Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

POV. ANAHÍ.

— Dulce! — Gritei ao vê-la despencando até cair no chão, desmaiada.

Toda a minha felicidade se tornou em preocupação. Linda se se levantou no pulo para ajudá-la, e eu também o fiz. Corremos até ela, ajoelhei-me e coloquei a cabeça de Dulce em meu colo, dando pequenas tapinhas para ela acordar.

— Dulce? — Chamei suavemente. — Acorde! Não me assuste, por favor. — Pedi com medo.

— Aqui... — Linda me entregou um algodão ensopado com álcool.

Coloquei suavemente no nariz de Dulce, e aos poucos, ela foi retornando. Respirei aliviada ao vê-la abrir os olhos. Agradeci aos céus por ela está bem.

— O que aconteceu? — Dulce murmurou confusa.

— Você desmaiou depois que soube que eu estou grávida de trigêmeos. — Respondi, sentindo novamente a sensação arrebatadora de felicidade em meu peito. Três! Minhas lágrimas de felicidade voltaram a cair.

— Oh... — Dulce começou, mas chorou. Sentou-se e me puxou para um abraço apertado. — Isso é uma benção! Parabéns. Estou tão feliz.

Choramos e rimos ao mesmo tempo depois que o susto passou. Eu também tomei um enorme susto ao saber que era três, nem nos meus maiores sonhos achei que poderia ter três filhos de uma vez só! Até porque na minha família não tinha histórico de gêmeos nem coisa do tipo.

— Estou tão feliz, Candy! — Murmurei no ouvido dela. — Sinto-me a mulher mais realizada do mundo.

— Eu também. Sinto-me feliz, a felicidade é tanta que faz o meu coração bater forte e rápido. — Dulce sussurrou. — Sinto-me abençoada por poder participar de sua gravidez, de poder também ser a mamãe dos três. Dos nossos filhos.

O meu coração estava tão acalentado! O choro era constante, a alegria fazia com que uma corrente de adrenalina percorresse pelo meu corpo. Segurei o rosto de Dulce com as duas mãos e a beijei com amor.

Sentir novamente os seus lábios depois de umas semanas invadiu o meu ser com uma sensação de paz. Passei os dias me prendendo para não beijá-la, o motivo? Eu deveria ser uma espécie de sadomasoquista. Doía-me sentir a vontade de ter os seus lábios nos meus e me privar disso. Mas é que fui invadida por um medo depois que ela saiu do meu apartamento na noite em que contei aos meus pais sobre o casamento...

Medo de que os nossos beijos pudesse desencadear outras coisas que destruísse a nossa amizade. Fui covarde e sofri por não beijá-la mais, o meu corpo entrava em uma espécie de abstinência. Agora, sentindo os seus lábios doces e o efeito devastador que causava em mim, parecia muito bobagem ter me privado disto.

Suspirei ao ter a sua língua em minha boca. Além de doce, o beijo era saudoso. Ia a enlaçando pelo pescoço quando escutei um pigarro. Afastamo-nos com sorrisos tímidos. Linda estava de pé com um sorriso divertido nos lábios.

— Eu sei meninas. O amor é lindo e até mesmo contagiante. Mas temos que terminar a ultrassonografia. — Linda disse com bom humor.

Ficamos coradas. Mas Linda não estava dizendo nenhuma mentira. O amor é lindo, e eu amava por demais a Dulce.

— Sim. — Respondi, olhei para a Dulce. — Você se sente bem?

— Sim. Foi só o choque inicial. — Ela se levantou e depois me ajudou. — Vamos saber como estão os nossos bebês!

Um sorriso involuntário surgiu em meus lábios. Amo quando Dulce se refere assim aos meus bebês. Voltei para a maca... Segundo Linda, eles estavam bem. E eu estava com oito semanas. Depois de fazer algumas recomendações, formos embora.

— Três! Meu Deus! — Dulce soltou assim que entramos no carro. — Uau! — Respirou fundo.

Gargalhei alto, de pura felicidade. Acariciei o meu ventre...

— Incrível não é? Quando penso que tem três criaturinhas em meu ventre, é uma emoção muito grande. — Disse emocionada, as lágrimas voltando a cair, era involuntário.

Dulce pegou em minha mão e colocou na altura do seu peito. O seu coração estava batendo rápido. Ela sorria, mas os seus olhos brilhavam de emoção.

— Olha como o meu coração está batendo rápido. Deus, Anahí! Vamos ter três bebês! — Gritou, me puxando para um abraço.

Abraçamo-nos com carinho. Depois nos olhamos e distribuímos vários selinhos. Caímos na gargalhada, felizes demais. Seríamos uma família feliz. Muito feliz. Eu tinha um bom pressentimento em relação a isso.

— Seremos a família mais feliz da Espanha. — Eu disse sem parar de sorrir. — Porque o amor estará presente sempre em nossos dias.

Ela segurou em minha mão e beijou.

— Sim. Esse amor que eu tenho dentro do peito se proliferará. Eu te amo muito. E amo demais esses pequenos anjinhos que vem para adoçar os nossos dias. — Acariciou suavemente minha barriga. — Cresçam logo, meus amores... A mamãe que muito pegá-los nos braços. — Concluiu chorando.

Nessa altura, eu também estava chorando. Coloquei a mão por cima da de Dulce e nos olhamos com carinho.

— Estamos os esperando. De corações e braços abertos.

Eternizamos o nosso momento com um selinho longo com sabor salgado por conta das nossas lágrimas.

— Vamos encontrar os nossos amigos. — Dulce disse, ligando o carro. — Hoje temos mais três motivos para comemorar.

Eu rir, abobalhada. Estou nas nuvens! Nada iria estragar a minha alegria hoje. Simplesmente nada. Fechei os meus olhos e suspirei alto, digerindo ainda que estou grávida de trigêmeos.

Não via a hora que eles crescessem. Por hora, não sentia mais enjoo. Ás vezes, alguns desejos, mas eram bobos. Nada estrambólico. Daria tudo para que o tempo passasse rápido e eu os sentisse dentro de mim, mexendo, chutando... Só quero senti-los!

Hoje quando fui provar o vestido de noiva, fiquei muito aliviada por as medidas continuarem as mesmas. Claudia iria questionar se a largura aumentasse somente em meus quadris. Acho que minha barriga não daria um pulo em uma semana, daria para me casar e ninguém iria desconfiar.

Casar em uma semana... Oh meu Deus. Em uma semana, eu seria a senhora Espinosa e estaria morando com a Dulce

— Anahí. — Dulce chamou e eu abrir os meus olhos. — Eu estava pensando aqui na nossa lua-de-mel. — Fiquei ruborizada ao escutá-la e minha pele se arrepiou. — Claudia estava querendo se meter nisso. Ela queria que fôssemos para França. Mas eu estava pensando, por que não passamos na minha casa da praia em Fuerteventura?

Mastiguei o meu lábio inferior. Eu não tinha pensado em lua-de-mel. Pensar agora, me deixava bem nervosa.

— Eu não tinha pensando sobre isso. — Disse sincera. — Achei que ficaríamos em Barcelona. Mas, eu adorei a ideia de ir para Fuerteventura, você sabe que eu amo lá. Principalmente a sua casa. — Sorrir. Dulce olhou para mim, e retribuiu o sorriso.

Não era bem uma casa. Era uma mansão com a praia particular. Extremamente privada.

— Ótimo. Vou ligar para o caseiro e mandar limpar tudo. Ah, claro. E também encher a dispensa. — Ela respirou fundo. — Acho que merecemos uma semana de descanso depois desses dias atribulados que Claudia está nos fazendo passar.

Rir em concordância. Uma semana sozinha em Fuerteventura com a Dulce? Isso fazia o meu coração disparar e minhas mãos ficarem trêmulas. De repente, fiquei ansiosa, desejando ver a Dulce de biquíni, com o seu corpo magnífico era de fazer qualquer um babar...

Olhei de canto de olho. Estava sexy com um vestido vermelho colante de mangas compridas, mas com um decote profundo em V que deixava os seus seios chamativos. Desci o olhar, o tecido ia até metade das coxas malhadas, deixando uma boa quantidade de pele de fora. Os pés repousam em sandálias abertas pretas de salto alto.

Ondas de calor foram enviadas pelo meu corpo e o desejo de tocar a sua pele macia, de beijá-la dos pés até a boca. Voltei a mastigar o meu lábio inferior. Estamos indo a um bar-boate para o happy hour. Somos acostumadas a ir nesse lugar, é um ambiente alternativo com música boa e bebidas também. E com muita gente bonita. Senti-me enciumada, e se Dulce se interessasse por alguém essa noite?

— Chegamos. — Anunciou. Estacionou o carro e olhou-se no espelho. Passou a mão nos cabelos para ajeitá-los e aplicou uma camada de batom rosa recém-tirado do porta-luvas.

— Quanta produção. — Retruquei e sair do carro. Alisei a minha saia. E esperei por ela.

Achei que ela iria dizer alguma coisa ao sair do carro, mas a única coisa que fez foi segurar em minha mão com firmeza e puxar-me para entrada. Dulce era conhecida, nem precisou se identificar. Adentramos no recinto iluminado, as mesas ficavam nas plataformas ao redor da pista de dança. Assim, podíamos ter uma visão geral da pista.

O som estava alto e tinha várias pessoas. Algumas dançando na pista, outras na mesa. Não foi difícil de encontrar a mesa dos nossos amigos. Era a maior do recinto e com mais ostentações. Garrafas de bebidas estavam na mesa, juntamente com baldes de inox com espumantes.

— Elas chegaram! — Cindy gritou e todos se viraram para nós e gritaram também.

E assim, formos atacadas pelos abraços e felicitações dos nossos amigos. Puxaram-nos para mesa, de repente, estávamos com taças de espumantes nas mãos. Eu não iria beber, então, apenas segurei.

— Eu sabia que vocês iriam se casar um dia! — Juan gritou, afetado. — Estava na cara que eram apaixonadas. Amém que viram. Eu estava á ponto de bater na cara de vocês!

Rimos. Eu e Dulce sem jeito. Mas disfarçamos bem.

— O importante agora é que estão se lambendo! — Tara gritou com uma taça de espumante para o alto. Outras risadas. — Um brinde a Anahí e Dulce por nos mostrarem que não existe nada mais bonito do que o amor.

— Um brinde. — Lucas, Juan, Cindy, Edu e Marisa repetiram felizes.

Dulce segurou a minha mão, sem aguentar o riso. Os nossos amigos eram loucos! Para enfatizar o brinde, nos dermos um selinho, recebendo um coral de “ohhhh”. Continuamos com as mãos entrelaçadas, o fluxo foi aumentando, a música parecia mais alta. Iniciamos uma conversa bastante animada.

Ás vezes, eles soltavam algumas gracinhas que nos deixavam coradas, mas felizmente, os jogos de luzes começaram, impedindo que vissem o nosso embaraço.

Cindy foi dançar com Edu, Marisa e Lucas também os acompanharam. Eram casais. Os únicos solteiros eram o Juan e Tara. A maioria dos nossos amigos eram comprometidos. Os gays do circulo era Juan, Tara e a Dulce. Eu estava sendo o ponto de interrogação.

Faltava apenas dois...

— A alegria da festa chegou! — Uma voz mais alta do som chamou a nossa atenção.

Dermos pequenos gritinhos e levantamos para receber com beijinhos á Paola que estava ao lado do seu marido, Carlos Daniel.

— Chegou mesmo, isso estava ficando um velório sem a sua ilustre presença. — Dulce zombou, recebendo uma tapinha suave no braço. Depois a abraçou com carinho e por último cumprimentou o Carlos.

— Eu sei queridinha. O que seria uma festa sem Paola Bracho? — Balançou a mão dispensando. — Nada, não é... Ah Anahí, como você está linda! — Disse, dando dois beijinhos em minhas bochechas.

— Paola, você está incrível. Como sempre! — Falei com sinceridade, ainda sorrindo.

Paola abriu um sorriso digno de um Oscar. Não era bajulação, a mulher era muito bonita. Esbanjava sensualidade, uma beleza clássica e insuperável. Ela balançou os seus cabelos castanhos impecáveis. Amava o corte do seu cabelo, na altura do pescoço com uma franja adorável. Ela não era o tipo de mulher que precisava de maquiagem para ficar perfeita, então, ela adorava usar um batom vermelho-sangue que tornava os seus lábios sinuosos.  Ela usava um vestido vermelho curto, quase da mesma cor dos seus lábios. O tecido agarrava as suas curvas, sempre fiquei muito impressionada com a cintura dessa mulher... Tudo nela era incrível: A beleza, o corpo, a postura. Sabia muito bem como se comportar.

O mais incrível ainda era o seu marido, o Carlos Daniel. Digno de um príncipe. Acho que era o casal mais lindo que eu já tinha visto em toda a minha vida, com exceção de mim e Dulce, claro. O pensamento me fez rir. Depois de todos na mesa cumprimentarem a Paola e o Carlos, eles se sentaram.

O clima realmente melhorou muito com a presença de Paola que era muito animada. Ficar em sua companhia era muito bom, deve ser por isso que ela tinha uma legião de admiradores. A conheci através de Dulce, no início, achei que as duas tinha um caso, mas com ao passar do tempo, percebi que Paola era louca por homens. Mulheres nunca fariam parte do seu cardápio.

Cindy, Lucas, Marisa e Edu retornaram completando a animação. As rodadas de bebidas começaram. Tequila para todo mundo. Eu fiquei apenas com água mesmo, por hora, ninguém estava desconfiando de nada, mesmo não precisando de bebida para me divertir, eu gostava de beber e sempre que nos encontrávamos, eu bebia muito. Eles estavam tão envolvidos na conversa que não prestavam atenção se eu bebia ou não. Depois de um tempo, todos estavam alterados, menos eu.

— Vamos dançar! — Paola gritou, agitando todo mundo e puxando o seu marido pelos braços.

Formos para a pista de dança que estava consideravelmente cheia, abrimos caminho e ficamos no centro. Virei-me de frente para a Dulce que já estava queimada, as suas bochechas vermelhas por conta do álcool mostrava claramente isso.

Uma música se encerrou e iniciou uma: Fifth Harmony – Worth It ft. Kid Ink. Gritamos, levei os braços para o alto e comecei a dançar no ritmo da música. Dulce me acompanhou.

Lancei um olhar sedutor para ela e requebrei os meus quadris...

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