Fanfics Brasil - Amnésia — Capítulo dezenove. True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA.

Fanfic: True Love. — Portiñón. AyD. — FINALIZADA. | Tema: Dulce e Anahí.


Capítulo: Amnésia — Capítulo dezenove.

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POV AUTORA 


 


Os olhos estavam fixos na tela do celular que ironicamente não exibia nada. Nem um sinal de sua esposa que sumiu para as suas aventuras inexplicáveis. Ele estava saturado dessa situação. Anos e mais anos com a Paola agindo dessa forma completamente errônea. Infelizmente, não tinha muito que fazer... Paola era um pássaro livre que nunca se satisfazia em se manter no ninho. Tinha sempre que voar e quanto mais para longe, melhor. Só que isso o magoava, e acima de tudo, o enfurecia. Amava por demais á Paola para aceitar que ela ficasse tão longe de si. Mas não sabia como controlá-la, e sinceramente achava que nunca poderia fazê-lo.


 


Só queria que a sua esposa fosse abdicada ao casamento e se prendesse um pouco á ele, como o próprio se prendia á ela. Sentia-se dependente dela, quanto mais Paola não se importava com ele, mas ele se tornava fissurado nela.


 


Parecia uma doença, pelo amor de Deus! Ele não era idiota, apesar de que muitos achavam que ele tinha uma cegueira por Paola... Carlos Daniel era bem consciente das traições da esposa, mas preferia fingir que não sabia por que não suportava a ideia de perdê-la... Mesmo com os casos, Paola sempre voltava pra casa cheia de luxúria e lhe tratava com paixão, só que desta vez estava diferente. Fazia alguns meses que a esposa parecia fora de órbita, a sensação era de que estava sempre ausente, principalmente na cama, e isso não era do feitio de Paola... Isso que preocupava o Carlos Daniel, será que no meio de tantos casos, um finalmente arrematou o coração de sua bela esposa?


 


Cansado de olhar o visor do celular, Carlos Daniel se levantou e o guardou no bolso, não iria ficar parado enquanto o seu casamento ia para o ralo! Compraria uma joia caríssima para Paola. Aliás, existia algo mais rápido que chegasse ao coração de sua esposa que não fosse um belo diamante?


 


(...)


 


Do outro lado da cidade, outro homem se encontrava também muito preocupado, a diferença é que sua preocupação não se limitava apenas ao seu casamento, mas também na sua situação financeira. Um problema acarretava ao outro. Se não tivesse sido inconsequente, não estaria com esse abacaxi para resolver e o seu casamento não estaria em crise.


 


Estava trabalhando como um condenado com todos os tipos de casos judiciais para ver se recuperava o que fora perdido, mas tinha que admitir para si mesmo que não iria conseguir... Era muito dinheiro, todo o patrimônio conquistado aos longos dos anos juntamente com a Claudia. Milhões de euros e dólares perdidos em um piscar de olhos.


 


Oliver não tivera coragem de contar á Claudia sobre a situação financeira que se encontravam. Sentia-se muito envergonhado por perder tudo no cassino, em jogos de azar. Como explicar á Claudia que todo o dinheiro que receberá de herança fora perdido? Nem se vendesse a sua firma de advocacia conseguiria arrematar o dinheiro que precisava.


 


Claudia confiara nele. Não pestanejou em depositar todo o dinheiro de sua herança na conta conjunta... Ela poderia muito bem ter guardado em sua conta individual, mas não o fez. Isso estava matando o Oliver, porque além de destruir a confiança da esposa, provavelmente, o seu casamento iria acabar... Claudia nunca o perdoaria!  Claro que ela não ficaria pobre, jamais, até porque existia a Blanca e Dulce que nunca deixaria a Claudia amargurando na miséria, mas isso não mudava a questão.


 


Ele soluçou alto, com o copo de uísque na mão. Não era nem oito horas da manhã e já estava se embriagando! Bêbado parecia mais fácil em encarar a situação que se encontrava. Olhava os papéis em cima da sua mesa, extratos de bancos e de sua despesa no cassino... Onde estava com a cabeça ao gastar essa fortuna?


 


Deu um gole de uísque puro e quase engasgou com o liquido meio amargo, seus olhos lacrimejaram no pânico que lhe acometia durante umas semanas... E se Claudia descobrisse? E se por ventura, fosse ao banco ou acessasse á conta via internet? Sabia que sua esposa não tinha o hábito de vistoriar á conta de tanto que confiava nele... Mas, tudo era possível, e sempre existia uma primeira vez!


 


Sentia-se cada vez á Claudia mais distante de si, a prova viva era que a mesma não viera dormir em casa e ele não tivera coragem de ligar para ela. Mas estava com saudade e sentia o seu coração pesado, só não sabia como olhar nos olhos de Claudia depois do seu erro...


 


Seu corpo tremia de medo que isso acontecesse. Era oficial, precisava de ajuda... Os bancos jamais emprestariam uma quantia tão exorbitante como a que perdera. Só existia uma pessoa que poderia ajudar. Não pensou duas vezes em tirar o telefone da base e discar o número, enquanto, os toques da ligação se iniciavam, Oliver sentia-se ansioso, sua garganta secou ao escutar á voz...


 


— Oi, sou eu. Preciso lhe ver, urgentemente...


 


(...)


 


Claudia despertou com um calor desconhecido, a sua nuca, seu pescoço e sua testa estavam mergulhados em um suor pegajoso e bastante desconfortável. Abriu os olhos, e praguejou baixinho como se fosse uma ofensa para os seus globos oculares receberem aquela claridade incomodante da pequena janela alta que quase chegava ao teto. Era uma pequena iluminação, mas o suficiente para lhe incomodar, gemeu e embolou para o lado, buscando escapar da luminosidade quando seu corpo barrou em outro corpo definidamente perfumado que lançou mordiscada pelo seu próprio corpo... Oh não! 


 


Não! Não! Não! Resmungou baixinho, de repente, consciente de sua nudez e do seu momento extremamente quente com Paola. A mera lembrança fez com que o seu sexo se contraísse involuntariamente. Em um piscar de olhos, estava consciente sobre si e sua situação, o sono foi embora, restando apenas à ressaca física e moral. Sentou-se, mantendo o lençol preso em seus seios, enquanto, Paola estava esparramada de bruços na cama, dormindo tranquilamente.


 


Como isso tinha acontecido? Claudia se questionou... Flashes vieram em sua mente, muita bebida, principalmente champanhe, depois tudo saíra do controle quando suas barreiras contra a Paola Bracho caíram por terra. Definitivamente, elas não deveriam trabalhar juntas. Mas porque o seu coração e sua mente estavam extremamente satisfeitos como se esse destino era o mais aceitável? Como se as duas nasceram para ficarem juntas e era uma heresia se afastarem?


 


Balançou a cabeça tentando clarear á mente, mas sua mente parecia que tinha se prendido em uma tecla que dizia que as duas deveriam ficar juntas. Era um absurdo! Claudia era casada! Casamento essa que ela não se importaria em jogar fora se isso rendasse mais uma noite quente com Paola... Só de lembrar o que fizeram na noite anterior, seu corpo tremia em uma combustão que deixava a sua pele avermelhada. Estava perdendo a noção da decadência! Afastou os cabelos e olhou para o lado, o seu celular estava ao lado de sua bolsa de mão, o buscou e o olhou, era quase oito e meia da manhã, tinha que voltar novamente para Barcelona! Estranhava que o Oliver não tivesse mandado nenhuma mensagem ou telefonado, isso aumentava as suas suspeitas que tinha alguma coisa muito errado com o seu marido...


 


Pensar em Oliver era mais como um botão automático, estavam á muitos anos juntos e a comodidade se mantinha presente, mas se pudesse ouvir e enaltecer a sua voz interior, não pensaria duas vezes em se manter nessa cama ao lado de Paola... A noite anterior tinha sido quente, repleta de sacanagens e orgasmos que Claudia achara que nunca conseguiria em sua vida.


 


Olhar para pele de seda de Paola fazia com que as suas mãos e os seus lábios queimassem com vontade de tocá-los. Céus! Estava com uma enorme vontade de afundar o nariz na nuca perfumada e drenar o cheiro deliciosamente natural que Paola exalava. Á verdade tinha que se explicitamente divulgada, estava morrendo pra sentir os lábios e os braços de Paola em seu corpo... Ansiava por beijá-la e compartilhar tudo que fizeram na noite anterior. Deus! Como queria passar os seus dias ao lado de Paola, como queria compartilhar a vida e crescer junto á ela...


 


Esse pensamento assustou a Claudia. Ela era casada! Não deveria nutrir esse sentimento desenfreada por outra mulher, além de tudo, também casada. Parece que o destino estava fazendo uma brincadeira de muito mau gosto consigo, porque em sua memória estava criando um futuro impossível com a Paola... Sorriu tristemente, quem queria enganar?


 


Os sintomas eram clássicos: Coração desenfreado, borboletas no estomago, mãos tremulas e suadas, nervosismo e expectativa. O diagnóstico era claro e bem esclarecedor: Paixão com um quê de amor.


 


Sentiu vontade de afundar seu rosto num travesseiro, se tivesse algum disponível. Por que isso estava acontecendo com ela? Passou uns minutos se maldizendo até que caiu em si outra vez, esse sentimento treslouco que fugia de todas as regras não tinha crescido de repente, não... Desde quando a Paola a tinha ajudado no casamento de Anahí que esse sentimento estava dentro do seu coração, se alimentando da presença de Paola. Claudia fez de tudo para se libertar dele, mas existiam algumas coisas que não dava para fugir.


 


Infelizmente, as coisas não eram simples da forma que o sentimento queria lhe ilusionar, estava casada com o Oliver e nunca que iria magoar os sentimentos do seu marido que sempre fora um santo! E outra questão, estávamos falando de Paola Bracho, a mulher que não se contentava apenas em uma pessoa... O mundo era grande e Paola queria o abraçar com as pernas, isso era muito desestimulante.


 


Claudia olhou para as costas desnudas de Paola, o seu sinal negro e belo embelecendo a pele bronzeada. Como queria tocá-la...


 


— Hum... Que horas são? — Paola perguntou de repente, ressacada e chateada por ter acordado aparentemente cedo. Seu relógio biológico não estava programado á isso. O seu rosto esfregou-se no lençol de algodão, uma ofensa para sua pele sempre acostumada a dormir em lençol de seda, mas ao depare-se com Claudia Espinosa á sua frente tudo parecia deliciosamente aceitável. Era oficial... Amava aquela mulher!


 


— Hora de irmos embora. — Claudia disse com a voz estranha, levantou-se da cama e gemeu ao ver o seu corpo nu no espelho, estava toda marcada. Virou-se para a outra, irritada. — Olha isso! — Apontou para os hematomas.


 


Paola olhou vagarosamente o corpo de Claudia, deliciou-se com a visão. O corpo esbelto estava repleto de arranhões e chupadinhas. Lindas marcas!


 


— Pelo o que me recordo bem, você não reclamou nem um pouco delas, ontem. — A loira retrucou, achando desnecessária uma possível cena da morena.


 


Claudia bufou. Procurou a sua calcinha e o seu sutiã no emaranhado de roupa até que encontrou, os vestiu rapidamente, ficar nua na frente de Paola fazia ter vontades que não podiam.


 


— Sou casada, Paola. Como acha que vou explicar ao meu marido isso? — Perguntou com raiva, buscou o seu vestido. — Oliver não é alienado como o Carlos Daniel...


 


— Certo! — Paola se irritou, e se ergueu, ficando de frente para a Claudia sem se importar nem um pouco com sua nudez. — Eu não a obriguei á nenhum momento vir para cama comigo, porque esse drama desnecessário?


 


— Se vista, por favor. — Claudia jogou as roupas de Paola contra ela. — Não dá para conversar com você dessa forma.


 


— Incomoda-se com a minha nudez? — Paola questionou com o olhar debochado.


 


Essa atitude de Paola irritou muito mais a Claudia. Á realidade, é que não estava com raiva da Paola, e sim, de si mesma por se apaixonar por uma mulher como a Paola que não tinha nada a oferecer além de migalhas. Também estava com muita raiva por se deixar levar, por saber que no final das contas, foi apenas um momento e que Paola voltaria para Carlos Daniel, assim como a própria voltaria para o Oliver. Irritava-se profundamente por querer pular em cima de Paola e saciar á vontade desenfreada que tinha por ela... Sentia-se frustrada por não poder fazer nada disso!


 


— É impossível conversar com você. — Claudia quase gritou, exasperada. — Irei espera-la no carro!


 


Com o vestido na mão, Claudia se retirou do quarto, deixando a Paola sozinha... Ops. Isso não era bom. Qualquer que fosse a reação de Claudia, essa não era a esperada por Paola. Obrigou-se a se vestir rapidamente, e foi atrás da Claudia. Alguns clientes saiam sorrateiramente, o salão principal continuava extremamente arrumado como se na noite anterior não tivesse acontecido nenhuma farra.


 


Ao longe, estava Rosa Falcão que acenou com a cabeça para Paola. A loira se retirou do recinto, fazendo uma careta de desagrado com o sol em seu rosto. Colocou a mão na sua testa para produzir um sombreado aos olhos. Olhou em volta, e viu o carro, caminhou rapidamente até ele e entrou.


 


— Qual é o seu problema? — Paola perguntou furiosa, olhando para a Claudia com os olhos inflamados. — Achei que fosse madura o suficiente para encarar a nossa situação sem toda essa palhaçada!


 


Claudia que estava olhando para a rua, virou o rosto para ela, com a animosidade elevada. O carro entrou em movimento, á todo momento, o motorista manteve sua postura ereta e olhando sempre para frente.


 


— Nossa situação? — Claudia revirou os olhos. — Lá vem você novamente com esse papo de “nós” é por ser madura mais do que o suficiente e saber que o que aconteceu foi apenas coisa do momento que estou agindo dessa forma... A diferença é que não estou sendo palhaça, apenas indiferente. Você deveria fazer o mesmo.


 


— Não ouse dizer o que eu devo ou não fazer! — Paola silabou furiosa. Virando-se para Claudia, ignorando o cinto de segurança, inconscientemente os corpos se aproximaram no banco traseiro do carro. — Por que não para com esse teatro e assume que o que aconteceu entre nós, mexeu demais com você e não está sabendo lidar?


 


Claudia encarou os olhos esverdeados de Paola... Se ela soubesse que era mais do que isso. Cruzou os braços, negando-se a dá ênfase ao dialogo da outra.


 


— Você se acha demais, não é Paola? Por que é tão difícil de acreditar que não sentir absolutamente nada do que um leve desejo? Você não é o sol do meu mundo, por tanto, pare de achar que brilha demais. — Claudia retrucou, era mais fácil soltar uma mentira do que encarar a realidade.


 


Uma bofetada teria doido menos. Isso descontrolou á Paola que segurou o braço da Claudia com força e há puxou um pouco para frente, obrigando a outra ficar centímetros de distância de si. Os olhos de Claudia brilharam em um misto de raiva e paixão.


 


Olhos não mentem...


 


— Não me acho demais, só não acredito em suas mentiras! — Paola balbuciou com a boca bem próxima da de Claudia. A outra estava ofegante. — Olhe-se, veja como o seu corpo reage ao meu... Desejoso e ansioso. Os seus olhos me dizem coisas que você não tem coragem de falar, como que, o que aconteceu entre nós não foi um mero desejo. Não é apenas isso! Seja sincera consigo mesma Claudia e pare de agir de maneira infantil.


 


Claudia intercalou o olhar da boca para os lábios de Paola... Sentia como se seu ar estivesse fugindo, até mesmo uma leve tonteira se fazia presente. Olhando profundamente nos olhos da Paola, a verdade queria se fazer presente.


 


— Eu sou casada... Você é casada... Isso é errado. — Claudia amuou-se, sentindo-se muito mal por isso. Se fosse solteira, as expectativas para isso seria tão boas. — E você é do jeito que é, com milhares de amantes espalhados pelos cantos. Não serei mais uma na sua vida.


 


— Não... — Paola soltou o braço de Claudia e a segurou com as duas mãos no rosto, mantendo o olhar firme. — Você não é mais uma na minha vida... Você é única, Claudia! Por que não deixa a marra de lado e não enxerga isso? Nunca me envolvi com nenhuma mulher... Você foi a primeira e depender de mim, será a única porque eu quero viver isso que está acontecendo entre nós. Não quero ficar longe de você. — Paola suspirou. — Sim, somos casadas, mas podemos dá um jeito. Eu quero fazer acontecer porque o que eu sinto por ti, nunca sentir por ninguém na minha vida.


 


O coração de Claudia acelerou com as palavras de Paola. Queria sorrir, mas também queria chorar. Existia a recíproca, mas também existia o medo.


 


— Paola... O que eu sinto por você, nunca sentir por alguém também. — Claudia sentiu muito aliviada em soltar, sorriu timidamente. — É algo novo, mas muito forte e incontrolável. Eu não sei reagir diante disso, não sei o que fazer... Queimo de ciúme ao lembrar que você tem que voltar para o seu marido, morro ao imaginar que você tem algum amante lhe esperando... Tenho medo de que isso que está sentindo por mim seja apenas inicialmente, e que depois, você me descarte.


 


— Não! Isso não vai acontecer, nunca... — Paola garantiu ao acariciar o rosto de Claudia. — Sou leal o que estou sentindo por você, sou leal á você. Também fico com ciúmes em saber que você tem o Oliver... — Revirou os olhos e fez uma cara de desagrado. — Mas podemos ajeitar tudo isso e sermos feliz! Só preciso que você entenda que terá a minha eterna lealdade.


 


— Você se separaria do Carlos Daniel por mim? — Claudia quis saber. Seu semblante estava sério, sabia que Paola tinha os seus amantes mais era bem clara ao informar que nunca deixaria o seu marido por eles.


 


— Sim. — Paola respondeu sem titubear. — E você deixaria o Oliver por mim?


 


Claudia manteve-se calada por uns segundos, não esperava que a pergunta voltasse para ela... Tinha uma vida com Oliver, um casamento de muitos anos que sempre fora feliz. Amava o seu marido, mas não estava mais apaixonada por ele. Não queria magoar o Oliver que sempre fora muito bom para com ela, mas em contrapartida, não queria continuar o enganando. Oliver era um homem transparente que merecia sempre a sinceridade, merecia uma mulher por inteira, e enquanto, estivesse apaixonada por Paola, nunca seria uma mulher completa para o seu marido.


 


O amava, mas precisava transbordar, e não estava conseguindo isso ao lado dele.


 


— Sim, deixaria.  — Claudia respondeu com sinceridade, com os olhos fixos em Paola. O sorriso da outra foi algo iluminador. — Você me seria fiel? — Perguntou olhando-a bem fundo nos olhos.


 


— Já disse, seria leal á você.


 


— Leal não é a mesma coisa de fiel. — Claudia contrabateu.


 


— Lealdade é mais importante que fidelidade. Sempre serei leal á você, o meu amor sempre vai ser teu não importa as circunstâncias, no final do dia, sempre voltarei para você. O meu coração, o meu corpo e minha alma serão apenas teu.  — Paola explicou com um meio sorriso, tentou tocar novamente o rosto de Claudia, mas essa se afastou com o semblante carregado.


 


— Ou seja, a mesma coisa que você faz com o Carlos Daniel, não? — Claudia deu uma risadinha sem humor, completamente decepcionada. — Essa a sua forma de me deixar segurar, de me fazer querer você?


 


— Não. Eu não amo o Carlos Daniel é diferente, eu... — Paola tentou, mas foi interrompida pela Claudia.


 


— Não vejo nenhuma diferença, Paola! Você faz justamente com ele o que está me oferecendo... Lealdade. Sempre teve inúmeros de amantes, mas sempre voltou para ele. — Claudia a olhou, chateada. — Olhe bem para mim e diga-me que sou mulher que fica em casa esperando uma pessoa que pode estar com qualquer um? — Balançou a cabeça em negativo. — Não sou submissa, não sou uma demente como o Carlos Daniel, e não usurparei o lugar dele. Além de lealdade, quero fidelidade... Quero você apenas para mim sem nenhum terceiro para atrapalhar, sem traições e muito menos joguinho. Se você não é capaz de deixar a sua vidinha promiscua para engatar em um relacionamento completo comigo, então, você não é merecedora do meu amor e muito menos da minha atenção. Mude o seu estilo de vida, que eu largo tudo por você. Enquanto, não fizer isso, fique no seu mundinho e me deixe no meu. — Olhou para frente. — Não temos mais o que conversar.


 


As palavras de Claudia martelaram na cabeça de Paola que se manteve parada e pela primeira vez, sem ter o que falar. Sabia que Claudia tinha razão, mas gostava por demais da vida que levava... De amantes, viagens e luxos. Gostava de fazer o que bem entender da sua vida sem dá grandes satisfações, porque com Carlos Daniel, tinha total liberdade, com Claudia seria diferente, teria que ter compartilhamento, explicações, planejamento e companheirismo, tudo aquilo que Paola não fazia a menor questão de fazer... Mas queria muito a Claudia.


 


Será que valia pena perder o mundo de luxúria por uma pessoa? Paola endireitou-se no banco e fixou o olhar para o nada, tinha muito que pensar.


 


Um silêncio mortal invadiu o carro, nenhuma tinha mais o que falar, cada uma perdida em seus próprios pensamentos. Quando chegaram ao aeroporto, tiveram uma surpresa desagradável: o jatinho particular estava com problema mecânico. Não querendo esperar um minuto sequer, e sem querer pegar um voo comercial, Claudia decidira alugar um helicóptero, estava tão afobada que ao invés de usar o seu cartão pessoal, entregou á atendente o da conta conjunta, só percebera o que fizera quando o cartão estava nas mãos da mulher... Tudo bem, apesar de não gostar de usar aquele cartão para futilidades ou gastos pessoais.


 


— Desculpe, sra. Espinosa, mas o cartão foi recusado. — A atendente comunicou baixinho, e educadamente.


 


Claudia franziu o cenho, estranhando aquilo. Com a quantidade que tinha naquela conta, poderia alugar o aeroporto se quisesse.


 


— Deve ter sido falha de comunicação. — Claudia respondeu a olhando fixamente. — Tente novamente.


 


A atendente respirou fundo, e tentou novamente. Mas como da primeira vez, a compra não foi aprovada. Devolveu o cartão para a dona.


 


— Desculpe-me, mas realmente não está sendo aceito. Se a senhora tiver outra cartão...


 


Claudia não conseguiu acreditar, nunca em sua vida os seus cartões eram recusados! Era no mínimo vergonhoso, teve a sensação de que todo mundo estava á olhando. Alguma coisa estava muito errada. Com as mãos trêmulas, abriu a sua carteira em busca de mais um de tantos cartões, optou por usar da Corporation. Este foi aceito. Depois com um sorriso afetado, levantou-se como se aquele lugar tivesse infectado. O helicóptero fretado sairia em dez minutos...


 


Paola estava sentada, folheando uma revista que comprara quando a Claudia passara por ela á ponto de bala. Fechou a revista e se levantou, seguindo á outra. Claudia não sabia o que pensar, mas as latejadas do seu coração e o friozinho de sua barriga dizia que teria uma surpresa muito desagradável. Encontrou um caixa eletrônico, e inseriu o cartão, depois de todo o processo, acessou o saldo, o visor do caixa revelou apenas zero.


 


O sangue fugiu do corpo de Claudia, deixando-a fria, um suor pegajoso lhe invadiu, enquanto, ficava pálida feito á morte. O seu corpo tremeu, mas parecia que o seu peso estava insuportável para as suas pernas bambas. Tombou para trás, em choque, com os olhos arregalados... Esses que lágrimas queimavam e deslizavam.


 


O corpo de Claudia foi sustentado por Paola antes que fosse diretamente para o chão.


 


— Claudia... O que aconteceu? — Paola perguntou assustada e também preocupada.


 


— Minha herança... — Claudia balbuciou ainda em choque. ­­— Oliver... Meu dinheiro.


 


Paola ficou sem entender nada, olhou de relance para o visor do caixa, e quando viu a conta zerada teve mais ou menos uma ideia... Se tratava de Claudia Espinosa, nunca que ela teria uma conta zerada.


 


De repente, o choque de Claudia foi transformado em um ódio tão palpável que a deixou vendo vermelho. Seu corpo foi renovado pela força da fúria, desvencilhou dos braços de Paola, respirando fortemente pelo nariz, puxou o cartão com violência do caixa e profetizou:


 


— Eu vou matar o Oliver Carter!


 


 


**



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Autor(a): ThamyPortinon

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  • tryciarg89 Postado em 16/10/2022 - 18:23:29

    Já é a terceira vez que leio essa sua fic portinõn, e já li todas que achei na internet sobre elas,mas definitivamente essa é a minha favorita,ela é emocionante. Todas as vezes que li chorei rios nos últimos capítulos e continuo chorando,pois é linda,simplesmente perfeita. Não sei se você ainda tem acesso a esse site e suas histórias, mas quero deixar registrado aqui pra você, que sua história é a mais linda e emocionante que já li em toda a minha vida,parabéns!!!

  • flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:06:50

    Eu poderia adaptar sua estória no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se quiser que eu apague, eu apago :)

  • andre Postado em 24/08/2021 - 14:07:51

    Olá!! Essa história tem uma primeira parte?

  • vicunhawebs Postado em 13/12/2018 - 17:37:24

    Ahhh acabei de terminar a web,li ela inteira em menos de duas semanas rs. Amei cada temporada,mas na última eu ri em vários capítulos e me emocionei muito no último. História perfeita!!!

  • raylane06 Postado em 23/11/2018 - 00:55:46

    Amei a história de início ao fim.

  • raylane06 Postado em 14/11/2018 - 22:16:10

    Sério o mulher fraca morreu rápido..

  • raylane06 Postado em 11/11/2018 - 00:40:38

    Aí meu Deus espero que o Pierre não morra.. e elas descubram logo que adele tá por traz disso

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 09:04:02

    Dul surpreendendo na compra do colégio kkkkk Cadê vc? Posta maaais

  • maynl Postado em 09/11/2018 - 08:35:16

    A Paola sendo franca com a Lily kkkkk demais ...aquiete o rabo aí, tá sendo egoísta de novo, pirralha?...kkkkk Tinha q ser Paola Bracho

  • maynl Postado em 08/11/2018 - 09:15:39

    "Anahí olhou para as suas unhas pintadas de francesinha, ao menos, alguma coisa tinha que estar angelical nela, já que a mesma parecia invadida pelo capeta." A Dul tem razão, desconheço essa Anahí kkkkk Sangue mexicano fervilhando....arriba kkkkkkkkkkk


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