Fanfics Brasil - Capítulo quarenta e sete. True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA.

Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.


Capítulo: Capítulo quarenta e sete.

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POV ANAHÍ


 


 


Entramos em passos rápidos no Saint Memorial, o hospital de classe alta de Barcelona. Estávamos temorosas, as nossas expressões deixavam claro o medo que nos acometiam. Avançamos pelo corredor longo, a mão de Dulce estava gelada. Ela tinha passado toda a viagem em silêncio, apreensiva. Eu tentava confortá-la da minha forma e sabia que se ela não tinha surtado ainda era porque eu estava ao seu lado.


 


Apertei á sua mão em apoio. Ela olhou para mim, e mesmo com os olhos preocupadíssimos, esboçou um sorriso amarelo. Balancei a cabeça em positivo em sinal de entendimento. Chegamos á recepção e assim que nos viram, Claudia e Oliver se levantaram.


 


Soltei a mão de Dulce e cumprimentei os meus cunhados.


 


O semblante de Claudia também não era dos melhores. Estava sem maquiagem e dava para ver resquícios de lágrimas em suas bochechas. Ela abraçou á Dulce apertadamente e parecia aliviada por tê-la lá.


 


— Como ela está? — Dulce perguntou com a voz embargada assim que se soltou da irmã.


 


— Na sala de cirurgia. Foi submetida a um cateterismo de urgência. — Claudia respondeu com o mesmo tom de voz. — O cardiologista disse que se tivesse demorado uns dez minutos á mais... — Sua voz morreu, olhou para o teto e fungou.


 


Nós entendemos. Os meus próprios olhos lacrimejaram diante a ideia da morte de Blanca. Ela era querida entre nós para partir e nos deixar órfãos.


 


— Como aconteceu? — Dulce perguntou depois de fungar.


 


— Colesterol alto, tudo indica que mamãe abusou o bastante da gordura. Sem contar que a pressão estava nas alturas. — Claudia balançou a cabeça em negativa. — Foi um infarto. — Estremecemos. — Maria achou estranho um barulho que escutou no quarto, assim que entrou, o abajur estava quebrado e mamãe estava desmaiada com a mão no peito. O telefone estava ao seu lado, tudo indica que ela tentou pedi ajuda antes de desmaiar.


 


— Ah meu Deus! — Dulce murmurou e eu a abracei.


 


— Calma. — Murmurei e beijei a testa da minha esposa. Ela me apertou, escondeu o rosto em meu ombro e soluçou. Acariciei os seus cabelos em conforto. — Vai dar tudo certo. Faz tempo que ela está no cateterismo?


 


— Uma hora e vinte minutos. — Oliver que respondeu.


 


— Só no resta esperar e pedir a Virgem de Guadalupe que proteja a Blanca. — Eu disse.


 


Concordamos e sentamos. Os minutos foram se convertendo em horas. Á todo instante, Claudia olhava para o seu relógio de pulso, Oliver tentava confortá-la. Já a Dulce olhava pra o ponto morto na parede, mas se mantinha abraçada comigo.


 


O ar condicionado da recepção estava cruel e mesmo com os casacos pesados, era impossível não tremer, o queixo de Dulce batia.


 


— Vou buscar um café para nós. — Sussurrei e me levantei. — Já volto. — Dei um beijinho na testa dela.


 


A máquina de café era bem próxima, procurei as cédulas de dinheiro da minha bolsa e coloquei na mesma. Essa era moderna, já tinha o copinho dentro. Optei por um cappuccino para mim e um café preto para a Dulce.  Peguei os dois copinhos fumegantes e retornei, no mesmo momento em que o médico apareceu.


 


Claudia, Oliver e Dulce ficaram de pé, os rostos ansiosos.


 


— Então, doutor? — Oliver que perguntou.


 


— Ela está bem, estável. — O cardiologista respondeu e o suspiro de alivio foi coletivo. Lágrimas de felicidades brotaram em nossos olhos. — O cateterismo foi um sucesso, desobstruirmos a artéria e colocamos um stent.


 


— Ela está fora de perigo? — Dulce perguntou.


 


— Sim. Por hora, ficará em monitoramento. Mas eu tenho uma excelente intuição que amanhã ou depois, Blanca retornar para casa. — Mais alivio diante das palavras do cardiologista. — Administrei medicamentos para controlar o colesterol e também a pressão arterial, uma nutricionista funcional ficará encarregada pela dieta de Blanca. Para recuperação total dela é de suma importância repouso e evitar emoções fortes. A hipertensão de Blanca é traiçoeira, age de acordo com a emoção sentida, é bom evitar.


 


— Com toda certeza. — Eu disse.


 


— Podemos vê-la? — Claudia perguntou.


 


— Sim. Embora que ela está sedada, como está na UTI, só poderia liberar a entrada de um de cada vez. Quem será o primeiro?


 


Dulce e Claudia se entreolharam, a prioridade eram delas.


 


— Vai você... — Claudia disse. — Depois eu entro. — Olhou para o médico. — Obrigada doutor por salvar a vida da minha mãe, espero que você continue sendo o cardiologista dela a partir de então.


 


— Com toda a certeza, sim. — Ele respondeu simpático. — Vamos?


 


— Sim. — Dulce respondeu, então, me deu um selinho. — Já volto.


 


— Aqui. — Entreguei o café para a Claudia. — Pra esquentar um pouco, esse ar condicionado está machucando.


 


— Obrigada, estava mesmo precisando. — Claudia o pegou e deu um gole. Depois se sentou e respirou fundo. — Querido porque você não vai ao apartamento buscar uma roupa para mim? Debaixo desse sobretudo estou de camisola.


 


— Você ficará bem? — Oliver perguntou.


 


— Sim.


 


— Não precisa se preocupar Oliver. Eu estarei com a Claudia e só sairei do lado dela quando você voltar! — Garanti com um meio sorriso.


 


Oliver concordou, depois de sorrir para a esposa, foi embora. Sentei-me ao lado de Claudia que mesmo em saber das boas notícias em relação á mãe ainda estava tensa. Não a questionava sobre isso, o susto tinha sido muito grande, era algo muito difícil de se recuperar. Ela olhava para o líquido enegrecido do café.


 


Dei alguns goles em meu cappuccino, mas não sei o que aconteceu, acho que estava muito adocicado ou talvez, fosse a falta do hábito de beber de madrugada, mas sentir um enjoo intenso. Fechei os meus olhos, encostei a cabeça na parede e tentei ignorar as reações. Fazia umas semanas que eu não sentia enjoo por conta da gravidez, era até estranho que tivesse voltado.


 


— Você está bem? Está pálida feito á morte. — Claudia perguntou.


 


— Sim, apenas o cappuccino que não me caiu muito bem. — Respondi e abrir os olhos, virei o meu rosto para ela. — E você? Como se sente?


 


— Cansada. Meio aterrorizada ainda. — Claudia abaixou o olhar. — Fiquei com muito medo de perder a minha mãe, você sabe como a família é a base de tudo para mim, não é?


 


— Sim, sei. Para nós. Eu tenho muito estima por ela. É como se fosse uma segunda mãe para mim e fiquei muito assustada quando soube que ela estava no hospital, Dulce também ficou arrasada. — Coloquei o copinho cheio de cappuccino em cima do centrinho que tinha ao meu lado. Só o cheiro estava me deixando enjoada. — Mas graças a Deus, o pior já passou. Blanca é uma mulher muito forte e se recuperará!


 


— Espero em Deus que sim. — Ela deu uma pausa, mas abriu a boca para falar novamente, parecia hesitante. Eu esperei. — Anahí, eu preciso de pedi uma coisa muito importante... — Olhou para mim. Não sei foi o modo que ela falou ou foi o seu olhar, mas isso não me causou uma sensação não muito boa.


 


— O quê? — Perguntei receosa.


 


— Eu sei que o seu casamento com a Dulce se tornou real. Bem... Dá pra ver o sentimento gritando entre as duas, a forma que se olham, demonstra o quão estão apaixonadas. Vocês se acertaram, não?


 


— Sim. — Sorrir meio abobalhada e acariciei a minha aliança. — Não tenho o porquê mentir, estamos juntas de todas as formas e jeitos.


 


Claudia sorriu, aparentemente feliz.


 


— Eu sabia que isso iria acontecer, era só questão de tempo. Você a ama, não é?


 


— Muito. — Respondi com sinceridade. — Mais do que a mim mesma. Dulce é o meu tudo.


 


— Ótimo. Então, acho que você vai entender o meu pedido. — Ela me olhou nos olhos. — Quero que entenda primeiro que eu não a colocaria nessa posição se não fosse um caso extremo.


 


Franzi o cenho, a preocupação bateu em minha porta, era impossível não se preocupar com o rumo da conversa. Será que ela iria pedir para que eu deixasse a Dulce? Ou algo do tipo?


 


— Fale logo do que se trata Claudia. Você está me assustando.


 


Claudia respirou fundo.


 


— Eu preciso que você me convença á Dulce manter a Lydia no trabalho.


 


Fiz uma careta e depois soltei uma risada.


 


— Ah Claudia! Só você mesma para me fazer rir nesse momento, mas que piada! — Disse ainda aos risos, mas a cara seríssima dela fez o meu riso morrer pouco á pouco até que restou só apenas os lábios franzidos. — Você não está brincando, não é?


 


— Infelizmente não.


 


— Claudia, isso é uma loucura! — Chateei-me. — Você viu o que aquela mulher fez com o meu vestido, soube através de Dulce que ela também tentou destruir a minha lua-de-mel. Como espera que eu peça á Dulce para mantê-la perto de nós? Aquela mulher é uma bomba preste á explodir e quando explodir vai ferir apenas eu e Dulce!


 


— Eu sei de tudo, Anahí e também sei que Lydia não presta, mas você está enganada ao achar que ferirá apenas você e Dulce, destruirá todos Espinosa. Eu, você, Oliver, Dulce e mamãe. — Claudia disse tensa. — Nossa família cairá na boca do povo, nosso prestígio vai lá para baixo. Vai ser o fim da mamãe. Você ouviu o que o cardiologista disse, ela não pode ter fortes emoções.


 


— Destruir a nossa família? Do que você está falando? Por favor, seja mais explicita porque eu não estou entendendo nada.


 


Então, Claudia me contou tudo. Minha expressão foi de incredulidade para decepção. Sou extremamente contra traição, não importa á forma ou jeito, abomino traição e não era de hoje que a minha opinião sobre isso era a mesma. Eu ainda não estava acreditando... Claudia e Paola? Que loucura! E o pior de tudo numa boate onde a exposição era extrema? Quando se é um casal ainda é relevante, mas amantes?


 


— Você foi burra, muito burra. Existem inúmeros motéis e hotéis, lugares discretíssimos para você fazer o que quiser sem ser notada. — Expressei a minha opinião sem me importar se agradava ou não a minha cunhada. — A vida é sua e você faz o que bem entender com ela, mas tenha um pouco de consciência! Por causa de um ato inconsequente teu, a família será obrigada a pagar o pato. Por tua culpa que estamos nas mãos daquela infeliz! — Alterei-me. — Pelo amor de Deus, o que você tinha na cabeça? — Perguntei irritada.


 


A expressão de Claudia endureceu, o seu olhar era capaz de congelar o fogo, mas eu não me intimidei. Encarei-a da mesma forma, estou muito pu/ta da vida!


 


— Eu sei que o erro é meu. — Claudia disse com rispidez. — Não preciso que você esfregue isso na minha cara porque estou ciente de tudo. Eu só quero saber se você vai me ajudar, não por mim, mas pela a minha mãe já que diz que a ama tanto...


 


— Eu a amo! E sempre deixei bem claro o meu sentimento pela Blanca.


 


— Então, pronto. Você vai me ajudar ou não?


 


— Vou. — Respirei fundo e soltei o ar pela boca. — Mas não acha que é melhor contar á Dulce? Ela pode ter uma decisão diante disso.


 


— Não. Dulce vai confrontar a Lydia, o que não seria uma má ideia, mas a questão é que Lydia tem o vídeo com outras pessoas e não sabemos quem. Não posso me arriscar desse jeito. — Ela segurou em minha mão. — Desculpe-me, ok? Pelo meu ato inconsequente, por trazer essa bomba pra nossa família e por ter sido ríspida com você.


 


— Eu ainda estou muito chateada com tudo isso... Mas, eu te amo e a tenho como uma irmã mais velha, não vale a pena nos intrigarmos por isso. — Dei uma tapinha suave na mão dela. — Eu não quero a Lydia junto de Dulce, mas se isso implica poupar a Blanca, é o que importa.


 


— Eu também te amo. — Claudia sorriu e soltou a minha mão. — Você para mim é como uma irmã mais nova, bem mais nova. — Rimos. — Vou buscar uma solução para vencer a Lydia, enquanto isso, teremos que aturá-la, mas ficarei bem esperta em relação á ela. Uma hora ela vai pisar errado e eu estarei lá para dá uma rasteira.


 


— Nós estaremos.


 


Sorrirmos cumplices. Seja como for e aonde for, Lydia não iria sair impune disso. Ela estava mexendo com as mulheres erradas e se ela queria guerra, era guerra que ela teria. Eu não entro em um jogo para perder e olhando para a Claudia, sabia que ela também não...


 


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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 615



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  • tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29

    Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50

    Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)

  • andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51

    Olá!! Essa história tem uma primeira parte?

  • vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24

    Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!

  • raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46

    Amei a história de início ao fim.

  • raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10

    Sério o mulher fraca morreu rápido..

  • raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38

    Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02

    Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16

    A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho

  • maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39

    "Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk


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