Fanfics Brasil - Capítulo sessenta e nove. True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA.

Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.


Capítulo: Capítulo sessenta e nove.

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POV DULCE


 


“Dulce, você sofre de uma doença incurável chamada Síndrome de Turner”. Dra. Linda havia dito.


 


“Síndrome de Turner?”. Anahí perguntou confusa. Já que eu me mantive calada, o nome da doença em si, parecia ser ruim por demais. “Mas o que é isso?”.


 


“É quando o par de cromossomos X não é normal, podendo apresentar um cromossomo X ausente ou parcialmente ausente. O que se torna quase impossível uma gestação”. Dra. Linda explicou com paciência. “Para uma gravidez é necessário que os números de cromossomos sejam de 45, porém, a Dulce reproduz um número bem menor, quase trinta, o que a impede de procriar, mesmo com a presença do esperma no óvulo, os cromossomos são insuficientes para realizar a fecundação”.


 


Não esperei para escutar o final. Simplesmente me levantei e sair do consultório por não ter mais condição psicológica para ouvir mais nada. Estava tudo explicito. Sou estéril e minha doença não dava espaço para nenhum tratamento. A notícia foi uma bomba chiando em minhas mãos. Eu nunca poderia ter um filho, nunca poderia sentir a sensação de sentir um ser crescendo dentro de mim, ganhando forças e vitalidade. Eu nunca poderia gerar uma vida, e esse pensamento me fez se sentir inútil.


 


Sentei-me na frente da clínica, no parapeito. As lágrimas rolavam dos meus olhos. Eu nunca pensei em ter um filho, mas a ideia de não tê-lo, nunca, me fazia desejar muito um. O sofrimento me atingiu como uma tijolada firme e potente em meu rosto. Um filho...


 


Isso eu não podia fazer porque sou uma inútil que não tinha a capacidade de gerar um filho. Apertei a minha mão contra o meu rosto e deixei que a dor me consumisse, amaldiçoando-me por ser incapacitada biologicamente. Estava me corroendo quando escutei as rodinhas dos carrinhos se aproximarem, logo o perfume de Anahí atingiu as minhas narinas. Ela parou o carrinho e sentou-se ao meu lado.


 


— Uma notícia muito difícil. — Anahí começou. — Eu não sei o que está se passando em sua mente, mas tenho uma pequena noção dos conflitos e também da culpa que está carregando dentro de si. — Ela segurou a minha mão. — A dor precisa ser sentida, não ficarei com discurso altruísta, mas quero que você se lembre de que não está sozinha, que sua dor também é minha, assim como também a felicidade e outros sentimentos que possa invadi-la, saiba que eu compartilho do mesmo. Por que sua felicidade é a minha. Sua tristeza também é a minha. Tudo que possa fazer parte de você também faz parte de mim. E que se por um momento se achar incapaz, recorde-se de que você tem uma família que a ama incondicional e quem se você seriámos pequenas partículas perdidas no mundo... Você a base de nós, Dulce e sempre será. — Ela me olhou nos olhos, assim como os trigêmeos que nos olhavam com seriedade. — Você é essencial para a nossa felicidade. Você é tudo, Dulce... Simplesmente tudo. — A voz dela saiu embargada.


 


Olhei para eles... Oito pares de olhos azuis me encaravam, incluindo da minha esposa e eu pude sentir... A expectativa, o amor, e a ansiedade deles. Eles esperavam qualquer movimento de mim para que seguíssemos em frente.


 


Funguei fortemente e olhei para a Anahí. Os seus olhos estavam tão amáveis e acolhedores que fez com que a minha reclusão se tornasse uma inclusão. Porém, a insegurança, aquele sentimento de impotência me acompanhava.


 


— Você não vai achar que sou uma inútil? — Abaixei a minha cabeça. — Sou tão imprestável que não consigo conceber.


 


Anahí acariciou o meu rosto com os dedos, fazendo-me suspirar, as lágrimas ainda caiam, silenciosamente. Seus dedos se firmaram no meu queixo e ergueu o meu rosto, nossos olhos se encontraram... Os olhos azuis transbordavam tanto amor, tanto respeito e consideração que me fez resfolegar.


 


— Inútil? Você acha mesmo que eu iria pensar isso de você, meu amor? — Anahí perguntou carinhosamente, quando não obteve resposta, continuou. — Sabe o que eu vejo ao olhar para você? — Balancei a cabeça em negativa. — Uma mulher integra, com uma personalidade admirável e uma bondade capaz de mover a terra. Você me aceitou em um momento difícil de minha vida, ou melhor, dizendo, nos aceitou. Você nos acolheu com tanto amor, com tanta entrega, com tanto carinho que se tornou crucial em nossas vidas... Você amou e idolatrou os bebês que não era teu, biologicamente falando. Mas nos mostrou que para amar não precisa ser sangue com sangue, não precisa ter nenhum material geneticamente fornecido... Basta se doar e destinar o amor para outra pessoa — Ela sorriu. — Basta acreditar para acontecer, e se hoje, minha felicidade existe é por sua causa. Você é mais que útil Dulce... Você é a essencial para minha existência. — Os olhos de Anahí lacrimejaram, assim como os meus. — O fato de você ter um problema de saúde não vai me fazer amá-la de menos... Pelo contrário, eu te amo grandemente pelas suas qualidades e seus defeitos que fazem parte de ti, amo cada particularidade tua. Exalto-a pela grande mulher que és... Você nunca se tornaria inútil em minha vida, muito menos dos nossos filhos. A biologia não é necessária em nossas vidas, quando temos a física e a química ao nosso favor...


 


Minhas lágrimas foram embora, restando apenas o sorriso sincero. Como eu poderia me manter triste depois desse discurso da Anahí? Ainda era difícil de aceitar que eu era estéril, mas olhando a minha esposa e os nossos filhos, sentia-me conformada. Fiz uma retrospectiva e me recordei o quão sou feliz... Se Anahí, Lily, Nina e Pietro não existissem em minha vida eu seria uma mulher fardada apenas a vida profissional com sucesso, mas com a vida pessoal destruída... Mas com eles, eu tinha uma perspectiva tão doce... Tão realizadora. A dor precisava ser sentida, isso era fato, mas ao lado dos seus amores tornava o sofrimento suportável.


 


Puxei a Anahí pelo pescoço para um selinho, escutei um dos trigêmeos resmungando, isso nos fez rir entre o contato dos lábios. Meus olhos ainda estavam úmidos quando me afastei dela.


 


— Sabe... Eu não sei quando, mas ao acompanhar a sua gravidez, a força da maternidade, tive vontade de mais... — Confessei. — De ter mais filhos, da nossa família ser realmente grande, com muitos filhos, diversos netos e inúmeros bisnetos.


 


Anahí beijou o meu rosto, cada beijo parecia o antidoto para a minha dor. Os últimos beijos foram direcionados em meus olhos molhados. Fechei-os e assim que abrir encontrei os olhos azuis tão brilhantes que era impossível não ser irradiar com eles.


 


— E quem disse que isso não é possível? — Anahí falou me olhando e com um sorriso que era capaz de mover o mundo. — Tudo é possível quando existe amor... Você me mostrou isso, e eu nunca irei esquecer essa lição. Você me provou que o amor move o mundo, se move o mundo, por que não pode mover a nossa família? Independente de que útero seja procriado... Meu, teu, ou de estranhos, mas quando o amor que existe dentro do nosso peito é tão grande que criem laços e floresça, uma simples rosa se transforma em um rosário... O amor move as pessoas, então, o seu sonho não está perdido... Tudo é possível quando acreditamos e amamos a ideia, Candy...


 


Diz-me... Como não amar essa mulher que fazia uma floresta negra se transformar em iluminada e repleta de vida? Peguei-me sorrindo por que ela tinha razão em suas palavras... Não importava sexo, religião, etnia e crença, quando existia o amor tudo era possível. Uma nova esperança flamejou em meu peito... Enxerguei o quão era feliz. Tenho a mulher dos meus sonhos, os filhos mais doces ao mesmo tempo geniosos e perfeitos do mundo, quando o amor transbordava em seu coração, o gene era simplesmente insignificante porque o seu amor faz tudo transbordar e prosperar, diante desse pensamento, eu sabia/sei que tudo seria possível, bastava crer.


 


Claro que o impacto e a surpresa não iriam passar do dia para á noite. Porém, eu sentia que a minha luz estava bem protegida por Anahí. Um reconforto me invadiu... Ela me amava pela forma que eu era não importava os meus defeitos e muito menos minha infertilidade. Ela me amava com todas as junções e isso era apaziguador...


 


— Eu te amo... Você tem noção disso, não é? — Disse com a voz emocionada.


 


Anahí sorriu tão lindamente que os seus olhos transformaram-se do azul para esverdeados.


 


— Sim, tenho noção. Da mesma forma que eu te amo, te venero e te quero... — Ela se declarou, com as bochechas coradas, mas seu sorriso não se desfez em nenhum momento. Limpou as lágrimas que ficaram rastreadas em minhas bochechas. — Ao seu lado vivo um sonho tão adocicado, minha Candy...


 


— Minha Narrí... — Murmurei com a voz sussurrada. Agarrei o rosto dela, os olhos azuis adquiriram um brilho tão profundo que me sentia em especial. — Eu te amo loucamente, obrigada por me fazer se sentir especial quando a sensação é de que sou um brinquedo sem motor.


 


Ela me puxou pra um abraço apertado, mergulhei no conforto dos seus braços, sentindo-me protegida e indestrutível. Anahí conseguia me passar tanta energia positiva que era impossível me entregar... Tristeza parecia tão vaga diante da grandiosidade de sua presença.


 


Ficamos assim, abraçadas sem contar o tempo até que não quis mais me manter presente. Levantamo-nos, e como uma família unida como deveríamos ser, saímos empurrando o carrinho triplo dos nossos filhos. Perante o falatório de Anahí e dos sorrisos frouxos dos nossos filhos, senti-me ricamente abonada... Deus escrevia certo em linhas tortas. Eu não podia gerar, mas isso não me impedia de amar e o amor que eu tenho em meu peito fazia tudo se torna real e mágico.


 


Ainda estou de luto sobre a minha descoberta, mas isso não me impedia de seguir em frente. Como uma música de Gilberto Gil que Anahí me apresentou recentemente dizia “Andar com fé eu vou que a fé não costuma faiá”. Enquanto existisse fé, era sinal de dias bons...


 


**


 


Será que a fé nos dias bons irá continuar perante os nossos acontecimentos que estão por vir?


 


Tadinha de Dulce... Ainda bem que ela tem a Anahí, não?


 


**


 


Yasmim: Continuando...


 


Naiara: Ah, Claudinha... A família dela vai aumentar sim, mas não nessa temporada! Não vai demorar a surgir.


 


Luh_perronita: Exagerada mesmo. Até parece que Anahí é leonina! Hahaha. Dulce recebeu uma porradinha em saber que é estéril, mas tenho certeza que ela vai superar isso. O que seria uma fanfic com Alison Dilaurentis em Emily Fields? Hahaha. Ali vai voltar, na segunda temporada!


 


Pamelassbb: Tadinha de Dulce, não é? Não merecia isso, mas infelizmente nem tudo é perfeito. Oba! Espero que o seu vício se mantenha bem muito. CTA me deixou triste também o final, foi a minha primeira fanfic portiñón e eu fiquei surpresa com a repercussão.


 


Valéria_traumadinha: O seu achismo estava certo ou pensou que era outra coisa? A Isis só apareceu pra causar ciúme no casal! Hahaha. Calma, peixinho, vem uma morta futuramente aí, só não sei de quem será... Dos bonzinhos, ou dos malvadinhos. E Paola está fora de circulação por hora. E os trigêmeos são um amor. Vai ter mais interação com eles na próxima tempo que eles ficaram um pouquinho maiores.  



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 615



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  • tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29

    Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50

    Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)

  • andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51

    Olá!! Essa história tem uma primeira parte?

  • vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24

    Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!

  • raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46

    Amei a história de início ao fim.

  • raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10

    Sério o mulher fraca morreu rápido..

  • raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38

    Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02

    Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16

    A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho

  • maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39

    "Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk


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