Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.

POV. ANAHÍ

Definitivamente. Essa não era a reação que eu esperava de Dulce.

Estou muito chateada com o seu comportamento. Entendia que ela se preocupava demais comigo e tinha receio de que eu não fosse feliz. Mas eu amava o Adam. Podia não ser o melhor exemplo do príncipe encantado, mas para mim, era perfeito.

Isso não era o que devia importar?

Girei o anel com o meu polegar. Eu tinha achado o anel muito bonitinho e fiquei deslumbrada quando fui pedida em casamento. O Adam tinha sido fofo em colocá-lo dentro de um bolinho. Ele tinha levado o café da manhã na cama, uma coisa muito rara, mas que eu não desconfiei de nada até dá a primeira mordida no bolinho e quase perder o meu dente. Isso me fez se sentir especial porque nenhum namorado tinha se interessado em me surpreender ou me fazer feliz ou até mesmo de dá o próximo passo.

Fiquei numa bola de nuvem rosa desde o pedido até me encontrar com a Dulce...

Praguejei ao dá mais um passado. Amaldiçoei Dulce e também me amaldiçoei por ter escolhido saltos agulhas. Os meus pés estavam latejando, podia sentir os calos se formando e crescendo nos meus dedos espremidos. Arrependi-me por não ter vindo de carro, estava tentando ser ecologicamente correta.

Xinguei o mundo. Estava tão radiante! Queria voltar a ser, mas o caso é que Dulce despertou questões em mim que até antes não tinha levantado. Talvez, a ideia de casamento fosse precipitada e de fato, Adam precisava ter um trabalho fixo. O que recebia cantando em bares era quase nada e por muitas vezes, pedia dinheiro emprestado a mim para suprir suas necessidades.

Dinheiro que até agora não tinha reavido.

Se a reação de Dulce foi essa, imagina dos meus pais e dos meus irmãos? Uma terceira guerra mundial iria acontecer. Minha felicidade se tornou um sofrimento de antecipação. Existiam duas coisas importantíssimas em minha vida: A opinião de Dulce e de minha família. E claro, o apoio deles.

Ia atravessando a rua quando uma mão prendeu o meu braço. Virei-me e encontrei os olhos castanho-avermelhados. Encaramo-nos desafiadoramente. Soltando faíscas. Ela estava com as bochechas coradas pelo esforço da corrida, mas não perdia a sua posse de superioridade.

O sol queimava as nossas peles e castigavam.

— O que quer agora? Pisar mais em minha felicidade e afundá-la mais na lama? — Perguntei na defensiva, puxei o meu braço com raiva.

Dulce respirou fundo.

— Desculpe-me, ok? — Pediu em rendição. — Fiquei preocupada com você, sempre tenho a sensação de que é a mesma garota de dezesseis anos que estava brigando com o barman por uma bebida. Você sempre me parece tão quebrável. — Dei um leve sorriso, isso me fez desarmar. — Você se magoou tanto nos longos dos seus relacionamentos que pressinto que o Adam será mais uma delas.

— Dulce. — Choraminguei. Fiquei de frente para ela e segurei-a pelos braços. — Eu sei que se preocupa comigo, mas eu não sou mais uma garota. Queria que você desse um voto de confiança para o Adam. Desta vez é diferente. Eu só quero ser feliz. Poderia fazer isso por mim? Por favor. Apoie-me.

Dulce ficou em silêncio. Ela estava com uma luta travada dentro de si, os seus olhos estavam agitados. Lancei o meu melhor olhar do gatinho de “Shrek”, sabia que ela não podia me negar nada quando a olhava assim.

— Não posso confiar no Adam de um dia para noite. Ele tem que se mostrar capaz, tem que conquistar. Não posso persuadi-la para romper esse noivado, infelizmente. — Disse com pesar e eu fiz uma caretinha. — Mas se você está feliz, tentarei. Vou até apoiar se é exatamente isso que quer.

— Oh! — Dei um gritinho e a abracei com pura felicidade. Afastei e depositei um beijo estrelado no rosto dela. — Você não sabe como é importante o seu apoio. Eu te amo tanto! — Disse a olhando nos olhos.

Dulce abriu um sorriso lindo, beijou a minha testa docemente.

— Eu também te amo, Narrí. — Senti-me aquecer com esse apelido tão carinho e distinto que ela sempre usava. Ela me abraçou de lado e deu início a caminhada. Acompanhei-a. — Agora podemos aproveitar o resto do nosso dia?

— Sim! — Respondi genuinamente feliz. Agarrei mais o braço dela. — Estamos de bem, certo?

— Com certeza.

— Ótimo. Por que você vai ser minha madrinha de casamento. — Comuniquei e puxei-a que de repente, estacou. — Vamos. E nem pense em começar uma nova discussão. Acabamos de fazer as pazes e não quero brigar novamente.

Dulce retornou a andar, e assim formos aproveitar o nosso dia.

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