Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

POV. DULCE

As semanas se passaram com loucura. Claudia enlouquecendo tanto a mim como a Anahí, sempre que achávamos que ficaríamos um minuto longe dela, era mero engano, porque sempre tinha alguma coisa para fazer. No fundo, eu agradecia á ela por organizar o meu casamento, eram muitos detalhes que tenho certeza que se não tivesse a minha irmã ficaria no mínimo enrolada.

Faltava apenas uma semana para o casamento e quase tudo estava preparado. Eu já tinha decidido que roupa usaria, não seria vestido de noiva porque não me agradava, mas tinha escolhido um look bastante charmoso.

O meu apartamento já estava ficando amarrotado de presentes. Fazia três semanas que tínhamos distribuídos os convites e feito a nossa lista de presentes.

Eu e Anahí estávamos mais unidas que tudo! Eu me sentia em abstinência quando não a tinha por perto. Á parte mais difícil era quando me despedia dela e voltava para o meu apartamento, ficar sozinha nele durante a noite me causava uma espécie de angústia. O que me confortava era saber que em uma semana ficaríamos juntas.

Ela tinha se tornado o meu primeiro e o meu último pensamento. O meu mundo estava girando em torno dela. Sonhava com o seu sorriso, com a intensidade dos seus olhos...

Um dia desses, ela tinha esquecido o seu echarpe de seda em meu carro, pensei em chamá-la para devolvê-la, mas ao pegar o tecido sedoso e sentir o seu cheiro tão marcante, soube que devolver seria uma péssima ideia, por tanto, todas as noites, dormia cheirando o cheirando.

Eu estava parecendo uma boba apaixonada. Não sabia o que estava acontecendo comigo... Vivia suspirando pelos cantos, sempre me flagrava a observando, fotografando com os olhos os seus movimentos, o seu tique nervoso, tudo...

Não íamos dormir no mesmo quarto. Então, pedi para o meu arquiteto e decorador adaptar o quarto de hóspede para a Anahí. Estava quase pronto e seria majestoso como o meu. Por mim, dormíamos juntas, eu não me importaria em dividir o quarto com ela, mas eu sabia que isso era forçar a barra e eu nunca queria forçá-la a nada.

Infelizmente, não nos beijamos mais. Voltamos para estaca zero e isso estava me deixando inquieta, sempre que estava ao lado dela, me sentia atraída. A sua pele, o seu cheiro, os seus lábios me atraiam, supria a minha necessidade sempre a tocando suavemente no braço ou a abraçando. Quando na realidade, minha vontade era de beijá-la.

Sinto falta de sentir a doçura dos seus lábios. O difícil era me controlar, a única coisa que impedia de beijá-la era o medo de ser rejeitada porque mesmo sendo carinhosa comigo o tempo todo, ficava insegura. Nunca tive problema em tomar iniciativa com nenhuma mulher, mas estava falando de Anahí...

Minha melhor amiga que ultimamente anda nos meus sonhos e que estava me fazendo sentir coisas inéditas. Eu queria conversar com alguém sobre o que estava sentindo, mas, não sabia quem. Uma parte de mim tinha receio de abrir a boca para revelar o que estava acontecendo. Eu sei que uma hora tenho que encarar isso, o problema é que sei que vai doer se o que eu estiver sentido não seja recíproco.

Eu posso suportar rejeição de qualquer pessoa, menos de Anahí. Dela não.

Apertei as minhas mãos no volante. Hoje era o dia que conseguir ficar livre de Claudia, já que estava tudo encaminhado, ela não tinha muito que fazer ao não ser pressionar os organizadores. Aproveitei e dei um pulo na empresa, durante essas semanas, conto á dedo ás vezes que estive lá. Tudo estava bem, os problemas maiores, eu resolvia em questão de segundos. Jason não estava indo de todo mal, mas mesmo assim, ainda não gostava dele. A minha relação com Lydia estava estritamente profissional. O que era um alívio. Ela sempre me tratava seca, mas isso não me importava.

Recentemente tinha entregado ao Conrado Kalabretta a coleção que fiz para Shay. Ela ficou maravilhada, e ele satisfeito por ver a esposa feliz. Soube através dele que o Adam estava tentando a todo custo ter acesso á alguns produtoras, mas as portas estavam fechadas para ele. Conrado deu um jeitinho que nem mesmo os restaurantes e barzinhos estavam o contratando. Isso ainda era pouco! Quero vê-lo na ruína.

Uma batidinha na janela me assustou. Olhei e vi que era a Anahí. Destravei a porta e ela entrou. Estava bonita, como sempre. Usava um cropped branco, saia rodada curta com estampa de flores e botas over. Os cabelos estavam enrolados. Uma imagem sexy. Seus olhos estavam escondidos com óculos de sol, seus lábios pintados com batom vermelho. Estava tentadoramente cheirosa. Ela deu um beijinho rápido em minha bochecha.

Vê-la causava todas as reações no meu corpo: Boca seca, coração descompensado, frio na barriga e mãos trêmulas.

— Quase que não fugia de Claudia. — Disse ao colocar o cinto. — Ela insistiu em colocar mais detalhes em meu vestido de noiva. Fiz a última prova e está perfeito, mas ela queria modificar algumas coisas. Claro que eu e o Lucian não permitimos.

Hoje era o dia em que iríamos para a obstetra e depois iríamos encontrar com os nossos amigos. Um happy hour.

— E como é o vestido? — Perguntei com curiosidade, dei partida no carro.

Anahí abriu a boca para responder, mas se calou. Olhou-me com os olhos desconfiados.

— Você acha mesmo que eu irei contar alguma coisa á você? Se não permitir que visse o vestido, não vou contar como ele é. Isso dá azar!

— Isso é superstição bem boba. — Retruquei com um sorriso de lado.

— Sou supersticiosa, então. Quero que o meu casamento tenha muita sorte e seja muito feliz. Obrigada. — Declarou tranquilamente.

— Se depender de mim, será até mais. — Disse mais para mim do que para ela.

Se ela escutou, não sei. Mas se perdeu olhando a passagem pela janela parecia pensativa. Achei que não tinha gostado do que eu disse, caso tivesse escutado. Mas senti o leve toque da sua mão na minha. Olhei-a rapidamente.

— Será perfeito. — Ela disse, me olhando com o seu sorriso belo.

Sorrir de volta e continuei a dirigir. Meia-hora depois, estávamos no consultório. Fui bem clara ao marcar a consulta de que queria total singelo. Ninguém poderia saber que estávamos visitando uma obstetra antes do casamento, levantaria questões que não queríamos responder.

O consultório estava deserto, nem mesmo a secretária estava presente, apenas a obstetra que nos esperava com um sorriso.

Linda Carter é a melhor obstetra da Espanha. O nome fazia jus com a sua beleza. Antes de fazer a ultrassonografia, fez algumas perguntas para Anahí que eu escutava atentamente, e também colheu o sangue dela. Ela mesma iria direcionar o exame de sangue de Anahí para o laboratório que era anexado ao seu consultório.

O exame era para saber as taxas de hormônios de Anahí.

— Tudo bem, Anahí. Vamos fazer a ultrassonografia. — Linda disse com um sorriso.

Anahí foi para a maca, enquanto, Linda mexia na máquina. Eu fiquei ao lado de Anahí que baixou a sua saia até o seu baixo ventre ficar livre. Dava para ver a pequena saliência endurecida. Com roupas, dava para disfarçar muito bem, mas ao olho nu, era a outra história. Mas acho que demoraria um pouco para a barriga pular, já que Anahí é bem magrinha.

Ou não.

Linda espalhou gel pela barriga de Anahí. Ela me deu a mão e nos olhamos, cumplices. Estávamos ansiosas e nervosas. Eu estava suando frio, e sentia a mão de Anahí gelada. Ambas com os olhos no monitor que não aparecia nada. Aos poucos, Linda foi passando o aparelho no baixo ventre de Anahí.

— Vamos ver como está esse bebê... — Linda disse inclinada em Anahí. — Oh, deixa-me ver... Ás vezes, a primeira ultrassonografia não fica bem nítida.

Eu e Anahí estávamos em silêncio. Não estava entendendo nada daquela tela em preto, mas olhava com atenção.

— Oh... — A expressão de Linda foi de surpresa.

— O que foi doutora? — Anahí perguntou nervosa. — Algum problema com o meu bebê?

Fiquei apreensiva.

— Não! — Linda exclamou com um sorriso. — Pelo contrário. Nenhum problema. Está vendo aqui? — Apontou para duas bolinhas pequeninas que se destacava na tela. — Fizemos que sim com a cabeça. — São gêmeos!

— Você jura? — Anahí perguntou com lágrimas nos olhos.

— Juro!  — Linda riu. — São dois. Olha aqui... — Apontou.

Eu estava em choque olhando para a tela. Os meus olhos arregalados, sem acreditar no que estava ouvindo.

— Oh meu Deus! — Anahí chorava e ria ao mesmo tempo. Apertou a minha mão, e me olhou. A felicidade refletida nos olhos. — Vamos ter dois bebês, amor!

Rir para ela, foi automático. Na verdade, gargalhei meio histérica, senti as lágrimas quentes deslizarem pelas minhas bochechas. Meu coração parecia que iria saltar do peito.

— Oh, não, espere... Apareceu mais um aqui — Apontou pra mais uma bolinha que surgiu. — São três! Parabéns mamães, vocês terão trigêmeos!

Anahí deu um gritinho de felicidade, levou a outra mão á boca, sem acreditar.

— Três? — Perguntei meio área. Linda sorriu em confirmação. — Tombou comigo...

Foram as minhas últimas palavras antes de cair no chão...

**

Dois capítulos grandes para ninguém colocar defeito!

E também para compensar o de ontem, e de amanhã – que infelizmente, não postarei.

Mas volto na sexta!

Trigêmeos!

Quem diria que com uma tacada só, Anahí teria três babys?

Coitada de Dulce, não aguentou a pressão e desmaiou! Hahaha.

Ah, meus amores... Eu fico tão, mais tão feliz por vocês estarem gostando da estória e estão se encantando com ela. Como é o meu primeiro romance de fato – mamão com açúcar – eu estava receosa de que não fosse conquistá-los, mas vejo que aos poucos, estou conseguindo.

Feliz por demais com a interação de vocês.

Não imaginam como é gratificante entrar aqui e ler cada comentário, me faz sorrir abobalhada!

Adoro vocês.

Ah, meus amores, se gostam de aventura, dê uma olhadinha nessa fic, eu super a aprovo: https://fanfics.com.br/fanfic/55318/herois-do-olimpo-portinon-ayd-portinon-mitologia

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Luh_Perronita. Quem não sente né? Ela é muito amorzinho! Anahí também é, mas a Dulce se supera na fofice! Já fiz de propósito, “Vou colocar um capítulo fofo pra não haver reclamações”. Hahaha.

Lika. Não é? Estou louca para ver como vai ficar de barrigão. Por que três né, a barriga vai crescer bastante. Vai ser só amor.

Leh. Queremos á Dulce para nós! Hahaha. Vamos dividi-la porque não vai dá uma só para tanta gente. Continuando...

Johnny. Ressuscitou? Não morra não, porque ainda vem mais capítulos amorzinhos pela frente, aguenta o coração! Com a Dulce de presente quem é que não fica bem, né? Olha que sou Anymaniaca, mas ultimamente o meu coração está cigano por demais e Dulce está se encaixando nele. Oh meu Deus, lembra a sensação de que quando era criança e ficava tristinho e um adulto tentava animar, o mimando? Foi o que eu sentir agora com você. Senti-me criança e deu vontade de chorar. Argh, estou muito melosa esses dias. Hahaha. Isso eu não sei, não posso afirmar nada. Você que está dizendo. :P

Valéria_Traumadinha. Quem já se viu amigas se beijarem desse jeito, né? A mente desmente o que o coração e a alma sente, mas... Não vai dá pra fugir por muito tempo, o coração sempre ganha e unido a alma que o páreo é muito forte.

Mariposa. Antes de tudo: Acalme-se, tome um copo de água e respire fundo. Quer ir para o pilates comigo não? Você vai ver a maravilha que é e como trabalhar com a respiração dá uma tranquilidade muito boa! Hahaha. Não foi um capítulo tão pequeno assim, seremos juntas! Sim, Anahí é bastante espontânea mesmo, não fica se prendendo muito para fazer o que pensa. Simplesmente faz. Se alguém dissesse isso pra mim algum dia, acho que meu coração ia derreter e nunca mais seria o mesmo! Hahaha. Uuuuhuuuul, finalmente um team conjunto! E elas serão, tudo ficará bem até tudo dá errado. Hahaha. PS: SENTIU COMO É SÓ POSTAR UM CAPÍTULO?