Fanfics Brasil - Para siempre - Capítulo trinta e um. True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA.

Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.


Capítulo: Para siempre - Capítulo trinta e um.

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Por Dulce...


 


“A morte nada mais é que uma despedida inesperada que não temos o poder de contestar ou evitar”.


Mamãe nos deixou. Nossa matriarca partiu sem nenhum aviso prévio, sem uma palavra ou um gesto. Ela simplesmente fechou os olhos para nunca mais abri-los.


Ela partiu deixando um enorme vazio em nossos corações. Ela foi embora, deixando-nos estilhaçadas por dentro. Eu podia sentir o buraco fundo dentro do meu peito. Respirar me fazia senti-lo. Mover-me me fazia senti-lo. Abrir os olhos me fazia senti-lo. Estar viva me fazia senti-lo. Ele nunca iria ser fechado, o único remédio imediato para a cura desse maldito buraco era o sorriso da mamãe e o seu cheirinho tão peculiar de algodão, o cheiro tão amável de mãe.


E isso eu não poderia mais ter, nunca mais. Doía profundamente estar ciente de que não a veria em minha casa, ou que não teríamos os almoços em dia de domingo ou feriado em sua casa. Não a teria mais estragando os meus filhos e mimando-os indo contra as nossas regras.


Não teríamos mais momentos, nem mais sorrisos, nem abraços, nem palavras carinhosas, nem broncas, nem o seu amor irrevogável...


Ela partiu, e levou vários pedacinhos de nós com ela.


As palavras do médico fora certeira: Blanca Espinosa não estava mais entre nós.


Depois disto, tudo ficará muito vago. Lembro de gritos e choros. Lembro de Anahí me abraçando apertadamente aos prantos, e eu fiquei intacta... Apenas olhando para o médico que dava as últimas explicações para uma Claudia destruída emocionalmente.


Mamãe tivera um infarto do miocárdio. Ironicamente, apesar de fazer o check-up regulamente e ter uma vida regrada de dietas e medicamentos, uma de suas artérias coronárias estava obstruída o que impediu que o seu coração recebesse oxigenação adequada. Quando ela recebera a notícia do acidente de Nina, a emoção juntamente com a pressão foi demais para o seu pobre coração suportar.


O que a acompanhante dela achara ser um desmaio, era um infarto. Ela já chegara no hospital praticamente morta.


Morta!


O médico disse que fizera o possível para salvá-la. Eles sempre fazem, não é? Infelizmente, nada que fazem é o suficiente. Ela morreu e não teve a oportunidade de saber que a Nina tinha se salvado e estava parcialmente estável. Ela nunca irá saber.


Nunca. Uma pequena palavra com um efeito tão devastador.


Morta!


— Ei... — Escuto a Anahí me chamar, sua aparência está péssima, mas acredito que não estou diferente dela. Os seus olhos, nariz e bochechas estão extremamente avermelhados. As olheiras era bem evidente. — Você não quer ir para casa descansar? — Apenas balancei a cabeça em negativo. — Dulce, você está há três horas encarando essa parede, estou preocupada...


Eu estava há três horas sentada como um ser inanimado na recepção do hospital. Depois do anuncio do óbito de mamãe e da situação de Nina, as babás levaram os meninos para a casa de Karine e Blake. Já que Claudia estava um poço de nervos e atarefada em organizar o velório. Paola tinha sumido com a Lily... Apesar das duas já saberem das notícias. Tenho certeza que minha filha mais velha me odeia com maior intensidade depois de saber da morte da avó.


Restou apenas eu, e Anahí aqui no hospital.


— Eu estou bem aqui.


— Você precisa comer algo, e descansar. Será uma noite muito longa, Candy. — Anahí falou usando um tom carinhoso.


— Nina, ela vai precisar de mim.


— Não se preocupe com a Nina, não agora. Ela demorará acordar, ainda está sob efeito da anestesia. Eu cuido dela, ok? — Anahí pediu me encarando.


Apesar de ter sido um acidente feio, a Nina tinha se salvado. Infelizmente, quebrara duas costelas, uma fratura exposta na perna direita e o rompimento do baço. Ela precisou de cirurgia para a perna e a remoção do baço, mas segundo o médico, ela não corria mais risco de vida.


Eu não queria ir pra casa porque sabia que a partir do momento que eu me preparasse para o velório de mamãe, a minha ficha cairia completamente de que ela está morta. Uma parte de mim ainda não queria acreditar nessa cruel brincadeira da vida.


Senti a mão de Anahí passando lentamente em meu rosto, os nossos olhos se encontraram, e então, eu senti uma pressão forte no peito. Todo o meu corpo tremeu e imediatamente a Anahí me abraçou quando eu rompi em um pranto angustiado e alto.


— Morta! — Eu gritei, quase caindo da cadeira, mas sendo sustentada por minha esposa. — Ela está morta, Anahí! Mamãe não está mais aqui, ela... Oh meu Deus, ela se foi! — Solucei alto, enterrando o meu rosto na curva do pescoço dela.


O meu corpo sacudia na medida em que o meu pranto era alto e lamuriante. Eu não conseguia mais me controlar, era como se uma represa tivesse se rompido dentro de mim, arrastando as lágrimas pelos meus olhos. Eu não me importava com nada, não queria saber se tinha alguém olhando ou que a imprensa contida na porta do hospital pudesse flagrar o meu momento de puro desespero nos braços de minha esposa.


A única coisa que me importava era que eu nunca mais veria a minha mãe. A mulher que me trouxe à vida, que dedicou anos de sua vida para cuidar de mim e de minha irmã, que nos deu amor e aconchego.


— Nunca mais. — Solucei com a voz embolada, o nariz congestionado e um borrão nos olhos.


Eu esperei que Anahí me dissesse algo para eu gritar e soltar toda a minha frustração e dor em cima dela, mas ela ficou calada, apenas acalentando-me em seu abraço protetor. Não houve palavras de conforto que não confortava ninguém, não houve nada. Ela escutou o meu pranto calada.


Até que o pranto tornou-se silencioso e apenas lágrimas amargas deslizavam pela minha face. O calor de Anahí me reconfortava, trazia paz em meio a tanta dor. Aos poucos, a compreensão vinha em minha mente... Eu não tinha agradecido por minha filha ter se salvado de um acidente, e eu era muito grata por sua vida.


Quando as coisas ruins caem em seu colo como uma bomba, é um pouco difícil encontrar a gratidão e o otimismo por uma notícia boa. A Nina passaria uns maus bocados com a sua recuperação, mas estava viva e em nossas vidas. A Lily nos odiava, ok, formos umas mães displicentes depois que os trigêmeos cresceram, mas isso poderia ser mudado, tenho certeza que prestaríamos mais atenção em nossos filhos.


Esses problemas tinham soluções.


A morte, infelizmente não. E para ser bem sincera, eu não suportaria a perda de minha mãe e de minha filha. Eu não suportaria enterrar mais um filho, não depois dos gêmeos...


Minha mãe tinha partido para um caminho sem volta e isso era algo grande demais para processar. Sei que essa dor nunca será curada, principalmente quando a saudade – que já estou sentindo – bater furiosamente na porta.


Eu queria ao menos ter tido a oportunidade de lhe dizer adeus, reforçar que eu a amo mais do que tudo nessa vida e que ela sempre será a minha fonte de inspiração.


Só queria uma chance...


Fungando e mais calma, afastei-me delicadamente de Anahí que olhou com carinho. Nossa troca de olhar foi o suficiente. Eu tinha que ir, eu queria ficar para ver a Nina, mas tinha que me arrumar para o velório e ajudar a Claudia, não era justo que minha irmã tivesse que lidar com tudo sozinha, sei que tinha alguns detalhes que Claudia seria incapaz de resolvê-los, não por não ter capacidade, mas por estar sofrendo tanto quanto eu.


— Você vai? — Perguntei baixinho para Anahí, minha voz saindo grossa.


— Vou, mas preciso me certificar que a Nina estar realmente bem, apesar dos pesares, eu preciso vê-la com os meus próprios olhos. — Anahí respondeu com os olhos marejados, eu via a culpa refletindo neles.


— Você sabe que não é uma má mãe, não é? — Disse de repente. — Não somos más mães, Anahí. Não coloque isso em sua cabeça, Lily falou tudo aquilo no calor do momento, eu tenho certeza que ela não nos odeia.


— Eu... — Anahí fungou forte e balançou a cabeça em negativa. — Eu só preciso ser um pouco melhor para eles.


— Nós precisamos e faremos isso juntas. — Afirmei ainda a olhando.


Anahí sorriu suavemente e depositou um beijo carinhoso em minha testa.


— Se Nina acorda, diga que eu a amo muito e que logo estarei aqui para vê-la...


Com um balançado de cabeça, Anahí sentou-se ao meu lado. Eu levantei e depositei um beijo delicado em sua bochecha antes de partir. Optei pela saída da maternidade do hospital, assim não encontraria a imprensa.


Tobias já me esperava juntamente com dois seguranças. Um abriu a porta do Land Rover para que eu entrasse. Assim que eu sentei, e coloquei o cinto, escutei a voz do segurança-chefe soar:


— Eu sinto muito, Dulce. — Tobias disse, ele trabalhava para mim à muitos anos para nos prender a formalidades.


— Sente? — Perguntei ácida o olhando pelo retrovisor. — Você por acaso encontrou quem atropelou a minha filha?


O semblante de Tobias decaiu, e vir que ele apertava fortemente o volante.


— Infelizmente não, estamos fazendo de tudo e...


O interrompi.


— Então, você não sente muito. Deixe para sentir quando encontrar o responsável por toda essa desgraça ter acontecido! — Falei amarga. — Aliás, o que não deveria ser difícil, já que é a porra do seu trabalho, merda! Apenas o faça!


— Sim, senhora. — Tobias respondeu contido.


Sabíamos que não tinha sido um acidente, alguém tivera a intenção de machucar os meus filhos e os meus sobrinhos. A questão era que não sabíamos quem queria fazer isso, então, aumentamos a segurança, enquanto, esse louco (a) estivesse livre, não podíamos dar bobeira.


Não queríamos uma nova tragédia em nossa família.


Por um breve momento, lembrei-me do Adam que quase matou a Anahí e da Lydia que provocou a morte dos gêmeos ao atentar contra a vida de minha esposa.


Será que as nossas vidas estava envolta de psicopatas?


Fechei os olhos e sentir as pontadas em minha cabeça. Quando tudo isso iria acabar?



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 615



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  • tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29

    Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50

    Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)

  • andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51

    Olá!! Essa história tem uma primeira parte?

  • vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24

    Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!

  • raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46

    Amei a história de início ao fim.

  • raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10

    Sério o mulher fraca morreu rápido..

  • raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38

    Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02

    Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16

    A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho

  • maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39

    "Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk




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