Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.
POV AUTORA
Nove anos depois...
O tempo correu, parecia que era ontem que tínhamos as crianças encapetadas, principalmente Soraya, e as mães nada tradicional. Aliás, nada que é tradicional presta. Poucas coisas mudaram, além de que as crianças cresceram e agora eram quase jovens.
Os trigêmeos tinha ingressado na faculdade... Lily optou pela universidade de música, já que ela cantava muito bem e sentia que tinha nascido para isso... Para os palcos. Foi aceita em diversas universidades, mas optou pelo Berklee College Of Music. As mães não se opuseram ao sonho da filha, sabia que Lily tinha talento, e jamais destruiria o sonho de seus filhos por egocentrismo. Se ela sentia feliz e encontrava-se na música, iriam apoiá-la sem julgamentos.
Lily não seria a única artista da família, já que Nina tinha optado por artes cênicas na Universidade do Sul da Califórnia. Parecia que o sangue artístico corria nas veias dos Espinosa, já que se fosse olhar direitinho, Paola e Claudia eram atrizes, tinham potencial. Talvez, os sobrinhos tenha herdado isso delas...
Já o Pietro não quis seguir nenhum passo artístico, tinha sido admitido na Massachusetts Institute of Technology (MIT) no curso de economia. Ele tinha ganas, pensava alto... Queria um dia, chegar ao ministério da economia do País. Quem saber não conseguisse? Era inteligente e isso era inegável. Aliás, todos os Espinosa eram abençoados por uma inteligência acima da média. Além de se tornarem jovens bonitos e atraentes.
Eram cobiçados. Todos, sem exceção. Até mesmo os Lively-Stone que nessa altura do campeonato, a população também achava que eram Espinosa por serem tão unidos. Tanto Portinon, como Claola e Blaine fizeram lindos filhos. E elas sentiam tão felizes e satisfeitas que o orgulho não cabiam em si.
Os trigêmeos partiram para universidade solteiros, apesar que tiveram alguns namoricos. Nada sério, apenas aborrecimentos. Eles optaram por isso. Queriam aproveitar tudo que as fraternidades e a universidade poderia proporcionar. Isso deixavam as suas mães preocupadas, mas elas sabiam que não podiam controlar os filhos, os aconselhavam e pediam constantemente que tivesse juízo e que estavam abertas para qualquer tipo de diálogo, não importasse o que fosse.
Era uma boa dinâmica entre eles.
E assim passaram meses sem que elas soubessem de qualquer problema entre eles. Era uma pena que os irmãos não estivessem juntos na universidade para cuidar um do outro, mas parecia que eles sabiam se cuidar muito bem, sem interferência de segundos.
Nesse ano, mais dois iriam para a universidade... Agatha, Florence e Pierre.
Agatha tinha sido admitida em Harvard, faria o tão sonhado curso de medicina. Não tinha titubeado em nenhum momento. Bem, dizer isso seria uma mentira, já que pensou um pouco sobre o seu relacionamento com Pierre... Sim. Eles estavam juntos, depois de idas e voltas. Ela já tinha namorado com três caras após os términos com o Pierre. E ele tinha namorado apenas com uma garota... Nada sério, até porque eles sempre voltavam.
Estavam predestinados.
Então, quando foi admitida, eles tinham retornado recentemente e tiveram uma das conversas mais sinceras do relacionamento. Já que sempre usaram a sinceridade e honestidade para tudo. O Pierre a aconselhou e incentivou a sua ida para Harvard... Aliás, era Harvard! Eles iriam sobreviver, já que estavam desde a infância com o envolvimento, o que era pra ser, seria, mesmo com a intervenção do tempo.
Naquele momento, Agatha soube que não tinha encontrado uma pareia melhor.
Apesar de ter sido admitido, o Pierre entraria apenas no próximo semestre que resultou mais tempo na Espanha, perto de suas mães. Despedir-se de sua namorada não foi fácil, já que sempre estevem juntos, mas... Sabia que se veriam em poucos meses e isso acalentava os corações apaixonados.
Claudia e Paola sentiram muito a falta de Agatha a partir do momento em que ela passou pela porta em busca do seu futuro. Elas queriam voltar no tempo e manter a sua primogênita debaixo de suas asas, mas sabiam que não tinham poder para isso... Ao menos, tinha ficado a Soraya, que continuava com o seu gênio de cão, que era apaziguado com a presença de Florence.
Sim, elas estavam juntas... Era algo que iria acontecer cedo ou tarde, elas eram muito apaixonadas para deixar um sentimento tão forte passar. Florence era a luz na vida de Soraya, era o ponto de equilíbrio, e as duas faziam um bom par, apesar de serem adolescentes, elas tinham a consciência e o desejo de estarem juntas para sempre.
Apesar que ás vezes, a Soraya atingia o limite em ser presa por pichar algum prédio ou depredar uma viatura, e ás vezes, por desacato a autoridade já que era militante e sempre estava em protesto a favor das classes menos favorecidas. O advogado já conhecia muito bem o caminho da delegacia para liberar a adolescente que fazia questão de lutar contra o sistema opressor do governo. Enquanto, tivesse força e voz, lutaria por aqueles que eram calados por aqueles que achavam que ter poder era o sinônimo de escravizar a população em seus ideias deturpados.
Apesar de ser multimilionária, Soraya sempre se envolvia em causas sócias, ajudava e lutava pelos direitos dos menos favorecidos. Ao lado de sua namorada, Florence. As duas faziam uma pareia em tanto. Se completavam em todos os requisitos e ninguém poderia dizer que era mentira.
Blaine estava feliz por ter a Soraya como nora, apesar da garota ser um pouco problemática, mas via como fazia muito bem a Florence e tudo que elas queriam era alguém que tratasse a Florence como uma rainha, e isso Soraya fazia muito bem. Claola também se sentia feliz, aliás, a Florence era a única a colocar um pouco de juízo em sua filha e mostra-lhe o caminho de bem.
Soraya e Ryan era os únicos que ainda não tinham preocupação com faculdade, já que ainda estavam no ensino médio. Mas estudavam do mesmo jeito, eles já sabiam que curso iriam cursar, queriam dar orgulhoso as suas mães, assim como os seus irmãos.
O casamento de Blaine, Claola e Portinon continuava maravilhosamente bem. Com as loucuras de sempre, mas sempre unidas. Estavam envelhecendo, e sentiam-se felizes pela vida proporcionar isso... O envelhecimento com os seus filhos e a pessoa amada ao lado. Pra que querer algo melhor?
Estavam com saúde e bem, e o futuro era só felicidade...
(...)
Anahí estava debulhando-se em lágrimas, sendo consolada por Dulce e Pierre que a abraçavam. Já tinha sido muito difícil para ela a partida dos trigêmeos para a universidade, mas o que consolou o seu coração foi o Pierre ter ficado, mas agora, ele estava indo embora! Embora! Ela não queria dar adeus para o seu filho mais novo, como também não quis dar para os filhos mais velhos, mas sabia que fazia parte da vida, eles precisavam voar, mas isso não significava que era fácil.
— Anahí, vamos lá... Deixe o menino ir. — Dulce pediu carinhosamente, depois de depositar um beijo na cabeça de sua esposa e se afastar para que ela pudesse se despedir do Pierre.
A loira fungou fortemente com o rosto enterrado no pescoço do filho, sentindo o seu cheirinho. Uns poucos metros, estava a Agatha que esperava pacientemente o namorado, sabia que sua tia-sogra era dura na queda, por tanto, não ousava se intrometer. Ela só estava ali para acompanhar o Pierre, já que fazia um par de meses que cursava medicina em Harvard, infelizmente, era bem distante de onde o Pierre estudaria, mas eles tinham maturidade e amor de sobra para esperar um ao outro.
— Porque vocês tem que sempre correr para os Estados Unidos? — Anahí se queixou com os olhos inchados e o nariz escorrendo, afastou-se do seu filho que estava bem maior que ela, quando foi que ele cresceu?
— Mamãe... Você sabe que o Instituto de tecnologia Stevens é o que sempre almejei para mim. — Pierre falou com um meio sorriso, limpando as lágrimas da mãe. — Serão apenas alguns anos, depois eu estarei aqui, com você e a mãe novamente.
— Oh, meu amor... Depois que os filhos vão, nunca voltam para nós. — Anahí suspirou, acariciando o rosto do seu menino.
— Eu nunca vou abandonar vocês. — Pierre disse olhando de Anahí para a Dulce. — Eu vou, mas volto. Vocês são o meu tudo. — Terminou de falar, puxando a Dulce novamente para um abraço coletivo.
De longe, Agatha revirava os olhos para todo aquele sentimentalismo, quando despediu-se de suas mães para a faculdade, não teve nenhum chororó, apesar de Soraya revelar para a Agatha uns dias depois, que Claudia e Paola ficaram uma semana aos prantos pela casa. A mais velha sabia que era amada pelas suas mães e isso a deixava muito bem.
Anahí permitiu que o seu menino fosse em busca do seu futuro, abraçada a sua mulher, observou o seu pequeno – porque sim, sempre seria pequeno para ela – embarcar no jatinho particular juntamente com Agatha que acenou suavemente para as tias. O tempo todo, Dulce acariciava os cabelos de sua amada.
— E agora, Candy? O que faremos? — Anahí perguntou, olhando para a sua esposa, ainda com os olhos chorosos.
Dulce sorriu docemente para a sua esposa, sabia que muitos casais achavam que a vida tinha acabado quando os filhos partiam para a faculdade, porque querendo ou não, existia o vazio dentro deles... Não tinham mais os filhos para criar, estavam tão acostumados a serem pais/mães que era difícil voltar para a sua individualidade.
— Agora, Narrí, meu amor, minha vida... Vamos aproveitar cada segundo de nossa vida. Apenas eu e você. — Dulce murmurou, afastando uma mecha dos cabelos de Anahí e colocando atrás da orelha. — Pronta pra conhecer o mundo?
Pela primeira vez naquela manhã, Anahí sorriu radiante.
— Com você ao meu lado, eu estou pronta para tudo!
(...)
Florence saia da faculdade quando viu uma figura muito bem conhecida no estacionado com um cigarro entre os dedos, encostada em uma moto. O seu coração falhou um pouquinho ao vê-la. Ás vezes, esquecia de como a Soraya tinha se transformado com o passar dos anos e transformou-se em uma bela garota – mais bela ainda.
O tempo poderia passar, mas ela amaria aquela garota com todas as suas forças. Sentia-se até com os joelhos fracos em observar a Soraya que agora mirava os seus olhos claros para ela, exibindo um sorriso debochado nos lábios pintados em um batom vinho. Os cabelos que agora estavam descoloridos em uma pintura roxa tornava-a ainda mais exoticamente bela. Apesar de exibir a maquiagem pesada, tanto nos olhos como na boca, Soraya tinha harmonizado bem as cores e em sua pele tornava ainda mais atrativa.
A negra sentiu-se enciumada, mas rapidamente relaxou ao se dar conta que aquela garota à poucos metros a sua frente era sua, apenas sua e de mais ninguém.
— Uau, quem é aquela garota? — Uma colega qualquer de sala perguntou para Florence.
Florence virou o pescoço para olhar para a sua colega de sala, exibiu um lindo sorriso, digno de uma miss universo, então, pronunciou com orgulho:
— É a minha garota!
Sem mais delongas e deixando a sua colega e os outros que estavam próximos dela de bocas abertas, Florence caminhou com um sorriso aberto para a sua amada. Nos olhos de Soraya, a sua namorada andava em câmera lenta, os seus sentidos pareciam focar a mais velha em pequenos closes, e em cada uma, a Florence saia mais maravilhosa com os seus cabelos cheios e cacheados balançando no ar, a mais nova suspirou apaixonadamente, porque para ela, a visão de Florence indo ao seu encontro era o mesmo que a porta do paraíso sendo aberta.
Soraya se casaria com a Florence e isso nem era promessa, era um fato. Um amor como os delas, proveniente da infância era eterno, e como seria doce os seus dias ao lado daquela garota.
— Minha salvação. — Soraya murmurou ao tomar a Florence em seus braços e beijá-la saudosa.
— Minha perdição. — Florence suspirou contra os lábios da amada, após um beijo que fazia tremer mais ainda e virar uma gelatina. — Que saudades de você... — Agarrou-se mais ainda na mais nova, e buscou os lábios tão bem marcados em um beijo apaixonado.
Soraya mergulhou-se nos lábios carnudos de Florence, era impressionante com a mais velha sempre lhe era atrativa, ela descobria, redescobria e se apaixonava ainda mais por Florence... Era impossível se conter, elas se queriam tanto que as horas que passavam distante por conta dos estudos doíam até em seus ossos, elas se amavam sem nenhuma medida.
Um beijo levou à outros, porque elas não conseguiam controlar...
Quando deram-se por satisfeitas e os lábios formigavam que encerraram as sessões beijos. Nem se importaram com os telespectadores, muitos ali sentiam inveja de uma das duas, outros admiravam o casal tão belo que elas faziam.
— Hum... Eu amo ser recebida e estar com você assim... — Soraya passou os dedos pelos cachos negros de sua namorada. — Mas temos almoço com suas mães, lembra?
— Ah... — Florence quase gemeu porque os beijos com Soraya a esquentaram tanto que ela queria qualquer lugar com uma cama e longe de tudo e de todos com a sua amada, e não estar presente com suas mães. — Okay... Vamos lá!
Soraya sorriu, ela sentia o leve estresse que arrepiava a pele de Florence, sabia que a negra não queria ir para casa de suas mães, ela também não queria, mas adorava as suas sogras e não faria desfeita. Depois de roubar mais um beijo dos lábios carnudos que estavam parcialmente borrados de batom vinho, ela ofereceu o capacete para Florence que aceitou prontamente.
De acordo com a lei, Soraya não tinha idade para dirigir. Mas ela era uma Espinosa, e foda-se a lei. Pensou ironicamente ao pegar o seu próprio capacete e colocá-lo na cabeça...
(...)
Lily estava cansada, tinha enfrentado quase seis horas de voo para socorrer a Nina que estava histérica ao telefone. A sua irmã não disse nada, apenas gritou, chorou e disse que precisava da presença da outra em seu apartamento. Ao seu lado, estava o Pietro que tinha sido requisitado pela mais velha, por questão de segurança, Lily disse para ela, mas a verdade é que tinha medo de chegar lá e deparar com algo assustador.
— Eu espero que ela esteja bem, Ly. Você nem imagina o quanto estou atarefado, tenho no mínimo cinco trabalhos para entregar. — Pietro resmungou, já andando no corredor do apartamento de Nina.
Ambos puxavam as suas malas de rodas com algumas roupas, por precaução.
— Não fale como se fosse o único atarefado, eu tenho trabalhos também! — Lily revirou os olhos. — Mas eu senti que ela precisa de nós, foi algo assustadoramente forte.
Pietro não disse nada, mas ele também sentiu, era algo intenso e desconfortável dentro do peito. Às vezes, eles se esqueciam que tinha essa ligação, mas sempre sentiam um o sentimento do outro, apesar de não poder distinguir.
Pararam em frente ao apartamento de sua irmã no condomínio de luxo. Nenhum dos três preocupava-se com nada além do estudo, já que os apartamentos e as dispersas as mães bancavam. Eles não precisavam suar à mais como os outros alunos para ter tudo. Lily esticou o braço para tocar a campainha com o seu indicador, o porteiro tinha liberado a passagem deles mediante autorização de Nina, apesar que os dois fossem a cara da outra, ele jamais deixaria ninguém passar sem autorização dos moradores, ele prezava o seu trabalho.
Um segundo depois a porta foi aberta por uma Nina com os olhos arregalados, apenas isso, já que ela estava perfeitamente vestida, maquiada e penteada. Parecia quase a rainha da Inglaterra em um compromisso qualquer. Parecia bem demais.
— Tá, você me fez vir de Boston para Los Angeles para isto? — Pietro apontou para a irmã perfeitamente bem. Ele olhava para a Lily carrancudo.
Lily analisou a irmã por alguns segundos, apesar de toda beleza exibida tinha alguma coisa errada... E foi as pupilas meio dilatadas de Nina que a denunciou, apesar que Nina se manteve calada, o que era no mínimo estranho demais.
— Nina, o que te passa? — Lily perguntou dura, ignorando o irmão que continuava a falar e encarava apenas a sua irmã.
Nina olhou de Lily para o Pietro com os olhos ainda esbugalhados, e os puxou para dentro, parecia ansiosa e um tanto aflita, rapidamente o cheiro de peróxido de hidrogênio vulgo água sanitária foi percebido, era impossível ignorar aquilo, como se todo o apartamento tivesse sido banhado em água sanitária, tanto os olhos como os narizes queimavam.
— Mas que porra é essa? Tem uma fabricação de água sanitária aqui? — Pietro questionou a limpar os olhos das lágrimas involuntárias pela ardência do ambiente, ele soltou a mala no meio da sala.
— Nina, você nos chamou para isso? Pra ver o quanto seu apartamento está sadicamente e abusadamente limpo? Porque estamos sentindo daqui. — Fungou, esfregando o braço coberto com o caso no nariz.
— Não é isso. — Nina falou agitada, olhada para os todos os lados, esfregando as suas mãos, aparentemente muito nervosa.
— Ei! — Lily voltou a se pronunciar, segurando as mãos nervosas de sua irmã, fixando o olhar na mesma. Achava que o contato visual acalmaria a mais nova. — O que foi? Conte para nós, sabe que somos de confiança, hum?
Nina olhou de Lily para Pietro, era como tivesse se olhando no espelho, com exceção maior do Pietro. Mas quando olhava para Lily era como se o seu reflexo estivesse exposto, mas obviamente ela era mais linda do que sua irmã mais velha.
— Não se assuste. — Nina disse por fim. — Me sigam.
Os gêmeos seguiram a irmã do meio, apesar de terem a mesma idade, por serem trigêmeos, eles sempre se gabavam quem tinha nascido primeiro para ser classificado com o mais velho, ou quem nasceu depois para ser o do meio, e por fim, o último para ser o caçula.
Pietro amava ser o caçula das duas, mesmo por uns segundos;
— Eu tentei... Tentei fazer de tudo para ocultar, mas sozinha, eu não consigo. — Nina falou rapidamente, nervosa. — Preciso de ajuda e álibi também, e vocês vão me ajudar nisso, certo?
A luz da sala estava apagada, apesar do que a do hall estava acessa, mas não dava para iluminar a sala, por tanto, depois que passaram do hall, tudo era um breu. Pietro e Lily já estava suando.
Ocultar? Álibi?
— Nina, você está falando de ocultação de cadáver? — Lily perguntou quase com terror, murmurando baixinho, sentindo o suor escorrer pela sua testa.
— Shh, falem baixo, as paredes podem ter ouvidos. — Nina repreendeu.
— Eu tenho um futuro brilhante para frente, eu serei economista, Nina! — Pietro surtou. — Estar tudo acabado... Eu to passando mal... Eu acho que vou desmaiar.
— Você não vai desmaiar nada, Pietro. — Lily resmungou. — Aguente firme, seja o que tenha acontecido, nós vamos dar um jeito, podemos sim arranjar um álibi, só precisamos pensar e...
Nina acendeu o interromper.
— Surpresa! — Vozes ecoaram na sala, em seguida de risadas, o ambiente estava bem decorado com balões, mesas com bebidas e petiscos à vontade.
Tinha um total de trinta pessoas, alguns amigos em comum, outros amigos apenas de Nina, alguém ligou o som e a música invadiu o recinto, enquanto, Lily e Pietro mantinham as expressões chocadas.
O semblante de Nina que antes era perturbado, mudou completamente, e ela ria ao receber um drinque de um rapaz que ela agradeceu com um beijo na boca.
— Você pode nos explicar isso? — Lily perguntou irritada. — Que palhaçada é essa?
Pietro ainda estava em choque.
— Bem, fazem meses que não nos víamos e eu estava com saudades. — Nina explicou, séria. — Vocês só vivem para a universidade.
— Porque estamos batalhando pelo o nosso futuro? — Pietro retrucou, voltando a si e visualmente irritado.
— O nosso futuro já está garantido, Pietro, antes mesmo de nascermos, já éramos milionários. — Nina revirou os olhos. — Não precisamos nos matar para isso.
— Nossas mães que são milionárias, Nina e não a gente. — Lily retrucou.
— O que são delas, é nosso também. — Nina deu de ombros.
— Mas isso não nos impede de sentirmos orgulhosos com as nossas conquistas. Eu quero ter o meu próprio patrimônio, eu quero crescer independente de carregar o sobrenome Espinosa, não queremos ser sombras, você entende isso? — Pietro perguntou, olhando fixamente para a Nina. — Eu acho que não, se não, não teria feito tudo isso, interrompido os nossos estudos para uma festinha e aliás, qual foi o lance de fingir que tinha matado alguém?
— Eu não chamei vocês aqui apenas para uma festinha, Pietro, eu chamei porque realmente estava com saudades e sim, eu entendo o ponto de vista de vocês, eu também quero crescer, mas se o meu crescimento significa me afastar da minha família, de quem eu amo, eu prefiro ser a sombra das mamães. — Nina respirou fundo, olhando de um para o outro. — E sobre a brincadeira, eu queria testar o meu potencial teatral com vocês, que dizer, se eu conseguisse interpretar e enganar os meus próprios irmãos, Hollywood ficará aos meus pés. Mas, desculpe-me por querer um tempo com os meus irmãos que eu amo tanto, sintam-se livres para irem embora, vocês não são obrigados a ficarem aqui com uma pessoa que claramente, vocês não fazem questão. — Fungou, lançou um olhar magoado para os dois e se afastou, indo para outra extremidade da sala.
Pietro e Lily se entreolharam. Nina tinha conseguido deixá-los com o peso da culpa. Realmente, nos últimos meses, eles não estavam focados na família. Apesar de todos os dias, a Anahí e Dulce ligarem para eles.
— Você sabe que ela tem um pingo de razão, mas que também ela usou uma boa quantidade de manipulação, não é? — Lily perguntou para o irmão.
— Nina sendo Nina e isso não surpreende ninguém. — Pietro suspirou, olhando as pessoas na sala, até que um rapaz chamou a sua atenção. Ele sorriu para o mesmo que retribuiu ao erguer um copo de bebida em sua direção. — Mas bom, já que estamos aqui, vamos aproveitar! Tempo já perdemos mesmo.
Lily assistiu o seu irmão deixar a mala no canto da sala e ir na direção do rapaz, apertou os olhos, por isso o interesse de Pietro em ficar. Vencida, ela suspirou e foi pegar uma bebida. De longe, Nina sorria satisfeita, os seus irmãos iriam ficar...
Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 615
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tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29
Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!
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flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50
Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)
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andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51
Olá!! Essa história tem uma primeira parte?
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vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24
Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!
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raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46
Amei a história de início ao fim.
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raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10
Sério o mulher fraca morreu rápido..
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raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38
Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso
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maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02
Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais
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maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16
A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho
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maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39
"Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk