Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.
POV ANAHÍ
— Pietro! — Exclamei com o coração acelerado e o suor impregnado em minha testa, e em minha nuca. Os meus cabelos estavam grudados neles. Amarguei ao abrir os olhos e perceber que tinha sido apenas um sonho e que o meu filho não estava em meus braços.
Apertei firmemente o ursinho do mesmo contra o meu rosto e o beijei suavemente, como se eu tivesse beijando o rostinho do meu filho. Ás lágrimas rapidamente surgiu. Essa dor que me dilacerava era constante, arrancava-me a alegria de viver, á vontade de viver. A angústia se tornara a minha companhia...
E tudo isso porque fui irresponsável. Porque não fui uma boa mãe. Os meus filhos não me merecem, fui displicente, e levaram o meu Pietro. O meu anjinho... Era culpa minha, mesmo com a Dulce, e os outros dizendo que não, eu sabia que era. Minha consciência e o meu coração não me enganavam.
Todo o meu corpo doía. Era além de dor física. Minha cabeça parecia que iria explodir, mas comparado com o sofrimento da minha alma, parecia nada. Olhei para Dulce que dormia em minha frente, o seu rosto estava marcado de tristeza... Tudo culpa minha. Ela e as meninas não mereciam sofrer dessa forma por um erro meu.
Eu tinha que consertar isso. Tinha que trazer o Pietro de volta, mas como?
Levantei-me com cuidado para não acordá-la. Todo o meu corpo reclamou, parecia que eu tinha levado uma surra. O meu esgotamento físico juntamente com o psicológico era arrasador. Tive que fazer um esforço sobre-humano para dá uns passos.
O apartamento estava silêncio. A porta do quarto de hóspede estava aberta, e minha cunhada dormia, parecia extremamente cansada, julgando a posição que estava, toda torta. Ainda entrei e a cobrir. Depois sair e fechei á porta. Fui até o quarto dos bebês. Meu coração se comprimiu ao ver o berço do Pietro vazio...
Novamente as lágrimas vieram às bordas, limpei-as com as mãos trêmulas. Olhei para as minhas filhas, e me sentir reconfortada por elas estarem bem. Beijei a testinha de cada uma.
— Eu amo vocês. — Murmurei.
Emily estava dormindo na poltrona, parecia igualmente cansada. Não se acordou com a minha presença. Coloquei o ursinho do Pietro no bercinho dele e sair do quarto para o meu. Eu precisava de forças para cuidar das minhas filhas, não sabia como, mas eu precisava ter, caso o Pietro...
Não terminei o pensamento porque me fez quebrar mais ainda.
Como tudo virou de cabeça para baixo? Até ontem, eu era tão feliz... Hoje, sou apenas uma sombra da mulher que era ontem, e não sei se poderei mais ser novamente feliz com a minha família incompleta.
Fui até o criado-mudo em busca de uma aspirina quando vi o meu celular. Por hábito, o peguei e meu sangue gelou ao ver as ligações perdidas de um número privado. O meu coração bombeou tão forte que fiquei tonta e foi necessário sentar na cama.
Tremendo, destravei o celular e li as mensagens com a garganta seca. Entre tantas, a última me chamou atenção...
“Achei que o seu filho fosse importante para você, Anahí. Farei a última ligação, e se não atender, diga adeus á ele”.
Fiquei em pânico. Olho o horário da última mensagem, fazia dois minutos que fora enviada. Fiquei encarando a tela do celular, implorando á Deus para que ligassem novamente. E ligaram, atendi no primeiro toque.
— Alô? — Minha voz saiu trêmula, ansiosa...
— Até que enfim, achei que teria que me livrar do pirralho. Informo que vontade não me falta, mas qual seria a graça de fazer isso? — A voz disse, e o choque me invadiu ao reconhecê-la.
— A-Adam. — Disse meio fraca. — Cadê o meu filho? Ele está bem? Por favor... — Comecei a chorar.
— Calma meu amor. Poupem as suas lágrimas e sua imploração. — Adam disse sarcástico. — Ele está bem. Consumiu muito da minha paciência com essa manha sem fim, ainda teve a audácia de rejeitar o leite. Criança chata pra se alimentar, anda a criando com péssimos hábitos, mas... Imaginei o que de bom ele irá me trazer. — Um breve silêncio. — Ele está dormindo como um anjinho.
— Por favor... — Solucei, tentei controlar as minhas lágrimas. — Devolva-me ele. É dinheiro que você quer? Eu lhe dou todos. Mas, por favor, entregue o meu filho...
— O que a faz acreditar que eu quero o seu dinheiro? Melhor dizendo, o dinheiro de Dulce? Estou pouco me lixando para dinheiro. — Adam disse com a voz irritada.
— O que você quer? — Perguntei rapidamente, aflita.
Ele deu uma risada divertida, senti um calafrio em minhas costas ao escutá-lo. Segurei o celular com tanta forma em minha mão que á qualquer momento parecia que iria quebrá-lo. Escutei o que ele queria e fechei os olhos, sentindo o meu peito esmagasse ainda mais. Mas se esse era o preço para ter o meu filho de volta, pagaria.
— Lembre-se: Se colocar a polícia na jogada, diga adeus ao seu filho. Eu posso até ser preso, mas tenha certeza que não o encontrará com vida. Mandarei á foto do seu pirralha juntamente com a localização. — Adam informou, então, sua voz ficou sombria. — Voltou á repetir, Anahí, nada de polícia... Você como ninguém sabe como um bebê é frágil e qualquer movimento brusco pode custa-lhe a vida. — Desligou.
Levei a mão á boca quando outro soluço me escapou. Olhei ansiosamente em direção á porta, com receio de que alguém tivesse escutado. Um minuto depois, a foto do meu filho e o endereço chegou... Chorei ao ver o meu pequeno, meu coração se alegrou ao ver que ele estava bem, mas também doeu de saudade.
Adam me deu meia-hora para chegar até o local. Sem pensar muito, busquei á chave do meu carro. Tinha que sair do apartamento sem chamar atenção, sei que na recepção tinha muitos policiais, sem contar que os seguranças também estavam presentes. Eu terei que usar o elevador de serviço que dava diretamente á garagem. Não podia sair com o meu carro, então, soltei ás chaves. Também, não poderia chamar um táxi. Se eu colocasse os pés fora do apartamento, os seguranças chamariam á Dulce, e os policiais provavelmente impediriam á minha saída.
Sair do quarto da mesma forma que estava, então, ao ver Emily ainda dormindo na poltrona, minha mente clareou. Fui até ela e me agachei, balancei o braço da mesma que acordou em um pulo.
— Anahí! — Ela exclamou.
— Shhhh! — Pedi com ansiedade. Olhei para á porta com receio.
Emily me olhou com o cenho franzido.
— Está precisando de alguma coisa? — Perguntou com a voz baixa.
— Na realidade, sim. Eu preciso que você me ajude em uma questão de vida e morte. — Falei e me levantei. — Preciso que me ajude á salvar o meu filho...
Emily não me fez muitas perguntas. Na realidade, ela não fez nenhuma pergunta. Simplesmente ouviu o meu plano e disse que ajudaria. Antes de sairmos do apartamento, voltei a beijar as minhas filhas e desejei que um dia, elas me perdoassem. Assim como á Dulce... Ter que deixá-las me doeu, mas era o único jeito.
Sairmos sorrateiramente do apartamento. Não quis encarar a dor sufocante em meu coração, mantive o meu pensamento focado em Pietro. Eu irei salvá-lo. Pegamos o elevador de serviço e sairmos na garagem. Emily que ia dirigindo, eu, fiquei no banco de trás, deitada no chão do carro para não ser vista.
Como era de esperar, o carro foi parado pela polícia.
— Boa noite, senhorita. Não acha que é um pouco tarde para sair?
— Boa noite, policial. Realmente é, mas recebi uma ligação de minha mãe... Minha avó de oitenta anos foi socorrida para o hospital e não posso falhar com a minha obrigação. — Emily disse tranquilamente.
— As senhoras Espinosa sabem de sua saída? — Ele perguntou.
— Com certeza. Não movo um pé sem permissão delas. Preciso desse emprego, e ser demitida não é uma opção.
O policial concordou.
— Boas melhoras para a sua avó, Srta. Fields.
— Obrigada. — Emily respondeu ainda séria.
Quando o carro ganhou movimento e afastou do edifício. Sentei-me no banco detrás, olhando ansiosamente para o meu celular, a foto recente do Pietro me acalentando.
— Eu espero que saiba o que está fazendo. — Ela disse, me olhando pelo retrovisor.
— Com toda certeza que sim. — Respondi sem pestanejar.
O trânsito livre não demorou muito para chegar ao local indicado. Era a periferia de Barcelona. Era horripilante, o ambiente cheirava á sexo e a droga. Paramos em uma rua estreita com apartamentos de seis andares de aspecto sujo. Ao longe, dava para escutar gritos, como se houvesse alguma briga próxima. As luzes dos postes pareciam não vencer as sombras da noite.
— Esse lugar é horrível. Tem certeza que é aqui? — Emily perguntou, deixando o carro em ponto morto.
— Absoluta.
Cinco minutos depois, um carro parou na frente do nosso e os refletores piscaram.
— Deve ser ele. — Abrir a porta do carro para sair, mas Emily me segurou. Olhei para ela. — O que foi?
— Por favor, tome cuidado. — Pediu receosa.
Balancei a minha cabeça em positivo, moída de coragem sair do carro e fechei á porta. Cruzei os meus braços para vencer o frio e me aproximei, ignorei as batidas violentas do meu coração e o medo que deixava a minha boca amarga. Minha respiração se prendeu quando á porta do carro se abriu, mas todo o meu medo deu lugar á um choro de alivio e felicidade ao ver o meu filho enrolado nos braços do Adam.
Corri até ele, e o peguei. Praticamente o tomei dos braços do Adam. Pietro dormia tranquilamente. Abracei e dei muitos beijos em meu filho que acordou com a agitação... Ele sorriu para mim e meu choro aumentou. Todo medo, todo peso, tudo de ruim saiu das minhas costas ao ver os olhos azuis e o sorriso sem dentes.
— Como eu te amo, meu filho. Como eu te amo! — Disse chorando, ainda o enchendo de beijos que arrancava mais sorrisos do meu pequeno.
— Tudo está muito lindo... — Adam me interrompeu. — Mas lembre-se que temos uma moeda de troca aqui. E acho muito bom você cumprir. — Ele levantou a camisa, revelando o cabo da arma.
Engoli á seco. Puxei fundo a minha respiração, e parei de chorar. Limpei as minhas lágrimas e caminhei até o carro. Emily estava com o vidro abaixado e parecia radiante ao ver o Pietro. Dei o meu filho á ela, foi ter o Pietro longe de mim que sentia a sensação de vazio, agora com mais força, porque não estava deixando apenas o meu filho, mas as minhas filhas e minha mulher.
— O que significa isso, Anahí? — Emily perguntou com o Pietro nos braços. Meu filho choramingou por estar longe de mim. Minha vontade era de pegá-lo e acalantaram, mas eu não podia.
— Esse foi o trato para ter novamente o meu filho. — Disse com voz rouca, as lágrimas ardendo nos olhos, pisquei para dispensá-las. — Eu no lugar do Pietro.
— Vamos, Anahí! — Adam disse com impaciência.
— Isso é loucura! — Emily exclamou de olhos arregalados.
— Diga á Dulce, que eu a amo... Muito. E esse foi o único jeito para ter o nosso filho de volta...
— Anahí. — Adam chamou mais uma vez.
— Diga á ela que cuide bem dos nossos filhos. — Disse apressadamente. — Avise que estou com o Adam. Ele que raptou o Pietro.
Não esperei á resposta de Emily e voltei para junto do Adam que me pegou pelo braço e me arrastou para o carro. Jogou-me no banco de passageiro e sentou no banco do motorista, ligou o carro e deu ré. Enquanto o carro se afastava do carro de Emily, fui me sentindo seca por dentro, morta... Eu não iria chorar porque tudo em minha tinha ficado deserto.
— Um novo recomeço para nós... — Adam disse feliz e acariciou a minha coxa desnuda, causando-me repulsa.
Mantive-me parada, com os olhos fixos para frente. Não era um recomeço, nunca que iria ser. Era o início do fim da minha vida...
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Ah Anahí... O que lhe reservará?
Eu achando que a fanfic iria terminar na sexta. Mas pelo jeito, será na segunda mesmo!
E aaaaaaah... Manuelito nasceu! E acho que o danadinho vai ser bonitinho. Se não for parecido com o pai, e nem meio assustador como Dan Herrera. Hahaha.
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Kah: Claro que sequestrei! Hahaha. Alguém tinha que rodar nessa estória. Sobre Anahí querer mais vai ter um motivo para segunda temporada. Tudo arquitetado em minha pequena mente. Acho que a gravidez vai ser a última preocupação de Dulce.
Luh: O Adam alimentou! Ele não é tão malvado assim... Imagina só, deixar o bebê sem comer por vinte quatro horas? Seria o cumulo! Hahaha. Já apareceu, mas infelizmente, ela não ficará com ele. Emily Fields tem que começar a ganhar espaço nessa fic.
Kakimoto: Uma maldade não faz mal á ninguém, e muito menos um drama. KKKKKKKKKKKKK. Pietro voltou. Ê!
SiemprePortinon: Vou. Sabe que uma fanfic minha sem maldade não é uma fanfic, mas o meu coração continua aqui, ein? Bem intacto! Ás vezes, uma traição básica é melhor do que certas coisas que podem acontecer. Tu não acha não? Hahaha.
Autor(a): ThamyPortinon
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POV DULCE Á minha sala estava cheia de policiais e com os detetives responsáveis pela investigação. Mesmo com o falatório, não conseguia entender nada por que a minha mente não estava presente... Estou á ponto de um colapso nervoso. Não sabia onde estava á Anahí. Simplesmente tinha sumido, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 615
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tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29
Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!
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flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50
Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)
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andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51
Olá!! Essa história tem uma primeira parte?
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vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24
Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!
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raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46
Amei a história de início ao fim.
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raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10
Sério o mulher fraca morreu rápido..
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raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38
Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso
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maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02
Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais
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maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16
A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho
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maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39
"Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk