Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.
POV. DULCE
— Mamãe. Aconteceu o que você queria, não? Irei me casar com Anahí. — Falei, escorada na poltrona da minha sala, olhando para a passagem em minha frente. — Iríamos contar, mas a revista de fofoca foi mais rápida. — Fiz uma careta. Estava com um exemplar na mão. Como eu disse, a imprensa era cães farejadores.
— Quando decidiriam isso? — Mamãe perguntou com a voz feliz. — Até no domingo estavam apenas como amigas e ela comprometida com aquele rapaz.
— Foi tudo muito rápido, mamãe. Anahí terminou o relacionamento e quando vi, estava a pedindo em casamento. — Não me aprofundei no assunto até porque não tinha porque fazer isso. — Ela aceitou de primeira, é muito minha amiga e pensou em meu bem-estar.
— O meu coração se explode de alegria. Tenho certeza que o seu pai, que descanse em paz, deve está pulando de felicidade. O nosso plano está dando certo! Muito certo, diria pelo beijo... — Mamãe deu uma risadinha.
Os meus olhos foram para a foto do beijo. Senti um arrepio pelo meu corpo. Passei a noite sonhando com esse beijo, acordei ainda sentindo o sabor em meus lábios. Tão quentes e doces. Minha vontade era de repetir, descobrir que poderia passar o resto da vida beijando a Anahí e não me cansaria. Acariciei a foto, o meu peito se enchendo daquela sensação estranha...
— Foi um beijo de marketing, mamãe. — Menti. Esse beijo podia ser tudo, menos falso.
— Tem certeza? Por que isso não parece marketing... Parece um beijo de cinema, saído diretamente dos filmes de romance.
— Mamãe. Por favor. — Pedi com um choramingo. Não queria me aprofundar no assunto “beijo”, se já estava sendo muito difícil esquecê-lo só de lembrá-lo, imagina falando o tempo todo sobre ele.
— Tudo bem. Parei. Deixaremos esse assunto de lado, por hora. A Claudia foi buscar a Anahí para iniciar os preparativos do casamento. Eu irei ajudá-las, é claro, porque se depender do gosto de sua irmã, até golfinhos terão! — Mamãe disse e eu rir. — A proposito, tenho que desligar.
— Ok. Eu te amo.
— Também te amo, minha filha. E não pense que você ficará longe dos preparativos, é de suma importância que as duas se comprometam. Não deixará tudo nas costas de Anahí, aliás, as duas são as noivas. — Mamãe ralou, sabendo como eu sempre fujo de decorações de festas. — Fique com Deus. — Desligou.
E eu achando que iria fugir. Nunca fui boa em organizar festas até porque sempre tinha as pessoas para fazer por mim. Bastava contratar uma boa equipe e pronto. Eu confiava no bom gosto de Anahí e o que ela escolhesse, iria aceitar. Mamãe e Claudia também eram boas nisso. Virei-me na poltrona e coloquei o telefone no gancho.
A notícia do meu noivado tinha se tornado viral. Os funcionários me cumprimentavam, inúmeros amigos ligaram para me parabenizar. Sei que isso se tornará um grande evento social, a lista de convidados seria enorme. Mas isso iria fazer juntamente com Anahí. Existiam muitas coisas que teríamos que fazer juntas.
Coloquei a revista de lado, e dediquei-me aos relatórios das finanças quando duas batidas na porta me distraíram. Era Lydia, pela primeira vez, tinha chegado ao escritório e não a tinha visto. Sua cara era de pouco amigos, parecia que tinha saído de um velório. Usava preto. O que era de estranhar, já que suas roupas eram sempre coloridas.
— Bom dia Lydia. — Olhei para sua mão que estava com a minha agenda.
— Bom dia senhorita Espinosa. — Cumprimentou rígida, estranhei a formalidade. Soube que tinha alguma coisa errada, foi só olhar em seus olhos que eu via a mágoa e a raiva contida. — Alguns eventos beneficentes e também um convite para uma palestra nos Estados Unidos...
Lydia continuou falando, mas a vibração do meu celular me desconcentrou. Não iria dá atenção ao aparelho, mas vi o nome de Anahí. Rapidamente peguei e olhei o que se tratava.
Um aviso: Afaste-se do trabalho. Porque do jeito que eu fui obrigada a me afastar pra preparar o casamento, você também vai. Lembrando que quem avisa, amigo é. Não estou brincando, Dulce. Se amanhã, você não estiver me acompanhando nisso tudo, faço questão de ir aí e arrastá-la pelos cabelos! Conversaremos á noite.
Eu rir. Desde quando a Anahí tinha se tornando tão autoritária? E ainda nem tínhamos nos casado ainda! Pelo jeito, a Claudia estava lhe tirando do sério, sei como a Anahí é viciada em trabalho, assim como eu também sou. Deve ter sido difícil para ela se afastar. Pensando bem... Seria para mim também. Mas conheço muito bem a minha noiva para saber que ela iria cumprir muito bem a sua promessa.
Então, minha cabeça começou a planejar...
Bom. Eu poderia aparecer na empresa nos intervalos dos preparativos. Enquanto, eu estivesse ausente, o Jason assumiria. Já que ele ficaria também responsável na minha lua-de-mel. Não tinha conversado com a Anahí ainda sobre isso, mas era claro que teríamos uma. Seria no mínimo estranho se depois do casamento passássemos em branco, as pessoas iriam questionar. E outra, seria uma excelente desculpa para tirar umas férias. Será que um mês de lua-de-mel seria muito exagerado? Os problemas maiores da Corporation eu poderia resolver por telefone ou por via fax. Acho que o mundo não iria cair por isso.
Ah, não... Um mês não daria! Esqueci que o natal estava se aproximando... Casaríamos no início, mais tarda quinzena de dezembro. O que significava que poderíamos ter apenas uma semana de lua-de-mel para passar o natal e o ano novo com a família.
Sempre gostei do Natal e também Ano-novo. Anahí era da mesma vibe que eu, tenho certeza que iria concordar com a ideia. Então, de acordo com os meus cálculos, voltaria a me entregar para Corporation em Janeiro. Se fosse em outro momento, estaria surtando por tanto tempo “longe”, mas estava consideravelmente de bom humor e a ideia de aproveitar os dias com minha futura esposa me deixava ansiosa.
Oh. Calma, Dulce! Lembre-se que Anahí não será a sua esposa de verdade, não crie expectativa em cima de algo que não vai acontecer. Minha consciência me alertou, mas mesmo assim, não cortou essa felicidade radiante que eu estava.
Levantei os meus olhos e me deparei com a Lydia me olhando de um jeito totalmente estranho. Não soube identificar o que era aquilo em seus olhos esverdeados, as pupilas estavam maiores á um ponto de ser assustador.
— O que disse? — Perguntei meio perturbada com aquele olhar.
— Perguntei se a senhorita quer que eu repita a sua agenda já que não prestou nem um pouco a atenção. — Repetiu com rispidez.
— Não precisa Lydia. Os meus compromissos transfiram para o Jason. Ele pode muito bem lidar com esses eventos. Ah, ligue para os organizadores da palestra e diga que não poderei comparecer porque estarei ausente por conta do meu casamento. Pergunte se querem remarcar ou se querem que o vice-presidente me represente. Remarque também as minhas reuniões para Janeiro, as de critério urgente repasse para o Jason, se houver algo em que ele não puder resolver, o diga para me ligar. — Falei, deixando de lado toda a implicância que tinha com o Jason.
— Então, vai se ausentar todo esse tempo por causa do casório? — Perguntou com o rosto mascarado.
— Também. — Respondi. Levantei-me e recolhi as minhas coisas. — E estou precisando de um pouco de férias. Vou aproveitar tudo. Mas não vou ficar completamente ausente, não até antes do casamento. Ainda aparecerei aqui quando os preparativos do casamento me permitir. Depois, tudo ficará nas mãos do Jason até a minha volta.
— Então, o casório é realmente de verdade. — Lydia disse com raiva. — Por um momento achei que fosse especulação da imprensa porque pelo o que me lembro até ontem estávamos fazendo sexo de tarde. — Olhou-me possessa. — Como pode ter deitado comigo de tarde e pedido àquela coisinha em casamento á noite?
Irritei-me. Dei á volta em minha mesa e fiquei de frente para Lydia, olhando-a seriamente.
— Primeiro: Respeite a minha noiva. Ela não é coisinha, ela tem nome e se chama Anahí. Segundo, não devo explicação da minha vida á você, ponha-se no seu lugar, de minha secretária, no caso. Terceiro nunca te prometi nada. Sempre deixei claro que o nosso caso era apenas sexual. Se você fantasiou a culpa não é minha. — Disse ríspida.
Isso foi à gota de água para Lydia que começou a chorar. Deixou transparecer toda a sua mágoa, fiquei meio sem jeito, não sabia o que fazer. Mas achei melhor não a consolar, poderia interpretar mal.
— Eu te amo, Dulce! — Ela disse em um grito abafado. Surpreendendo-me com a declaração. — Sempre te amei, antes mesmo de acontecer alguma coisa entre nós, você era o motivo do meu sorriso. — Segurou em meus braços, olhou-me nos olhos. — Sei que não sou o exemplo de mulher ideal para você, mas tenho um sentimento muito lindo e grande guardado em meu peito, por isso que eu imploro: Não se case com a Anahí. Você sempre disse que ela era a sua melhor amiga, o que mudou do dia para noite?
Eu poderia contar a Lydia sobre a história do meu casamento. Mas não encontrei nenhum motivo que levasse a fazer isso. Desvencilhei-me dela com cuidado.
— Eu amo a Anahí. Sempre amei só que nunca tinha percebido isso até o momento que achei que a perderia de vez. Então, dei-me conta de que eu a quero, eu a amo e a desejo para ser a minha esposa e a mãe dos meus filhos. — Era para ser uma desculpa pra justificar o casamento repentino, mas me surpreendi com soou tão verdadeiro que me fez questionar se isso era apenas uma desculpa ou realmente a verdade.
— Isso não pode está acontecendo. — Lydia negou-se a acreditar. Tocou em meu rosto. — Você não sente nada por mim? Nem um pouco de gostar? De querer?
O que eu sentia por Lydia era algo muito raso, quase sem fundamento. Era apenas desejo momentâneo movido por carência. Com a minha hesitação para responder, Lydia aproveitou para me beijar e eu não sentir nada. Absolutamente nada. Como eu podia sentir qualquer coisa por aqueles lábios quando tinha compartilhado da doçura dos lábios de Anahí?
Então, eu soube. Que o meu caso com a Lydia estava encerrado por eu não conseguir mais sentir desejo por ela. Afastei-a delicadamente para não ferir mais os seus sentimentos.
— Desculpe-me, Lydia. Mas não. O que compartilhamos foi bom, mas foi apenas sexo e ficou para trás.
O lábio inferior de Lydia tremeu.
— Está terminando comigo? — Perguntou descrente, as lágrimas escorrendo em suas bochechas como uma cachoeira.
— Não se termina aquilo que não existe, Lydia. — Respirei fundo. — Mas sim, estou encerrando o meu caso com você. Sou uma mulher comprometida, as coisas mudaram. Nossa relação será extremamente profissional.
Lydia deu uma risada sem humor. Limpou as lágrimas e me olhou com uma raiva renovada. Isso não me intimidou.
— Tudo bem senhorita Espinosa. — Disse com ódio, sua voz tremia. — Desejo que seja muito feliz em seu casamento. Você e sua futura esposa. — Em sua voz, parecia mais uma praga. — Com licença, vou voltar para o meu trabalho. — Depois de me olhar mais uma vez, saiu da sala.
Fiquei olhando por nada por um tempo. Por isso que eu não gostava de criar vínculos, porque tudo se transformava em drama. Sentia-me aliviada por ter dado um ponto final com a Lydia.
Tenho fidelidade e lealdade por Anahí. Mesmo tendo dito ontem á Anahí que cada uma poderia seguir a vida como bem entendesse com descrição, á realidade é que eu não estava conseguindo visualizar os meus próximos dias, meses e anos nos braços de outra mulher traindo a sua confiança. E pensar nela com outro alguém também não me causava um sentimento muito bom, era uma apunhalada no peito.
Voltei a me sentar e respirei fundo, tentando me acalmar. Olhei para os papéis ofícios e os meus lápis de desenho profissional. Puxei uma folha, peguei o lápis e comecei a desenhar, lembrando que tinha prometido ao Conrado Kalabretta que faria a coleção de Shay e não iria falhar. Isso foi um santo remédio para acalmar o meu coração tão confuso.
As horas se passaram quando dei por mim, tinha a coleção feita. Mordi o meu lábio inferior, sinceramente, eu amei e tinha certeza que a Shay também. O meu estômago roncou, olhei no relógio e era quase três horas da tarde. Não tinha almoçado. Guardei os desenhos em minha gaveta com chaves, sorrir ao ver o chaveiro que foi presente de Anahí...
Peguei a minha bolsa e encerrei o dia. Despedi-me formalmente de Lydia ao passar pela recepção e fui em busca da minha BMW na garagem. Depois de dirigir um pouco, parei no centro de Barcelona. Comi um sanduíche e tomei um suco de laranja. Depois de me sentir saciada, caminhei pelas ruas até parar num pet shop.
Sorrir e entrei...
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Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 615
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tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29
Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!
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flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50
Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)
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andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51
Olá!! Essa história tem uma primeira parte?
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vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24
Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!
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raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46
Amei a história de início ao fim.
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raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10
Sério o mulher fraca morreu rápido..
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raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38
Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso
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maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02
Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais
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maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16
A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho
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maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39
"Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk