Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.
POV. ANAHÍ
Ficamos mais um tempinho no restaurante até que resolvermos ir embora. Estou feliz. Incrivelmente feliz, e se fosse fazer uma retrospectiva de minha vida, nunca me sentir desse jeito. Era como se eu tivesse á bordo de uma nuvem, flutuando. Sentia-me fantástica.
Conheço muito bem essas sensações... Estou apaixonada. Muito apaixonada. Não dava pra negar, o meu coração sempre fazia uma serenata quando olhava nos olhos de Dulce... Suspirei longamente, enquanto a olhava dirigir.
Ela brilhava em meus olhos. O amor é uma coisa inexplicável, de repente, toma conta de todos os seus sentidos e nos faz enxergar o inegável. Eu nunca tinha olhado pra Dulce de outra maneira, até o nosso primeiro beijo. Foi uma alavanca para que tudo que estava dentro de mim, inibido, viesse às bordas e explodisse.
Dez anos. Passei dez anos com os olhos fechados, mas agora que estavam bem abertos, não deixarei que o amor escape de minhas mãos. De repente, a ideia de que o casamento era apenas de mentirinha não fez mais sentido, não para mim.
Eu quero construir uma família com a Dulce. Quero que o nosso casamento dure mais do que três anos, quero que dure para a eternidade. Porque eu não sei mais viver um segundo sem ela ao meu lado.
Poderia muito bem ter dito á ela isso quando estávamos no restaurante durante a nossa conversa, mas achei inapropriado. Quando revelasse os meus sentimentos, quero que seja em um lugar bonito, apenas nós duas. E eu sabia muito bem onde seria isso.
Fechei os meus olhos e virei minha cabeça para o lado, sentindo a brisa quente em meu rosto, alvoroçando os meus cabelos. O rádio estava ligado em uma estação brasileira. Eu gosto de músicas brasileiras e a minha mania passou um pouco para Dulce.
Sorrir largamente ao escutar a música...
— Eu amo essa música! — Falei animada, abrir os meus olhos e olhei para Dulce.
Ela me olhou e sorriu, então, aumentou o volume do rádio.
— Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder, deixo assim ficar, subentendido. — O meu português cantando era razoável. Ela parou o carro no sinal e me encarou. Cantei olhando-a nos olhos. — Como uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer. — Dulce sorriu de lado, acabei sorrindo também. — Eu acho tão bonito isso de ser abstrato, baby, a beleza é mesmo tão fugaz. É uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de acontecer...
Dulce me surpreendeu quando acompanhou a música. Parei de cantar ao escutar a sua voz, sentindo toda a parte do meu corpo se arrepiar...
— Pode até parece fraqueza, pois que seja fraqueza, então. A alegria que me dá, isso vai sem eu dizer... — Procurei a sua mão que segurou a minha fortemente, os dedos entrelaçados.
— Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer. O que eu ganho, o que eu peco ninguém precisa saber. — Cantamos juntas, e rimos.
Um carro buzinou atrás de nós. O sinal já tinha aberto. Ela deu partida, mas não soltou a minha mão enquanto dirigia, o trânsito estava livre. Já era um horário considerável. Continuamos cantando até a música se encerrou.
— Desde quando você sabe essa música? — Perguntei com um sorriso de lado.
— Desde quando você se tornou fã de Lulu Santos. Sei quase todas as músicas dele. — Dulce respondeu com um dá de ombros. — Aliás, se é do seu interesse, é do meu também.
Eu queria muito! Mais muito mesmo, guardar a Dulce dentro de um potinho sempre que me dizia essas coisas. Mas, pra que eu preciso de um potinho se ela está dentro do meu coração?
— Você vai subir? — Perguntei assim que estacionou o carro na frente do meu prédio.
— Vou.
Soltei a sua mão e sair do carro. No meu apartamento quase não tinha mais nada meu, além dos móveis. Só levei para o apartamento de Dulce, as minhas roupas e objetos pessoais. O apartamento dela tinha de tudo, então, não tinha o porquê de levar mais nada. Deixei apenas umas pareais de roupas e sapatos. E claro, a mala pronta para a lua-de-mel. O meu vestido de noiva estava no poder de Claudia.
Esperei por Dulce e entramos juntas. Apertei o botão ao chegar ao elevador.
— Só tem uma coisa que me deixa preocupada em relação a lua-de-mel. — Falei de repente.
Dulce me olhou com o cenho franzido.
— O que?
— A Lila. Não queria deixá-la sozinha. — Falei amuada. A realidade é que eu tinha me apegado demais a minha gatinha. — Vou morrer de saudade dela, e sei que ela sentirá saudade de mim, também.
— Oh meu amor... — Dulce me puxou para os seus braços. Suspirei amo quando ela me chama assim de “amor”, fazia as borboletas se agitarem em meu estômago. Enlacei-a pela cintura e fiquei abraçadinha com ela. — Mamãe vai cuidar muito bem da Lila. Mas se você não quiser, podemos levá-la.
Olhei para a Dulce. Nossos rostos estavam bem próximos.
— Você acha que Blanca não vai ficar chateada? Que dizer, eu confio nela para cuidar da Lila. Mas é que é uma semana. Não quero ficar esse tempo todo longe do meu bebê. — Fiz um biquinho ao terminar de falar.
Dulce sorriu com o meu biquinho e deu um beijinho suave nele.
— Acho que não. Mamãe adora você com loucura. Então, você tem uma grande pontuação com ela. — Acariciou as minhas costas e puxou-me mais para ela.
— Oba. Então, levaremos a Lila! — Mordisquei o lábio inferior dela. — Você não se importa, não é?
— Claro que não. Eu amo a Lila, assim como amo você e tudo que estiver em meu alcance para fazê-la feliz, eu farei.
— Ai meu Deus! — Falei mais alto um pouquinho. — Essa mulher existe? — Comecei a apalpar os braços, a barriga, os quadris dela.
— Será que não? — Perguntou rindo. — Posso ser uma obra de sua imaginação. — Então, olhou para os meus lábios. — Mas sei como provar que não...
E me beijou. Fechei os meus olhos e me envolvi no beijo. Esse beijo era mais afobado, nossas línguas se buscaram em primeiro contato, o tornando intenso. A porta do elevador se abriu, mas não paramos de nos beijar.
Ela foi me empurrando para trás, e eu fui andando. Assim saímos do elevador, e ficamos no corredor. Nesse andar, se tinha apenas quatro apartamentos, e sabíamos que o meu era o último. Ficamos tateando até chegar a minha porta. As nossas bocas não queria se desgrudar em nenhum momento. Empurrou-me contra a minha porta e aprofundou mais o beijo, sua língua estava atrevida, explorava a minha boca e arrancava inúmeros suspiros de mim.
Acariciei as laterais do seu corpo, parando a mão em seus quadris e a apertei mais contra mim. Estávamos ofegantes, minhas pernas já estavam começando a tremer. Ela deslizou a boca pelo o meu queixo até chegar ao meu pescoço. Ergui a minha cabeça e gemi baixinho ao sentir os seus lábios quentes em minha pele, deixando-me arrepiada. Suas mãos foram para minha bu/nda, apertando firmemente.
Soltei os seus quadris. Coloquei uma mão em sua nuca, acariciei o local com as minhas unhas, dando pequenas arranhadas. Sentir a pele de Dulce arrepiada contra minha. A outra mão, por acidente foi parar na maçaneta da porta que estranhamente estava aberta.
Ué. Eu não tinha fechado? Tentei me lembrar, mas era impossível com a Dulce beijando o meu pescoço daquela maneira e arrancando vários suspiros. Abrir a porta, e enlacei a Dulce pelo pescoço, minha boca voltou a procurar a sua, beijando-a com gula. Puxei-a para dentro do apartamento, e depois virei o meu corpo, fechando a porta com as minhas costas e me escorando nela, com o corpo dela empurrando deliciosamente o meu.
— Velho. Se um casamento de mentirinha for desse jeito, não quero imaginar um de verdade. — Escutei a voz do homem seguida de uma risada alta. Conheço essa voz!
Eu e Dulce nos afastamos rapidamente. Arregalei aos olhos ao ver a minha família parada na sala. Mamãe e papai pareciam constrangidos. Paco, Rodrigo e William estavam rindo á vontade.
— Oh meu Deus! Vocês não iriam chegar amanhã? — Perguntei meio histérica.
— Surpresa. — Dulce murmurou e deu um rápido beijo em meu ombro.
Gritei e corri para abraçar a minha família. Demorei muito abraçando os meus pais. Depois os meus irmãos. Chorei. Ultimamente, a minha vida era chorar. Mas era choro de felicidade!
— Estou tão feliz que estejam aqui! — Disse, abraçada a mamãe.
— Também estamos felizes por vê-la, minha filha. — Papai disse. — Dulce foi muito gentil de sua parte mandar o jatinho ir nos buscar.
— Imagina Henrique! — Dulce estava sentada no sofá com Lila no colo. — Foi um imenso prazer.
— O seu jatinho é irado. — Paco, o meu irmão do meio disse. Ele era enorme. Cabelos loiros, olhos azuis e o corpo bastante malhado. — Fiquei muito impressionado. Empresta-me um dia para eu impressionar também as minhas gatinhas?
— Paco! — Mamãe repreendeu com os olhos revirados.
Rimos.
— Gatinhas? O que Bianca vai achar disso? — Rodrigo, o meu irmão mais velho, implicou. Ele já parecia mais comigo. Cabelos castanhos claros, olhos azuis, mas que também mudava de cor dependendo de sua emoção, o corpo não era tão malhado como de Paco, mas tinha alguns músculos.
Bianca é a namorada do Paco. Estavam juntos á três anos, e pelo o que eu entendia, ela queria muito se casar com o meu irmão, mas ele sempre dava uma desculpa esfarrapada de que não era o momento certo.
Rodrigo recebeu um murro em resposta e um resmungo do Paco.
— Falando nisso. Cadê a Bianca?
— A irmã dela entrou em trabalho de parto. Ela não pode vir. Bom para mim. — Paco deu uma risadinha.
— Ele jura que terá sucesso aqui na Espanha com essa cara de pedreiro. — William gracejou, nos fazendo rir, menos o paco que estava com a cara de poucos amigos. Ele era o único que tinha puxado completamente ao papai. Cabelos pretos e olhos verdes. O seu corpo também era bastante malhado.
Os meus irmãos eram lindos! Não é por serem os meus irmãos, mas por ser a verdade.
— Vocês já comeram? — Perguntei, olhando para todos.
— Não. Faz uma hora que chegamos. — Paco disse. — Fui olhar em sua dispensa, mas só tinha comida de passarinho. Deus que me livre. Por isso que é magra desse jeito.
Revirei os olhos.
— Não é comida de passarinho. São alimentos saudáveis.
— De passarinho. — Paco deu língua.
— Mãe! — Fiz uma carranca.
— Paco, não mexa com a sua irmã. — Mamãe pediu com a voz risonha.
— Tenho uma ideia... Por que não pedimos pizza? — Dulce se intrometeu.
— Eu acho uma excelente ideia. — Rodrigo disse, sentando-se.
— Já é! — Paco sorriu.
— Estou de acordo. — William disse e sentou-se ao lado de Dulce. — Eu quero de frango.
— Não só tem você aqui, William. — Papai retrucou. — Vamos entrar em um consenso e pediremos o que agradará a todos.
— Não precisa disso, Henrique. — Dulce interveio com o telefone já na mão. — Podemos pedir quanto forem necessárias.
Os meus irmãos começaram a falar ao mesmo tempo, enquanto, o meu pai tentava acalmar os ânimos. Sentei-me e puxei a mamãe para sentar ao meu lado, a abracei de ladinho e continuei assim, vendo a bagunça se formando. Enquanto, o rosto de Dulce ia ficando mais confuso ainda.
Eu rir. Ah que saudade de ter a minha família por perto. Nada se comparava á eles...
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Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 615
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tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29
Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!
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flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50
Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)
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andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51
Olá!! Essa história tem uma primeira parte?
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vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24
Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!
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raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46
Amei a história de início ao fim.
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raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10
Sério o mulher fraca morreu rápido..
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raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38
Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso
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maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02
Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais
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maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16
A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho
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maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39
"Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk