Fanfics Brasil - Capítulo final. True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA.

Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.


Capítulo: Capítulo final.

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POV DULCE


 


Eu estava na viatura quando escutei no rádio sobre um acidente de carro. Um calafrio intenso passeou pelo meu corpo, quebrando as minhas barreiras de proteção e a minha esperança. Principalmente quando escutei que se tratava de um homem e uma mulher, e que um dos dois tinha falecido. O meu coração foi para a garganta, sentia o frio do medo e do presságio me rondando, deixando-me aflita.


 


— Pergunte as características do casal. — Disse ao detetive. — Pergunte como era o carro e a placa!


 


— Sra. Espinosa não creio que seja necessário. — Ele tentou me persuadir. — Nem tudo é o que achamos ser.


 


— Pergunte! — Gritei o assustado. — Pergunte agora porque se foi a minha esposa, eu tenho todo o direito de saber!


 


Ele me olhou por uns segundos, então, fez á pergunta pelo rádio. Estávamos próximos a B-10. Uma voz dentro de mim dizia que era o carro do Adam, sexto sentido de uma mulher nunca era falso ou enganava. Tudo dentro de mim insinuava que tinha sido, e esse pensamento causava um nervosismo tão forte dentro de mim que apesar de ser madrugada e está frio, meu corpo suava como se tivesse debaixo de um sol escaldante, sem contar que uma sensação tão ruim crescia dentro do meu ser que me fazia mover no banco do carro e direcionar os meus pensamentos para uma simplória ilusão que ela estava bem.


 


Quando a confirmação veio no rádio, escapou um soluço alto e estrangulador de minha garganta. Mordi meu lábio inferior com tanta força que senti o gosto do sangue invadi a minha boca, era isso ou gritar desesperadamente. Um morrerá. E se tivesse sido a Anahí? Não! Deus não iria ser tão cruel comigo á esse ponto, ele sabia que minha vida dependia da existência do meu amor.  A viatura alarmou, mesmo sendo madrugada, com o acidente, o transito tinha parado, principalmente dos caminhoneiros que preferiam viajar á noite. Eles abriram caminho para viatura, ao longe, as sirenes estavam ligadas, as luzes vermelhas refletiam no para-brisa da viatura, antes mesmo de ela parar, saltei, ainda escutei o detetive me chamar, mas não olhei para trás, apesar de trêmula e minhas pernas parecerem dois gravetos, caminhei até o acidente, afastei as pessoas que tinham saltados dos seus carros e tentavam espiar o dano causado e me aproximei mais, com o coração na boca e o medo me assolando.


 


Não precisei me identificar na corda humana dos policias. Eles me reconheceram e abriram espaço para eu passar, foi o tempo que vi a Anahí sendo resgatada. Estava em uma maca, seu corpo tinha ferimentos, sua pele sangrava. Ela estava com um colete cervical. Corri até ela, aterrorizada. Ela estava desacordada.


 


— Ela está bem? — Perguntei em pânico, seguindo-os. — Por favor, me responda!


 


Eles me olhavam. Eu continuava os seguindo até que Anahí foi colada na ambulância. Tudo ao meu redor parecia em câmera lenta, às pessoas pareciam não existir, dentro da minha percepção estava apenas eu e minha esposa. Meus olhos varreram o seu corpo, sua pele estava cortada, provavelmente do estilhaço dos vidros, sua roupa também estava manchada de sangue. Sua testa estava cortada, o que parecia ser um corte profundo, qualquer movimento sangrava, seu pescoço estava imobilizado pelo colete cervical, e sua perna direita estava com uma tala desde o pé até a virilha. Um socorrista fazia a ventilação manual através de um ambu. Não dava para distinguir a gravidade porque estava repleta de sangue. Mas vê-la assim, deixou-me mais em pânico.


 


Desnorteada, agarrei na roupa de um socorrista que se assustou com a minha abordagem.


 


— Como ela está? — Perguntei o terror surgindo em minha voz.


 


— O que a senhora é dela? — Ele perguntou.


 


— Esposa. — Respondi com um fio de voz. Minha angustia era forte, tanto que segurar a gola daquele homem parecia reconfortante para mim. — Por favor, diga como está a Anahí.


 


— Escute, eu não posso afirmar nada porque ela precisa de exames para confirmar o laudo... Mas pela a minha experiência diria que ela está razoavelmente estável. — Ele respondeu, ao ver o meu alivio, voltou a falar. — Como eu disse, precisa de exames para confirmar até porque ela bateu com a cabeça e sua perna não está numa situação muito boa. Mas, diria até que é um milagre que ela tenha saído viva desse acidente, o carro está parecendo uma latinha de sardinha e o motorista não sobreviveu.  — Ele segurou os meus pulsos e me fez o soltá-lo. — Você vai para o hospital conosco?


 


Confirmei com a cabeça, ainda dirigindo as suas palavras. “Milagre”. “O motorista não sobreviveu”, então, significava que o Adam estava morto! Nenhuma parte de mim lamentava por isso, pelo contrário, eu estava indiferente á esse acontecimento, minha preocupação maior era Anahí. Entrei na ambulância e sentei-me, segurei as mãos de Anahí, e iniciei uma oração, pedindo á Deus para que tudo saísse bem... Sentir novamente a sua pele na minha, mesmo que seja fria, fazia-me acreditar que tudo sairia muito bem. Continuei a oração, ignorando os socorristas que iam conosco...


 


Eles queriam levá-la para o hospital público, mas eu não deixaria que isso acontecesse e informei que ela seria atendida no Saint Memorial. O que adiantaria tanto dinheiro se não pagasse o melhor hospital? Ao chegar lá, Anahí foi rapidamente atendida. Entrará na zona vermelha em que eu estava proibida de me aproximar.


 


Liguei para Claudia avisando do acontecimento, ela não viria porque estava ajudando a Emily com os meus filhos, mas assim que pudesse estaria presente. Eu esperei notícia de Anahí... Esperei com angústia, o pessimismo queria ganhar proporção dentro de mim, mas eu não permitia. Sempre buscava positividade. Mentalizei a cura de Anahí. Li uma vez que energias positivas fazia o quadro se reverter. Nesse pequeno espaço de tempo que esperei parecendo uma eternidade. Rói as minhas unhas, os meus dedos estavam inchados e doloridos porque não parei até sangrá-lo.


 


Não consegui me manter sentada. Então, me levantei, andei de um lado para o outro, enxuguei as lágrimas que escorriam dos meus olhos e tentei afastar os pensamentos destrutivos. Ela iria ficar bem, claro que iria... Iriamos passar por esse prova e amanhã ou depois, buscaria os pontos engraçados dessa história e riamos. Tudo iria se normalizar e seríamos o que éramos antes. Eu, ela e nossos filhos. Seriamos felizes novamente, não deixaríamos esse contratempo nos abalar.


 


O meu anseio era tão grande que a recepção do hospital parecia extremamente pequena para mim. Andei de um lado para o outro, agoniada, receando que essa demora toda fosse uma coisa ruim. Abusei-me da cafeína, arrisquei até fumar dentro do local, tudo para me oferecer o mínimo de calma. Estava indo para o meu décimo quinto café quando o neurologista juntamente com o ortopedista apareceu...


 


— Como está a minha esposa? — Perguntei ansiosa, minha voz saiu estranha até aos meus ouvidos.


 


— Aparentemente bem. — O ortopedista respondeu, sendo confirmado pelo neurologista. O meu suspiro de alivio foi saído do fundo da alma, meus olhos ficaram úmidos. Ela estava bem! A sensação de felicidade que essa informação me causou era indescritível. — Ela sofreu uma fratura no fêmur, realizamos a cirurgia de reparo, foi necessária a colocação de três parafusos para conectá-lo novamente á bacia.


 


— Á questão neurológica... — O neurologista começou. — Os exames realizados não acusam nenhuma anomalia cerebral. Ela está fora de perigo, mas por precaução, iremos monitorar as atividades cerebrais por vinte quatro horas.


 


— Graças á Deus. — Respirei com tanto alivio que senti o meu corpo flutuando. — Do jeito que a vi, achei que ficaria em coma ou coisa parecida. — Disse quase ao choro.


 


— Compreendo. — O ortopedista geral disse. — Pelo que soubemos e virmos do acidente, não tinha nenhuma possibilidade de ela sair viva, foi um milagre.


 


Milagre. Era a segunda vez que escutava essa palavra hoje. Eu não levava muita fé nessas coisas, mas depois de hoje, acreditava fervorosamente.


 


— Eu posso vê-la?


 


— Claro. — O neurologista respondeu. — Venha conosco.


 


Os seguir. Anahí estava na UTI. O médico explicou que ela ficaria ao menos 24 horas para depois ser transferida para um quarto. Eu estava perseverante, voltaríamos para o apartamento e seguiríamos com as nossas vidas, o quanto antes possível. Eu acreditava nisso!


 


Entramos na UTI.  Anahí dormia tranquilamente, o seu semblante estava sereno, como se não tivesse passado por nenhum estresse nessas últimas horas. Não aguentei e chorei ao vê-la bem, na medida do possível no leito, mesmo sendo do hospital. Os médicos se retiraram e avisaram que ficaria de plantão, caso precisam deles. Aproximei de Anahí e beijei todo o seu rosto, deixando as minhas lágrimas escorrerem livremente. Ela estava com o aparelho de monitoramento cardíaco ligado em si, com a cânula respiratória, um curativo na testa, a perna operada estava imobilizada e no seu braço esquerdo um soro conectado em sua veia com medicação.


 


— Oh meu Deus. Como eu tive medo! — Disse olhando seu rosto adormecido, acariciei cada pedacinho. — Tive medo de não vê-la mais, de tê-la perdido de vez. Você não imagina como me sentir ao acordar e não vê-la ao meu lado. Eu te amo tanto, Anahí, que viver sem você não seria uma opção. — Beijei os seus lábios, emocionada. — Obrigada por não ter me deixado, por ter ficado por mim e pelos nossos filhos, precisamos tanto de você... — Contornei o lábio dela com o polegar. — Eu te amo tanto... — Funguei ainda sentindo as lágrimas caírem e morrerem em meus lábios.


 


Capturei os seus lábios em um selinho e deitei a minha cabeça em seu colo, era reconfortante sentir o seu coração batendo em meu ouvido, cada batida era a confirmação de que esse pesadelo tinha acabado. As batidas do seu coração era um apaziguador para o meu coração tão aflito! Um bálsamo para a minha angústia e sofrimento.


 


Não sei quanto tempo fiquei nessa posição. Ignorei as dores de minhas pernas que necessitavam de um descanso e de minha coluna por esta curvada. Também o frio torturante que estava o ambiente. Só sei que a sentir se mexer, ergui meu tronco e a encarei, vi que seus globos oculares se moviam por debaixo das pálpebras fechadas. Ela estava acordando!


 


O sorriso surgiu em meus lábios.


 


— Anahí? — Chamei baixinho, tocando em seu rosto.


 


E ela abriu os olhos. Foi o momento que fui lançada ao paraíso. Tentei rir, mas acabei chorando, atraindo á atenção dela que me olhou com intensidade. Eu não conseguia me conter! A felicidade e alívio eram tanto que transbordava dos meus olhos e alargava mais o meu sorriso.


 


— Meu Deus, você acordou... Estou tão feliz... — Disse com a voz emocionada.


 


Porém, tinha alguma coisa errada com Anahí. Ela desviou o olhar de mim, para as paredes brancas e o quarto hospitalar. Parecia desnorteada. Seu cenho franziu ao ver o estado do seu corpo, como tentasse recordar, depois voltou a me olhar com indiferença.


 


— Quem é você? — A voz de Anahí soou rouca demais, parecia em dificuldade em falar. Também fez uma careta como se tivesse com dor. Olhando em seus olhos, via que o brilho que passei um ano assistindo sendo direcionado á mim, não existia mais.


 


O meu sorriso e minha plena felicidade foram se desfazendo, restando apenas a dor que pedia licença ao meu coração e ia o rasgando com uma faca de serra. Lentamente, porém fatal.


 


Do paraíso ao inferno.


 


O que existia nos olhos era muita confusão, e também desconfiança. Ela me olhava como se não me conhecesse. Agia como se eu fosse uma completa estranha. O meu coração martelou, senti como se o chão tivesse se aberto e me sugado para um lugar obscuro, sem salvação. Busquei a mão dela em busca de conforto, querendo exorcizar os meus demônios que se alegravam com a minha derrota, mas assim que a toquei, ela puxou a mão como se eu tivesse a violando e seu semblante se tornou seríssimo.


 


Eu não consegui falar, minha garganta travou e minhas palavras morreram no fundo dela. Lágrimas amarguradas queimaram em meus olhos ao constatar que essa não é a mulher que me apaixonei me casei e vive o meu sonho de amor por mais de um ano.


 


Ela não era mais a minha Anahí...


 


FIM DA PRIMEIRA TEMPORADA.


 


 


 


 


**


 


E acabou!


Sinto-me feliz por ter completado a primeira temporada e com uma boa receptividade de vocês! Espero contar com vocês na próxima temporada. Xoxo.


 


**


 


AnaDulcetes2: Oh, não fica triste não, linda...


 


Maninha_sah: O importante é que você conseguiu se atualizar, não é? Oh, obrigada. Sempre fico sem graça quando recebo elogio. É muito especial para mim saber que sou a admiração de alguém, é sinal que com a minha escrita consigo passar coisas boas, mesmo que algumas partes são tensas. Obrigada novamente. E desejo-te o mesmo. (Ainda estamos em Janeiro, então, felicitação de ano novo é aceitável). Hahaha. Ah, quem está sem palavras sou eu com tanta admiração...


 


Kakimoto: Olha a boquinha, mocinha.


 


Garotaloka: Eu tenho pena sim, tanto que fiz o Adam morrer. Imaginar que fosse o contrário e Anahí fosse para a cidade dos pés juntos? Thanks! *-*



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 615



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  • tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29

    Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50

    Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)

  • andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51

    Olá!! Essa história tem uma primeira parte?

  • vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24

    Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!

  • raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46

    Amei a história de início ao fim.

  • raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10

    Sério o mulher fraca morreu rápido..

  • raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38

    Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02

    Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16

    A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho

  • maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39

    "Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk


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