Fanfics Brasil - Para siempre - Capítulo trinta e quatro. True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA.

Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.


Capítulo: Para siempre - Capítulo trinta e quatro.

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Por Autora...


 


O pequeno coração de Soraya estava ansioso e saudoso. Era a primeira vez que veria a Florence depois de semanas, e a loirinha sentia-se nas nuvens. Tanto que o mal humor presente no carro não a atingiu, Claudia resmungava algo sobre a estúpida reunião obrigatório com os pais, e Paola retrucava que sempre vinha sozinha, mas desta vez, a mais velha não iria escapar, até porque ela não era mãe das meninas, sozinha. Agatha estava perdida em seu próprio mundo, ouvindo música pelo fone de ouvido.


Quando Claudia estacionou, Soraya saltou do carro, correndo em direção do colégio, já que tinha visto o carro de Karine, a mais nova ignorou o chamado da mãe, ela só queria ver a Florence. Corria para dentro da escola, esbarrava em alguns, até que a viu... O rosto de Soraya iluminou-se, como se os anjos tivessem descido à terra e projetado toda a sua luz na pequena, porém, essa luz foi rapidamente apagada quando percebeu que tinha uma adulta falando coma Florence que parecia acuada, ao lado da adulta, estava Bárbara, a menina que tinha jorrando comentários racistas para a Florence, a loirinha apressou mais os passos pra alcançar as três.


—... Você entendeu o que eu disse, garota? — A adulta ralhava com a Florence que tinha os olhos marejados. — O seu lugar não é aqui, e sim em uma jaula!


— Opa! — Soraya gritou ofegante pela corrida, passando o braço ao redor do ombro de Florence e a puxando para si. Florence sentiu-se aliviada por ter a Soraya ali com ela.


A adulta, que era Andressa, mãe de Bárbara, olhou para a Soraya com asco, sabia muito bem que tinha sido ela que colou chiclete nos cabelos de sua filha e tinha ficado transtornada pela menina não ter sido expulsa, juntamente com a Florence.


Bárbara encolheu-se um pouco ao ver a Soraya, desde o dia, ela tinha medo da garota.


— Olha só quem chegou, a escória da humanidade. — Andressa soltou com o seu tom repugnante.


Soraya fez uma careta, mas encarou a mais velha. Se ela não tinha medo de suas mães, ia ter medo de uma dondoca? Jamais.


— Primeiro: Eu nem sei o que é escória. Segundo: A senhora não tem vergonha de estar se trocando com crianças? — Soraya retrucou para incredulidade de Andressa.


— Menina, você não abra a sua boca pra falar comigo dessa forma! — Andressa berrou. — Você e sua amiguinha aí, deveriam estar fora dessa escola, vocês são a desonra, a toxicidade para o nosso ambiente. Isso é uma vergonha!


Soraya sentiu a Florence soluçar contra seu ombro e isso a deixou com mais raiva.


— Se a senhora estar nesse ambiente já o torna tóxico com a sua ignorância e azedume. — Soraya respondeu com a língua sempre afiada. — Vergonha teria eu se a tivesse como mãe ou fosse parecida com você.


Andressa ficou vermelha com a petulância de uma criança de sete anos.


— Escuta aqui sua... — Andressa começou, mas foi interrompida por uma voz sarcástica.


— Sua o quê? — Paola perguntou, estava menos de um metro de distância delas e o seu sangue borbulhava, tinha assistido um pouco do ataque da mulher para a sua filha e a sua sobrinha. Andressa a olhou assustada. — Vamos, continue, estou interessadíssima pra saber o que tens pra dizer.


— Paola. — Andressa pigarreou, ela sentia-se intimidada com a presença da outra, mas jamais iria demonstrar isso. — Estava apenas conversando com a sua filha e dando-me conta de algo bem perceptível: Ela não tem educação, mas também né... — Olhou pra Paola com desdém. — Nascida em um berço corrompido, não era de se esperar menos.


Paola soltou a sua típica gargalhada, jogando um pouco os cabelos, como fazia sempre. Ela estava bem maquiada, os lábios pintados de carmim pareciam tão atraentemente perigosos. Ela olhou para trás, e viu a aglomeração de pais e alunos, alheios a elas. Os olhos esverdeados focalizaram a sua mulher, Claudia estava conversando algo com Karine, pareiam compenetradas uma na outra.


Então, Paola projetou os seus olhos esverdeados em Andressa e aproximou-se com o seu andar charmoso, sem se abalar com a outra, parou poucos centímetros de distância, os narizes quase se tocando, Andressa arregalou os olhos com a proximidade, mas não se afastou para não demonstrar fraqueza.


As crianças assistiam tudo, em silêncio.


— Você tem a língua muito grande e afiada, Andressa. Sabe o que eu faço com línguas assim? Corto-as e embalsamo-as, depois as coloco na prateleira como exibição. — Paola ameaçou baixinho. — Tenho certeza que a sua seria um belo complemento para a minha coleção, que pagar para ver? — Perguntou, olhando nos olhos de Andressa.


Andressa empalideceu à ponto de ficar esverdeada, Paola assistia as gotículas de suor pipocando na testada mulher.


— Eu... Não... — Andressa gaguejou.


— Ótimo. — Paola sorriu sadicamente. — Se eu imaginar que você ou a sua filha estar aterrorizando a minha filha ou a minha sobrinha, tenha certeza que não terei um pingo de piedade, aliás, eu não sou Jesus para isto...


Claro que Paola estava blefando sobre a criança, ela jamais faria algo com uma criança, só não diria o mesmo com a mãe da Bárbara.


— Paola? — Claudia chamou ao se aproximar e estranhar a proximidade de sua mulher com outra. — Algum problema?


— Oi meu bem. — Paola se afastou com um sorriso enorme. — Não está acontecendo nada, só estava tendo um papo cabeça com a Andressa Toledo. Você se lembra dela, não? — Perguntou ao segurar a mão de Claudia que fez uma careta.


— Hum, o sobrenome não é estranho... — Claudia murmurou com os olhos apertados, era claro que ela sabia de quem se tratava, mas queria ouvir da boca de Paola.


— A família que era dona da fábrica de sabão que faliu por negligência e hoje sobrevive por empréstimos com amigos para fingir que estão no topo, até porque para esse tipo de gente a aparência é tudo, hum? — Paola terminou piscando os olhos inocentemente.


Claudia sorriu levemente para uma Andressa que estava furiosa e uma Bárbara envergonhada. Elas não era de humilhar ninguém gratuitamente, mas Claudia conhecia muito bem a Paola para saber se ela estava intimidando alguém porque alguma agravante tinha acontecido.


—Ah, claro, lembro-me perfeitamente bem. — Claudia respondeu com um sorriso malvado.


— Vamos embora, Bárbara! — Andressa gritou, puxando o braço da filha, afastando-se delas.


— Vocês estão bem? — Paola perguntou olhando para meninas.


— Sim, tia, obrigada. — Florence agradeceu docemente.


— Oh, que linda. Por que você não pode ser assim, Soraya? — Claudia perguntou achando bonitinho o jeito tão educado da Florence.


— Porque a Florence vai ser a minha futura esposa, e só precisamos de um anjo em nossas vidas. — Soraya respondeu olhando com encantamento para a Florence.


Florence arregalou os olhos e abaixou a cabeça, escondendo-se mais no ombro ainda de Soraya, mas sem se soltar. Claudia e Paola se entreolharam, elas acharam tão fofo que acabaram sorrindo, talvez, fosse realidade... Talvez, a Soraya e Florence se casasse futuramente, elas iam amar em ter a Florence como nora, do jeito que era uma grande criança, seria uma grande mulher.


— Olha Anahí e Dulce! — Paola apontou. — Vamos falar com elas.


Claudia e Paola despediram-se das meninas, e foram de encontro com as outras.


Soraya continuou parada, apenas sentindo o corpinho de Florence no seu. Essa era a sensação de paz? Porque a loirinha estava quase explodindo disso, o cheirinho de Florence era primaveril e a Soraya deu-se conta de que essa seria a sua estação do ano mais preferida, largaria o inverno, porque nada se comparava a primavera, onde tudo florescia, assim como a Florence...


— Eu estava com saudade... — Florence contou baixinho, ainda sem coragem de encarar a mais nova.


— Eu também senti saudade, muitas. — Soraya revelou, dando um beijo carinhoso na testa de sua amada. — Como foram as suas férias?


Florence afastou-se com os olhos brilhando para a loirinha, então, com um sorriso genuíno começou a contar sobre as suas férias quando foi interrompida pela figura de um menino negro e sorridente.


— Flor, estava te procurando. — Tyrone disse feliz, mas endureceu um pouco ao ver o olhar fulminante da Soraya.


— Ela está ocupada agora, então, vaza. — Soraya berrou.


— Soraya! — Florence recriminou, afastando-se, não gostava quando a loirinha tratava as pessoas mal, injustamente. — Não fale assim com o Ty.


— Ty? — Soraya ferveu com o apelido, olhando pra os dois. — Vocês agora são amiguinhos?


— Sempre formos, Soraya. — Tyrone resmungou. — E depois das férias nos tornamos mais.


— Férias? — Soraya questionou olhando pra a Florence que estava sem jeito. — Você passou as férias com esse bilolão?


— Soraya! Não diga palavras feias. — Florence pediu baixinho, sentindo-se desconfortável e mal, não queria contar que passara as férias com o Tyrone porque sabia que a loirinha não reagiria bem.


— Isso não responde a minha pergunta! Vocês passaram as férias juntos? — Soraya voltou a perguntar, querendo morrer e com os olhos enchendo-se de lágrimas.


— Passamos, e daí? — Tyrone perguntou com marra que fez a Florence se chatear com ele.


— Eu pedi a mamãe Kah pra chamar o Tyrone pra ir para Disney com a gente e... — Florence começou a explicar, mas foi demais para a Soraya que afastou-se. — Soraya! — A maior gritou, sem sucesso.


Soraya correu para longe dali, com o coração apertado e lágrimas escorrendo. Ela passara semanas longe em uma droga de retiro que falava apenas de Jesus – nada contra Jesus, é claro –, enquanto, podia ter passado com a Florence na Disney, mas o Tyrone tinha tomado o seu lugar. Ele esteve com ela em semanas, brincando e compartilhando momentos, e Soraya não. Isso quebrava o coração da loirinha. Droga! Essa coisa que ela sentia no coração sufocante era um inferno!


Tyrone moveu-se desconfortável e Florence o lançou um olhar quebrável. Ela não queria ter chateado a Soraya...


**


Como relatado anteriormente, as coisas entre Agatha e Pierre estava fluindo, tanto que quando se viram, as mãos se encontraram e eles sorriram tenuamente, a Agatha queria ser dura com ele, mas o seu coração derretia-se ao ver o seu primo, não tinha para onde correr, ela queria a companhia dele, e teria. Eles se sentiram importantes andando de mãos dadas pelo colégio, sob olhares surpresos, eles sentiam-se nas nuvens com um simples toque de mãos.


Nina achou que ao chegar no colégio seria rotulada ou humilhada pelo seu estado, apesar de Lily que empurrava a sua cadeira de rodas dissesse que não. Mas ao adentrar ao colégio, a garota foi recebida com entusiasmo pelos seus colegas, o que a fez sorrir, ela continuava sendo amada, todo o drama que tinha se preparado psicologicamente pra acontecer, não ocorreu, talvez, ela realmente tivesse amigos de verdade.


Ryan ao invés de optar ficar com os seus coleguinhas, correu até a sua irmã ao vê-la entristecida sozinha no banco. Ele a abraçou de frente e colocou as mãozinhas no rosto da mesma, a encarando, ele não gostava daquele sentimento estranho que estava tendo ao ver a irmãzinha tão triste.


— Flor? Flor está bem? — Ele perguntou com o cenho franzido.


Florence encarou o irmão, esquecendo-se de sua tristeza por um momento e achando extremamente significante a preocupação do pequeno com si. Ela passou a mão nos cabelos aloirados dele e abraçou com carinho.


— Sim, está tudo bem, você estar aqui. — Ela o aninhou carinhosamente, sentindo paz.


Já longe dali, o Pietro andava meio que se escondendo para não encontrar as namoradinhas. Ele sabia que não deveria ter se envolvido com várias garotas ao mesmo tempo, mas uma parte de si, sentia-se orgulhoso por isso. Gostava da concepção de playboy, desde que suas mães não descobrissem. O que ele não sabia é que suas mães por estarem na escola, tinha ouvido no mínimo três garotas falando aleatoriamente com as amigas que era namorada do Pietro Portilla-Espinosa. Isso as deixou irritadas, principalmente a Dulce que jurava que iria arrancar a cabeça do filho quando tivesse oportunidade.


Claro que o Pietro não sabia que suas mães tinham descoberto suas artimanhas, principalmente quando duas garotas agarram-se na cantina do colégio por se afirmarem namoradas dele, foi preciso que alguns funcionários as se separassem. Infelizmente para o Pietro, a reunião dos pais ainda não tinha acontecido, e recebeu olhares julgadores de suas mães pelo pequeno circo que tornou-se em grande quando mais três garotas surgiram informando que também eram namoradas do Pietro.


Pelo olhar fuzilador das garotas e de suas mães, o garoto já sabia que estava em maus lençóis. E realmente estava, as reações de suas mães lhe deixava com mais medo do que as meninas em si.


— Pietro Portilla-Espinosa quando eu colocar as minhas mãos em você, nem Jesus Cristo o salva. — Avisou a Anahí entredentes ao passar por ele.


— Garoto, se você tem fé, é melhor começar a rezar agora. — Aterrorizou a Dulce com um sorriso sádico.


— Eu não queria estar em sua pele agora. — Paola debochou, dando um empurrão no sobrinho de leve.


Nessa altura do campeonato, o Pietro já suava frio, sempre soube das pregações de suas mães, dos ensinamentos. Não deveria iludir e envolver um coração quando não tinha pretensão de corresponder o sentimento, e ele tinha feito isso com seis garotas.


Droga, ele estava muito ferrado! Só não levou a bronca porque as suas mães foram para a reunião e ele levado para as palestras.


Inferno. Ele estava mesmo, deu-se conta disso quando viu as cinco meninas que ele iludiu se juntarem no final da quadra e o encarar com olhos assassinos...


**


Por Dulce...


 Então, que dizer que o Pietro estava se comportando como um cafajeste? Ah, não! Oh, não mesmo. Eu não criei o meu filho para se tornar um imprestável destruidor de coração. Se ele não tinha ética ou moral, era hora de ensiná-lo ter, e eu nem ia suar para isso.


Não acredito que logo ele, crescendo e vivendo no lar em que o sexo feminino predomina não tinha sensibilidade para com as garotas. Era frustrante demais. Onde foi que eu errei? Pietro era totalmente distinto de Pierre, também eu não esperava que a personalidade fossem iguais, mas eu esperava que tivesse um pingo de caráter. Não é errado ter um filho livre, mas era importante a maneira que ele tratava os outros, principalmente os seus interesses românticos, a sinceridade era a base de tudo, e se ele não queria a menina para um envolvimento profundo era fundamental que explicasse. Agora, as enrolar dessa maneira? Ah, não boy! Não diante dos meus olhos. E pelo olhar enviesado de Anahí, ela tinha o mesmo pensamento.


A minha manhã que já estava irritadiça não melhorou muito. Estar aqui já me deixa altamente estressada, ainda mais sabendo do comportamento vulgar do meu filho. Sra. Smith ministrou a reunião com o seu discurso extenso e retrógado, enquanto, eu revirava os olhos sempre que podia. Olhei pra minha esposa e rapidamente o pensamento sobre Pietro foi esquecido ao me lembrar que... Porra, ela tinha me prometido a bunda! Não seria a primeira vez que eu foderia o ânus de Anahí, mas sempre existia uma expectativa sobre isso, e sinceramente? Eu queria me afundar em seu botão, sem nenhuma margem de pudor.


Deus meu, eu sei que é até pecaminoso pensar em Ti enquanto imagens profanas invadem a minha mente, mas Tu sabe o tempo que eu estou sem sexo, e perdoe-me a ousadia, mas eu quero muito me enterrar em Anahí até que ela peça clemência. Sinto-me suja com os meus pensamentos, mas não me fazem parar, iria usar um dos dildos maiores que temos, eu realmente quero ouvi-la gritar.


Eu não sei que deu na cabeça de Anahí para fazer uma reconstrução de hímen, no início a ideia me pareceu estranha o suficiente, agora era totalmente atraente, eu queria tanto quebrar o seu novo hímen e fazê-la febril com as minhas estocadas... Ah, Anahí, se você soubesse como eu vou te comer gostoso, você já estaria revirando os olhos. Claro que sexo vaginal iria demorar um pouco, mas como o seu clitóris estava salvo da situação, eu tinha uma ideia. Não era apenas ela que sabia como esquentar a relação...


Na realidade, muitas coisas estavam passando em minha mente, principalmente, a Anahí vestida com roupa de dança do ventre, dançando pra mim e me seduzindo com os seus olhos. Eu não sei de onde saiu isso, mas porra, que imagem do caralho, fiquei molhada só de imaginar os seus quadris se requebrando, e ela vindo até em mim. Respirei fundo, queria era enterrar o braço nela de tanto tesão que estava.


Soltei uma risadinha baixinha, recebendo um olhar interrogador de quem estava próximo de mim, já que aparentemente o assunto não parecia divertido.


Geralmente essas atitudes despudoras são de Anahí, será que sua personalidade sadicamente safada estava sendo transferida pra mim?


— Desculpe-me interrompê-la, Sra. Smith. — Um dos pais falou, era o Suarez, uma das famílias mais prestigiadas da Espanha, depois da minha, é claro, a minha sempre estaria no topo. — Mas você fala em um ensino didático e respeitoso, mas como isso pode acontecer se os Espinosa estão entre nós? Não podemos esquecer dos Lively-Stone, que eu considero farinha do mesmo saco, eles não compreende o que é respeito!


Um grande reboliço aconteceu, mas entre nós mesmo, já que aparente os outros pais estavam contra nós.


— Mas que merda é essa? — Claudia quase berrou, irritada. — Somos os mais provedores desse colégio, sem contar que os filhos das Lively-Stone são maravilhosos. — Bufou ao perceber os nossos olhares. — Não que os nossos não sejam, mas o Ryan e Florence não merecem estar sendo sacrificados nessa pauta.


Karine e Blake lançaram um olhar agradecido para a Claudia.


— Então, com isso você assume que as suas filhas e os seus sobrinhos com exceção de Ryan e Florence são péssimos pra instituição? — Uma mulher falou dessa vez, era a América Alonso. Sim, o nome dela era de um País.


— Eu não disse isso. — Claudia retrucou.


— Foi como se tivesse dito. — Suarez retrucou de volta.


— Eu acho que os Espinosa são uma má influência para os nossos filhos. — Andressa Toledo falou ao se levantar, recebendo concordância dos outros pais. — A minha filha sofreu um ataque da desiquilibrada da Soraya Espinosa, a menina colou chiclete nos cabelos de Bárbara, minha filha.


— Se a sua filha teve chiclete colado em seus cabelos foi um mecanismo de defesa, já que a mesma lançou comentários racista para a Florence, minha filha. Algo como “cabelo de bombril” foi bem explicito. — Karine falou. — Vocês estão aqui julgando crianças por buscarem se defenderem quando o corpo docente são ausentes ao seus dramas, já que claramente a escola não se preocupa com o seu bem estar e questões.


— Irrelevante, Sra. Lively. — Sra. Smith cortou. — Somos sensíveis e prestativos para qualquer problema envolvido aos nossos alunos.


— Não me lembro disso quando a minha filha sofreu racismo e sua prima teve que defendê-la. — Blake falou seriamente. — O colégio deveria focar suas energias em promover o bem estar dos alunos, pregar a diversidade e desprender-se do tradicional. Os alunos precisam entender a concepção do respeito e igualdade.


Uma mulher riu, eu a reconheci rapidamente, era a Erica Diaz, uma socialite que adquiriu um ranço de mim quando me neguei a desenhar uma peça exclusiva para ela.


— Vocês pregam a “diversidade” porque são um bando de casais homossexuais que querem nos fazer engolir e aceitar o que vocês tem é considerado “família” quando não passa de uma aberração! — Erica acusou, nos olhando.


Todos os olhares voltaram-se para nós, claro que não éramos os únicos casais homoafetivos no recinto, mas nós que tínhamos mais força pela questão socioeconômica, era muito triste saber que muitas vozes era calados por não ter o poder aquisitivo, infelizmente, o dinheiro movia o mundo.


O meu sangue estava gelado na hora, e tenho certeza pelo olhar de minha esposa, minha irmãs, cunhada e amigas, elas estavam sentindo o mesmo que eu.


— Nossa orientação sexual não tem nada a ver com a nossa percepção de um mundo melhor. — Anahí levantou-se ao falar, suas bochechas estavam vermelhas e eu sabia que ela estava se segurando para não soltar um “teu cu!”. — Queremos um mundo melhor independente de sexo, etnia, cor, religião e crença, se fossemos heterossexuais, ainda iriamos querer esse mundo, porque o respeito é a base de tudo, ignorância é achar que a liberdade de expressão, o direito de ir e vir estar baseado em sua sexualidade. Isso não existe! Devemos respeitar o próximo, não importa o que ele seja, só precisamos respeitar, será que isso é muito difícil para entendimento? — Ela olhou para cada um.


Orgulho, era isso que eu sentia por minha esposa.


— Lindo discurso, mas isso não quebra o ataque que a minha filha sofreu. — Andressa voltou a falar.


— Sua filha não sofreu um ataque, Andressa, ela sofreu um repúdio pelas palavras racistas e ofensivas que soltou. — Claudia falou ao se levantar também. — Se ela tivesse tido um exemplo de respeito dentro de casa ou até mesmo do colégio, isso não tinha acontecido. Mas parece que você e tanto a escola estão presa em um ensinamento arcaico em que a cor da pele e sexualidade tem mais significância do que o caráter.


— Está insinuando que a instituição não reconhece a diversidade, Sra. Espinosa? — Sra. Smith ergueu-se da cadeira, aparentemente indignada.


— Não reconhece. — Claudia afirmou, deixando a diretora avermelhada.


— Não reconhece mesmo. — Paola reforçou as palavras da esposa. — E é tão triste, a intuição tem um excelente ensino, mas não são humanizados, falta empatia do corpo docente, falta entendimento, e não falo apenas na questão sexual, mas corporal também, porque imagino quantas meninas ou meninos são taxados todos os dias por não fazerem parte do padrão e o colégio estar simplesmente nem aí pra eles.


— Não somos displicentes, Sra. Martins. — Sra. Smith fez questão de usar por saber que a Paola não gostava do seu sobrenome de solteira. O resto do corpo docente se mantinha quietos e calados. — Não temos culpa que suas divergências sejam maiores do que nossa preocupação acadêmica, essa intuição funciona para tornar os nossos alunos futuros profissionais, se nossa metodologia não estar lhe satisfazendo procure outro colégio ou psicólogos.


— O quê? — Karine exclamou. — Um colégio deveria ser uma das bases que sustentam os nossos filhos, eles deviam ter apoio aqui.


— Se os seus filhos não encontram apoio em casa, é ridículo achar que terá no colégio, não temos como dar conta de todos. — Sra. Smith resmungou.


— E levando em conta que apenas os filhos de vocês são problemáticos, não precisamos nos preocupar com os nossos, eles são normais. — Diaz falou.


— Qual é a concepção de normal para vocês? — Paola esbravejou. — Por muitas vezes os filhos de vocês sofrem calados porque vocês não são capazes de identificar as angustias deles e o colégio estar despreparados para isso!


— Papo de lésbica, mais uma vez. — Outra mãe, Sra. Alonso soltou.


— O problema de vocês é achar que tudo se resume a sexualidade, mas não é isso. — Anahí exclamou exasperada pra ser ignorada. — Vocês precisam parar de achar que a casa é a base de tudo, se nós criamos uma concepção para os nosso filhos, é muito difícil manter quando eles chegam em um ambiente tóxico que é o colégio, eles precisam se sentir acolhidos, o colégio deve se manter unida com a família.


— Se vocês não conseguem manter os seus próprios ensinamentos aos seus filhos, imagina o colégio. — Andressa falou com descaso. — Eu tenho consciência do ensinamento que dou a minha filha.


— Ensinamento preconceituoso e racista. — Blake acusou.


Um bate-boca começou, todos falavam ao mesmo tempo, principalmente a diretora que mantinha o seu pensamento antiquado, egoísta e preconceituoso. Ela não queria saber do bem estar dos alunos, só queria manter a aparência do colégio, porque infelizmente, a aparência era tudo.


O colégio era ótimo em questão de ensinamento, mas não de humanização. A diretora e o corpo docente tratava os alunos como carnes em abatedoras, por isso que eu me levantei e pigarrei alto, quando não tive resposta, bati palmas fortemente, fazendo as palmas de minhas mãos doerem, mas isso chamou atenção de todos.


Eu estava de pé e serena.


— Depois dessa reunião, obviamente que o corpo docente, inclusivamente a diretora não estão preparados para lidar com os alunos. — Falei, Sra. Smith tentou falar algo, mas fui mais rápida. — Sempre acreditei que o colégio e a família devem trabalhar em conjunto, algo que não acontece, por isto, que tomei uma decisão.


— E quem é você pra tomar a decisão de algo? — Sr. Suarez perguntou, ofensivo.


— Sou a dona da instituição. — Ergui a sobrancelha, sim, até a Anahí me olhou em surpresa. — Fiz a compra do colégio um tempo atrás, e quer saber? Não me arrependo, depois de ver essas opiniões tóxicas e preconceituosas, tenho certeza que a metodologia deve mudar, começando com o corpo docente que obviamente não estar funcionando.


— O quê? — Sra. Smith empalideceu. — A senhora é a nova dona do colégio? Podemos conversar e chegar a um consenso comum...


A interrompi, a olhando duro.


— Eu não quero nenhuma conversa com você, quando claramente você não estar disposta as mudanças, eu quero revolução, uma metodologia futurística, algo que você não estar nem aí — Apontei para o corpo docente que estavam agitados — para oferecer aos nossos filhos. Como a nova dona, vou mudar tudo, quero um ambiente e agradável para os meus filhos e aos seus filhos, com exceção aqueles que seguem a doutrina da Sra. Smith, lembrando-que, o que sofrem são os seus filhos e não vocês, mas se vocês acham que os seus julgamentos são maiores do que o bem estar dos seus filhos, podem o mudar de colégio ou que siga o mesmo caminho da Sra. Smith que está demitida.


— O quê? — Sra. Smith esbugalhou os olhos. — Eu não posso ser demitida, eu sou tudo nessa instituição.


— Você é apenas a imagem da intolerância, e eu não quero isso para a nova era desse colégio. — Falei energética, olhando cada pais que estavam com os olhos arregalados. — O novo tempo chegou, vocês querem ser salvos ou condenados?


Depois disso houve uma grande confusão, muitos falavam de uma vez, Anahí me olhava surpresa ainda, mas eu via a satisfação em seus olhos. Claudia e Paola pareciam em um parque de diversão, eu não era egoísta, se tinha arremetido o colégio, significava que elas também eram donas, juntamente com Karine e Blake. São minha família, e família a gente não abandona.


Ñão minto que sinto satisfação, principalmente da Sra. Smith e alguns do corpo docentes imploraram pelos seus empregos, eles não eram suficientes, não entendiam os adolescentes e os seus medos e suas ânsias, eu não queria uma equipe assim, eu já tinha uma equipe completa e consciência que entenderiam os meninos e ainda os ajudariam.


Adentrei ao antigo escritório da Sra. Smith, e antes que eu pudesse me virar, Anahí entrou no ambiente e jogou-se em cima de mim, beijando-me, nesse momento, eu sabia que tinha acertado não apenas com os meus filhos, sobrinhos e outros alunos, mas como também tinha acertado com a minha esposa.


Enquanto, o mundo parecia explodir por detrás da porta da diretoria, nos beijamos como se nada fosse capaz o suficiente de prender e roubar nossas atenções...


 




Quem é vivo aparece... Vocês ainda estão aí?



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 615



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  • tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29

    Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50

    Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)

  • andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51

    Olá!! Essa história tem uma primeira parte?

  • vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24

    Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!

  • raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46

    Amei a história de início ao fim.

  • raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10

    Sério o mulher fraca morreu rápido..

  • raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38

    Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02

    Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16

    A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho

  • maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39

    "Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk


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