha. Você me viu cobiçando a Paola?


Eu pisquei diversas vezes, confusa. Até mesmo a Claudia ficou sem reação com a acusação.


— Você estava cobiçando a Anahí esse tempo todo? — Paola virou a cabeça para olhar a Claudia.


— Eu não! — Claudia respondeu de imediato. — Dulce, pare com isso, agora mesmo.


— Então, pare de se olhar. — Dulce apontou pra nós duas.


— Não estamos nos olhando! — Eu e Claudia dissermos ao mesmo tempo.


— Bem que a Claudia disse hoje que você surtaria, Dulce. — Paola lamentou. — Se você não sabe brincar, então, não desça para o play.


— Eu só não... — Dulce tentou, mas eu interrompi.


— Dulce, chega, tudo bem? Eu e Claudia não temos nenhuma intenção para com a outra. Fizemos algo consensual, e que nos divertimos muito, mas foi apenas aquilo. Aquele momento, àquela hora. Não significa que depois daquilo, eu e Claudia, ou eu e Paola, vamos desenvolver algum sentimento. — Falei delicadamente. — Nem você com a Paola... Enfim. Coloque algo em sua cabeça: Foi uma experiência. Uma única experiência que não vai se repetir... — Eu vi pelo canto do olho a expressão de Paola e Claudia decair um pouco em descontentamento. Elas estão de brincadeira? — Eu te amo, te amei ontem, estou te amando mais ainda hoje, e amarei amanhã, não precisa ficar com ciúme ou fazer uma cena... Eu sou sua. — Peguei a sua mão em cima da mesa, olhando-a nos olhos.


Dulce me olhou bem dentro dos olhos, eu via o medo em suas íris castanhas. Ela tinha medo de me perder, assim como eu tenho de perder ela. O que era uma grande bobagem, já que estamos anos juntas e os nossos corações continuam grudados e vão continuar. Não devíamos dar vazão à inseguranças.


— Tudo bem, desculpa amor... — Dulce pediu em um suspiro, segurou a minha mão e soltou um beijo no dorso. Sorrir pra ela, então, ela olhou para Claudia e Paola. — Desculpa pela cena, eu só fiquei enciumada. Não vai mais acontecer.


O silêncio imperou na mesa, então, eu reparei na expressão chocada de Karine e Blake que estavam provavelmente ligando os pontos e dando-se conta de que fizemos swing.


— Merda! — Paola exclamou quebrando o silêncio. — Perdi a aposta. — Balançou a cabeça em negativo.


— Que aposta? — Questionei.


— Eu e Claudia sabíamos que Dulce iria surtar sobre a noite de ontem, então, apostamos. — Paola explicou com um sorriso triste. — Claudia apostou de que você iria contornar a situação e ainda faria a Dulce cair na real. Já eu, apostei que Dulce ficaria mais irritada ainda, e sairia teatralmente do restaurante.


— Sério que vocês apostaram isso? — Dulce perguntou com o queixo caído.


— Sim! E obrigadinha maninha por ser capachinho de Anahí. Vai rolar bundinha hoje. — Claudia sorriu escancaradamente, olhando com más intenções para Paola.


Paola apenas riu, mordendo o lábio inferior. Eu e Dulce ficamos indignadas por ser fruto de uma aposta. Iriamos falar algo, mas a Blake se adiantou:


— Um momento, vocês transaram? Que dizer, todas vocês? — A loira perguntou com os olhos arregalados.


Nos entreolhamos.


— Digamos que teve uma grande troca de fluídos entre nós ontem. — Dulce respondeu.


— Ou seja: Transamos. E transamos mesmo. — Paola falou despudoramente. — Rolou cada coisa que eu não vou comentar para a Dulce não ter um ataque de pelanca novamente. — Riu.


As expressões de choque de Karine e Blake só aumentou.


— Estávamos chapadas. — Dei de ombros. — E com vontade. Essas coisas normais que acontece no dia-a-dia.


— Isso não acontece no meu dia-a-dia. — Karine ponderou, mas rapidamente ficou curiosa. — Bem, se eu e Blake tivéssemos no quarto com vocês, também iria rolar?


— Karine! — Blake exclamou enciumada. — Que safadeza é essa?


— Não é safadeza. — Karine revirou os olhos. — Eu só estou curiosa. Ou eu não posso ficar curiosa sobre algo que vai ser motivo para surto também?


Blake abriu e fechou a boca diversas vezes, ficando vermelha.


— Aposto uma dupla penetração de que vai teremos uma DR aqui. — Paola cochichou para a Claudia, mas todo mundo na mesa ouviu.


Claudia encarou a Paola com bastante interesse, eu, também encarei a Dulce porque isso me deu vontade de fazer, a minha mulher arqueou as sobrancelhas pra mim lendo as intenções em meus olhos.


— Que apostar também? — Perguntei acariciando com o polegar o pulso de Dulce. — Se eu ganhar, farei em você, se eu perder, você fará em mim...


Blake pigarreou alto, fazendo com que a olhasse.


— Perdão, mas vocês sabem que ainda estamos aqui e estamos ouvindo tudo, né?


Claudia respondeu algo, mas eu não escutei porque o meu celular vibrou constantemente. O tirei do bolso sob olhar curioso de Dulce. Não reconheci o número e por um momento, pensei em não atender. Mas, acabei o fazendo.


— Alô?


Alô, Sra. Espinosa? É a Hosana, babá temporária das crianças. — A mulher falou em tom urgente, parecia muito nervosa.


Hosana, claro. Eu e Dulce a contratamos sempre que os meninos ficavam com a Blanca para não sobrecarregar a minha sogra, já que sabíamos que quatro crianças, principalmente três em puberdade não era fácil. Um arrepio desagradável percorreu em meu corpo.


— Hosana... Sim. Aconteceu algo?


Oh, Sra. Espinosa... Eu... Eu sinto tanto... — Hosana começou a chorar.


O pânico me invadiu e eu me levantei rapidamente, ouvindo o que a babá estava a contar. Os meus olhos procuraram rapidamente o de Dulce que ao perceber o meu estado ficou apreensiva e levantou-se também. A discussão boba na mesa cessou, e tudo que eu podia sentir era o meu corpo tremer violentamente e as lágrimas pipocarem em meus olhos.


— Anahí? O que aconteceu? — Dulce perguntou aflita, me segurando já que meu corpo tombou para trás e o celular foi diretamente ao chão, atraindo atenção de algumas pessoas.


— Nina! — Falei aos prantos. — Ela... Ela foi atropelada!




Por Autora...


 Adele estava com as mãos no volante, sua respiração estava descompassada e o seu corpo trêmulo. Estava assim desde que tivera que despistar dos seguranças das Espinosa que a seguiram fervorosamente por várias ruas de Barcelona. Por um momento, achou que não conseguiria se safar, mas felizmente, conhecia bastante das ruas da cidade e conseguiu perde-se entre os carros, saindo rapidamente do campo de visão dos seguranças.


Se eles tivessem a pegado, estaria presa nesse momento ou não. Sabia como funcionava com quem mexia com alguém das Espinosa. Elas não eram dadas a justiça, isso era bem nítido diante de tudo que acontecera com a Lydia. Paola e Claudia eram psicóticas e a Anahí também não ficava atrás. A Anahí quase a matou por estar com a aliança de Dulce! Elas eram as próprias leis, e se por ventura, quisesse fazer algo contra Adele, ninguém intercederia por ela, já que as pessoas não conheciam esse lado doentio das Espinosa.


Adele olhou-se no retrovisor, estava com as maçãs do rosto avermelhadas, os cabelos um tanto assanhados, o suor respingando em seu rosto, mas tinha aquele brilho nos olhos... Seus olhos esverdeados estavam dilatados. Depois do medo de ter sido capturada passou, uma onda de adrenalina envolveu o seu corpo ao constatar o que tinha feito.


Ela riu, gargalhou na verdade, como uma histérica dentro do carro que teria que o desovar em qualquer ponto da cidade, de preferência na periferia. Provavelmente os seguranças tinham anotado a placa e estariam a procura do veículo.


Tinha feito! Fora uma mudança drástica de plano. Ousada também, já que tinha uma grande chance de dar errado. Mas, deu tudo certo e Adele estava em êxtase.


Atropelou Nina Portilla-Espinosa.


Infelizmente, não conseguiu atropelar todos.


A decisão chegara em seu consciente depois que lembrou-se um fator importante: O aborto. O aborto dos gêmeos. Sabia disso porque tinha tido contato direto com a Lydia, e apesar da morena estar impossibilitada de muitas coisas, ainda podia se comunicar por sinais. Por exemplo: Lydia aprendeu a se comunicar com piscar de olhos de acordo com o alfabeto. Assim, iria formando palavras, consecutivamente frases.


Ela soube como a perda dos gêmeos devastou a Anahí, assim como a Dulce. Apesar do foco de Adele ter sido sempre a Anahí. Ela odiava essa mulher e o seu ódio tinha tomado proporções imaginários depois da agressão.


Só foi pensar um pouco, juntar 2 + 2 para ter um resultado. Claro que o fim de um casamento causava dano, principalmente quando se amava, mas a perda de um filho? Não tinha comparação. Principalmente para Anahí que já tinha dois filhos jazidos em uma sepultura. A perda de um terceiro filho ou de todos teria um dano irreversível para Anahí. E Adele queria muito ver aquela mulher louca e destruída.


Por isso que aproveitou o sinal fechado enquanto os filhos de Anahí e Dulce atravessavam juntamente com os seus primos. A intenção de Adele era acertar os quatros, mas a Nina tinha que ter sido estúpida o suficiente para ouvir a aceleração do carro e por reflexo ter empurrado os irmãos que tombaram nos primos e caíram distante, enquanto, a garota ao brincar de heroína ficara parada e recebido todo impacto do carro em alta velocidade.


Que ela tivesse morrido! Desejava Adele. Mas da maneira que Nina surfou por cima do carro e caíra metros de distância ao “voar” literalmente no sentido da palavra na força da gravidade e cair desfigurada no asfalto quente, não acharia que se salvaria.


O primeiro alvo estava derrubado, se tivesse sorte, Adele ia derrubar um por um. Sabia que a segurança dos meninos aumentariam consideravelmente, mas ela tinha um ponto a favor: Ela trabalhava na Corporation, não seria tão difícil assim chegar no próximo alvo, só precisava pensar um pouco qual método usaria para derrubar a próxima criança.


Se Adele tinha compaixão ou remorso de estar fazendo mal para inocentes crianças? Não! Ela tinha sede de vingança, o ódio a alimentava.


E ela iria até o final, ou ela se autodestruiria ou destruiria a Anahí, mas uma certeza: Uma das duas cairiam.


**


O acontecimento teve uma grande repercussão. A imprensa rapidamente se instalaram no hospital como abutres atrás de noticiais para aumentar o seu sensacionalismo. Eles lucravam com aquilo, e a filha da maior magnata da Espanha ter sido atropelada era uma notícia que vendia como vento.


Tudo tinha sido uma confusão. As crianças ficaram assustadas ao ver o estado de Nina desmaiada alguns metros delas. As babás e os seguranças se locomoveram com rapidez para que os meninos não vissem o estado da menina, enquanto, a polícia e o pronto-socorro eram acionados.


Os seguranças se dividiram. Já que eram muitos, não eram apenas o de Dulce que estavam á posto, mas como também os de Claudia. Uns foram atrás do carro, e os outros ficaram para impedir de que tirassem fotos ou se aproximassem da vítima.


O socorro não tardou, e as babás foram aconselhadas a retirar as crianças do local, algo que devia ter feito desde o início. Lily fora que mais esperneou para não ir embora, ela queria muito ficar com a sua irmã. Todos estavam impactados, até mesmo Soraya que parecia em estado de choque.


A verdade veio como uma bomba que fizeram os pequenos corações das crianças apertarem e doerem mais: Nina estava machucada por salvá-los. Eles choraram no caminho de volta pra casa da avó. Eles queriam que Nina ficasse bem, eles tinham medo de que a adolescente tivesse morrido.


Blanca não recebera bem a notícia de que a sua neta tinha sido atropelada e aparentava estado crítico. A senhora já com idade avançada e cardiopata, não aguentou a pressão e desmaiou para aumentar o desespero das babás e das crianças. Ela tivera que ser socorrida também e o seu estado não parecia um dos melhores.


Assim, deram entrada ao hospital a Nina e a Blanca.


Sem opções, já que as crianças não estavam dispostas a obedecer, as babás foram com eles para o hospital. A recepcionista não gostou de ver um monte de criança em sua recepção, mas não ousou nem lançar um olhar torto. Era como no ditado que diz: “Formiga sabe que roça come”. Jamais que ela iria impedir ou olhar feio para aquelas crianças que mesmo com pouca idade eram os donos da Espanha, assim como as suas mães.


Não tinham notícia da Nina e Blanca; os médicos negavam-se em dar qualquer nota sobre o quadro clínico de ambas para as babás, só para os familiares. E mesmo as crianças sendo familiares, era questão de consciência... Ninguém jorrava notícias complexas para simples crianças que mesmo tendo um entendimento amplo, não deixavam de ser crianças.


Eles tinham que esperar pelas filhas de Blanca e as mães das crianças.


Algo que durou um pouco.


Soraya olhava profundamente para a porta branca dupla que sempre abria e fechava, dando-lhe irritação por não poder entrar, mas o seu foco mudou ao sentir as pequenas mãozinhas de Florence agarra-lhe o braço, ela olhou pra sua pequena amada e viu o medo refletindo nos olhos escuros.


— Você acha que vai ficar tudo bem com a Nina e com vovó Blanca? — Florence perguntou baixinho com o coração apertado.


A loirinha não sabia se podia responder sobre isso. Nem ela mesmo sabia! Mas algo dentro de si avisou para que guardasse o seu medo e cuida-se do medo de Florence, a negra estava precisando dela. Então, seguindo os seus extintos, acariciou o rosto de Florence e beijou suavemente a testa da outra.


— Vai sim, Flor. Eu sei que vai, você confia em mim? — Perguntou olhando nos olhos da Florence.


Florence balançou a cabeça em positivo e deitou a cabeça no ombro de Soraya que repousou a cabeça em cima da de Florence. Elas dormiram naquela posição.


Já Pierre estava um poço de nervos, o tempo todo balançava as pernas numa tentativa de acalmar, mas era inútil. Até que sentiu alguém sentar do seu lado, olhou e viu que era a Agatha. Eles não falaram nada, apenas trocaram olhares significativos, e isso de algum modo acalmou a ambos.


O Ryan estava dormindo no colo de uma das babás. O Pietro mexia constantemente no celular para distrair a mente, ele não queria pensar que sua irmã ou sua avó pudesse morrer, ele nem cogitava essa hipótese, apesar de que um frio desagradável subia por sua barriga e travava em sua garganta, ele não iria chorar, iria se manter otimista. Tudo sairia bem.


E por fim, Lily. Essa que sempre se manteve calma, estava um poço de nervos, mesmo que as únicas coisas que indicavam que ela estava nervosa era as lágrimas que caiam dos seus olhos. Mas não era medo que movia a garota, não, era a fúria e revolta, ela estava a ponto de explodir. Estava com raiva de tudo e de todos, principalmente de suas mães! Já tinha aceitado algumas coisas caladas de suas mães, e agora o acidente de Nina tinha projetado um fúria por elas.


Era algo tão incontrolável que quando a Nina viu Anahí e Dulce adentrarem ao hospital com Claudia, Paola, Blake e Karine, a adolescente levantou-se de supetão e correu até elas. Elas choravam. Assim que Anahí viu a Lily correndo até elas, abriu o braço para receber a sua filha mais “velha”, mas se surpreendeu a ter sido empurrada com força.


— Lily! — Anahí exclamou assustada ao tombar para trás.


— A culpa é sua! — Lily acusou febrilmente, voltando a empurrar a mãe com os olhos embrulhados de lágrimas. Dulce tentou tomar a frente e segurar a filha, mas foi empurrada também. — A culpa é de vocês! — Ela gritou a pleno pulmão, chamando atenção de todos, inclusive da imprensa que tentava filmar aquele espetáculo, mas os seguranças proibiram.


— Lily, do que você está falando? — Dulce perguntou assustada, já que a voz de Anahí tinha sumido. — Não somos culpadas de nada, minha filha, por favor... — Tentou tocar no braço de Lily, mas ela desviou.


— Não me toque! — Lily gritando aos prantos. — Se vocês fossem um exemplo de mães, se vocês fossem presentes, isso não teria acontecido! — Acusou venenosa, olhando pra Anahí que chorava copiosamente com a cabeça baixa, e Dulce com os olhos arregalados e a face avermelhada. — Se vocês participassem da nossa vida, talvez, a Nina não estaria assim... Nem vovó! Mas vocês preferem viajar para curtir o mundinho de vocês, esquecendo completamente que tem filhos!


Claudia e Paola assistiam o surto da sobrinha calada. Karine e Blake também. As pessoas assistiam e as crianças também, até mesmo o Ryan que tinha acordado e tomado impulso para correr até as mães, ao ver a cena, estacou. Nessa altura do campeonato, o Pietro levantou-se e foi até a Lily, receando que a irmã falasse algo mais que pudesse se arrepender mais tarde.


— Lily, vem... Vamos sentar. — Pediu ele baixinho.


— Não, Pietro! — Lily gritou, olhando do irmão para as mães, indignada. Tinha muito ressentimento em sua voz e em suas ações quando ela apontou para as duas. — Somos apenas objetos na prateleira de vida delas, você não percebe? Somos apenas exibições! Elas não se importam conosco.


— Nina, você não sabe o que está dizendo, é claro que nos importamos com vocês. — Dulce disse com a voz um pouco dura, mas uma lágrima solitária caiu do seu olho. — Vocês são tudo para nós, amamos vocês, desde quando estava na barriga. Não faça isso, não nos acusem hediondamente assim.


— Hediondamente? — Lily riu, ignorando o puxado do irmão, os seus olhos azuis projetaram com ódio para a Dulce. — Desculpe-me pela verdade ser considerada “hedionda” em seus ouvidos. Mas essa é a verdade! Odeio vocês. — Voltou a gritar. — E quando Nina acorda, se ela acordar, ela vai também odiar vocês, porque vocês são um lixo de mães!


O impacto das palavras atingiram ainda mais a Anahí e Dulce, o choro de Anahí aumentou, e Dulce travou ao ver tanta fúria nos olhos azuis de sua filha. Elas sufocaram diante das acusações.


— Chega! — Paola falou abruptamente, tomando partido para a surpresa de Claudia. — Você, mocinha, vem comigo. — Segurou no braço de Lily e a puxou, a adolescente tentou se soltar, mas a mais velha foi mais forte. — Informe-me sobre tudo, estou com o celular no bolso. — Pediu para a Claudia, depois de um beijo carinhoso na bochecha, saiu com a Lily esperneando da recepção do hospital.


— Anahí... Dulce... — Claudia chamou as duas.


Apenas a Dulce olhou para a irmã, já que Anahí estava imersa com a dor das palavras de Lily. Blake e Karine sabendo que elas precisavam de um tempo, foi até os filhos. Ryan as recepcionou muito bem, Florence apesar de querer correr até elas, não fez, porque sabia que estava sendo o suporte desta vez para a Soraya que estava chorando baixinho, de algum modo essa cena tinha atingido em cheio a loirinha, porque ela sentia-se assim como a Lily.


Pierre se levantou e caminhou até a Anahí, a abraçando fortemente. Ele não concordava com as palavras de Lily, ela tinha se expressado duramente, sabia que esse assunto tinha que ser abordado com delicadeza. Anahí aceitou o abraço do filho que acalentou o seu coração, mas não tanto assim, a dor da culpa estava presente. Já o Pietro se moveu até a Dulce e a abraçou também, Dulce fechou os olhos e recebeu aquele abraço, apesar de que não aplacava tudo que sentia.


Elas permitiram aquele momento por uns minutos até se lembrar o pesadelo que lhes trouxeram para o hospital. Antes que pudesse se mover, dois médicos saíram da porta dupla, e um tinha a cara péssima.


O coração de cada um ali sofreram um baque ao sensitivamente saber que alguma coisa tinha saído muito mal...


— Eu sinto muito, mas... — Um médico começou a dizer.


As palavras foram abafadas por um choro coletivo que explodiu ao ouvir a notícia que despedaçou todos os corações ali em diversos pedaços...




 


Vocês sabem, né? Eu demoro, mas apareço. Eu tenho passado por um momento um tanto complicado, já pensei em desistir de escrever a fic (Já que estou sofrendo com bloqueio criativo), mas ao lembrar de tudo que já passamos e percorremos, eu e vocês, minhas leitoras, não vou abandonar, e fico muito feliz em ver que vocês ainda se mantem aqui, comentando, mesmo com a minha displicência, obrigada por isso, eu adoro vocês!



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 615



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  • tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29

    Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50

    Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)

  • andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51

    Olá!! Essa história tem uma primeira parte?

  • vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24

    Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!

  • raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46

    Amei a história de início ao fim.

  • raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10

    Sério o mulher fraca morreu rápido..

  • raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38

    Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02

    Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16

    A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho

  • maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39

    "Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk


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