Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.
Que alegria retornar aqui e ver que vocês ainda estão comigo. Por um momento, fiquei com medo de que tivessem me abandonando. Las quiero mucho!
POV DULCE
— Chama-se amnésia dissociativa. — Explicou-me o médico com a voz neutra. — É um transtorno dissociativo que ocorre uma repressão de memórias importantes. Ela está associada á um grande nível de estresse ou eventos traumáticos. — Fez uma pequena pausa. — Realizamos vários testes, principalmente o eletroencefalograma. As funções cerebrais estão em perfeitas condições, sem nenhuma doença neurológica ou efeito colateral por conta do acidente. Ela sofreu um grande transtorno de estresse pós-traumático, foi á forma em que encontrou para se autopreservar contra as memórias dolorosas.
Mantive-me calada, apenas escutando. Minha cabeça estava girando e receei que á qualquer momento fosse desmaiar. As informações faziam a minha cabeça latejar, um pouco á cima da nuca. Um calor peculiar esquentava apenas a minha cabeça, como se tivesse torrando o meu cérebro.
Olhava o movimento dos lábios do médico, enquanto, ele me dizia com palavras bonitas que a minha esposa tinha se esquecido da nossa história, do nosso amor, de mim...
Minhas lágrimas queimaram os cantos dos meus olhos, ameaçando cair. Abrir a minha boca, e passei a ponta da língua no canto da minha boca, de alguma maneira isso impedia de que eu chorasse. O meu peito estava comprimido, á cada respirada parecia que as minhas costelas estavam se apertando mais em meu coração, o cravando e o fazendo ter uma hemorragia.
Estou destruída. Psicologicamente, fisicamente, emocionalmente. O rumo parecia não existir mais para mim. Os meus planos, a minha perspectiva de vida incluía a Anahí. Mas, se ela não se lembrava de mim, como poderia tê-los novamente?
O médico olhava-me pacientemente, dei-me conta que perguntas ainda teriam que ser feitas.
— Ela vai recuperar a memória? — Perguntei, estranhei a minha própria voz. Sentia-me estranha em todos os sentidos.
— Pode ser que sim, pode ser que não. — Respondeu e eu sentir ainda mais o meu coração sendo exprimido, a dificuldade respiratória aumentou. — É algo gradativo, lembranças podem retornar num ambiente mais tranquilo, o convívio com a família e até mesmo na inserção ao ciclo social. Ela se lembra quem é, quem são os seus pais e os seus irmãos até mesmo a profissão. Creio que será questão de tempo para se recordar de tudo.
— Então, ainda existe uma esperança. — Murmurei mais para mim do que para o médico. Eu não queria ser pessimista, mas ainda estava em choque por não ser reconhecida pela mulher que amo. — E o tratamento? — Voltei á perguntar, pressionando os meus supercílios muito doloridos.
— Benzodiazepínicos para episódios de ansiedade ou até mesmo relaxamento, mas não acho necessário no caso de Anahí, e também não aconselho, até porque pode haver uma mistura de fantasia com a realidade, e isso atrapalharia bastante na recuperação dela. Principalmente no estado atual de Anahí, não faria bem ao feto também. — Ele colocou as mãos nos bolsos do jaleco. — E como sabe, existe a opção da psicoterapia, mas Anahí não tem se mostrado muito receptiva á isso.
Claro que ela não estaria... Teimosa do jeito que é. Ou seja, era questão de muita paciência e também muita perseverança. Poderia durar uma eternidade, mas eu não desistiria da Anahí. Nunca poderia fazer isso. Ela é o motivo do meu sorriso, a inspiração para o meu amanhecer, o meu tudo... E eu não posso simplesmente deixar para lá. Faria de tudo para fazê-la recordar do que éramos/somos e se ela não se recordasse, irei reconquistá-la novamente.
Por mim, por nós, por nossos filhos. Nem que os meus dias sejam destinados á reconquistá-la, faria isso. Por que...
— Um minuto. Você disse feto? — Perguntei ao me dá conta da informação, o meu cérebro parecia entrar em colapso, o espanto não me passou despercebido.
— Anahí está grávida de duas semanas, achei que sabia disso. — O médico comunicou. — Nos primeiros exames, nada foi acusado, mas depois que fizemos uma ressonância completa, suspeitamos. O Beta HCG, a ultrassonografia e a ginecologista de plantão confirmaram o resultado.
Soltei uma risada pelo nariz e levei á mão na boca, sem conter as lágrimas que caiam dos meus olhos. Pela primeira vez em quase quarenta e oito horas, eram lágrimas de alegria. Ainda estava confusa sobre a concepção, mas então, tudo estava fazendo sentindo... O seu comportamento de semanas atrás como se tivesse me escondendo algo, o jejum do sexo. Ela tinha feito à inseminação em segredo... Era a única explicação.
— Grávida! — Disse sem nem acreditar. — Uma notícia boa em meio a essa tempestade. — Funguei o nariz e limpei as bochechas com as mãos trêmulas.
— Senhora Espinosa. — O médico colocou a mão em meu ombro. — Sei que o processo é muito difícil, mas tenha paciência. Tudo dará certo, o acidente que sua esposa sofreu fora terrível... Poderia ter a levado á óbito assim como fez com o motorista, mas por alguma razão, ela está viva, isso pode ser considerado um recomeço.
Ah, é. Adam Levine não resistiu aos ferimentos do acidente e falecera. Não que fosse fazer nenhuma falta. Ele colheu o que plantou e pagaria pelos seus pecados no inferno.
Fiquei em estado de choque quando Anahí acordou e não me reconheceu. Porém, me mantive lá... Parada, apenas a olhando, admirando e guardando em meu coração cada detalhe perfeito do seu rosto. Segurei-me, embora que á vontade de chorar fosse gritante, mas me mantive firme até a enfermeira me informar que eu não poderia mais continuar no recinto... Tratava-se de uma UTI, existia horário para visita. Retirei-me com um sorriso amoroso, mas assim que cheguei á recepção, o meu corpo caiu no chão e o pranto foi arrasador. Um funcionário do hospital buscou o meu celular na bolsa e ligara para minha irmã. Claudia não tardara a chegar, e me persuadiu á voltar para o apartamento, de toda via, não podia fazer mais nada no hospital com Anahí na UTI. Eu fui. A noite fora péssima, quase não dormir, os trigêmeos estavam febris, o pediatra foi até o apartamento e eles estavam com febre emocional... Eles sentiam falta de Anahí. Sentíamos...
De manhã, o meu primeiro movimento foi um banho frio para retornar ao hospital. Porém, me atrasei. Eles estavam enjoados e abusados. Pareciam abominar o Mucilon e o leite Ninho. Depois que conseguimos fazê-los se alimentar, eles dormirem, vir correndo para o hospital.
Não iria mais prolongar esse sofrimento. Eles precisam de Anahí, e Anahí precisa deles, mesmo que ela ainda não soubesse.
— Sim, doutor... — O olhei. — Eu quero saber se posso contar á ela alguns detalhes de nossas vidas.
— Não vejo problema algum. Inclusive acho que a ajudará se recordar de algumas coisas.
Meneei a cabeça em concordância para o médico e agradeci por seu apoio. Caminhei pelo corredor do hospital. Os nossos amigos e também familiares sabiam do acontecido. Fora capa de vários jornais. Mamãe ficara furiosa por não ter sido avisada desde o rapto do Pietro. Ela estava voltando para a Espanha. A família de Anahí ficou aterrorizada, porém, como ela se recordava deles, se tranquilizaram mais. Minha sogra queria muito vir, mas Henrique cairá da escada e fraturara a bacia. Prometi á eles que daria notícia constantemente, e claro... Eles falariam com Anahí o quanto antes o possível.
Eu ia liberar as visitas dos amigos gradativamente. O ânimo de Anahí não estava muito receptivo, e não a queria estressá-la mais. Parei um minuto na frente do quarto, a porta estava fechada... O meu coração descompassou-se e eu sentir a emoção genuína por vê-la novamente, mesmo que ela não me reconhecesse, qualquer minuto perto de Anahí era gratificante. Respirei fundo, e abrir á porta. Estranhei ao não encontrá-la no leito. Adentrei e fechei á porta, olhando em volta.
— Anahí? — Chamei. Poderia ser que a enfermeira a tivesse levado para o banho.
Escutei um soluço alto, quebrando um choro. Rapidamente soltei a minha bolsa no chão e corri até o som. Desesperei-me ao vê-la no chão, ao lado do leito. Estava torta, suas mãos estavam firmes na grade de proteção e ela chorava.
Minha respiração e meu coração falharam ao vê-la assim.
— Meu Deus! — Exclamei e ajoelhei-me de frente para ela, ajudando-a endireitar o corpo. Ela gritou de dor ao girar á perna. — O que aconteceu? — Perguntei aflita, olhando-a nos olhos. — Anahí não me respondeu, apenas chorou. Os seus olhos azuis estavam mergulhadas em tanta amargura que meu coração sangrou. — Anahí... O que aconteceu?
Ela abriu á boca para responder e seus lábios estremeceram. Os seus olhos se fixaram em mim, repleto de dor, lembrando-me muito bem á tarde em que o Pietro fora raptado. Ela segurou em mim, o seu corpo parecia em choque. Preocupe-me, fiz menção de me levantar e chamar ajuda, mas ela me impediu.
Com muito esforço, balbuciou:
— Pietro... — Suas mãos me agarraram mais, seus olhos gritaram por socorro. Gelei-me ao ouvi-la falar o nome do nosso filho. — Eu preciso salvá-lo do homem mal... Preciso salvar meu filho... Meus filhos. — Disse desconecta. — Por favor, anjo.
Apertei-a firmemente em meus braços. Ela enterrou a cabeça em meu ombro e o seu choro angustiada aumentou, suas lágrimas caiam em minha pele, queimando como fogo. Fechei os meus olhos, sentindo as minhas próprias lágrimas me queimarem. Acariciei os cabelos dela.
— Eles estão salvos, meu amor... — Sussurrei carinhosamente, tentando acalmar seu pobre coração. — Você os salvou...
Anahí soltou um gemido estrangulado. Estiquei-me um pouco, sem cortar o nosso contato e apertei a campainha do posto de enfermagem. Não demorou muito para um profissional vir nos ajudar...
**
Tadinhas delas...
Me parte o coração vê-las assim...
**
Pamelassbb: Estou muito feliz por ter feito isso, estava com saudades da rotina de postar e interagir com vocês. É... Eu também espero, acredito que não será muito difícil. E sobre os trigêmeos, sim, amor de mãe é incondicional, o maior desse mundo. Ela não iria esquecer dos seus próprios filhos que são a razão do viver dela.
Mariposa: Metade para cada uma? Mas acho que nessa segunda temporada você vai ser team Dulce, vai voltar as raízes! Haha.
Luh_perronita: Ah, sua boba! Rir pode mais com isso, eu estava sem ideia para um sobrenome, então, olhei para o meu receptor da Sky e voalá! Hahaha. Anahí está igual cego em tiroteio, coitada! Definiu bem, ein... Novela mexicana. Eu adoro, eu me amarro! Hahaha.
Emilyfernandes: Realmente deve ser horrível... O dela é menos ruim que ela ainda lembra de alguns detalhes, infelizmente, á maioria é antes do envolvimento emocional com a Dulce... E infelizmente também de alguma maneira, ela não se recorda da amizade de dez anos, o cérebro dela bloqueou de verdade á Dulce.
Lika: Sim, ela tinha que se lembrar, só ficaria aliviada se fizesse isso. Esquecer os trigêmeos seria um tiro, não dava. Dulce vai ter toda a paciência do mundo, porque ama por demais a Anahí.
Garotaloka: Que maldade do seu coração de pisciano, mas fique tranquilo porque não terá muito sofrimento. Na minha cabeça, até que está super de boa, a fic. Obrigada, linda! Gosto de saber que minha escrita de alguma forma mexe com o emocional das leitoras. Minha boca é um tumulo, o seu segredo vai está á salvo. E sobre a sua fanfic... Vou ser sincera, mulher, eu gostei! Assassinas profissionais, uma delícia. Gosto quando AyD são malvadas, a prova disso é que escrevi Secret. Fiquei curiosa para saber mais sobre a estória. Apesar dos capítulos serem pequenos – vamos aumentar esses capítulos! – eu a achei bem explicadinha, consegue passar a mensagem da estória, e também prende os leitores. Continue assim que você vai chegar bem longe, hum?
Siempreportinon: Minha mente se remeteu á Anahí com o regalo, só me lembro dela se referindo ao Anyel. Hahaha. Continuando...
Furacão Maite: Aê! Que bom que alcançou e agora pode acompanhar a fanfic em tempo real. Dulce vai sofrer um bocadinho, as duas vão, em níveis diferentes, mas vão. Quero dizer que não estou sendo malvada nessa fanfic e o sofrimento será leve.
Autor(a): ThamyPortinon
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POV AUTORA Lydia circulava com a unha a foto de Anahí. O jornal mostrava o exato momento em que a mesma tinha sido resgatada das ferragens do carro. Parecia morta na maca, mas pela matéria que afirmava que não, ela não tinha morrido, mas tinha fraturado o fêmur e graciosamente perdido a memória. A infeliz tinha tanta sorte q ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 615
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tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29
Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!
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flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50
Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)
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andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51
Olá!! Essa história tem uma primeira parte?
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vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24
Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!
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raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46
Amei a história de início ao fim.
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raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10
Sério o mulher fraca morreu rápido..
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raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38
Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso
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maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02
Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais
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maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16
A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho
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maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39
"Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk