Fanfics Brasil - Capítulo nove. True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA.

Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.


Capítulo: Capítulo nove.

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POV. DULCE


 


Quatro dias, dez encontros. Sete com sexo. Três com apenas sarros. Sete tentativas frustradas de encontrar uma mulher que despertasse o meu interesse de casar. Eram bonitas, inteligentes e até despertaram o desejo de matrimônio, mas quando a palavra filho entrava no diálogo, elas corriam. Não queriam estragar os corpos para conceber.


 


Eu as entendo. Poderia ser o contrário, eu poderia gerar, mas a expectativa de conceber era praticamente nula. Não tenho emocional para isso.


 


Considerei a hipótese de ser a Lydia. Só que ela tinha a propensão para loucura, principalmente enciumada. Não fazia nem dois dias que ela tinha surtado porque sair para almoçar com uma mulher. Claro que a cortei e ela se desculpou. Mas não gostei do tom que ela usou. Foi bem sinistro, parecia mais a menina do filme O chamado.


 


O tempo estava correndo contra mim. Uma semana praticamente tinha se passado, me restando apenas quatro semanas e alguns dias que eu precisava encontrar uma noiva, pedi-la em casamento, tornar oficial, organizar o casamento e me casar.


 


Estava quase em desespero. Se fosse me obrigar a casar como estava fazendo porque não tinha me dado uns três meses ou mais? A corda estava em meu pescoço, enlaçada e quase me apertando. Eu iria morrer sufocada e perderia a presidência.


 


O tonto do James Simon estava exalando felicidade, apesar de ser sigilo, parece que ele pressentia o que iria acontecer. Isso me deixava mais irritada ainda. Vê-lo assobiando para cima e para baixo com o sorrisinho torto. Não dava para mim isso.


 


Acho que terei que mudar a minha tática. Ao invés de querer um casamento com uma mulher atrativa que resultasse em sexo, poderia simplesmente comprar uma. Ou só me restava a Lydia.


 


Eu só queria me manter casada até o tempo estipulado, então, sem sentimentos. Provavelmente, não moraríamos juntas porque eu não levo nenhuma mulher ao meu apartamento, com exceção da Anahí.


 


Fixei o olhar no relógio do carro. Parecia que estava zombando de mim, cada virada de minuto. Ele estava dizendo “Oh, você vai perder. Não pode ir contra mim. Desista”.


 


— Não me atrasei, então, pare de olhar o relógio dessa forma. É quase psicótico. — Anahí disse assim que entrou em meu carro e fechou a porta.


 


Eu não tinha contado ainda a Anahí sobre o meu suposto casamento. Estava querendo fazer isso quando arranjasse uma noiva. Seria mais fácil e não iria aparecer muito louco. Virei o rosto para olhá-la, estava linda com um vestido florido e rasteiras. Inclinei-me para beijar o seu rosto na mesma hora que ela se virou, fazendo o mesmo. Isso fez que o beijo fosse ao canto da sua boca.


Paramos. Prendi a minha respiração, ficando tensa por uns segundos. Anahí também ficou tensa, e começou a mastigar o lábio inferior no seu tique nervoso. Arrisquei levantar os olhos e olhá-la. Os olhos azuis estavam mais claros do que o normal. Senti-me dentro de um campo magnético, totalmente atraída. Desci meu olhar pra sua boca e ela entreabriu os lábios, como se desse livre acesso.


 


Inclinei-me um pouco mais para frente e... Uma buzina nos assustou. Ajeitei-me no meu banco, olhando pelo retrovisor, era um babaca que tinha ultrapassado um carro. O meu coração estava batendo tão aceleradamente que minhas mãos tremiam.


 


Eu iria beijar a Anahí!


 


Por Deus. Isso já estava começando a ficar irritante. Ao meu lado, Anahí estava mais perturbada que eu. Mas, como ela era mais prática, pôs o cinto de segurança e começou a falar.


 


— Estou morrendo de fome, será que a sua mãe fez o flan de iogurte com goiabada que eu tanto amo? — Perguntou com os olhos brilhando.


 


Coloquei o cinto e liguei o carro, dando partida.


 


— Não sei, mas como ela adora lhe agradar, provavelmente deve ter feito. — Respondi, atenta a pista. Aos poucos, o clima foi mudando e ficando suave. — Como foi a sua semana?


 


Anahí se amuou com a minha pergunta, o que me fez olhá-la.


 


— O que foi? Problemas no trabalho? No relacionamento? A bolha rosa foi explodida?


 


Conversamos durante a semana, mas sempre falávamos amenidades. Os problemas sérios ou assuntos sérios, fazíamos isso pessoalmente.


 


— O meu trabalho continua ótimo. — Respondeu-me com a voz rouca. — Só alguns problemas com o Adam.


 


Fiz um esforço sobrenatural para manter o meu rosto sério, o sorriso traidor queria se formar. Não faça isso. Não quero uma Anahí bolada em meu carro. Ainda amo a minha BMW.


 


— Conte-me. — Pedi, mantendo o tom neutro.


 


— Ele não quer trabalhar. — Anahí resmungou, gesticulando. — Arranjei um trabalho para ele na empresa. Seria a sua chefe. Ele não quis porque disse que não iria ser subordinado á mim. Tudo bem, o ego machista em alta. — Fizemos caretas. — Mas disse que pensaria a respeito. Mas não pensou. Nem cogitou pra falar a verdade. Sempre deixo os classificados do jornal em cima da cama ou da mesa para ver se o ser humano se interessa, mas coçar o sa/co aparentemente está sendo mais importante. E o pior de tudo é que se contenta com coisas pequenas. Como por exemplo, foi cantar numa churrascaria, o cover artístico são dois dólares por pessoa. Tenha santa paciência! — Gritou.


Quase pisei no freio com o seu grito. Mas, o meu reflexo impediu. Continuei dirigindo tranquilamente, refletindo sobre as palavras de Anahí. O relacionamento estava em crise por ela ter percebido que o Adam era um imprestável. Isso era bom. Ao menos, estava questionando, já que não fazia isso antes.


 


— Ele precisava encontrar um caminho certo para fazer a carreira dá certo. Se é isso que ele quer realmente trabalhar.


 


— Como ele pode ir ao um caminho certo quando dorme o dia todo e só acorda de noite? — Anahí balançou a cabeça. — Enquanto isso, o meu apartamento está revirando pelo avesso. Não aguento mais organizar e ele desorganizar. Vou te dizer, estou quase com TOC. — Reclamou.


 


Eu tinha esquecido de comentar que Anahí também tem mania de limpeza. Graciosa não?


 


— Isso eu não sei. Talvez, ele esteja esperando que algum empresário ou agente o descubra durante suas apresentações em bares. — Sinalizei e peguei a direita. — Você tem que conversar com ele, Anahí. Diga que não gosta de desorganização, mande-o colocar no lugar o que tirou.


 


— Ele é um sonhador. — Retrucou. Depois bateu sua cabeça no apoio do banco. — Mais do que já conversei? Minhas cordas vocais estão quase se secando de tanto que já falei, já pedi, já ordenei também porque pareço que lido com uma criança de quatro anos. — Balançou a cabeça. — O pior de tudo é o banheiro, um nojo. Acredita que só consigo usá-lo depois que o desinfeto? Não estou mais aguentando isso. O quero fora do meu apartamento, que ele volte a morar com os amigos.


 


— Bem. Pense pelo lado positivo: Vocês estão ensaiando um casamento, vivendo á dois, dividindo responsabilidades. — Falei ironicamente. — Imagine que terá isso por toda eternidade. Uma vida inteira compartilhada com esse Adam. — A expressão de Anahí se tornou cômica, o desespero em seus olhos me fez vibrar por dentro, os meus neurônios estavam quase cantando “Não vai ter casamento. Não vai ter casamento. Lá lá, lá”. — Pode ser que com alguns anos melhore, se ele ficar famoso. Você terá empregada e fim de problema.


 


— Não brinca Candy. Estou quase me descabelando, e você sendo cretina comigo. — Deu um murro em meu braço, fingindo irritabilidade. Esperta ela.


 


— Ai! — Fiz uma careta. — Isso doeu, estou dirigindo se eu perdesse o controle do carro e morrêssemos, a culpa seria inteiramente sua.


 


— Vou me vingar de você. Direi a Blanca que você se negou a me empresta sua coleção de Grey’s Anatomy. — Provocou-me com um sorriso malvado.


 


Abri a boca, indignada. Minha mãe daria um sermão lendário se isso acontecesse. E a questão toda do problema seria o fato de eu negar alguma coisa a Anahí.


 


— Você não teria coragem.


 


— Não me cutuque com vara curta, mulher. — Ela disse. — Eu sou uma onça bem violenta.


 


Nos olhamos, provocativamente. Depois gargalhamos. Éramos muito bobas. Pelo amor de Deus. Mas o bom de ser boba e também idiota é que qualquer coisa se tornava engraçado.


 


— E como está o seu trabalho? — Anahí perguntou ao parar de rir. — Continua transando com a sua secreta terrorista? — Fez uma cara de nojo.


 


Eu sempre conto a Anahí sobre as mulheres que fico, embora que ela nunca me viu ficando com nenhuma. Como sou desapegada e não tenho um relacionamento, não tenho porque apresentar a mulher da vez para ela.


 


— O meu trabalho está bem estressante com algumas pendências. O testamento do meu pai foi lido e algumas surpresas vieram juntas. — Estacionei na frente da mansão da mamãe. — E Lydia vai bem, profissional como sempre. — Tirei o meu cinto.


 


Anahí revirou os olhos.


 


— Sei. Muito profissional. Ela me adora, principalmente quando ligo para você no escritório e ela me atende bem amável. — Ironizou. Mas depois ficou séria. — Que surpresas? Você vai continuar na presidência?


 


— Esse é um assunto delicado. Podemos conversar na volta? — Perguntei, abrindo a porta do carro.


 


— Sim. Claro.


 


Ela tirou o cinto e também abriu a porta. Saímos. Mamãe esperava no jardim de braços abertos. O abraço foi coletivo com muitos beijos nas bochechas. Rirmos. Ficamos as três abraçadas, entramos em casa. Claudia estava com o Oliver, conversando sobre algo.


 


— O meu casal preferido chegou. — Claudia disse com um sorriso largo, estava com uma taça de vinho branco na mão. Mamãe soltou Anahí que foi abraçada por minha irmã.


 


— Não somos um casal, Claudia. — Revirei os meus olhos. Anahí estava vermelha como um pimentão. Cumprimentei o Oliver. — Ela já bebeu quantas taças?


 


— Essa é a primeira, acredite. — Oliver riu.


 


— Não culpe o álcool por eu dizer a verdade. — Claudia retrucou. Mas sorriu para Anahí. — Você está tão linda. Quero a receita.


 


— Eu disse a mesma coisa á ela. — Mamãe disse. — Oh. Vocês querem beber alguma coisa?


 


— Vou beber a mesma coisa de Claudia. — Anahí respondeu. — Voltando ao assunto inicial. Tenho que dizer que vocês não precisam de receita nenhuma. São perfeitas. Juro que estou com inveja.


 


— Bajuladora. — Impliquei com Anahí. — Vou acompanhar o Oliver na cerveja.


 


Claudia soltou uma generosa risada. Puxou a Anahí para o sofá. Eu também rir, adorava o clima que era quando todo mundo se juntava. Sentei-me ao lado do Oliver. Mamãe voltou e sentou na poltrona. A empregada surgiu com os nossos drinques.


 


— Depois a Dulce me pergunta o porquê eu sou bem á favor de você. — Claudia disse. — Mas então, Anahí, soube que vai casar...


 


Anahí parou a bebida no meio do caminho. Aparentemente envergonhada por o assunto ser abordado.


 


— Casar? — Mamãe arregalou os olhos. — Com aquele seu namorado tatuado?


 


Deu um gole na minha cerveja. Mamãe não era preconceituosa, mas tinha usado a palavra “tatuado” pra não chamar um nome pior. Como por exemplo, vagabundo.


 


— Ainda não está decidido. — Anahí hesitou. — Estamos vendo se é isso mesmo que queremos.


 


— Ah sim. Um casamento precisa de muito preparo. Tem que saber se é isso exatamente o que se quer para não se arrepender depois. — Mamãe disse.


 


— É. Estou pensando nisso ainda. — Anahí comentou.


 


— Se está pensando porque não tem certeza, se não tem certeza, isso é ótimo. Sinal que Dulce ainda tem chance. — Claudia piscou, deixando Anahí novamente avermelhada.


 


— Pelo amor de Deus! — Retruquei.


 


Claudia e Oliver riram, e mamãe reclamou com minha irmã que não deu a mínima importância. No final das contas, estava todo mundo rindo. Não dava pra levar á sério a Claudia. O assunto casamento se encerrou e então, outros vieram. Estava com saudade desse encontro de família. Observei a Anahí interagindo com a minha irmã, as duas cochichavam e riam. Ela estava bem á vontade. Ela sabia que fazia parte da minha família. Ela é uma de nós.


 


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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 615



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  • tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29

    Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50

    Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)

  • andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51

    Olá!! Essa história tem uma primeira parte?

  • vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24

    Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!

  • raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46

    Amei a história de início ao fim.

  • raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10

    Sério o mulher fraca morreu rápido..

  • raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38

    Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02

    Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16

    A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho

  • maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39

    "Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk


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